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SANTA MESSA AL TERREIRO DO PAÇO DI LISBOA OMELIA DEL SANTO PADRE
TRADUZIONE IN LINGUA ITALIANA
TRADUZIONE IN LINGUA INGLESE
TRADUZIONE IN LINGUA FRANCESE
Nel pomeriggio, alle ore 17.30, il Santo Padre Benedetto XVI lascia la Nunziatura Apostolica e si reca in auto al Terreiro do Paço (Piazza del Palazzo) di Lisboa, per presiede la Santa Messa. Al suo arrivo è accolto dal Sindaco della città che Gli consegna le chiavi della capitale.
La Celebrazione Eucaristica inizia alle ore 18.15 ed è introdotta dal saluto del Patriarca di Lisboa, Card. José da Cruz Policarpo. Dopo la proclamazione del Santo Vangelo, il Papa pronuncia l’omelia che riportiamo di seguito:
OMELIA DEL SANTO PADRE
Queridos Irmãos e Irmãs,
Jovens amigos!
«Ide fazer discípulos de todas as nações, […] ensinai-lhes a cumprir tudo quanto vos mandei. E Eu estou sempre convosco, até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20). Estas palavras de Cristo ressuscitado revestem-se de um significado particular nesta cidade de Lisboa, donde partiram em grande número gerações e gerações de cristãos – bispos, sacerdotes, consagrados e leigos, homens e mulheres, jovens e menos jovens –, obedecendo ao apelo do Senhor e armados simplesmente com esta certeza que lhes deixou: «Eu estou sempre convosco». Glorioso é o lugar conquistado por Portugal entre as nações pelo serviço prestado à dilatação da fé: nas cinco partes do mundo, há Igrejas locais que tiveram origem na missionação portuguesa.
Nos tempos passados, a vossa saída em demanda de outros povos não impediu nem destruiu os vínculos com o que éreis e acreditáveis, mas, com sabedoria cristã, pudestes transplantar experiências e particularidades abrindo-vos ao contributo dos outros para serdes vós próprios, em aparente debilidade que é força. Hoje, participando na edificação da Comunidade Europeia, levai o contributo da vossa identidade cultural e religiosa. De facto, Jesus Cristo, assim como Se uniu aos discípulos a caminho de Emaús, assim também caminha connosco segundo a sua promessa: «Estou sempre convosco, até ao fim dos tempos». Apesar de ser diferente da dos Apóstolos, temos também nós uma verdadeira e pessoal experiência da presença do Senhor ressuscitado. A distância dos séculos é superada e o Ressuscitado oferece-Se vivo e operante, por nós, no hoje da Igreja e do mundo. Esta é a nossa grande alegria. No rio vivo da Tradição eclesial, Cristo não está a dois mil anos de distância, mas está realmente presente entre nós e dá-nos a Verdade, dá-nos a luz que nos faz viver e encontrar a estrada para o futuro.
Presente na sua Palavra, na assembleia do Povo de Deus com os seus Pastores e, de modo eminente, no sacramento do seu Corpo e do seu Sangue, Jesus está connosco aqui. Saúdo o Senhor Cardeal-Patriarca de Lisboa, a quem agradeço as calorosas palavras que me dirigiu, no início da celebração, em nome da sua comunidade que me acolhe e que abraço nos seus quase dois milhões de filhos e filhas; a todos vós aqui presentes – amados Irmãos no episcopado e no sacerdócio, prezadas mulheres e homens consagrados e leigos comprometidos, queridas famílias e jovens, baptizados e catecúmenos – dirijo a minha saudação fraterna e amiga, que estendo a quantos estão unidos connosco através da rádio e da televisão. Sentidamente agradeço a presença do Senhor Presidente da República e demais Autoridades, com menção particular do Presidente da Câmara de Lisboa que teve a amabilidade de honrar-me com a entrega das chaves da cidade.
Lisboa amiga, porto e abrigo de tantas esperanças que te confiava quem partia e pretendia quem te visitava, gostava hoje de usar as chaves que me entregas para alicerçar as tuas esperanças humanas na Esperança divina. Na leitura há pouco proclamada da Epístola de São Pedro, ouvimos dizer: «Eu vou pôr em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa. E quem nela acreditar não será confundido». E o Apóstolo explica: «Aproximai-vos do Senhor. Ele é a pedra viva, rejeitada, é certo, pelos homens, mas aos olhos de Deus escolhida e preciosa» (1 Pd 2, 6.4). Irmãos e irmãs, quem acreditar em Jesus não será confundido: é Palavra de Deus, que não Se engana nem pode enganar. Palavra confirmada por uma «multidão que ninguém pode contar e provém de todas as nações, tribos, povos e línguas», e que o autor do Apocalipse viu vestida de «túnicas brancas e com palmas na mão» (Ap 7, 9). Nesta multidão incontável, não estão apenas os Santos Veríssimo, Máxima e Júlia, aqui martirizados na perseguição de Diocleciano, ou São Vicente, diácono e mártir, padroeiro principal do Patriarcado; Santo António e São João de Brito que daqui partiram para semear a boa semente de Deus noutras terras e gentes, ou São Nuno de Santa Maria que, há pouco mais de um ano, inscrevi no livro dos Santos. Mas é formada pelos «servos do nosso Deus» de todos os tempos e lugares, em cuja fronte foi traçado o sinal da cruz com «o sinete de marcar do Deus vivo» (Ap 7, 2): o Espírito Santo. Trata-se do rito inicial cumprido sobre cada um de nós no sacramento do Baptismo, pelo qual a Igreja dá à luz os «santos».
