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Pellegrinaggio del Santo Padre Francesco al “Santuario di Nostra Signora di Fátima” (12-13 maggio 2017) – Santa Messa e Canonizzazione dei Beati Francesco Marto e Giacinta Marto, 13.05.2017


Santa Messa e Canonizzazione dei Beati Francesco Marto e Giacinta Marto sul sagrato del Santuario di “Nostra Signora di Fátima”

Omelia del Santo Padre

Traduzione in lingua italiana

Traduzione in lingua francese

Traduzione in lingua inglese

Traduzione in lingua tedesca

Traduzione in lingua spagnola

Traduzione in lingua polacca

Traduzione in lingua araba

Alle ore 10 di questa mattina, Solennità della Beata Vergine Maria di Fátima, sul sagrato del Santuario il Santo Padre Francesco ha celebrato la Santa Messa in occasione del Centenario delle Apparizioni nel corso della quale ha avuto luogo la Canonizzazione dei Beati Francesco Marto e Giacinta Marto. Erano presenti alla Celebrazione Eucaristica i Presidenti della Repubblica del Portogallo, del Paraguay e di São Tomé e Príncipe, che il Papa ha salutato poi al termine del rito.

Nel corso della Santa Messa, dopo il rito della canonizzazione e la proclamazione del Vangelo, il Santo Padre ha pronunciato l’omelia che riportiamo di seguito:

Omelia del Santo Padre

«Apareceu no Céu (…) uma mulher revestida de sol»: atesta o vidente de Patmos no Apocalipse (12, 1), anotando ainda que ela «estava para ser mãe». Depois ouvimos, no Evangelho, Jesus dizer ao discípulo: «Eis a tua Mãe» (Jo 19, 26-27). Temos Mãe! Uma «Senhora tão bonita»: comentavam entre si os videntes de Fátima a caminho de casa, naquele abençoado dia treze de maio de há cem anos atrás. E, à noite, a Jacinta não se conteve e desvendou o segredo à mãe: «Hoje vi Nossa Senhora». Tinham visto a Mãe do Céu. Pela esteira que seguiam os seus olhos, se alongou o olhar de muitos, mas… estes não A viram. A Virgem Mãe não veio aqui, para que A víssemos; para isso teremos a eternidade inteira, naturalmente se formos para o Céu.

Mas Ela, antevendo e advertindo-nos para o risco do Inferno onde leva a vida – tantas vezes proposta e imposta – sem-Deus e profanando Deus nas suas criaturas, veio lembrar-nos a Luz de Deus que nos habita e cobre, pois, como ouvíamos na Primeira Leitura, «o filho foi levado para junto de Deus» (Ap 12, 5). E, no dizer de Lúcia, os três privilegiados ficavam dentro da Luz de Deus que irradiava de Nossa Senhora. Envolvia-os no manto de Luz que Deus Lhe dera. No crer e sentir de muitos peregrinos, se não mesmo de todos, Fátima é sobretudo este manto de Luz que nos cobre, aqui como em qualquer outro lugar da Terra quando nos refugiamos sob a proteção da Virgem Mãe para Lhe pedir, como ensina a Salve Rainha, «mostrai-nos Jesus».

Queridos peregrinos, temos Mãe, temos Mãe! Agarrados a Ela como filhos, vivamos da esperança que assenta em Jesus, pois, como ouvíamos na Segunda Leitura, «aqueles que recebem com abundância a graça e o dom da justiça reinarão na vida por meio de um só, Jesus Cristo» (Rm 5, 17). Quando Jesus subiu ao Céu, levou para junto do Pai celeste a humanidade – a nossa humanidade – que tinha assumido no seio da Virgem Mãe, e nunca mais a largará. Como uma âncora, fundeemos a nossa esperança nessa humanidade colocada nos Céus à direita do Pai (cf. Ef 2, 6). Seja esta esperança a alavanca da vida de todos nós! Uma esperança que nos sustente sempre, até ao último respiro.

Com esta esperança, nos congregamos aqui para agradecer as bênçãos sem conta que o Céu concedeu nestes cem anos, passados sob o referido manto de Luz que Nossa Senhora, a partir deste esperançoso Portugal, estendeu sobre os quatro cantos da Terra. Como exemplo, temos diante dos olhos São Francisco Marto e Santa Jacinta, a quem a Virgem Maria introduziu no mar imenso da Luz de Deus e aí os levou a adorá-Lo. Daqui lhes vinha a força para superar contrariedades e sofrimentos. A presença divina tornou-se constante nas suas vidas, como se manifesta claramente na súplica instante pelos pecadores e no desejo permanente de estar junto a «Jesus Escondido» no Sacrário.

Nas suas Memórias (III, n. 6), a Irmã Lúcia dá a palavra à Jacinta que beneficiara duma visão: «Não vês tanta estrada, tantos caminhos e campos cheios de gente, a chorar com fome, e não tem nada para comer? E o Santo Padre numa Igreja, diante do Imaculado Coração de Maria, a rezar? E tanta gente a rezar com ele?» Irmãos e irmãs, obrigado por me acompanhardes! Não podia deixar de vir aqui venerar a Virgem Mãe e confiar-lhe os seus filhos e filhas. Sob o seu manto, não se perdem; dos seus braços, virá a esperança e a paz que necessitam e que suplico para todos os meus irmãos no Batismo e em humanidade, de modo especial para os doentes e pessoas com deficiência, os presos e desempregados, os pobres e abandonados. Queridos irmãos, rezamos a Deus com a esperança de que nos escutem os homens; e dirigimo-nos aos homens com a certeza de que nos vale Deus.

Pois Ele criou-nos como uma esperança para os outros, uma esperança real e realizável segundo o estado de vida de cada um. Ao «pedir» e «exigir» o cumprimento dos nossos deveres de estado (carta da Irmã Lúcia, 28/II/1943), o Céu desencadeia aqui uma verdadeira mobilização geral contra esta indiferença que nos gela o coração e agrava a miopia do olhar. Não queiramos ser uma esperança abortada! A vida só pode sobreviver graças à generosidade de outra vida. «Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12, 24): disse e fez o Senhor, que sempre nos precede. Quando passamos através dalguma cruz, Ele já passou antes. Assim, não subimos à cruz para encontrar Jesus; mas foi Ele que Se humilhou e desceu até à cruz para nos encontrar a nós e, em nós, vencer as trevas do mal e trazer-nos para a Luz.

