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VIAGGIO APOSTOLICO DI SUA SANTITÀ BENEDETTO XVI IN PORTOGALLO NEL 10° ANNIVERSARIO DELLA BEATIFICAZIONE DI GIACINTA E FRANCESCO, PASTORELLI DI FÁTIMA (11 - 14 MAGGIO 2010) (VIII), 12.05.2010


CELEBRAZIONE DEI VESPRI CON SACERDOTI, RELIGIOSI, SEMINARISTI E DIACONI NELLA CHIESA DELLA SS.MA TRINDADE A FÁTIMA

  OMELIA DEL SANTO PADRE

  TRADUZIONE IN LINGUA ITALIANA  

  TRADUZIONE IN LINGUA INGLESE  

  TRADUZIONE IN LINGUA FRANCESE  

Alle ore 18.00 il Santo Padre Benedetto XVI presiede la Celebrazione dei Vespri con i sacerdoti, i religiosi e le religiose, i seminaristi e i diaconi nella Chiesa della SS.ma Trindade presso il Santuario di Nostra Signora di Fátima. All’incontro, dedicato al clero nell’Anno Sacerdotale, sono presenti anche operatori pastorali e rappresentanze di movimenti ecclesiali.

Nel corso della Celebrazione, introdotta dal saluto di S.E. Mons. António Francisco dos Santos, Vescovo di Aveiro e Presidente della Commissione episcopale per il Clero, il Papa pronuncia l’omelia che riportiamo di seguito:

  OMELIA DEL SANTO PADRE 

Queridos irmãos e irmãs,

«Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher […] para nos tornar seus filhos adoptivos» (Gal 4, 4.5). A plenitude dos tempos chegou, quando o Eterno irrompeu no tempo; por obra e graça do Espírito Santo, o Filho do Altíssimo foi concebido e fez-Se homem no seio de uma mulher: a Virgem Mãe, tipo e modelo excelso da Igreja crente. Esta não cessa de gerar novos filhos no Filho, que o Pai quis primogénito de muitos irmãos. Cada um de nós é chamado a ser, com Maria e como Maria, um sinal humilde e simples da Igreja que continuamente se oferece como esposa nas mãos do seu Senhor.

A todos vós que doastes a vida a Cristo, desejo nesta tarde exprimir o apreço e reconhecimento eclesial. Obrigado pelo vosso testemunho muitas vezes silencioso e nada fácil; obrigado pela vossa fidelidade ao Evangelho e à Igreja. Em Jesus presente na Eucaristia, abraço os meus irmãos no sacerdócio e os diáconos, consagradas e consagrados, seminaristas e membros dos movimentos e novas comunidades eclesiais aqui presentes. Queira o Senhor recompensar, como só Ele sabe e pode fazer, quantos tornaram possível encontrarmo-nos aqui junto de Jesus Eucaristia, designadamente a Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios com o seu Presidente, Dom António Santos, a quem agradeço as palavras repassadas de afecto colegial e fraterno pronunciadas no início das Vésperas. Neste ideal «cenáculo» de fé que é Fátima, a Virgem Mãe indica-nos o caminho para a nossa oblação pura e santa nas mãos do Pai.

Permiti abrir-vos o coração para vos dizer que a principal preocupação de todo o cristão, nomeadamente da pessoa consagrada e do ministro do Altar, há-de ser a fidelidade, a lealdade à própria vocação, como discípulo que quer seguir o Senhor. A fidelidade no tempo é o nome do amor; de um amor coerente, verdadeiro e profundo a Cristo Sacerdote. «Se o Baptismo é um verdadeiro ingresso na santidade de Deus através da inserção em Cristo e da habitação do seu Espírito, seria um contra-senso contentar-se com uma vida medíocre, pautada por uma ética minimalista e uma religiosidade superficial» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31). Neste Ano Sacerdotal, já a caminho do fim, uma graça abundante desça sobre todos vós para viverdes a alegria da consagração e testemunhardes a fidelidade sacerdotal alicerçada na fidelidade de Cristo. Isto supõe, evidentemente, uma verdadeira intimidade com Cristo na oração, pois será a experiência forte e intensa do amor do Senhor que há-de levar os sacerdotes e os consagrados a corresponderem ao seu amor de modo exclusivo e esponsal.

Esta vida de especial consagração nasceu como memória evangélica para o povo de Deus, memória que manifesta, atesta e anuncia a toda a Igreja o radicalismo evangélico e a vinda do Reino. Pois bem, queridos consagrados e consagradas, com o vosso empenho na oração, na ascese, no progresso da vida espiritual, na acção apostólica e na missão, tendeis para a Jerusalém Celeste, antecipais a Igreja escatológica, firme na posse e contemplação amorosa de Deus-Amor. Como é grande, hoje, a necessidade deste testemunho! Muitos dos nossos irmãos vivem como se não houvesse um Além, sem se importar com a própria salvação eterna. Os homens são chamados a aderir ao conhecimento e ao amor de Deus, e a Igreja tem a missão de os ajudar nesta vocação. Bem sabemos que Deus é senhor dos seus dons; e a conversão dos homens é graça. Mas somos responsáveis pelo anúncio da fé, da totalidade da fé, e das suas exigências. Queridos amigos, imitemos o Cura d’Ars que assim rezava ao bom Deus: «Concedei-me a conversão da minha paróquia, e eu estou pronto a sofrer o que Vós quiserdes, todo o resto da vida». E tudo fez para arrancar as pessoas à própria tibieza a fim de as reconduzir ao amor.

Há uma solidariedade profunda entre todos os membros do Corpo de Cristo: não é possível amá-Lo, sem amar os seus irmãos. Foi para a salvação deles que João Maria Vianney quis ser sacerdote: «Ganhar as almas para o Bom Deus», declarava ele ao anunciar a sua vocação, aos dezoito anos de idade, tal como Paulo dizia: «Ganhar a todos» (1 Cor 9, 19). O Vigário Geral tinha-lhe dito: «Não há muito amor de Deus na paróquia, vós introduzi-lo-eis». E, na sua paixão sacerdotal, o santo pároco era misericordioso como Jesus no encontro com cada pecador. Preferia insistir sobre o lado atraente da virtude, sobre a misericórdia de Deus diante da qual os nossos pecados são «grãos de areia». Mostrava a ternura de Deus ofendida. Temia que os sacerdotes «se insensibilizassem» e habituassem à indiferença dos seus fiéis: «Ai do Pastor – advertia – que fica calado ao ver Deus ultrajado e as almas perderem-se!»