Sabemos que não lhe faltam filhos insubmissos e até rebeldes, mas é nos Santos que a Igreja reconhece os seus traços característicos e, precisamente neles, saboreia a sua alegria mais profunda. Irmana-os, a todos, a vontade de encarnar na sua existência o Evangelho, sob o impulso do eterno animador do Povo de Deus que é o Espírito Santo. Fixando os seus Santos, esta Igreja local concluiu justamente que a prioridade pastoral hoje é fazer de cada mulher e homem cristão uma presença irradiante da perspectiva evangélica no meio do mundo, na família, na cultura, na economia, na política. Muitas vezes preocupamo-nos afanosamente com as consequências sociais, culturais e políticas da fé, dando por suposto que a fé existe, o que é cada vez menos realista. Colocou-se uma confiança talvez excessiva nas estruturas e nos programas eclesiais, na distribuição de poderes e funções; mas que acontece se o sal se tornar insípido?
Para isso é preciso voltar a anunciar com vigor e alegria o acontecimento da morte e ressurreição de Cristo, coração do cristianismo, fulcro e sustentáculo da nossa fé, alavanca poderosa das nossas certezas, vento impetuoso que varre qualquer medo e indecisão, qualquer dúvida e cálculo humano. A ressurreição de Cristo assegura-nos que nenhuma força adversa poderá jamais destruir a Igreja. Portanto a nossa fé tem fundamento, mas é preciso que esta fé se torne vida em cada um de nós. Assim há um vasto esforço capilar a fazer para que cada cristão se transforme em testemunha capaz de dar conta a todos e sempre da esperança que o anima (cf. 1 Pd 3, 15): só Cristo pode satisfazer plenamente os anseios profundos de cada coração humano e responder às suas questões mais inquietantes acerca do sofrimento, da injustiça e do mal, sobre a morte e a vida do Além.
Queridos Irmãos e jovens amigos, Cristo está sempre connosco e caminha sempre com a sua Igreja, acompanha-a e guarda-a, como Ele nos disse: «Eu estou sempre convosco, até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20). Nunca duvideis da sua presença! Procurai sempre o Senhor Jesus, crescei na amizade com Ele, comungai-O. Aprendei a ouvir e a conhecer a sua palavra e também a reconhecê-Lo nos pobres. Vivei a vossa vida com alegria e entusiasmo, certos da sua presença e da sua amizade gratuita, generosa, fiel até à morte de cruz. Testemunhai a alegria desta sua presença forte e suave a todos, a começar pelos da vossa idade. Dizei-lhes que é belo ser amigo de Jesus e que vale a pena segui-Lo. Com o vosso entusiasmo, mostrai que, entre tantos modos de viver que hoje o mundo parece oferecer-nos – todos aparentemente do mesmo nível –, só seguindo Jesus é que se encontra o verdadeiro sentido da vida e, consequentemente, a alegria verdadeira e duradoura.
Buscai diariamente a protecção de Maria, a Mãe do Senhor e espelho de toda a santidade. Ela, a Toda Santa, ajudar-vos-á a ser fiéis discípulos do seu Filho Jesus Cristo.
[00677-06.01 [Texto original: Português]
TRADUZIONE IN LINGUA ITALIANA
Carissimi Fratelli e Sorelle,
Giovani amici!
«Andate dunque e fate discepoli tutti i popoli, […] insegnando loro a osservare tutto ciò che vi ho comandato. Ed ecco, io sono con voi tutti i giorni, fino alla fine del mondo» (Mt 28,19-20). Queste parole di Cristo risorto si rivestono di particolare significato in questa città di Lisbona, da dove sono partiti in grande numero generazioni e generazioni di cristiani – Vescovi, sacerdoti, consacrati e laici, uomini e donne, giovani e meno giovani -, obbedendo all’appello del Signore e armati semplicemente di questa certezza che Egli ha loro lasciato: «Io sono con voi tutti i giorni». Glorioso è il posto che il Portogallo si è guadagnato in mezzo alle nazioni per il servizio offerto alla diffusione della fede: nelle cinque parti del mondo ci sono Chiese locali che hanno avuto origine dall’azione missionaria portoghese.