Sob a proteção de Maria, sejamos, no mundo, sentinelas da madrugada que sabem contemplar o verdadeiro rosto de Jesus Salvador, aquele que brilha na Páscoa, e descobrir novamente o rosto jovem e belo da Igreja, que brilha quando é missionária, acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica no amor.

[00697-PO.02] [Texto original: Português]

Traduzione in lingua italiana

«Apparve nel cielo [...] una donna vestita di sole»: attesta il veggente di Patmos nell’Apocalisse (12,1), osservando anche che Ella era in procinto di dare alla luce un figlio. Poi, nel Vangelo, abbiamo sentito Gesù dire al discepolo: «Ecco tua madre» (Gv 19,26-27). Abbiamo una Madre! Una “Signora tanto bella”, commentavano tra di loro i veggenti di Fatima sulla strada di casa, in quel benedetto giorno 13 maggio di cento anni fa. E, alla sera, Giacinta non riuscì a trattenersi e svelò il segreto alla mamma: “Oggi ho visto la Madonna”. Essi avevano visto la Madre del cielo. Nella scia che seguivano i loro occhi, si sono protesi gli occhi di molti, ma… questi non l’hanno vista. La Vergine Madre non è venuta qui perché noi la vedessimo: per questo avremo tutta l’eternità, beninteso se andremo in Cielo.

Ma Ella, presagendo e avvertendoci sul rischio dell’inferno a cui conduce una vita – spesso proposta e imposta – senza Dio e che profana Dio nelle sue creature, è venuta a ricordarci la Luce di Dio che dimora in noi e ci copre, perché, come abbiamo ascoltato nella prima Lettura, il «figlio fu rapito verso Dio» (Ap 12,5). E, secondo le parole di Lucia, i tre privilegiati si trovavano dentro la Luce di Dio che irradiava dalla Madonna. Ella li avvolgeva nel manto di Luce che Dio Le aveva dato. Secondo il credere e il sentire di molti pellegrini, se non proprio di tutti, Fatima è soprattutto questo manto di Luce che ci copre, qui come in qualsiasi altro luogo della Terra quando ci rifugiamo sotto la protezione della Vergine Madre per chiederLe, come insegna la Salve Regina, “mostraci Gesù”.

Carissimi pellegrini, abbiamo una Madre, abbiamo una Madre! Aggrappati a Lei come dei figli, viviamo della speranza che poggia su Gesù, perché, come abbiamo ascoltato nella seconda Lettura, «quelli che ricevono l’abbondanza della grazia e del dono della giustizia regneranno nella vita per mezzo del solo Gesù Cristo» (Rm 5,17). Quando Gesù è salito al cielo, ha portato accanto al Padre celeste l’umanità – la nostra umanità – che aveva assunto nel grembo della Vergine Madre, e mai più la lascerà. Come un’ancora, fissiamo la nostra speranza in quella umanità collocata nel Cielo alla destra del Padre (cfr Ef 2,6). Questa speranza sia la leva della vita di tutti noi! Una speranza che ci sostiene sempre, fino all’ultimo respiro.

Forti di questa speranza, ci siamo radunati qui per ringraziare delle innumerevoli benedizioni che il Cielo ha concesso lungo questi cento anni, passati sotto quel manto di Luce che la Madonna, a partire da questo Portogallo ricco di speranza, ha esteso sopra i quattro angoli della Terra. Come esempi, abbiamo davanti agli occhi San Francesco Marto e Santa Giacinta, che la Vergine Maria ha introdotto nel mare immenso della Luce di Dio portandoli ad adorarLo. Da ciò veniva loro la forza per superare le contrarietà e le sofferenze. La presenza divina divenne costante nella loro vita, come chiaramente si manifesta nell’insistente preghiera per i peccatori e nel desiderio permanente di restare presso “Gesù Nascosto” nel Tabernacolo.

Nelle sue Memorie (III, n. 6), Suor Lucia dà la parola a Giacinta appena beneficiata da una visione: «Non vedi tante strade, tanti sentieri e campi pieni di persone che piangono per la fame e non hanno niente da mangiare? E il Santo Padre in una chiesa, davanti al Cuore Immacolato di Maria, in preghiera? E tanta gente in preghiera con lui?». Grazie, fratelli e sorelle, di avermi accompagnato! Non potevo non venire qui per venerare la Vergine Madre e affidarLe i suoi figli e figlie. Sotto il suo manto non si perdono; dalle sue braccia verrà la speranza e la pace di cui hanno bisogno e che io supplico per tutti i miei fratelli nel Battesimo e in umanità, in particolare per i malati e per le persone con disabilità, i detenuti e i disoccupati, i poveri e gli abbandonati. Carissimi fratelli, preghiamo Dio con la speranza che ci ascoltino gli uomini; e rivolgiamoci agli uomini con la certezza che ci soccorre Dio.

Egli infatti ci ha creati come una speranza per gli altri, una speranza reale e realizzabile secondo lo stato di vita di ciascuno. Nel “chiedere” ed “esigere” da ciascuno di noi l’adempimento dei doveri del proprio stato (Lettera di Suor Lucia, 28 febbraio 1943), il cielo mette in moto qui una vera e propria mobilitazione generale contro questa indifferenza che ci raggela il cuore e aggrava la nostra miopia. Non vogliamo essere una speranza abortita! La vita può sopravvivere solo grazie alla generosità di un’altra vita. «Se il chicco di grano, caduto in terra, non muore, rimane solo; se invece muore, produce molto frutto» (Gv 12,24): lo ha detto e lo ha fatto il Signore, che sempre ci precede. Quando passiamo attraverso una croce, Egli vi è già passato prima. Così non saliamo alla croce per trovare Gesù; ma è stato Lui che si è umiliato ed è sceso fino alla croce per trovare noi e, in noi, vincere le tenebre del male e riportarci verso la Luce.

Sotto la protezione di Maria, siamo nel mondo sentinelle del mattino che sanno contemplare il vero volto di Gesù Salvatore, quello che brilla a Pasqua, e riscoprire il volto giovane e bello della Chiesa, che risplende quando è missionaria, accogliente, libera, fedele, povera di mezzi e ricca di amore.