Amados irmãos sacerdotes, neste lugar que Maria fez tão especial, tendo diante dos olhos a sua vocação de discípula fiel do Filho Jesus desde a sua conceição até à Cruz e depois no caminho da Igreja nascente, considerai a graça inaudita do vosso sacerdócio. A fidelidade à própria vocação exige coragem e confiança, mas o Senhor quer também que saibais unir as vossas forças; sede solícitos uns pelos outros, sustentando-vos fraternalmente. Os momentos de oração e estudo em comum, de partilha das exigências da vida e trabalho sacerdotal são uma parte necessária da vossa vida. Como é maravilhoso quando vos acolheis uns aos outros nas vossas casas, com a paz de Cristo nos vossos corações! Como é importante que vos ajudeis mutuamente por meio da oração e com conselhos e discernimentos úteis! Particular atenção vos devem merecer as situações de um certo esmorecimento dos ideais sacerdotais ou a dedicação a actividades que não concordem integralmente com o que é próprio de um ministro de Jesus Cristo. Então é hora de assumir, juntamente com o calor da fraternidade, a atitude firme do irmão que ajuda seu irmão a manter-se de pé.

Embora o sacerdócio de Cristo seja eterno (cf. Heb 5, 6), a vida dos sacerdotes é limitada. Cristo quer que outros perpetuem ao longo dos tempos o sacerdócio ministerial por Ele instituído. Por isso mantende, dentro de vós e ao vosso redor, a inquietude por suscitar – secundando a graça do Espírito Santo – novas vocações sacerdotais entre os fiéis. A oração confiante e perseverante, o amor jubiloso à própria vocação e um dedicado trabalho de direcção espiritual permitir-vos-ão discernir o carisma vocacional naqueles que são chamados por Deus.

A vós, queridos seminaristas, que já destes o primeiro passo para o sacerdócio e estais a preparar-vos no Seminário Maior ou nas Casas de Formação Religiosa, o Papa encoraja-vos a serdes conscientes da grande responsabilidade que ides assumir: examinai bem as intenções e as motivações; dedicai-vos com ânimo forte e espírito generoso à vossa formação. A Eucaristia, centro da vida do cristão e escola de humildade e serviço, deve ser o objecto principal do vosso amor. A adoração, a piedade e o cuidado do Santíssimo Sacramento, durante estes anos de preparação, farão com que um dia celebreis o Sacrifício do Altar com unção edificante e verdadeira.

Neste caminho de fidelidade, amados sacerdotes e diáconos, consagrados e consagradas, seminaristas e leigos comprometidos, guia-nos e acompanha-nos a Bem-aventurada Virgem Maria. Com Ela e como Ela somos livres para ser santos; livres para ser pobres, castos e obedientes; livres para todos, porque desapegados de tudo; livres de nós mesmos para que em cada um cresça Cristo, o verdadeiro consagrado do Pai e o Pastor ao qual os sacerdotes emprestam voz e gestos, de Quem são presença; livres para levar à sociedade actual Jesus Cristo morto e ressuscitado, que permanece connosco até ao fim dos séculos e a todos Se dá na Santíssima Eucaristia.

[00682-06.01] [Texto original: Português]

  TRADUZIONE IN LINGUA ITALIANA

Cari fratelli e sorelle,

«Quando venne la pienezza del tempo, Dio mandò il suo Figlio, nato da donna […] perché ricevessimo l’adozione a figli» (Gal 4, 4.5). La pienezza del tempo è arrivata, quando l’Eterno irruppe nel tempo; per opera e grazia dello Spirito Santo, il Figlio dell’Altissimo fu concepito e si fece uomo nel seno di una donna: La Vergine Madre, tipo e modello eccelso della Chiesa credente. Essa non smette di generare nuovi figli nel Figlio, che il Padre ha voluto come primogenito di molti fratelli. Ognuno di noi è chiamato ad essere, con Maria e come Maria, un segno umile e semplice della Chiesa che continuamente si offre come sposa nelle mani del suo Signore.

A tutti voi che avete donato la vita a Cristo, desidero, questa sera, esprimere l’apprezzamento e la riconoscenza ecclesiale. Grazie per la vostra testimonianza spesso silenziosa e per niente facile; grazie per la vostra fedeltà al Vangelo e alla Chiesa. In Gesù presente nell’Eucaristia, abbraccio i miei fratelli nel sacerdozio e i diaconi, le consacrate e i consacrati, i seminaristi e i membri dei movimenti e delle nuove comunità ecclesiali qui presenti. Voglia il Signore ricompensare, come soltanto Lui sa e può fare, quanti hanno reso possibile trovarci qui presso Gesù Eucaristia, in particolare alla Commissione Episcopale per le Vocazioni e i Ministeri con il suo Presidente, Mons. Antonio Santos, che ringrazio per le parole piene di affetto collegiale e fraterno pronunciate all’inizio dei Vespri. In questo ideale «cenacolo» di fede che è Fatima, la Vergine Madre ci indica la via per la nostra oblazione pura e santa nelle mani del Padre.

Permettetemi di aprirvi il cuore per dirvi che la principale preoccupazione di ogni cristiano, specialmente della persona consacrata e del ministro dell’Altare, dev’essere la fedeltà, la lealtà alla propria vocazione, come discepolo che vuole seguire il Signore. La fedeltà nel tempo è il nome dell’amore; di un amore coerente, vero e profondo a Cristo Sacerdote. «Se il battesimo è un vero ingresso nella santità di Dio attraverso l’inserimento in Cristo e l’inabitazione del suo Spirito, sarebbe un controsenso accontentarsi di una vita mediocre, vissuta all’insegna di un’etica minimalista e di una religiosità superficiale» (Giovanni Paolo II, Lettera ap. Novo millennio ineunte, 31). In quest’Anno Sacerdotale che volge al termine, scenda su tutti voi una grazia abbondante perché viviate la gioia della consacrazione e testimoniate la fedeltà sacerdotale fondata sulla fedeltà di Cristo. Ciò suppone evidentemente una vera intimità con Cristo nella preghiera, poiché sarà l’esperienza forte ed intensa dell’amore del Signore che dovrà portare i sacerdoti e i consacrati a corrispondere in un modo esclusivo e sponsale al suo amore.