In passato, la vostra partenza alla ricerca di altri popoli non ha impedito né distrutto i vincoli con ciò che eravate e credevate, anzi, con cristiana saggezza, siete riusciti a trapiantare esperienze e particolarità, aprendovi al contributo degli altri per essere voi stessi, in un’apparente debolezza che è forza. Oggi, partecipando all’edificazione della Comunità europea, portate il contributo della vostra identità culturale e religiosa. Infatti Gesù Cristo, così come si è unito ai discepoli sulla strada di Emmaus, così anche oggi cammina con noi secondo la sua promessa: «Io sono con voi tutti i giorni, fino alla fine del mondo». Pur se diversa da quella degli Apostoli, abbiamo anche noi una vera e personale esperienza del Signore risorto. La distanza dei secoli viene superata e il Risorto si offre vivo e operante, per il nostro tramite, nell’oggi della Chiesa e del mondo. Questa è la nostra grande gioia. Nel fiume vivo della Tradizione ecclesiale, Cristo non si trova a duemila anni di distanza, ma è realmente presente tra noi e ci dona la Verità, ci dona la luce che ci fa vivere e trovare la strada verso il futuro.
Presente nella sua Parola, nell’assemblea del popolo di Dio con i suoi Pastori e, in modo eminente, nel sacramento del suo Corpo e del suo Sangue, Gesù è qui con noi. Saluto il Signor Cardinale Patriarca di Lisbona, che ringrazio per le affettuose parole che mi ha rivolto, all’inizio della celebrazione, a nome della sua comunità che mi accoglie e che io abbraccio nei suoi quasi due milione di figli e figlie; a tutti voi qui presenti – amati Fratelli nell’episcopato e nel sacerdozio, carissime donne e uomini consacrati e fedeli laici impegnati, care famiglie e giovani, battezzati e catecumeni – rivolgo il mio saluto fraterno e amico, che estendo a quanti si trovano uniti a noi attraverso la radio e la televisione. Ringrazio sentitamente il Signor Presidente della Repubblica per la sua presenza e le altre Autorità, in particolare il Sindaco di Lisbona, che ha avuto la cortesia di consegnarmi le chiavi della città.
Lisbona amica, porto e riparo di tante speranze che ti venivano affidate da chi partiva e che desiderava chi ti faceva visita, mi piacerebbe oggi servirmi di queste chiavi che mi hai consegnate perché tu possa fondare le tue umane speranze sulla Speranza divina. Nella lettura appena proclamata, tratta dalla Prima Lettera di San Pietro, abbiamo sentito: «Ecco, io pongo in Sion una pietra d’angolo, scelta, preziosa, e chi crede in essa non resterà deluso». E l’Apostolo spiega: Avvicinatevi al Signore, «pietra viva, rifiutata dagli uomini, ma scelta e preziosa davanti a Dio» (1 Pt 2,6.4). Fratelli e sorelle, chi crede in Gesù non resterà deluso: è Parola di Dio, che non si inganna né può ingannarci. Parola confermata da una «moltitudine immensa, che nessuno poteva contare, di ogni nazione, tribù, popolo e lingua» e quali sono stati contemplati dall’autore dell’Apocalisse «avvolti in vesti candide, e tenevano rami di palme nelle loro mani» (Ap 7,9). In questa moltitudine innumerevole non ci sono soltanto i Santi Verissimo, Massima e Giulia, qui martirizzati nella persecuzione di Diocleziano, o San Vincenzo, diacono e martire, patrono principale del Patriarcato; Sant’Antonio e San Giovanni di Brito che sono partiti da qui per seminare il buon seme di Dio presso altre terre e popoli, o San Nuno di Santa Maria che, da poco più di un anno, ho iscritto nel libro dei Santi. Ma viene formata dai «servi del nostro Dio» di tutti i tempi e luoghi, sulla cui fronte è stato tracciato il segno della croce con «il sigillo del Dio vivente» (Ap 7,2): lo Spirito Santo. Si tratta del rito iniziale compiuto su ognuno di noi nel sacramento del Battesimo, per mezzo del quale la Chiesa dà alla luce i «santi».
Sappiamo che non le mancano figli riottosi e persino ribelli, ma è nei Santi che la Chiesa riconosce i propri tratti caratteristici e, proprio in loro, assapora la sua gioia più profonda. Li accomuna tutti la volontà di incarnare il Vangelo nella propria esistenza, sotto la spinta dell’eterno animatore del Popolo di Dio che è lo Spirito Santo. Fissando lo sguardo sui propri Santi, questa Chiesa locale ha giustamente concluso che oggi la priorità pastorale è quella di fare di ogni donna e uomo cristiani una presenza raggiante della prospettiva evangelica in mezzo al mondo, nella famiglia, nella cultura, nell’economia, nella politica. Spesso ci preoccupiamo affannosamente delle conseguenze sociali, culturali e politiche della fede, dando per scontato che questa fede ci sia, ciò che purtroppo è sempre meno realista. Si è messa una fiducia forse eccessiva nelle strutture e nei programmi ecclesiali, nella distribuzione di poteri e funzioni; ma cosa accadrà se il sale diventa insipido?