[00697-IT.02] [Testo originale: Portoghese]

Traduzione in lingua francese

«Apparut dans le ciel une femme ayant le soleil pour manteau» atteste le voyant de Patmos dans l’Apocalypse (12,1), faisant aussi observer qu’elle est sur le point de donner naissance à un fils. Puis, dans l’Evangile, nous avons entendu Jésus dire au disciple: «Voici ta mère» (Jn 19, 26-27). Nous avons une Mère! Une“Dame très belle“, comme disaient entre eux les voyants de Fatima sur la route de la maison, en ce jour béni du 13 mai, il y a cent ans. Et, le soir, Jacinthe ne réussit pas à se retenir, et elle révèle le secret à sa maman: «Aujourd’hui j’ai vu la Vierge». Ils avaient vu la Mère du ciel. Le regard d’un grand nombre s’est dirigé dans la direction que suivaient leurs yeux, mais… ils ne l’ont pas vue. La Vierge Mère n’est pas venue ici pour que nous la voyions: pour cela nous aurons toute l’éternité, si nous allons au ciel, bien entendu.

Mais elle, présageant et nous mettant en garde contre le risque de l’enfer où mène la vie – souvent proposée et imposée – sans Dieu et qui profane Dieu dans ses créatures, elle est venue nous rappeler la lumière de Dieu qui demeure en nous et qui nous couvre, car, comme nous l’avons entendu dans la première lecture, «l’enfant fut enlevé jusqu’auprès de Dieu » (Ap 12, 5). Et, selon les paroles de Lucie, les trois privilégiés se trouvaient dans la lumière de Dieu qui rayonnait de la Vierge. Elle les enveloppait dans le manteau de lumière que Dieu lui avait donné. Comme le croient et le sentent de nombreux pèlerins, si non tous, Fatima est surtout ce manteau de lumière qui nous couvre, ici comme partout ailleurs sur la terre quand nous nous réfugions sous la protection de la Vierge Marie pour lui demander, comme l’enseigne le Salve Regina, “montre-nous Jésus”.

Chers pèlerins, nous avons une Mère, nous avons une Mère! Cramponnés à elle comme des enfants, vivons de l’espérance fondée sur Jésus, car, comme nous l’avons entendu dans la seconde lecture,à cause de Jésus-Christ, et de lui seul, ceux qui reçoivent en abondance le don de la grâce qui les rend justes régneront dans la vie (cf. Rm 5,17). Quand Jésus est monté au ciel, il a apporté auprès du Père céleste l’humanité – notre humanité – qu’il avait assumée dans le sein de la Vierge Mère; et il ne s’en séparera jamais plus. Fixons notre espérance, comme une ancre, dans cette humanité placée dans le ciel à la droite du Père (cf. Ep 2,6). Que cette espérance soit le levier de la vie de chacun de nous! Une espérance qui nous soutient toujours, jusqu’au dernier souffle.

Forts de cette espérance, nous sommes réunis ici pour remercier des innombrables bienfaits que le Ciel a accordés au cours de ces cent années, passées sous ce manteau de lumière que la Vierge, à partir de ce Portugal porteur d’espérance, a étendue aux quatre coins de la terre. Nous avons comme exemples devant nos yeux saint François Marto et sainte Jacinthe, que la Vierge Marie a introduits dans la mer immense de la lumière de Dieu et y a conduits pour l’adorer. De là leur venait la force de surmonter les contrariétés et les souffrances. La présence divine devint constante dans leur vie, comme cela se manifeste clairement par la prière insistante pour les pécheurs et par le désir permanent de rester près de “Jésus caché” dans le Tabernacle.

Dans ses Mémoires (III, n. 6), Sœur Lucie donne la parole à Jacinthe qui venait d’avoir une vision: «Ne vois-tu pas beaucoup de routes, beaucoup sentiers et de champs pleins de gens qui souffrent de faim et qui n’ont rien à manger?Et le Saint-Père dans une église, devant le Cœur Immaculé de Marie en prière? Et beaucoup de monde en prière avec lui?». Merci frères et sœurs, de m’accompagner! Je ne pouvais pas ne pas venir ici pour vénérer la Vierge Mère et lui confier ses fils et ses filles. Sous son manteau ils ne se perdent pas; de ses bras viendront l’espérance et la paix dont ils ont besoin, et que je demande pour tous mes frères dans le baptême et en humanité, en particulier pour les malades et les personnes avec handicap, pour les détenus et les chômeurs, pour les pauvres et les personnes abandonnées. Chers frères, prions Dieu dans l’espérance que les hommes nous écoutent; et adressons-nous aux hommes avec la certitude que Dieu nous porte secours.

En effet, il nous a créés comme une espérance pour les autres, une espérance réelle et réalisable selon l’état de vie de chacun. En “demandant” et “exigeant” de chacun de nous l’accomplissement de son devoir d’état (Lettre de Sœur Lucie, 28 février 1943), le ciel déclenchait une vraie mobilisation générale contre cette indifférence qui nous gèle le cœur et aggrave notre myopie. Nous ne voulons pas être une espérance avortée! La vie ne peut survivre que grâce à la générosité d’une autre vie. «Si le grain de blé tombé en terre ne meurt pas, il reste seul; mais, s’il meurt, il porte beaucoup de fruit» (Jn 12,24), a dit et fait le Seigneur qui nous précède toujours. Quand nous passons par quelque croix, il y est déjà passé en premier. Ainsi nous ne montons pas sur la croix pour trouver Jésus; mais c’est lui qui s’est humilié et qui est descendu jusqu’à la croix pour nous trouver et, en nous, vaincre les ténèbres du mal et nous reconduire à la lumière.

Sous la protection de Marie, nous sommes, dans le monde, des sentinelles du matin qui savent contempler le vrai visage de Jésus Sauveur, celui qui brille à Pâques, et redécouvrir le visage jeune et beau de l’Eglise, qui resplendit quand elle est missionnaire, accueillante, libre, fidèle, pauvre en moyens et riche d’amour.

[00697-FR.03] [Texte original: Portugais]

Traduzione in lingua inglese

“[There] appeared in heaven a woman clothed with the sun”. So the seer of Patmos tells us in the Book of Revelation (12:1), adding that she was about to give birth to a son. Then, in the Gospel, we hear Jesus say to his disciple, “Here is your mother” (Jn 19:27). We have a Mother! “So beautiful a Lady”, as the seers of Fatima said to one another as they returned home on that blessed day of 13 May a hundred years ago. That evening, Jacinta could not restrain herself and told the secret to her m: “Today I saw Our Lady”. They had seen the Mother of Heaven. Many others sought to share that vision, but… they did not see her. The Virgin Mother did not come here so that we could see her. We will have all eternity for that, provided, of course, that we go to heaven.