Questa vita di speciale consacrazione è nata come memoria evangelica per il popolo di Dio, memoria che manifesta, certifica e annuncia all’intera Chiesa la radicalità evangelica e la venuta del Regno. Ebbene, cari consacrati e consacrate, con il vostro impegno nella preghiera, nell’ascesi, nello sviluppo della vita spirituale, nell’azione apostolica e nella missione, tendete verso la Gerusalemme celeste, anticipate la Chiesa escatologica, salda nel possesso e nell’amorevole contemplazione del Dio Amore. Quanto grande è oggi il bisogno di questa testimonianza! Molti dei nostri fratelli vivono come se non ci fosse un Aldilà, senza preoccuparsi della propria salvezza eterna. Gli uomini sono chiamati ad aderire alla conoscenza e all’amore di Dio, e la Chiesa ha la missione di aiutarli in questa vocazione. Sappiamo bene che Dio è padrone dei suoi doni; e la conversione degli uomini è grazia. Ma siamo responsabili dall’annuncio della fede, della totalità della fede e delle sue esigenze. Cari amici, imitiamo il Curato d’Ars che così pregava il buon Dio: «Concedimi la conversione della mia parrocchia, e io accetto di soffrire tutto ciò che Tu vuoi per il resto della vita». E tutto ha fatto per strappare le persone alla propria tiepidezza per ricondurle all’amore.

C’è una solidarietà profonda fra tutti i membri del Corpo di Cristo: non è possibile amarlo senza amare i suoi fratelli. Fu per la salvezza di essi che Giovanni Maria Vianney ha voluto essere sacerdote: «Guadagnare le anime per il buon Dio» dichiarava nell’annunciare la sua vocazione a diciotto anni d’età, così come Paolo diceva: «Guadagnare il maggior numero» (1 Cor 9,19). Il Vicario generale gli aveva detto: «Non c’è molto amore di Dio nella parrocchia, voi lo introdurrete». E, nella sua passione sacerdotale, il santo parroco era misericordioso come Gesù nell’incontro con ogni peccatore. Preferiva insistere sull’aspetto affascinante della virtù, sulla misericordia di Dio al cui cospetto i nostri peccati sono «grani di sabbia». Presentava la tenerezza di Dio offesa. Temeva che i sacerdoti diventassero «insensibili» e si abituassero all’indifferenza dei loro fedeli: «Guai al Pastore – ammoniva – che rimane zitto vedendo Dio oltraggiato e le anime perdersi».

Amati fratelli sacerdoti, in questo luogo che Maria ha reso tanto speciale, avendo davanti agli occhi la sua vocazione di discepola fedele del Figlio Gesù dal concepimento alla Croce e poi nel cammino della Chiesa nascente, considerate la grazia inaudita del vostro sacerdozio. La fedeltà alla propria vocazione esige coraggio e fiducia, ma il Signore vuole anche che sappiate unire le vostre forze; siate solleciti gli uni verso gli altri, sostenendovi fraternamente. I momenti di preghiera e di studio in comune, la condivisione delle esigenze della vita e del lavoro sacerdotale sono una parte necessaria della vostra vita. Come è meraviglioso quando vi accogliete vicendevolmente nelle vostre case, con la pace di Cristo nei vostri cuori! Come è importante aiutarvi a vicenda per mezzo della preghiera e con utili consigli e discernimenti! Riservate particolare attenzione alle situazioni di un certo indebolimento degli ideali sacerdotali oppure al fatto di dedicarsi ad attività che non si accordano integralmente con ciò che è proprio di un ministro di Gesù Cristo. Quindi è il momento di assumere, insieme con il calore della fraternità, il fermo atteggiamento del fratello che aiuta il proprio fratello a "restare in piedi".

Sebbene il sacerdozio di Cristo sia eterno (cfr Eb 5,6), la vita dei sacerdoti è limitata. Cristo vuole che altri perpetuino lungo il tempo il sacerdozio ministeriale da Lui istituito. Perciò mantenette, nel vostro intimo e intorno a voi, l’ansia di suscitare – assecondando la grazia dello Spirito Santo – nuove vocazioni sacerdotali tra i fedeli. La preghiera fiduciosa e perseverante, l’amore gioioso alla propria vocazione e un dedicato lavoro di direzione spirituale vi consentiranno di discernere il carisma vocazionale in coloro che sono chiamati da Dio.

Cari seminaristi, che avete già fatto il primo passo verso il sacerdozio e vi state preparando nel Seminario Maggiore oppure nelle Case di Formazione Religiosa, il Papa vi incoraggia ad essere consapevoli della grande responsabilità che dovrete assumere: verificate bene le intenzioni e le motivazioni; dedicatevi con animo forte e spirito generoso alla vostra formazione. L’Eucaristia, centro della vita del cristiano e scuola di umiltà e di servizio, dev’essere l’oggetto principale del vostro amore. L’adorazione, la pietà e la cura del Santissimo Sacramento, lungo questi anni di preparazione, faranno sì che un giorno celebriate il sacrificio dell’Altare con edificante e vera unzione.

In questo cammino di fedeltà, amati sacerdoti e diaconi, consacrati e consacrate, seminaristi e laici impegnati, ci guida e accompagna la Beata Vergine Maria. Con Lei e come Lei siamo liberi per essere santi; liberi per essere poveri, casti e obbedienti; liberi per tutti, perché staccati da tutto; liberi da noi stessi affinché in ognuno cresca Cristo, il vero consacrato del Padre e il Pastore al quale i sacerdoti prestano la voce e i gesti, essendo sua presenza; liberi per portare all’odierna società Gesù morto e risorto, che rimane con noi sino alla fine dei secoli e a tutti si dona nella Santissima Eucaristia.