Affinché ciò non accada, bisogna annunziare di nuovo con vigore e gioia l’evento della morte e risurrezione di Cristo, cuore del cristianesimo, fulcro e sostegno della nostra fede, leva potente delle nostre certezze, vento impetuoso che spazza via qualsiasi paura e indecisione, qualsiasi dubbio e calcolo umano. La risurrezione di Cristo ci assicura che nessuna potenza avversa potrà mai distruggere la Chiesa. Quindi la nostra fede ha fondamento, ma c’é bisogno che questa fede diventi vita in ognuno di noi. C’è dunque un vasto sforzo capillare da compiere affinché ogni cristiano si trasformi in un testimone in grado di rendere conto a tutti e sempre della speranza che lo anima (cfr 1Pt 3,15): soltanto Cristo può soddisfare pienamente i profondi aneliti di ogni cuore umano e dare risposte ai suoi interrogativi più inquietanti circa la sofferenza, l’ingiustizia e il male, sulla morte e la vita nell’Aldilà.
Carissimi Fratelli e giovani amici, Cristo è sempre con noi e cammina sempre con la sua Chiesa, la accompagna e la custodisce, come Egli ci ha detto: «Io sono con voi tutti i giorni, fino alla fine del mondo» (Mt 28,20). Non dubitate mai della sua presenza! Cercate sempre il Signore Gesù, crescete nella amicizia con lui, ricevetelo nella comunione. Imparate ad ascoltare la sua parola e anche a riconoscerlo nei poveri. Vivete la vostra esistenza con gioia ed entusiasmo, sicuri della sua presenza e della sua amicizia gratuita, generosa, fedele fino alla morte di croce. Testimoniate a tutti la gioia per questa sua presenza forte e soave, cominciando dai vostri coetanei. Dite loro che è bello essere amico di Gesù e vale la pena seguirlo. Con il vostro entusiasmo mostrate che, fra tanti modi di vivere che il mondo oggi sembra offrici – apparentemente tutti dello stesso livello –, l’unico in cui si trova il vero senso della vita e quindi la gioia vera e duratura è seguendo Gesù.
Cercate ogni giorno la protezione di Maria, Madre del Signore e specchio di ogni santità. Ella, la Tutta Santa, vi aiuterà ad essere fedeli discepoli del suo Figlio Gesù Cristo.
[00677-01.01] [Testo originale: Portoghese]
TRADUZIONE IN LINGUA INGLESE
Dear Brothers and Sisters,
Dear Young Friends,
"Go therefore and make disciples of all nations … teaching them to observe all that I have commanded you; and lo, I am with you always, to the close of the age" (Mt 28:19-20). These words of the risen Christ take on a particular significance in this city of Lisbon, from which generations upon generations of Christians – bishops, priests, consecrated and lay persons, men and women, young and not so young – have journeyed forth in great numbers in obedience to the Lord’s call, armed simply with the certainty that he had entrusted to them: "I am with you always". Portugal has gained a glorious place among the nations for the service rendered to the spreading of the faith: in all five continents there are local churches that owe their origin to Portuguese missionary activity.
In times past, your departure in search of other peoples neither impeded nor severed your bonds with what you were and what you believed. On the contrary, with Christian wisdom you succeeded in transplanting experiences and characteristic elements, opening yourselves up to the contribution of others so as to be yourselves, through an apparent weakness which is actually strength. Today, as you play your part in building up the European Community, you offer the contribution of your cultural and religious identity. Indeed, just as Jesus Christ joined the disciples on the road to Emmaus, so today he walks with us in accordance with his promise: "I am with you always, to the close of the age." We too have a real and personal experience of the risen Lord, even if it differs from that of the Apostles. The distance of centuries is overcome and the risen Lord presents himself alive and at work, acting through us, in the Church and the world of today. This is our great joy. In the living river of ecclesial Tradition, Christ is not two thousand years distant from us, but is really present among us: he gives us the Truth and he gives us the light which is our life and helps us find the path towards the future.
Present in his word, present in the assembly of the people of God with its Pastors, and pre-eminently present in the sacrament of his Body and Blood, Jesus is here with us. I greet the Cardinal Patriarch of Lisbon, whom I thank for the affectionate words that he addressed to me at the start of the celebration, in the name of his community that has made me so welcome. I in turn embrace the almost two million sons and daughters who form that community. To all of you here present – dear brother bishops and priests, beloved consecrated women and men and members of the lay faithful, dear families and young people, baptized and catechumens – I address my fraternal and friendly greeting, which I extend to those who are united with us through radio and television. I warmly thank the President of the Republic for his presence, as well as the other authorities, especially the Mayor of Lisbon, who has been good enough to confer upon me the keys of the city.