Our Lady foretold, and warned us about, a way of life that is godless and indeed profanes God in his creatures. Such a life – frequently proposed and imposed – risks leading to hell. Mary came to remind us that God’s light dwells within us and protects us, for, as we heard in the first reading, “the child [of the woman] was snatched away and taken to God” (Rev 12:5). In Lucia’s account, the three chosen children found themselves surrounded by God’s light as it radiated from Our Lady. She enveloped them in the mantle of Light that God had given her. According to the belief and experience of many pilgrims, if not of all, Fatima is more than anything this mantle of Light that protects us, here as in almost no other place on earth. We need but take refuge under the protection of the Virgin Mary and to ask her, as the Salve Regina teaches: “show unto us… Jesus”.

Dear pilgrims, we have a Mother. we have a Mother! Clinging to her like children, we live in the hope that rests on Jesus. As we heard in the second reading, “those who receive the abundance of the grace and the free gift of righteousness exercise dominion in life through the one man, Jesus Christ” (Rom 5:17). When Jesus ascended to heaven, he brought to the Heavenly Father our humanity, which he assumed in the womb of the Virgin Mary and will never forsake. Like an anchor, let us fix our hope on that humanity, seated in heaven at the right hand of the Father (cf. Eph 2:6). May this hope guide our lives! It is a hope that sustains us always, to our dying breath.

Confirmed in this hope, we have gathered here to give thanks for the countless graces bestowed over these past hundred years. All of them passed beneath the mantle of light that Our Lady has spread over the four corners of the earth, beginning with this land of Portugal, so rich in hope. We can take as our examples Saint Francisco and Saint Jacinta, whom the Virgin Mary introduced into the immense ocean of God’s light and taught to adore him. That was the source of their strength in overcoming opposition and suffering. God’s presence became constant in their lives, as is evident from their insistent prayers for sinners and their desire to remain ever near “the hidden Jesus” in the tabernacle.

In her Memoirs (III, 6), Sister Lucia quotes Jacinta who had just been granted a vision: “Do you not see all those streets, all those paths and fields full of people crying out for food, yet have nothing to eat? And the Holy Father in a church, praying before the Immaculate Heart of Mary? And all those people praying with him?” Thank you, brothers and sisters, for being here with me! I could not fail to come here to venerate the Virgin Mary and to entrust to her all her sons and daughters. Under her mantle they are not lost; from her embrace will come the hope and the peace that they require, and that I implore for all my brothers and sisters in baptism and in our human family, especially the sick and the disabled, prisoners and the unemployed, the poor and the abandoned. Dear brothers and sisters, let us pray to God with the hope that others will hear us; and let us speak to others with the certainty that God will help us.

Indeed, God created us to be a source of hope for others, a true and attainable hope, in accordance with each person’s state of life. In “asking” and “demanding” of each of us the fulfillment of the duties of our proper state (Letters of Sister Lucia, 28 February 1943), God effects a general mobilization against the indifference that chills the heart and worsens our myopia. We do not want to be a stillborn hope! Life can survive only because of the generosity of other lives. “Unless a grain of wheat falls into the earth and dies, it remains just a single grain; but if it dies, it bears much fruit” (Jn 12:24). The Lord, who always goes before us, said this and did this. Whenever we experience the cross, he has already experienced it before us. We do not mount the cross to find Jesus. Instead it was he who, in his self-abasement, descended even to the cross, in order to find us, to dispel the darkness of evil within us, and to bring us back to the light.

With Mary’s protection, may we be for our world sentinels of the dawn, contemplating the true face of Jesus the Saviour, resplendent at Easter. Thus may we rediscover the young and beautiful face of the Church, which shines forth when she is missionary, welcoming, free, faithful, poor in means and rich in love.

[00697-EN.02] [Original text: Portuguese]

Traduzione in lingua tedesca

Es »erschien […] am Himmel eine Frau, mit der Sonne bekleidet«, bezeugt der Seher von Patmos in der Offenbarung (12,1) und merkt dabei auch an, dass sie im Begriff war, ein Kind zur Welt zu bringen. Im Evangelium haben wir dann gehört, wie Jesus zum Jünger sagt: »Siehe, deine Mutter« (Joh 19,27). Wir haben eine Mutter! Eine „sehr schöne Frau“, so äußerten sich die Seher von Fatima untereinander auf dem Heimweg an jenem gesegneten Tag des 13. Mai vor einhundert Jahren. Und am Abend gelang es Jacinta nicht, sich zurückzuhalten, und sie enthüllte ihrer Mutter das Geheimnis: „Heute habe ich die Gottesmutter gesehen.“ Sie hatten die Mutter des Himmels gesehen. In die Richtung, der ihre Augen folgten, wandten sich die Blicke vieler, doch … diese haben sie nicht gesehen. Die jungfräuliche Mutter ist nicht hierher gekommen, damit wir sie sehen: dafür werden wir die ganze Ewigkeit haben, wohlgemerkt wenn wir in den Himmel kommen.

Obschon sie uns im Vorausblick vor der Gefahr der Hölle warnt, zu der ein – oftmals gängiges und vorgezeichnetes – Leben ohne Gott führt, das Gott in seinen Geschöpfen entehrt, ist Maria aber gekommen, um uns an das Licht Gottes zu erinnern, das in uns wohnt und uns umhüllt. Denn »ihr Kind wurde zu Gott […] entrückt« (Offb 12,5), wie wir in der ersten Lesung gehört haben. Und gemäß den Worten Lucias befanden sich die drei auserwählten Kinder im Licht Gottes, das von der Gottesmutter ausstrahlte. Sie hüllt sie in den Mantel des Lichtes, das Gott ihr gegeben hatte. Gemäß dem gläubigen Empfinden vieler, wenn nicht sogar aller Pilger ist Fatima vor allem dieser Lichtmantel. Er bedeckt uns hier wie an jedem anderen Ort der Erde, wenn wir unter dem Schutz der Jungfrau Maria Zuflucht nehmen, um sie zu bitten, wie es das Salve Regina lehrt: „Zeige uns Jesus“.