[00682-01.01] [Testo originale: Portoghese]

  TRADUZIONE IN LINGUA INGLESE

Dear Brothers and Sisters,

"When the time had fully come, God sent forth his Son born of woman, […] so that we might receive adoption as sons" (Gal 4:4,5). The fullness of time came when the Eternal broke into time; by the grace of the Holy Spirit the Son of the Most High was conceived and became man in the womb of a woman, the Virgin Mary, type and lofty model of the believing Church. The Church does not cease to beget new sons in the Son, whom the Father willed to be the first-born of many brothers. Each one of us is called to be with Mary and like Mary, a humble and simple sign of the Church who offers herself constantly as a spouse into the hands of her Lord.

To all of you who have given your life to Christ I wish to express this evening the Church’s appreciation and recognition. Thank you for your witness, often silent and certainly not easy; thank you for your fidelity to the Gospel and to the Church. In Jesus, present in the Eucharist, I embrace my brothers in the priesthood and the deacons, the consecrated women and men, the seminarians and the members of the movements and new ecclesial communities present. May the Lord reward, as he alone can and does, all those who have made it possible for us to gather together before the presence of Jesus in the Eucharist. I mention especially the Episcopal Commission for Vocations and Ministries, with its President, Bishop António Santos, whom I thank for his greeting, full of collegial and fraternal affection, at the beginning of Vespers. In this "upper room" of faith which is Fatima, the Virgin Mother shows us the way to place our pure and holy offering into the hands of the Father.

Let me open my heart and tell you that the greatest concern of every Christian, especially of every consecrated person or minister of the altar, must be fidelity, loyalty to one’s own vocation, as a disciple who wishes to follow the Lord. Faithfulness over time is the name of love, of a consistent, true and profound love for Christ the Priest. "Since Baptism is a true entry into the holiness of God through incorporation into Christ and the indwelling of his Spirit, it would be a contradiction to settle for a life of mediocrity, marked by a minimalistic ethic and a shallow religiosity" (John Paul II, Apostolic Letter Novo Millennio Ineunte, 31). In this Year for Priests which is drawing to its close, may grace in abundance come down upon you that you may live joyfully your consecration and bear witness to your priestly fidelity grounded in the fidelity of Christ. This evidently supposes true intimacy with Christ in prayer, since it is the powerful and intense experience of the Lord’s love that brings priests and consecrated persons to respond to his love in way that is exclusive and spousal.

This life of special consecration was born to keep the Gospel always before the People of God, as a reminder which manifests, certifies and proclaims to the whole Church the radical nature of the Gospel and the coming of the Kingdom. Dear consecrated men and women, by your dedication to prayer, asceticism and growth in the spiritual life, to apostolic action and mission, you are progressing towards the heavenly Jerusalem, you are a foretaste of the eschatological Church, solid in her possession and loving contemplation of God who is love. How much we need this witness today! Many of our brothers and sisters live as if there were nothing beyond this life, and without concern for their eternal salvation. Men and women are called to know and love God, and the Church has the mission to assist them in this calling. We know well that God is the master of his gifts and that conversion is a grace. But we are responsible for proclaiming the faith, the whole faith, with all its demands. Dear friends, let us imitate the Curé of Ars who prayed to the Lord in the following words: "Grant me the conversion of my parish, and I accept to suffer all that you wish for the rest of my life". And he did everything to pull people away from their own lukewarm attitude in order to lead them back to love.

There exists a deep solidarity among all the members of the Body of Christ. It is not possible to love Christ without loving his brothers and sisters. For their salvation John Mary Vianney decided to become a priest: "to win souls for the good God", as he said when, at eighteen years of age, he announced his vocation, just as Paul had said: "to win as many as I could" (1 Cor 9:19). The Vicar General had told him: "there is not much love of God in the parish; you will bring it there". In his priestly passion, this holy parish priest was merciful like Jesus in meeting each sinner. He preferred to insist on the attractive aspect of virtue, on God’s mercy, in comparison to which our sins are like "grains of sand". He pointed to the merciful love of God which had been offended. He feared that priests would become "insensitive" and accustomed to the indifference of their faithful: "Woe to the Pastor – he would warn – who remains silent while God is offended and souls are lost".

Dear brother priests, in this place, which Mary has made special, keep before your eyes her vocation as a faithful disciple of her Son Jesus from the moment of his conception to the Cross, and then beyond, along the path of the nascent Church, and consider the unheard-of grace of your priesthood. Fidelity to one’s vocation requires courage and trust, but the Lord also wishes that you join forces: that you be concerned for one another and support one another fraternally. Moments of common prayer and study, and sharing in the demands of the priestly life and work, are a necessary part of your life. It is a fine thing when you welcome one another into your homes with the peace of Christ in your hearts! It is important to assist one another with prayer, helpful advice and discernment! Be especially attentive to those situations where there is a certain weakening of priestly ideals or dedication to activities not fully consonant with what is proper for a minister of Jesus Christ. Then is the time to take a firm stand, with an attitude of warm fraternal love, as brother assisting his brother to "remain on his feet".

The priesthood of Christ is eternal (cf. Heb 5:6), but the life of priests is limited. Christ has willed that others continue in time the priestly ministry that he instituted. Keep alive in your hearts, and in others around you, the desire to raise up – in cooperation with the grace of the Holy Spirit – new priestly vocations among the faithful. Trustful and persevering prayer, joyful love of one’s own vocation and commitment to the work of spiritual direction will allow you to discern the charism of vocation in those whom God calls.

Dear seminarians, who have taken the first step towards the priesthood and are preparing in the major seminary or in houses of formation, the Pope encourages you to be conscious of the great responsibility which you will have to assume. Carefully examine your intentions and your motivations. Devote yourselves with a steadfast heart and a generous spirit to your training. The Eucharist, which is the centre of Christian life and the school of humility and service, should be your first love. Adoration, piety and care for the Most Holy Sacrament during these years of preparation will lead you one day to celebrate the Sacrifice of the Altar in an edifying and devout manner.