Lisbon – friend, port and shelter for the great hopes that were placed in you by those who set off from here, hopes that were cherished by those who visited you – today I wish to make use of these keys that you have given me so that you may be able to base your human hopes upon divine Hope. In the reading that has just been proclaimed, taken from the First Letter of Saint Peter, we heard: "Behold, I am laying in Zion a stone, a cornerstone chosen and precious, and he who believes in him will not be put to shame". And the Apostle explains: Draw near to the Lord, "that living stone, rejected by men but in God’s sight chosen and precious" (1 Pet 2:6,4). Brothers and sisters, those who believe in Jesus will not be put to shame: he is the Word of God, who can neither deceive nor be deceived, and this Word is attested by a "great multitude which no man could number, from every nation, from all tribes and peoples and tongues," a multitude pictured by the author of the Apocalypse "clothed in white robes, with palm branches in their hands" (Rev 7:9). This countless multitude includes not only Saints Verissimus, Maxima and Julia, martyred here during the persecution of Diocletian, Saint Vincent, deacon and martyr, the principal patron of the Patriarchate, Saint Anthony and Saint John of Brito who set off from here to sow God’s good seed in other lands and among other peoples, and Saint Nuno of Santa Maria, whom I added to the ranks of the Saints just over a year ago. It is formed of the "servants of our God" from all times and places, on whose forehead the sign of the cross has been inscribed with "the seal of the living God" (Rev 7:2), that is to say, with the Holy Spirit. I am referring to the initial rite administered to each one of us in the sacrament of Baptism, through which the Church gives birth to the "saints".
We know that she also has quarrelsome and even rebellious sons and daughters, but it is in the saints that the Church recognizes her most characteristic features, it is in them that she tastes her deepest joy. They all share the desire to incarnate the Gospel in their own lives, under the inspiration of the eternal animator of God’s People – the Holy Spirit. Focussing her attention upon her own saints, this local Church has rightly concluded that today’s pastoral priority is to make each Christian man and woman a radiant presence of the Gospel perspective in the midst of the world, in the family, in culture, in the economy, in politics. Often we are anxiously preoccupied with the social, cultural and political consequences of the faith, taking for granted that faith is present, which unfortunately is less and less realistic. Perhaps we have placed an excessive trust in ecclesial structures and programmes, in the distribution of powers and functions; but what will happen if salt loses its flavour?
In order for this not to happen, it is necessary to proclaim anew with vigour and joy the event of the death and resurrection of Christ, the heart of Christianity, the fulcrum and mainstay of our faith, the firm lever of our certainties, the strong wind that sweeps away all fear and indecision, all doubt and human calculation. The resurrection of Christ assures us that no adverse power will ever be able to destroy the Church. Therefore our faith is well-founded, but this faith needs to come alive in each one of us. A vast effort at every level is required if every Christian is to be transformed into a witness capable of rendering account to all and at all times of the hope that inspires him (cf. 1 Pet 3:15): only Christ can fully satisfy the profound longings of every human heart and give answers to its most pressing questions concerning suffering, injustice and evil, concerning death and the life hereafter.
Dear brothers and sisters, dear young friends, Christ is always with us and always walks with his Church, accompanies her and guards her, as he has told us: "I am with you always, to the close of the age" (Mt 28:20). Never doubt his presence! Always seek the Lord Jesus, grow in friendship with him, receive him in communion. Learn to listen to his word and also to recognize him in the poor. Live your lives with joy and enthusiasm, sure of his presence and of his unconditional, generous friendship, faithful even to death on the cross. Bear witness to all of the joy that his strong yet gentle presence evokes, starting with your contemporaries. Tell them that it is beautiful to be a friend of Jesus and that it is well worth following him. With your enthusiasm, demonstrate that, among all the different ways of life that the world today seems to offer us – apparently all on the same level – the only way in which we find the true meaning of life and hence true and lasting joy, is by following Jesus.
Seek daily the protection of Mary, Mother of the Lord and mirror of all holiness. She, the all-holy one, will help you to be faithful disciples of her Son Jesus Christ.
[00677-02.01] [Original text: Portuguese]
TRADUZIONE IN LINGUA FRANCESE
Chers Frères et Sœurs,
Chers jeunes amis!
« Allez donc ! de toutes les nations faites des disciples, […] apprenez-leur à garder tous les commandements que je vous ai donnés. Et moi, je suis avec vous tous les jours jusqu’à la fin du monde » (Mt 28, 19-20). Ces paroles du Christ ressuscité revêtent une signification particulière en cette ville de Lisbonne, d’où sont parties en grand nombre des générations et des générations de chrétiens – évêques, prêtres, personnes consacrées et laïcs, hommes et femmes, jeunes et moins jeunes –, obéissant à l’appel du Seigneur et armés simplement de cette certitude qu’il leur a laissée : « Moi, je suis avec vous tous les jours ». La place que le Portugal s’est acquise parmi les nations pour le service offert à la diffusion de la foi est glorieuse : dans les cinq parties du monde, il y a des Églises locales qui ont tiré leur origine de l’action missionnaire portugaise.