Liebe Pilger, wir haben eine Mutter, wir haben eine Mutter! Wenn wir uns wie Kinder an sie klammern, leben wir in der Hoffnung, die sich auf Jesus stützt, da – wie wir es in der zweiten Lesung gehört haben – alle, »denen die Gnade und die Gabe der Gerechtigkeit reichlich zuteilwurde, im Leben herrschen durch den einen, Jesus Christus« (Röm 5,17). Als Jesus in den Himmel hinaufstieg, brachte er die Menschheit mit an die Seite des himmlischen Vaters – unsere Menschheit, die er im Schoß der Jungfrau Maria angenommen hatte und nie mehr aufgeben wird. Wie einen Anker machen wir unsere Hoffnung in jener Menschheit fest, die im Himmel zur Rechten des Vaters ihren Platz genommen hat (Eph 2,6). Diese Hoffnung möge der Antrieb für unser aller Leben sein! Eine Hoffnung, die uns immer trägt, bis zum letzten Atemzug.

In dieser Hoffnung haben wir uns hier versammelt, um für die unzähligen Gnaden zu danken, die der Himmel in diesen hundert Jahren gewährt hat. Diese Zeit ist unter jenem Lichtmantel vergangen, den die Gottesmutter vom hoffnungsvollen Portugal aus über die vier Himmelsrichtungen der Erde ausgebreitet hat. Als Vorbilder haben wir die Heiligen Francesco Marto und Jacinta vor Augen. Die Jungfrau Maria ließ sie in das unermessliche Meer des Lichtes Gottes eintreten und führte sie so zur Anbetung Gottes. Von daher kam ihnen die Kraft, die Widrigkeiten und die Leiden zu überwinden. Die göttliche Gegenwart wurde zu einem festen Bestandteil in ihrem Leben, wie es klar im beharrlichen Gebet für die Sünder und im bleibenden Wunsch, beim im Tabernakel „verborgenen Jesus“ zu verweilen, zum Ausdruck kommt.

In ihren Erinnerungen (III, Nr. 6) lässt Schwester Lucia Jacinta, der eben eine Vision gewährt wurde, zu Wort kommen: »Siehst du nicht die vielen Straßen, die Wege und Felder voller Menschen, die vor Hunger weinen, weil sie nichts zu essen haben, und den Heiligen Vater in einer Kirche vor dem Unbefleckten Herzen Mariens im Gebet? Und so viele Leute, die mit ihm beten?«. Danke, Brüder und Schwestern, dass ihr mich begleitet habt! Ich konnte nicht umhin, hierher zu kommen, um die Jungfrau und Mutter Maria zu verehren und ihr ihre Söhne und Töchter anzuvertrauen. Unter ihrem Schutzmantel gehen sie nicht verloren; aus ihren Armen werden sie die Hoffnung und den Frieden bekommen, deren sie bedürfen; und darum bitte ich für alle meine Brüder und Schwestern, für die Getauften und die ganze Menschheit, insbesondere für die Kranken und Behinderten, die Gefangenen und Arbeitslosen, die Armen und Verlassenen. Liebe Brüder und Schwestern, beten wir zu Gott in der Hoffnung, dass uns die Menschen anhören werden; und wenden wir uns an die Menschen in der Gewissheit, dass uns Gott zu Hilfe kommt.

Er hat uns ja erschaffen gleichsam als Hoffnung für die anderen, eine reale und erfüllbare Hoffnung gemäß dem Lebensstand eines jeden. Wenn der Himmel von jedem von uns die Erfüllung der Standespflichten „verlangt“ und „einfordert“ (Brief von Schwester Lucia, 28. Februar 1943), so setzt er damit eine regelrechte allgemeine Mobilisierung gegen diese Gleichgültigkeit in Gang, die unser Herz erstarren lässt und unsere Kurzsichtigkeit verschlimmert. Wir wollen keine gescheiterte Hoffnung sein! Das Leben kann nur dank der Großzügigkeit eines anderen Lebens überleben. »Wenn das Weizenkorn nicht in die Erde fällt und stirbt, bleibt es allein; wenn es aber stirbt, bringt es reiche Frucht« (Joh 12,24): Der Herr, der uns immer vorausgeht, hat dies gesagt und getan. Wenn wir ein Kreuz zu tragen haben, dann hat er es schon vorher getragen. So steigen nicht wir auf das Kreuz hinauf, um Jesus zu finden; vielmehr ist er es gewesen, der sich erniedrigt hat und bis zum Kreuz hinabgestiegen ist, um uns zu finden und in uns die Finsternis des Bösen zu besiegen und uns zum Licht zurückzubringen.

Unter dem Schutz Mariens sind wir in der Welt Wächter, die den Morgen erwarten, die das wahre Antlitz Jesu, des Heilands, im österlichen Glanz betrachten können und das junge und schöne Gesicht der Kirche wiederentdecken können, das strahlt, wenn sie missionarisch, einladend, frei, treu, arm an Mitteln und reich an Liebe ist.

[00697-DE.02] [Originalsprache: Portugiesisch]

Traduzione in lingua spagnola

«Un gran signo apareció en el cielo: una mujer vestida del sol», dice el vidente de Patmos en el Apocalipsis (12,1), señalando además que ella estaba a punto de dar a luz a un hijo. Después, en el Evangelio, hemos escuchado cómo Jesús le dice al discípulo: «Ahí tienes a tu madre» (Jn 19,27). Tenemos una Madre, una «Señora muy bella», comentaban entre ellos los videntes de Fátima mientras regresaban a casa, en aquel bendito 13 de mayo de hace cien años. Y, por la noche, Jacinta no pudo contenerse y reveló el secreto a su madre: «Hoy he visto a la Virgen». Habían visto a la Madre del cielo. En la estela de luz que seguían con sus ojos, se posaron los ojos de muchos, pero… estos no la vieron. La Virgen Madre no vino aquí para que nosotros la viéramos: para esto tendremos toda la eternidad, a condición de que vayamos al cielo, por supuesto.