Along this path of fidelity, beloved priests and deacons, consecrated men and women, seminarians and committed lay persons, may the Blessed Virgin Mary guide us. With her and like her, we are free so as to be saints; free so as to be poor, chaste and obedient; free for all because detached from all, free from self so that others may grow in Christ, the true Holy One of the Father and the Shepherd to whom priests, as his presence, lend their voice and their gestures; free to bring to today’s world Jesus who died and rose again, Jesus who remains with us until the end of time and who gives himself to all in the Most Holy Eucharist.

[00682-02.01] [Original text: Portuguese]

  TRADUZIONE IN LINGUA FRANCESE

Chers frères et sœurs,

« Lorsque les temps furent accomplis, Dieu a envoyé son Fils ; il est né d’une femme (…) pour faire de nous des fils » (Ga 4, 4-5). La plénitude du temps est arrivée, quand l’Éternel est entré dans le temps ; par l’œuvre et la grâce de l’Esprit Saint, le Fils du Très-Haut fut conçu et s’est fait homme dans le sein d’une femme : la Vierge Mère, type et modèle parfait de l’Église croyante. Celle-ci ne cesse d’engendrer de nouveaux fils dans le Fils, que le Père a voulu comme Premier-né d’une multitude de frères. Chacun de nous est appelé à être, avec Marie et comme Marie, un signe humble et simple de l’Église qui continuellement s’offre comme épouse dans les mains de son Seigneur.

À vous tous qui avez donné votre vie au Christ, je désire, ce soir, exprimer l’estime et la reconnaissance de l’Église. Merci pour votre témoignage souvent silencieux et qui n’est en rien facile ; merci pour votre fidélité à l’Évangile et à l’Église. En Jésus présent dans l’Eucharistie, je donne l’accolade à mes frères dans le sacerdoce et aux diacres, aux personnes consacrées, aux séminaristes et aux membres des mouvements et des nouvelles communautés ecclésiales ici présents. Que le Seigneur veuille récompenser, comme Lui seul sait et peut le faire, tous ceux qui ont permis de nous retrouver ici auprès de Jésus-Eucharistie, en particulier la Commission épiscopale pour les Vocations et les Ministères avec son Président, Monseigneur Antonio Santos, que je remercie pour les paroles pleines d’affection collégiale et fraternelle qu’il m’a adressées au début des Vêpres. Dans ce ‘cénacle’ idéal de foi qu’est Fatima, la Vierge Mère nous indique le chemin pour notre oblation pure et sainte entre les mains du Père.

Permettez-moi de vous ouvrir mon cœur pour vous dire que la principale préoccupation de tout chrétien, particulièrement de la personne consacrée et du ministre de l’Autel, doit être la fidélité, la loyauté à sa propre vocation, en tant que disciple qui veut suivre le Seigneur. La fidélité dans le temps est le nom de l’amour ; d’un amour cohérent, vrai et profond, au Christ-Prêtre. « Si le Baptême fait vraiment entrer dans la sainteté de Dieu au moyen de l’insertion dans le Christ et de l’inhabitation de son Esprit, ce serait un contresens que de se contenter d’une vie médiocre, vécue sous le signe d’une éthique minimaliste et d’une religiosité superficielle » (Jean-Paul II, Lettre ap. Novo millennio ineunte, n.31). En cette année sacerdotale qui va s’achever, que descende sur vous tous une grâce abondante afin que vous viviez la joie de votre consécration et que vous témoigniez de la fidélité sacerdotale fondée sur la fidélité du Christ. Cela suppose évidemment une vraie intimité avec le Christ dans la prière, puisque ce sera l’expérience forte et intense de l’amour du Seigneur qui devra conduire les prêtres et les personnes consacrées à correspondre de façon exclusive et sponsale à son amour.

Cette vie de consécration particulière est née comme une mémoire évangélique pour le peuple de Dieu, mémoire qui manifeste, authentifie et annonce à l’Église entière la radicalité évangélique et la venue du Royaume. Eh bien, chers frères et sœurs consacrés, par votre engagement dans la prière, dans l’ascèse, dans le développement de la vie spirituelle, dans l’action apostolique et dans la mission, tendez vers la Jérusalem céleste, anticipez l’Église eschatologique, fermes dans la possession et la contemplation amoureuse du Dieu Amour ! Combien est grande aujourd’hui la nécessité de ce témoignage ! Beaucoup de nos frères vivent comme s’il n’y avait pas d’Au-delà, sans se préoccuper de leur salut éternel. Les hommes sont appelés à adhérer à la connaissance et à l’amour de Dieu, et l’Église a la mission de les aider dans cette vocation. Nous savons bien que Dieu est maître de ses dons ; et la conversion des hommes est une grâce. Mais nous sommes responsables de l’annonce de la foi, de la totalité de la foi et de ses exigences. Chers amis, imitons le Curé d’Ars qui priait ainsi le bon Dieu : « Concède-moi la conversion de ma paroisse, et j’accepte de souffrir tout ce que Tu veux pour le reste de ma vie ». Et il a tout fait pour arracher les personnes à leur tiédeur afin de les ramener à l’amour.

Il y a une solidarité profonde entre tous les membres du Corps du Christ : il n’est pas possible de l’aimer sans aimer ses frères. C’est pour leur salut que Jean-Marie Vianney a voulu être prêtre : « Gagner les âmes au bon Dieu » déclarait-il en annonçant sa vocation à l’âge de dix-huit ans, à l’image de Paul qui disait : « afin d’en gagner le plus grand nombre possible » (1 Co 9, 19). Le Vicaire général lui avait dit : « Il n’y a pas beaucoup d’amour de Dieu dans la paroisse, vous en mettrez ». Dans son zèle sacerdotal, le saint curé était miséricordieux comme Jésus dans la rencontre avec chaque pécheur. Il préférait insister sur l’aspect fascinant de la vertu, sur la miséricorde de Dieu en présence de laquelle nos péchés sont des ‘grains de sable’. Il évoquait la tendresse offensée de Dieu. Il craignait que les prêtres deviennent « insensibles » et s’habituent à l’indifférence de leurs fidèles : « Malheur au pasteur – avertissait-il – qui demeure muet en voyant Dieu outragé et les âmes se perdre ».