Dans le passé, votre départ à la recherche des autres peuples n’a ni empêché ni détruit les liens avec ce que vous étiez et croyiez, au contraire, avec sagesse chrétienne, vous avez réussi à transplanter expériences et particularités, en vous ouvrant à la contribution des autres pour être vous-mêmes, dans une apparente faiblesse qui est une force. Aujourd’hui, en participant à l’édification de la Communauté européenne, vous apportez la contribution de votre identité culturelle et religieuse. En effet, de même que Jésus Christ s’est joint aux disciples sur la route d’Emmaüs, de même marche-t-il aussi avec nous selon sa promesse : « Je suis avec vous tous les jours jusqu’à la fin du monde ». Même si elle est différente de celle des Apôtres, nous avons nous aussi une expérience vraie et personnelle du Seigneur ressuscité. La distance des siècles est dépassée et le Ressuscité se présente vivant et agissant, par notre intermédiaire, dans l’aujourd’hui de l’Église et du monde. C’est cela notre grande joie. Dans le fleuve vivant de la Tradition ecclésiale, le Christ ne se trouve pas à deux mille ans de distance, mais il est réellement présent parmi nous et il nous offre la Vérité, il nous donne la lumière qui nous fait vivre et trouver le chemin vers l’avenir.
Présent dans sa Parole, dans l’assemblée du peuple de Dieu avec ses Pasteurs et, de façon éminente, dans le sacrement de son Corps et de son Sang, Jésus est ici avec nous. Je salue Monsieur le Cardinal Patriarche de Lisbonne, que je remercie pour les paroles affectueuses qu’il m’a adressées, au commencement de la célébration, au nom de sa communauté qui m’accueille et que je porte dans mon cœur avec ses presque deux millions de fils et de filles ; à vous tous ici présents – bien-aimés Frères dans l’épiscopat et dans le sacerdoce, chères personnes consacrées et laïcs engagés, chères familles et jeunes, baptisés et catéchumènes – j’adresse mon salut fraternel et amical, que j’étends à tous ceux qui se trouvent unis à nous par la radio et la télévision. Je remercie vivement Monsieur le Président de la République pour sa présence ainsi que les autres Autorités, en particulier Monsieur le Maire de Lisbonne, qui m’a courtoisement remis les clés de la ville.
Lisbonne mon amie, port et abri de tant d’espérances qui t’étaient confiées par celui qui partait et que désirait celui qui te rendait visite, j’aimerais aujourd’hui me servir de ces clés que tu m’a remises pour que tu puisses fonder tes espérances humaines sur l’Espérance divine. Dans la lecture qui vient d’être proclamée, tirée de la Première Lettre de saint Pierre, nous avons entendu : « Voici que je pose en Sion une pierre angulaire, choisie, précieuse, et celui qui se confie en elle ne sera pas déçu ». Et l’Apôtre explique : Approchez-vous du Seigneur, il est « la pierre vivante, rejetée par les hommes, mais que Dieu a choisie parce qu’il en connaît la valeur » (1 P 2, 6.4.). Frères et sœurs, celui qui croit en Jésus ne sera pas déçu : il est la Parole de Dieu, qui ne se trompe pas et ne peut pas nous tromper. Parole confirmée par une « foule immense, que nul ne pouvait dénombrer, une foule de toutes nations, races, peuples et langues » contemplée par l’auteur de l’Apocalypse « en vêtements blancs, avec des palmes à la main » (Ap 7, 9). Dans cette foule immense il n’y a pas seulement les saints Verissimo, Maxima et Julia, martyrisés ici pendant la persécution de Dioclétien, ou saint Vincent, diacre et martyr, patron principal du Patriarcat ; saint Antoine et saint Jean de Brito qui sont partis d’ici pour semer le bon grain de Dieu auprès d’autres terres et d’autres peuples, ou saint Nuno de Santa María que, depuis un peu plus d’un an, j’ai inscrit au livre des Saints. Mais elle est formée des « serviteurs de notre Dieu » de tous les temps et de tous les lieux, sur le front desquels a été tracé le signe de la croix avec « le sceau du Dieu vivant » (Ap 7, 2) : l’Esprit Saint. Il s’agit du rite initial accompli sur chacun de nous dans le sacrement du Baptême, par lequel l’Église conduit les ‘saints’ à la lumière.
Nous savons que des enfants récalcitrants et même rebelles ne lui manquent pas, mais c’est dans les Saints que l’Église reconnaît ses propres traits caractéristiques et c’est vraiment en eux qu’elle savoure sa joie la plus profonde. Ce qui les unit tous, c’est la volonté d’incarner l’Évangile dans leur propre existence, mus par l’Esprit-Saint, âme éternelle du Peuple de Dieu. Fixant son regard sur ses saints, cette Église locale a justement conclu qu’aujourd’hui la priorité pastorale est de faire de chaque chrétien une présence rayonnante de la perspective évangélique au milieu du monde, dans la famille, dans la culture, dans l’économie, dans la politique. Souvent nous nous préoccupons fébrilement des conséquences sociales, culturelles et politiques de la foi, escomptant que cette foi existe, ce qui malheureusement s’avère de jour en jour moins réaliste. On a peut-être mis une confiance excessive dans les structures et dans les programmes ecclésiaux, dans la distribution des responsabilités et des fonctions ; mais qu’arrivera-t-il si le sel s’affadit ?