Pero ella, previendo y advirtiéndonos sobre el peligro del infierno al que nos lleva una vida ―a menudo propuesta e impuesta― sin Dios y que profana a Dios en sus criaturas, vino a recordarnos la Luz de Dios que mora en nosotros y nos cubre, porque, como hemos escuchado en la primera lectura, «fue arrebatado su hijo junto a Dios» (Ap 12,5). Y, según las palabras de Lucía, los tres privilegiados se encontraban dentro de la Luz de Dios que la Virgen irradiaba. Ella los rodeaba con el manto de Luz que Dios le había dado. Según el creer y el sentir de muchos peregrinos —por no decir de todos—, Fátima es sobre todo este manto de Luz que nos cubre, tanto aquí como en cualquier otra parte de la tierra, cuando nos refugiamos bajo la protección de la Virgen Madre para pedirle, como enseña la Salve Regina, «muéstranos a Jesús».

Queridos Peregrinos, tenemos una Madre, tenemos una Madre! Aferrándonos a ella como hijos, vivamos de la esperanza que se apoya en Jesús, porque, como hemos escuchado en la segunda lectura, «los que reciben a raudales el don gratuito de la justificación reinarán en la vida gracias a uno solo, Jesucristo» (Rm 5,17). Cuando Jesús subió al cielo, llevó junto al Padre celeste a la humanidad ―nuestra humanidad― que había asumido en el seno de la Virgen Madre, y que nunca dejará. Como un ancla, fijemos nuestra esperanza en esa humanidad colocada en el cielo a la derecha del Padre (cf. Ef 2,6). Que esta esperanza sea el impulso de nuestra vida. Una esperanza que nos sostenga siempre, hasta el último suspiro.

Con esta esperanza, nos hemos reunido aquí para dar gracias por las innumerables bendiciones que el Cielo ha derramado en estos cien años, y que han transcurrido bajo el manto de Luz que la Virgen, desde este Portugal rico en esperanza, ha extendido hasta los cuatro ángulos de la tierra. Como un ejemplo para nosotros, tenemos ante los ojos a san Francisco Marto y a santa Jacinta, a quienes la Virgen María introdujo en el mar inmenso de la Luz de Dios, para que lo adoraran. De ahí recibían ellos la fuerza para superar las contrariedades y los sufrimientos. La presencia divina se fue haciendo cada vez más constante en sus vidas, como se manifiesta claramente en la insistente oración por los pecadores y en el deseo permanente de estar junto a «Jesús oculto» en el Sagrario.

En sus Memorias (III, n.6), sor Lucía da la palabra a Jacinta, que había recibido una visión: «¿No ves muchas carreteras, muchos caminos y campos llenos de gente que lloran de hambre por no tener nada para comer? ¿Y el Santo Padre en una iglesia, rezando delante del Inmaculado Corazón de María? ¿Y tanta gente rezando con él?» Gracias por haberme acompañado. No podía dejar de venir aquí para venerar a la Virgen Madre, y para confiarle a sus hijos e hijas. Bajo su manto, no se pierden; de sus brazos vendrá la esperanza y la paz que necesitan y que yo suplico para todos mis hermanos en el bautismo y en la humanidad, en particular para los enfermos y los discapacitados, los encarcelados y los desocupados, los pobres y los abandonados. Queridos hermanos: pidamos a Dios, con la esperanza de que nos escuchen los hombres, y dirijámonos a los hombres, con la certeza de que Dios nos ayuda.

En efecto, él nos ha creado como una esperanza para los demás, una esperanza real y realizable en el estado de vida de cada uno. Al «pedir» y «exigir» de cada uno de nosotros el cumplimiento de los compromisos del propio estado (Carta de sor Lucía, 28 de febrero de 1943), el cielo activa aquí una auténtica y precisa movilización general contra esa indiferencia que nos enfría el corazón y agrava nuestra miopía. No queremos ser una esperanza abortada. La vida sólo puede sobrevivir gracias a la generosidad de otra vida. «Si el grano de trigo no cae en tierra y muere, queda infecundo; pero si muere, da mucho fruto» (Jn 12,24): lo ha dicho y lo ha hecho el Señor, que siempre nos precede. Cuando pasamos por alguna cruz, él ya ha pasado antes. De este modo, no subimos a la cruz para encontrar a Jesús, sino que ha sido él el que se ha humillado y ha bajado hasta la cruz para encontrarnos a nosotros y, en nosotros, vencer las tinieblas del mal y llevarnos a la luz.

Que, con la protección de María, seamos en el mundo centinelas que sepan contemplar el verdadero rostro de Jesús Salvador, que brilla en la Pascua, y descubramos de nuevo el rostro joven y hermoso de la Iglesia, que resplandece cuando es misionera, acogedora, libre, fiel, pobre de medios y rica de amor.

[00697-ES.02] [Texto original: Portugués]

Traduzione in lingua polacca

„Wielki znak się ukazał na niebie: Niewiasta obleczona w słońce”: poświadcza widzący z Patmos w Apokalipsie (12, 1), zauważając, że miała porodzić syna. Następnie, w Ewangelii słyszeliśmy Jezusa mówiącego do ucznia: „Oto Matka twoja” (J 19, 26-27). Mamy Matkę! „Bardzo piękną Panią”, komentowali między sobą wizjonerzy z Fatimy wracając do domu, tego szczęśliwego dnia 13 maja przed stu laty. A wieczorem, Hiacynta nie mogła się powstrzymać i ujawniła tajemnicę swojej matce: „Dzisiaj widziałam Matkę Bożą”. Widzieli Matkę Niebieską. Śladem, którym podążały ich oczy, wznosiły się oczy wielu osób, które Jej jednak nie widziały. Dziewica Matka nie przyszła tutaj, abyśmy Ją widzieli: na to będziemy mieli całą wieczność, oczywiście jeśli pójdziemy do Nieba.

Ona jednak, przeczuwając i przestrzegając nas przed groźbą piekła, do którego prowadzi – często proponowane i narzucone – życie bez Boga, bezczeszczące Boga w Jego stworzeniach, przyszła, aby nam przypomnieć o Bożym Świetle, które w nas mieszka i nas okrywa, bo jak słyszeliśmy w pierwszym czytaniu, „zostało porwane jej Dziecię do Boga” (Ap 12, 5). A zgodnie ze słowami Łucji, troje uprzywilejowanych znajdowało się wewnątrz światła Boga, promieniującego z Matki Bożej. Ogarnęła ich płaszczem światła, którym obdarzył ją Bóg. Zgodnie z przekonaniem i uczuciem wielu, jeśli nie wszystkich pielgrzymów, Fatima jest przede wszystkim tym płaszczem Światła, który nas okrywa, tutaj tak samo jak w każdym innym miejscu na Ziemi, kiedy uciekamy się pod opiekę Najświętszej Matki, aby ją prosić, jak uczy: Salve Regina, „Okaż nam Jezusa”.