Chers frères prêtres, en ce lieu que Marie a rendu si singulier, en ayant devant les yeux sa vocation de fidèle disciple de son fils Jésus, de la conception à la Croix et ensuite dans les pas de l’Église naissante, considérez la grâce inouïe de votre sacerdoce. La fidélité à votre vocation propre exige courage et confiance, mais le Seigneur veut aussi que vous sachiez unir vos forces ; soyez pleins de sollicitude les uns avec les autres, en vous soutenant fraternellement. Les moments de prière et d’étude en commun, le partage des exigences de la vie et du travail sacerdotal sont une part nécessaire de votre vie. Comme il est merveilleux quand vous vous accueillez les uns les autres dans vos maisons, avec la paix du Christ dans vos cœurs ! Comme il est important de vous aider réciproquement par le moyen de la prière et par des conseils et des discernements utiles ! Réservez une attention particulière aux situations d’affaiblissement des idéaux sacerdotaux ou bien au fait de se consacrer à des activités qui ne s’accordent pas complètement avec ce qui est le propre d’un ministre de Jésus Christ. C’est alors le moment d’assumer, avec la chaleur de la fraternité, l’attitude décidée du frère qui aide son frère à ‘rester debout’.

Bien que le sacerdoce du Christ soit éternel (cf. Hb 5, 6), la vie des prêtres est limitée. Le Christ veut que d’autres perpétuent au long du temps le sacerdoce ministériel qu’Il a institué. Aussi, maintenez donc, en vous et autour de vous, le désir de susciter – en secondant la grâce de l’Esprit Saint – de nouvelles vocations sacerdotales parmi les fidèles. La prière confiante et persévérante, l’amour joyeux de votre propre vocation et un travail appliqué de direction spirituelle vous permettront de discerner le charisme de la vocation chez ceux qui sont appelés par Dieu.

Chers séminaristes, qui avez déjà fait le premier pas vers le sacerdoce et qui vous préparez au grand séminaire ou bien dans les maisons de formation religieuses, le Pape vous encourage à être conscients de la grande responsabilité que vous devrez assumer : vérifiez bien vos intentions et vos motivations ; consacrez-vous avec force d’âme et générosité d’esprit à votre formation. L’Eucharistie, centre de la vie du chrétien et école d’humilité et de service, doit être l’objet principal de votre amour. L’adoration, la piété et l’attention portée au Saint Sacrement, au cours de ces années de formation, vous conduiront un jour à célébrer le sacrifice de l’Autel avec une dévotion édifiante et vraie.

Sur ce chemin de fidélité, bien-aimés prêtres et diacres, frères et sœurs consacrés, séminaristes et laïcs engagés, que la Bienheureuse Vierge Marie nous guide et nous accompagne. Avec Elle et comme Elle, nous sommes libres pour être saints ; libres pour être pauvres, chastes et obéissants, libres pour tous, parce que détachés de tout ; libres de nous-mêmes afin qu’en chacun grandisse le Christ, l’authentique consacré du Père et le Pasteur auquel les prêtres prêtent leur voix et leurs gestes, en le représentant ; libres pour porter à la société d’aujourd’hui Jésus mort et ressuscité, qui demeure avec nous jusqu’à la fin des temps et qui se donne à tous dans la Très Sainte Eucharistie.

[00682-03.01] [Texte original: Portugais]

ATTO DI AFFIDAMENTO E CONSACRAZIONE DEI SACERDOTI AL CUORE IMMACOLATO DI MARIA

  TESTO IN LINGUA ORIGINALE

  TRADUZIONE  IN LINGUA ITALIANA

  TRADUZIONE  IN LINGUA INGLESE

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Al termine della Celebrazione dei Vespri, davanti al Ss.mo Sacramento solennemente esposto per l’adorazione eucaristica, il Papa consacra i Sacerdoti al Cuore Immacolato di Maria, invocando su di essi la Sua materna protezione. Pubblichiamo di seguito la Preghiera del Santo Padre:

  TESTO IN LINGUA ORIGINALE

Mãe Imaculada,

neste lugar de graça,

convocados pelo amor do vosso Filho Jesus,

Sumo e Eterno Sacerdote, nós,

filhos no Filho e seus sacerdotes,

consagramo-nos ao vosso Coração materno,

para cumprirmos fielmente a Vontade do Pai.

 

Estamos cientes de que, sem Jesus,

nada de bom podemos fazer (cf. Jo 15, 5)

e de que, só por Ele, com Ele e n’Ele,

seremos para o mundo

instrumentos de salvação.

 

Esposa do Espírito Santo,

alcançai-nos o dom inestimável

da transformação em Cristo.

Com a mesma força do Espírito que,

estendendo sobre Vós a sua sombra,

Vos tornou Mãe do Salvador,

ajudai-nos para que Cristo, vosso Filho,

nasça em nós também.

 

E assim possa a Igreja

ser renovada por santos sacerdotes,

transfigurados pela graça d'Aquele

que faz novas todas as coisas.

 

Mãe de Misericórdia,

foi o vosso Filho Jesus que nos chamou

para nos tornarmos como Ele:

luz do mundo e sal da terra

(cf. Mt 5, 13-14).

 

Ajudai-nos,

com a vossa poderosa intercessão,

a não esmorecer nesta sublime vocação,

nem ceder aos nossos egoísmos,

às lisonjas do mundo

e às sugestões do Maligno.

 

Preservai-nos com a vossa pureza,

resguardai-nos com a vossa humildade

e envolvei-nos com o vosso amor materno,

que se reflecte em tantas almas

que Vos são consagradas

e se tornaram para nós

verdadeiras mães espirituais.

 

Mãe da Igreja,

nós, sacerdotes,

queremos ser pastores

que não se apascentam a si mesmos,

mas se oferecem a Deus pelos irmãos,

nisto mesmo encontrando a sua felicidade.

Queremos,

não só por palavras mas com a própria vida,

repetir humildemente, dia após dia,

o nosso « eis-me aqui».

Guiados por Vós,

queremos ser Apóstolos

da Misericórdia Divina,

felizes por celebrar cada dia

o Santo Sacrifício do Altar

e oferecer a quantos no-lo peçam

o sacramento da Reconciliação.