Pour que cela n’arrive pas, il faut de nouveau annoncer avec vigueur et joie l’événement de la mort et de la résurrection du Christ, cœur du christianisme, fondement et soutien de notre foi, levier puissant de nos certitudes, vent impétueux qui balaie toute peur et toute indécision, tout doute et tout calcul humain. La résurrection du Christ nous assure qu’aucune puissance adverse ne pourra jamais détruire l’Église. Par conséquent notre foi a un fondement, mais il faut que cette foi devienne vie en chacun de nous. Il y a donc un vaste effort capillaire à accomplir afin que tout chrétien se transforme en témoin capable de rendre compte à tous et toujours de l’espérance qui l’anime (cf. 1 P 3, 15) : seul le Christ peut satisfaire pleinement les profondes aspirations de tout cœur humain et répondre à ses interrogations les plus inquiètes sur la souffrance, l’injustice et le mal, sur la mort et sur la vie dans l’Au-delà.
Chers Frères et jeunes amis, le Christ est toujours avec nous et il marche toujours avec son Église, il l’accompagne et la garde, comme il nous l’a dit : « Je suis avec vous tous les jours jusqu’à la fin du monde » (Mt 28, 20). Ne doutez jamais de sa présence ! Cherchez toujours le Seigneur Jésus, grandissez dans l’amitié avec lui, recevez-le dans la communion. Apprenez à écouter sa parole et aussi à le reconnaître dans les pauvres. Vivez votre existence avec joie et enthousiasme, sûrs de sa présence et de son amitié gratuite, généreuse, fidèle jusqu’à la mort de la croix. Témoignez à tous la joie de sa présence forte et douce, en commençant par ceux qui ont votre âge. Dites-leur qu’il est beau d’être l’ami de Jésus et qu’il vaut la peine de le suivre. Par votre enthousiasme montrez que, parmi tant de modes de vie que le monde aujourd’hui semble nous offrir – tous apparemment du même niveau –, l’unique dans lequel se trouve le vrai sens de la vie et donc la joie véritable et durable est de suivre Jésus.
Cherchez chaque jour la protection de Marie, Mère du Seigneur et miroir de toute sainteté. Elle, la toute Sainte, vous aidera à être de fidèles disciples de son Fils Jésus Christ.
[00677-03.01] [Texte original: Portugais]
● MESSAGGIO DEL SANTO PADRE IN OCCASIONE DEL 50° ANNIVERSARIO DI FONDAZIONE DEL SANTUARIO DEL CRISTO REI DI ALMADA
MESSAGGIO DEL SANTO PADRE
TRADUZIONE IN LINGUA ITALIANA
TRADUZIONE IN LINGUA INGLESE
TRADUZIONE IN LINGUA FRANCESE
Al termine della Celebrazione Eucaristica al Terreiro do Paço di Lisboa, in occasione del 50° anniversario di fondazione del Santuario del Cristo Rei di Almada (diocesi di Setúbal) il Papa legge un Messaggio e consegna in dono al Rettore del Santuario una casula con l’immagine del Sacro Cuore di Gesù. Pubblichiamo di seguito le parole del Santo Padre:
MESSAGGIO DEL SANTO PADRE
Queridos Irmãos e Irmãs,
Neste momento, dirijo o olhar para a outra margem do Tejo onde se ergue o Monumento a Cristo-Rei, quase no encerramento das comemorações dos seus 50 anos. Na impossibilidade de visitar o santuário – como desejava Dom Gilberto, Bispo de Setúbal – quero daqui apontar às novas gerações os exemplos de esperança em Deus e lealdade ao voto feito, que nos deixaram esculpidos no mesmo os Bispos e fiéis cristãos de então, em sinal de amor e gratidão pela preservação da paz em Portugal. Dali a imagem de Cristo estende os braços a Portugal inteiro como que a lembrar-lhe a Cruz onde Jesus obteve a paz do universo e Se manifestou Rei e servo, porque o verdadeiro Salvador da humanidade.
Na sua função de santuário, seja cada vez mais lugar para cada fiel rever como os critérios do Reino de Cristo estão impressos na sua vida de consagração baptismal, para fomentar a construção do amor, da justiça e da paz com intervenções na sociedade a favor dos pobres e oprimidos, para centrar a espiritualidade das comunidades cristãs em Cristo, Senhor e Juiz da história.
Para quantos dinamizam e servem no Santuário de Cristo-Rei, para os seus peregrinos e todos os diocesanos de Setúbal, imploro abundantes bênçãos do Céu, criadoras de esperança e paz duradouras nos corações, nas famílias e na sociedade.