Drodzy pielgrzymi, mamy Matkę, mamy Matkę! Uchwyciwszy się Jej, jak dzieci, żyjemy w nadziei, która opiera się na Jezusie, ponieważ, jak słyszeliśmy w drugim czytaniu, „ci, którzy otrzymują obfitość łaski i daru sprawiedliwości, królować będą w życiu z powodu Jednego – Jezusa Chrystusa” (Rz 5, 17). Kiedy Jezus wstąpił do nieba, zaniósł do Ojca Niebieskiego człowieczeństwo – nasze człowieczeństwo – które przyjął w łonie Matki Dziewicy, i nigdy już go nie porzuci. Jak kotwicę, utkwijmy naszą nadzieję w tym człowieczeństwie umieszczonym w niebie po prawicy Ojca (por. Ef 2, 6). Niech ta nadzieja będzie dźwignią życia nas wszystkich! Nadzieja, która wspiera nas zawsze, aż do ostatniego tchnienia.

Mocni tą nadzieją, zebraliśmy się tutaj, aby podziękować za niezliczone błogosławieństwa, których Bóg udzielił w ciągu minionych stu lat spędzonych pod tym płaszczem Światła, którym Matka Boża, wychodząc z Portugalii bogatej w nadzieję, ogarnęła wszystkie krańce Ziemi. Jako wzory mamy przed oczyma świętych Franciszka Marto i świętą Hiacyntę, których Dziewica Maryja wprowadziła w ogromne morze Światła Boga, doprowadzając ich do wielbienia Go. Stąd wypływała dla nich moc, aby pokonywać przeciwności i cierpienia. Boża obecność stała się stałym elementem ich życia, jak wyraźnie przejawia się to w usilnych modlitwach za grzeszników i stałym pragnieniu trwania przy Jezusie „ukrytym” w tabernakulum.

W swoich Wspomnieniach (III, n. 6), siostra Łucja oddała głos Hiacyncie, dopiero co obdarzonej wizją: „Czy nie widzisz dróg, ścieżek i pól, pełnych ludzi, którzy płaczą z głodu, bo nie mają nic do jedzenia. A Ojciec Święty modli się w kościele przed Niepokalanym Sercem Maryi, i razem z nim modli się bardzo dużo ludzi?”. Dziękuję wam bracia i siostry, że mi towarzyszycie! Nie mogłem tutaj nie przybyć, aby oddać cześć Maryi Pannie i Jej powierzyć Jej synów i córki. Pod Jej płaszczem nie zagubią się; z Jej ramion przyjdzie nadzieja i pokój, których potrzebują i o który błagam dla wszystkich moich braci w chrzcie i w człowieczeństwie, a zwłaszcza dla chorych i niepełnosprawnych, więźniów i bezrobotnych, ubogich i opuszczonych. Drodzy bracia, módlmy się do Boga, z nadzieją, że ludzie nas wysłuchają; i zwróćmy się do ludzi z pewnością, że Bóg spieszy nam na ratunek.

On nas stworzył rzeczywiście jako nadzieję dla innych, nadzieję realną i możliwą do spełnienia w zależności od stanu życia każdego. „Prosząc” i „wymagając” od każdego z nas wypełniania obowiązków swego stanu (List siostry Łucji, 28 lutego, 1943), Niebo uruchamia tutaj prawdziwą i w pełnym tego słowa znaczeniu mobilizację powszechną przeciwko tej obojętności, która oziębia nam serce i pogłębia naszą krótkowzroczność. Nie chcemy być poronioną nadzieją! Życie może przetrwać tylko dzięki hojności innego życia. „Jeżeli ziarno pszenicy wpadłszy w ziemię nie obumrze, zostanie tylko samo, ale jeżeli obumrze, przynosi plon obfity” (J 12, 24): powiedział to i uczynił Pan, który zawsze nas poprzedza. Kiedy przechodzimy przez krzyż, On już przeszedł przezeń wcześniej. W ten sposób wchodzimy na krzyż, aby znaleźć Jezusa; ale to On upokorzył się i zstąpił aż na krzyż, aby nas znaleźć i w nas pokonać mroki zła i doprowadzić nas z powrotem do Światła.

Pod opieką Maryi, jesteśmy w świecie „stróżami poranka”, którzy potrafią kontemplować prawdziwe oblicze Jezusa Zbawiciela, to oblicze, które jaśnieje w Wielkanoc, i odkryć młode i piękne oblicze Kościoła, który jaśnieje, gdy jest gościnny, wolny, wierny, ubogi w środki i bogaty w miłość.

[00697-PL.02] [Testo originale: Portoghese]

Traduzione in lingua araba

"ثُمَّ ظَهَرَت [...] في السَّماء: اِمرَأَةٌ مُلتَحِفَةٌ بِالشَّمْس": يؤكّد رائي بطمس في سفر الرؤيا (12، 1)، ويشير أيضًا إلى أنّها كانت على وشك أن تلد ابنًا. ثمّ سمعنا يسوع في الإنجيل يقول لتلميذه: "هذه أمّك" (يو 19، 26- 27). لدينا أمّ! "سيّدة جميلة للغاية" كما كان يقول شهود ظهورات سيّدة فاطمة فيما بينهم، في طريق عودتهم إلى البيت، يوم 13 مايو/أيار ذاك، مائة سنة مضت. ولم تستطِع جاسينتا في المساء أن تضبط نفسها، وكشفت عن سرّ الأمّ: "اليوم، قد رأيت السيّدة العذراء". لقد رأوا أمّ السماء. وتبعت عيونُ الكثيرين الاتجاه الذي تبعته عيونهم، ولكن... هؤلاء لم يروها. لم تأتِ الأمّ العذراء إلى هنا كي نراها: فلدينا الأبديّة لنراها، بالطبع إن ذهبنا إلى السماء.