 

Advogada e Medianeira da graça,

Vós que estais totalmente imersa

na única mediação universal de Cristo,

solicitai a Deus, para nós,

um coração completamente renovado,

que ame a Deus com todas as suas forças

e sirva a humanidade como o fizestes Vós.

 

Repeti ao Senhor aquela

vossa palavra eficaz:

« não têm vinho » (Jo 2, 3),

para que o Pai e o Filho derramem sobre nós,

como que numa nova efusão,

o Espírito Santo.

 

Cheio de enlevo e gratidão

pela vossa contínua presença no meio de nós,

em nome de todos os sacerdotes quero,

também eu, exclamar:

« Donde me é dado que venha ter comigo

a Mãe do meu Senhor?» (Lc 1, 43).

 

Mãe nossa desde sempre,

não Vos canseis de nos visitar,

consolar, amparar.

Vinde em nosso socorro

e livrai-nos de todo o perigo

que grava sobre nós.

Com este acto de entrega e consagração,

queremos acolher-Vos de modo

mais profundo e radical,

para sempre e totalmente,

na nossa vida humana e sacerdotal.

 

Que a vossa presença faça reflorescer o deserto

das nossas solidões e brilhar o sol

sobre as nossas trevas,

faça voltar a calma depois da tempestade,

para que todo o homem veja a salvação

do Senhor,

que tem o nome e o rosto de Jesus,

reflectida nos nossos corações,

para sempre unidos ao vosso!

Assim seja!

[00683-06.01] [Texto original: Português]

  TRADUZIONE  IN LINGUA ITALIANA

Madre Immacolata,

in questo luogo di grazia,

convocati dall'amore del Figlio tuo Gesù,

Sommo ed Eterno Sacerdote, noi,

figli nel Figlio e suoi sacerdoti,

ci consacriamo al tuo Cuore materno,

per compiere con fedeltà la Volontà del Padre.

 

Siamo consapevoli che, senza Gesù,

non possiamo fare nulla di buono (cfr Gv 15,5)

e che, solo per Lui, con Lui ed in Lui,

saremo per il mondo

strumenti di salvezza.

 

Sposa dello Spirito Santo,

ottienici l'inestimabile dono

della trasformazione in Cristo.

Per la stessa potenza dello Spirito che,

estendendo su di Te la sua ombra,

ti rese Madre del Salvatore,

aiutaci affinché Cristo, tuo Figlio,

nasca anche in noi.

 

Possa così la Chiesa

essere rinnovata da santi sacerdoti,

trasfigurati dalla grazia di Colui

che fa nuove tutte le cose.

 

Madre di Misericordia,

è stato il tuo Figlio Gesù che ci ha chiamati

a diventare come Lui:

luce del mondo e sale della terra

(cfr Mt 5, 13-14).

 

Aiutaci,

con la tua potente intercessione,

a non venir mai meno a questa sublime vocazione,

a non cedere ai nostri egoismi,

alle lusinghe del mondo

ed alle suggestioni del Maligno.

 

Preservaci con la tua purezza,

custodiscici con la tua umiltà

e avvolgici col tuo amore materno,

che si riflette in tante anime

a te consacrate

diventate per noi

autentiche madri spirituali.

 

Madre della Chiesa,

noi, sacerdoti,

vogliamo essere pastori

che non pascolano se stessi,

ma si donano a Dio per i fratelli,

trovando in questo la loro felicità.

Non solo a parole, ma con la vita,

vogliamo ripetere umilmente,

giorno per giorno,

il nostro "eccomi".

 

Guidati da te,

vogliamo essere Apostoli

della Divina Misericordia,

lieti di celebrare ogni giorno

il Santo Sacrificio dell'Altare

e di offrire a quanti ce lo chiedono

il sacramento della Riconciliazione.

 

Avvocata e Mediatrice della grazia,

tu che sei tutta immersa

nell'unica mediazione universale di Cristo,

invoca da Dio, per noi,

un cuore completamente rinnovato,

che ami Dio con tutte le proprie forze

e serva l'umanità come hai fatto tu.

 

Ripeti al Signore

l'efficace tua parola:

"non hanno più vino" (Gv 2,3),

affinché il Padre e il Figlio riversino su di noi,

come in una nuova effusione,

lo Spirito Santo.

 

Pieno di stupore e di gratitudine

per la tua continua presenza in mezzo a noi,

a nome di tutti i sacerdoti,

anch'io voglio esclamare:

"a che cosa devo che la Madre del mio Signore

venga a me?" (Lc 1,43)

 

Madre nostra da sempre,

non ti stancare di "visitarci",

di consolarci, di sostenerci.

Vieni in nostro soccorso

e liberaci da ogni pericolo

che incombe su di noi.

Con questo atto di affidamento e di consacrazione,

vogliamo accoglierti in modo

più profondo e radicale,

per sempre e totalmente,

nella nostra esistenza umana e sacerdotale.

 

La tua presenza faccia rifiorire il deserto

delle nostre solitudini e brillare il sole

sulle nostre oscurità,

faccia tornare la calma dopo la tempesta,

affinché ogni uomo veda la salvezza

del Signore,

che ha il nome e il volto di Gesù,

riflesso nei nostri cuori,

per sempre uniti al tuo!

Così sia!

[00683-01.01] [Testo originale: Portoghese]

  TRADUZIONE  IN LINGUA INGLESE

Immaculate Mother,

in this place of grace,

called together by the love of your Son Jesus

the Eternal High Priest, we,

sons in the Son and his priests,

consecrate ourselves to your maternal Heart,

in order to carry out faithfully the Father’s Will.

 

We are mindful that, without Jesus,

we can do nothing good (cf. Jn 15:5)

and that only through him, with him and in him,

will we be instruments of salvation

for the world.

 

Bride of the Holy Spirit,

obtain for us the inestimable gift

of transformation in Christ.

Through the same power of the Spirit that

overshadowed you,

making you the Mother of the Saviour,

help us to bring Christ your Son

to birth in ourselves too.

 

May the Church

be thus renewed by priests who are holy,

priests transfigured by the grace of him

who makes all things new.

 

Mother of Mercy,

it was your Son Jesus who called us

to become like him:

light of the world and salt of the earth

(cf. Mt 5:13-14).