[00678-06.01] [Texto original: Português]
TRADUZIONE IN LINGUA ITALIANA
Carissimi Fratelli e Sorelle,
In questo momento, rivolgo il mio sguardo verso l’altra riva del Tago, dove si erge il Monumento a Cristo Re, quasi nella chiusura delle celebrazioni per i suoi 50 anni. Nell’impossibilità di visitare il santuario – come desiderava Mons. Gilberto, Vescovo di Setúbal – vorrei da qui additare alle nuove generazione gli esempi di speranza in Dio e lealtà al voto fatto, che in esso ci hanno lasciato scolpiti i Vescovi e i fedeli cristiani di allora, in segno di amore e riconoscenza per la preservazione della pace in Portogallo. Di là l’immagine di Cristo stende le braccia all’intero Portogallo, quasi a ricordargli la Croce dove Gesù ha ottenuto la pace dell’universo e si è manifestato Re e servo, perché è il vero Salvatore dell’umanità.
Nella sua funzione di santuario, diventi sempre più un luogo in cui ogni fedele possa verificare come i criteri del Regno di Cristo siano impressi nella sua vita di consacrazione battesimale, per promuovere l’edificazione dell’amore, della giustizia e della pace con interventi nella società a favore dei poveri e degli oppressi, per focalizzare la spiritualità delle comunità cristiane in Cristo, Signore e Giudice della storia.
Su quanti operano e servono nel Santuario di Cristo Re, sui suoi pellegrini e su tutti i fedeli della diocesi di Setúbal imploro abbondanti benedizioni del Cielo, creatrici di speranza e di pace durature nei cuori, nelle famiglie e nella società.
[00678-01.01] [Testo originale: Portoghese]
TRADUZIONE IN LINGUA INGLESE
Dear Brothers and Sisters,
At this moment, I look across to the other bank of the Tagus, towards the imposing statue of Christ the King, as we approach the end of the celebrations of its fiftieth anniversary. While it has not been possible to visit the shrine, as Bishop Gilberto of Setúbal would have wished – I take the opportunity from here to point out to the younger generation the example of hope in God and fidelity to their vow that the Bishops and faithful Christians of that time left us in this sculpture, a sign of their love and gratitude for the preservation of peace in Portugal. The image of Christ extends his arms over the whole of Portugal, as if to remind it of the Cross on which Jesus obtained the peace of the world and showed himself to be both King and servant, since he is the true Saviour of mankind.
Let this shrine become ever more a place in which every member of the faithful can assess how deeply rooted the values of the Kingdom of Christ are in his life of baptismal consecration, for the building up of love, justice and peace through engagement in society in favour of the poor and oppressed, so as to focus the spirituality of Christian communities upon Christ, the Lord and Judge of history.
Upon all who work and serve in the Shrine of Christ the King, upon its pilgrims and upon all the faithful of the Diocese of Setúbal I invoke abundant heavenly blessings of hope and lasting peace in the hearts of individuals, in families and in society.
[00678-02.01] [Original text: Portuguese]
TRADUZIONE IN LINGUA FRANCESE
Bien chers frères et sœurs,
En ce moment, je tourne mon regard vers l’autre rive du Tage où se dresse le Monument au Christ-Roi alors que vont se clore les célébrations de son cinquantenaire. Dans l’impossibilité de visiter le sanctuaire – comme le désirait Monseigneur Gilberto, Évêque de Setúbal – j’aimerais, d’ici, souligner pour les nouvelles générations les exemples d’espérance en Dieu et de loyauté au vœu prononcé, exemples gravés, alors, par les évêques et par les fidèles chrétiens en signe d’amour et de reconnaissance pour la préservation de la paix au Portugal. Là, l’image du Christ étend ses bras vers le Portugal tout entier, comme pour lui rappeler la Croix sur laquelle Jésus a obtenu la paix de l’univers et où il s’est manifesté Roi et Serviteur, parce qu’il est le vrai Sauveur de l’humanité.
Dans sa vocation de sanctuaire, puisse ce lieu devenir toujours davantage un lieu où tout fidèle puisse vérifier comment les critères du Règne du Christ sont inscrits dans sa vie de consécration baptismale, pour promouvoir la croissance de l’amour, de la justice et de la paix par des interventions dans la société en faveur des pauvres et des opprimés, et pour centrer la spiritualité des communautés chrétiennes sur le Christ, Seigneur et Juge de l’histoire.
Sur ceux qui travaillent et servent dans le Sanctuaire du Christ-Roi, sur ses pèlerins et sur tous les fidèles du diocèse de Setúbal, j’implore l’abondance des Bénédictions du Ciel, créatrices d’espérance et de paix durables dans les cœurs, dans les familles et dans la société.
[00678-03.01] [Texte original: Portugais]
Al termine della Celebrazione Eucaristica, il Santo Padre rientra alla Nunziatura Apostolica dove cena in privato.
[B0297-XX.01]