ولكنها أتت، تستبق وتحذّر من خطر حياة تقود إلى جهنم، حياة من دون الله –غالبًا ما يتمّ اقتراحها وفرضها- وتدنّس الله في مخلوقاته، أتت تذكّرنا بنور الله الذي يقيم فينا ويكسونا، لأن "وَلَدها خُطِفَ إِلى حَضرَةِ اللّهِ" كما سمعنا في القراءة الأولى (رؤيا 12، 5). ووفقًا لقول لوتشيّا، كان المحظوظون الثلاث داخل النور الذي كان يشعّ من السيّدة العذراء. كانت تغمرهم بثوب النور الذي أعطاها إيّاه الله. إن مزار السيّدة العذراء في فاطمة، بحسب إيمان وشعور الكثير من الحجّاج، وربّما جميعهم، هو قبل كلّ شيء هذا الثوب من النور الذي يكسو، هنا كما في أيّ مكان آخر من الأرض، عندما نلتجئ في ظلّ حماية الأمّ العذراء كي نطلب منها، كما تعلّمنا صلاة الـ السلام عليك أيتها الملكة، "أرينا يسوع".

أيها الحجّاج الأعزّاء، لدينا أمّ ! لدينا أمّ. لنعِش بالرجاء الذي يركّز على يسوع، ونحن متشبثّين بها كالأبناء، لأنّه، كما سمعنا في القراءة الثانية، "أَحْرى أُولئِكَ الَّذينَ تَلَقَّوا فَيضَ النِّعمَةِ وهِبَةَ البِرِّ أَن يَسودوا بالحَياةِ بيَسوعَ المسيحِ وَحدَه" (روم 5، 17). عندما صعد يسوع إلى السماء، أخذ معه الطبيعة البشرية –طبيعتنا البشرية- ووضعها قرب الآب السماوي؛ الطبيعة التي اتّخذها في حشا الأمّ العذراء، ولن يتركها أبدًا. لنثبّت، مثل المرساة، رجاءنا بالبشريّة التي وُضِعَت في السماء على يمين الآب (را. أف 2، 6). وليكن هذا الرجاء "رافعة" حياتنا جميعًا! رجاء يعضدنا على الدوام، وحتى النفس الأخير.

لقد تجمّعنا هنا، وقد قوّانا هذا الرّجاء، كي نرفع الشكران على البركات التي لا تُحصى التي أعطتنا إياها السماء طيلة السنوات المئة هذه، التي مرّت في ظلّ ثوب النور الذي بسطته السيّدة العذراء، من البرتغال هذا المملوء رجاء، إلى أربعة أركان الأرض. وكأمثلة لدينا أمام أعيننا، القدّيس فرانشيسكو مارتو والقدّيسة جاسينتا، اللذان أدخلتهما مريم العذراء في بحرِ نور الله الهائل، وجعلتهما يعبدانه. ومن هنا جاءتهم القوّة كي يتخطّوا المحن والمعاناة. وأصبح حضور الله ثابتًا في حياتهم، كما ظهر بوضوح في الصلاة المُلِحَّة من أجل الخطأة وفي الرغبة الدائمة في البقاء قرب "يسوع المخفيّ" في بيت القربان المقدّس.

تعطي الأخت لوتشيا الكلمةَ في مذكّراتها (III ، عدد 6)، لجاسينتا وكانت قد شهدت ظهورا للتو: "ألا ترين الكثير من الطرق، والكثير من الدروب والحقول المملوءة بأشخاصٍ يبكون بسبب الجوع وليس لديهم ما يأكلون؟ والأب الأقدس جالس على كرسيّ، أمام قلب مريم الطاهر، وهو يصلّي؟ والعديد من الناس يصلّون معه؟". شكرًا أيها الإخوة والأخوات على مرافقتكم لي! لم يكن باستطاعتي عدم المجيء إلى هنا لأكرّم الأمّ العذراء وأعهد إليها بالأبناء والبنات. في ظلّ عباءتها لا يتيهون؛ ومِن يديها سوف يأتي الرجاءُ والسلامُ اللذان هم بحاجة إليهما؛ الرجاء والسلام اللذان أطلب من أجل جميع إخوتي في المعموديّة وفي الإنسانيّة، ولاسيّما من أجل المرضى، والمعاقين، والمأسورين والعاطلين عن العمل، والفقراء والمتروكين. أيها الإخوة الأعزّاء، لنصلِّ لله برجاء أن يسمعنا البشر؛ ولنتوجّه للبشر بيقين أن الله يعيننا.

فقد خُلِقنا في الواقع كرجاء للآخرين؛ رجاءٌ حقٌّ، يمكن أن يحقّقه كلٌّ وفقًا لحالته. فالسماء هنا، إذ "تطلب" و "تفرض" على كلّ فرد أن يقوم بالواجب التابع لحالة حياته (رسالة الأخت لوتشيا، 28 فبراير/شباط 1943)، تُطلِقُ تعبئةً عامّة حقيقيّة ضدّ اللامبالاة التي تجلّد قلبَنا وتفاقم قِصَرِ نظرنا. لا نريد أن نكون رجاء مُجهَضًا! فالحياة تستمرّ فقط بفضل سخاء حياةٍ أخرى. "إنَّ حَبَّةَ الحِنطَةِ الَّتي تَقَعُ في الأَرض إِن لَم تَمُتْ تَبقَ وَحدَها. وإذا ماتَت، أَخرَجَت ثَمَراً كثيراً" (يو 12، 24): هذا ما قاله الربّ وصنعه، هو الذي يسبقنا على الدوام. عندما نمرّ بصليب ما، هو قد مرّ به من قَبلِنا. نحن هكذا، لا نصعد نحو الصليب كي نجد يسوع؛ إنما قد كان هو الذي تواضع ونزل حتى الصليب كي يجدنا ويتغلّب فينا على ظلمات الشرّ ويعود بنا إلى النور.

في ظل حماية مريم، نحن رقباء الفجر في العالم، الذين يعرفون كيف يتأمّلون بالوجه الحقّ ليسوع الفادي، ذاك الوجه الذي يسطع في الفصح، وكيف يكتشفون مجدّدا وجه الكنيسة الشاب والجميل، الذي يشعّ عندما تكون مُرسَلَة، ومضيافة، وحرّة، وأمينة، وفقيرة بوسائلها لكن غنيّة بالمحبة.

[00697-AR.02] [Testo originale: Portoghese]

[B0323-XX.02]