 

Help us,

through your powerful intercession,

never to fall short of this sublime vocation,

nor to give way to our selfishness,

to the allurements of the world

and to the wiles of the Evil One.

 

Preserve us with your purity,

guard us with your humility

and enfold us with your maternal love

that is reflected in so many souls

consecrated to you,

who have become for us

true spiritual mothers.

 

Mother of the Church,

we priests want to be pastors

who do not feed themselves

but rather give themselves to God for their brethren,

finding their happiness in this.

Not only with words, but with our lives,

we want to repeat humbly,

day after day,

Our "here I am".

 

Guided by you,

we want to be Apostles

of Divine Mercy,

glad to celebrate every day

the Holy Sacrifice of the Altar

and to offer to those who request it

the sacrament of Reconciliation.

 

Advocate and Mediatrix of grace,

you who are fully immersed

in the one universal mediation of Christ,

invoke upon us, from God,

a heart completely renewed

that loves God with all its strength

and serves mankind as you did.

 

Repeat to the Lord

your efficacious word:

"They have no wine" (Jn 2:3),

so that the Father and the Son will send upon us

a new outpouring of

the Holy Spirit.

 

Full of wonder and gratitude

at your continuing presence in our midst,

in the name of all priests

I too want to cry out:

"Why is this granted me,

that the mother of my Lord should come to me?" (Lk 1:43).

 

Our Mother for all time,

do not tire of "visiting us",

consoling us, sustaining us.

Come to our aid

and deliver us from every danger

that threatens us.

With this act of entrustment and consecration,

we wish to welcome you

more deeply, more radically,

for ever and totally

into our human and priestly lives.

 

Let your presence cause new blooms to burst forth

in the desert of our loneliness,

let it cause the sun to shine on our darkness,

let it restore calm after the tempest,

so that all mankind shall see the salvation

of the Lord,

who has the name and the face of Jesus,

who is reflected in our hearts,

for ever united to yours!

Amen!

[00683-02.01] [Original text: Portuguese]

  TRADUZIONE  IN LINGUA FRANCESE

Mère Immaculée,

en ce lieu de grâce,

convoqués par l’amour de ton Fils Jésus,

Grand et Eternel Prêtre,

nous, fils dans le Fils et ses prêtres,

nous nous consacrons à ton Cœur maternel,

pour accomplir fidèlement la Volonté du Père.

 

Nous sommes conscients que, sans Jésus,

nous ne pouvons rien faire de bon (cf. Jn 15, 5)

et que, seulement par Lui, avec Lui et en Lui,

nous serons pour le monde

des instruments de salut.

 

Épouse de l’Esprit Saint,

obtiens-nous l’inestimable don

d’être transformés dans le Christ.

Par la puissance même de l’Esprit qui,

étendant sur Toi son ombre,

t’a rendue Mère du Sauveur,

aide-nous afin que le Christ, ton Fils,

naisse aussi en nous.

 

Que l’Église puisse ainsi

être renouvelée par de saints prêtres,

transfigurée par la grâce de Celui

qui fait toutes choses nouvelles.

 

Mère de Miséricorde,

c’est ton Fils Jésus qui nous a appelés

à devenir comme Lui :

lumière du monde et sel de la terre

(cf. Mt 5, 13-14).

 

Aide-nous,

par ta puissante intercession,

à ne jamais trahir cette sublime vocation,

à ne pas céder à nos égoïsmes,

aux séductions du monde

et aux suggestions du Malin.

 

Préserve-nous par ta pureté,

garde-nous par ton humilité

et enveloppe-nous de ton amour maternel,

qui se reflète en de nombreuses âmes

consacrées à toi,

devenues pour nous

d’authentiques mères spirituelles.

 

Mère de l’Église,

nous, prêtres,

nous voulons être des pasteurs

qui ne paissent pas pour eux-mêmes,

mais qui se donnent à Dieu pour leurs frères,

trouvant en cela leur bonheur.

Non seulement en paroles, mais par notre vie,

nous voulons répéter humblement,

jour après jour,

notre « me voici ».

 

Guidés par toi,

nous voulons être des Apôtres

de la Miséricorde Divine,

heureux de célébrer chaque jour

le Saint Sacrifice de l’Autel

et d’offrir à tous ceux qui nous le demandent

le Sacrement de la Réconciliation.

 

Avocate et Médiatrice de la grâce,

Toi qui es entièrement immergée

dans l’unique médiation universelle du Christ,

demande à Dieu, pour nous,

un cœur complètement renouvelé,

qui aime Dieu de toutes ses forces

et serve l’humanité comme toi-même tu l’as fait.

 

Redis au Seigneur

cette parole efficace :

« ils n’ont pas de vin » (Jn 2, 3),

afin que le Père et le Fils répandent sur nous,

comme dans une nouvelle effusion

l’Esprit Saint.

 

Plein d’émerveillement et de gratitude

pour ta présence continuelle au milieu de nous,

au nom de tous les prêtres,

moi aussi je veux m’exclamer :

« Comment ai-je ce bonheur que la mère de mon Seigneur

vienne jusqu’à moi ? » (Lc 1, 43)

 

Notre Mère depuis toujours,

ne te lasse pas de « nous visiter »,

de nous consoler, de nous soutenir.

Viens à notre secours

et libère-nous des dangers

qui nous menacent.

Par cet acte d’abandon et de consécration,

nous voulons t’accueillir de façon

plus profonde et radicale,

pour toujours et pleinement,

dans notre existence humaine et sacerdotale.

 

Que ta présence fasse refleurir le désert

de nos solitudes et briller le soleil

sur nos obscurités,

qu’elle fasse revenir le calme après la tempête,

afin que chaque homme voie le salut

du Seigneur,

qui a le nom et le visage de Jésus,

réfléchi dans nos cœurs,

pour toujours unis au tien !

Ainsi soit-il !

[00683-03.01] [Texte original: Portugais]

Concluso l’incontro, il Santo Padre si reca in auto alla Casa "Nossa Senhora do Carmo", nel complesso del Santuario di Fátima, dove cena in privato.

[B0303-XX.01]