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SANTA MESSA DI INAUGURAZIONE DELLA V CONFERENZA GENERALE DELL’EPISCOPATO LATINOAMERICANO E DEI CARAIBI, NEL SANTUARIO DELL’APARECIDA OMELIA DEL SANTO PADRE
TRADUZIONE IN LINGUA ITALIANA
TRADUZIONE IN LINGUA INGLESE
Alle ore 9.30 di questa mattina, lasciato il Seminario "Bom Jesús" di Aparecida, il Santo Padre Benedetto XVI si reca al Santuario "Nossa Senhora da Conceição Aparecida" dove, alle ore 10, presiede la Santa Messa di inaugurazione della V Conferenza Generale dell’Episcopato Latinoamericano e dei Caraibi. Concelebrano con il Papa i Vescovi e i presbiteri delegati delle varie Conferenze Episcopali dell’America Latina e dei Caraibi.
Nel corso del Sacro Rito che si celebra nel piazzale antistante il Santuario e che è introdotto dal saluto dell’Arcivescovo di Aparecida, S.E. Mons. Raymundo Damasceno Assis, dopo la proclamazione del Vangelo, il Santo Padre pronuncia l’omelia che riportiamo di seguito:
OMELIA DEL SANTO PADRE
Veneráveis Irmãos no Episcopado,
queridos sacerdotes e vós todos, irmãs e irmãos no Senhor!
Não existem palavras para exprimir a alegria de encontrar-Me convosco para celebrar esta solene Eucaristia, por ocasião da abertura da Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe. A todos saúdo com muita cordialidade, de modo particular ao Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, agradecendo as palavras que Me foram dirigidas em nome de toda a assembléia, e os Cardeais Presidentes desta Conferência Geral. Saúdo com deferência as Autoridades civis e militares que nos honram com a sua presença. Deste Santuário estendo o meu pensamento, com muito afeto e oração, a todos aqueles que se nos unem espiritualmente neste dia, de modo especial às comunidades de vida consagrada, aos jovens engajados em movimentos e associações, às famílias, bem como aos enfermos e aos anciãos. A todos quero dizer: «Graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo» (1Cor 1,13).
Considero um dom especial da Providência que esta Santa Missa seja celebrada neste tempo e neste lugar. O tempo é o litúrgico do sexto Domingo de Páscoa: está próxima a festa de Pentecostes, e a Igreja é convidada a intensificar a invocação ao Espírito Santo. O lugar é o Santuário nacional de Nossa Senhora Aparecida, coração mariano do Brasil: Maria nos acolhe neste Cenáculo e, como Mãe e Mestra, nos ajuda a elevar a Deus uma prece unânime e confiante. Esta celebração litúrgica constitui o fundamento mais sólido da V Conferência, porque põe na sua base a oração e a Eucaristia, Sacramentum caritatis. Com efeito, só a caridade de Cristo, emanada pelo Espírito Santo, pode fazer desta reunião um autentico acontecimento eclesial, um momento de graça para este Continente e para o mundo inteiro. Esta tarde terei a possibilidade de entrar no mérito dos conteúdos sugeridos pelo tema da vossa Conferência. Demos agora espaço à Palavra de Deus, que com alegria acolhemos, com o coração aberto e dócil, a exemplo de Maria, Nossa Senhora da Conceição, a fim de que, pelo poder do Espírito Santo, Cristo possa novamente "fazer-se carne" no hoje da nossa história.
A primeira Leitura, tirada dos Atos dos Apóstolos, refere-se ao assim chamado "Concílio de Jerusalém", que considerou a questão se aos pagãos convertidos ao cristianismo dever-se-ia impor a observância da lei mosaica. O texto, deixando de lado a discussão sobre "os Apóstolos e os anciãos" (15,4-21), transcreve a decisão final, que vem posta por escrito numa carta e confiada a dois delegados, a fim de que seja entregue à comunidade de Antioquia (vv. 22-29). Esta página dos Atos nos é muito apropriada, por termos vindo aqui para uma reunião eclesial. Fala-nos do sentido do discernimento comunitário em torno dos grandes problemas que a Igreja encontra ao longo do seu caminho e que vem a ser esclarecidos pelos "Apóstolos" e pelos "anciãos" com a luz do Espírito Santo, o qual, como nos narra o Evangelho de hoje, lembra o ensinamento de Jesus Cristo (cf. Jo 14,26) ajudando assim a comunidade cristã a caminhar na caridade em busca da verdade plena (cf. Jo 16,13). Os chefes da Igreja discutem e se defrontam, sempre porém em atitude de religiosa escuta da Palavra de Cristo no Espírito Santo. Por isso, no final podem afirmar: «Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós ...» (At 15,28).
Este é o "método" com o qual nós agimos na Igreja, tanto nas pequenas como nas grandes assembléias. Não é uma simples questão de procedimento; é o resultado da mesma natureza da Igreja, mistério de comunhão com Cristo no Espírito Santo. No caso das Conferências Gerais do Episcopado Latino-americano e Caribenho, a primeira, realizada no Rio de Janeiro em 1955, recorreu a uma Carta especial enviada pelo Papa Pio XII, de venerada memória; nas outras, até a atual, foi o Bispo de Roma que se dirigiu à sede da reunião continental para presidir as fases iniciais. Com devoto reconhecimento dirigimos o nosso pensamento aos Servos de Deus Paulo VI e João Paulo II que, nas Conferências de Medellín, Puebla e Santo Domingo, testemunharam a proximidade da Igreja universal nas Igrejas que estão na América Latina e que constituem, em proporção, a maior parte da Comunidade católica.
«Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós ...». Esta é a Igreja: nós, a comunidade de fiéis, o Povo de Deus, com os seus Pastores chamados a fazer de guia do caminho; juntos com o Espírito Santo, Espírito do Pai mandado em nome do Filho Jesus, Espírito d’Aquele que é "maior" de todos e que nos foi dado mediante Cristo, que se fez "menor" por nossa causa. Espírito Paráclito, Ad-vocatus, Defensor e Consolador. Ele nos faz viver na presença de Deus, na escuta da sua Palavra, livres de inquietação e de temor, tendo no coração a paz que Jesus nos deixou e que o mundo não pode dar (cf. Jo 14, 26-27). O Espírito acompanha a Igreja no longo caminho que se estende entre a primeira e a segunda vinda de Cristo: «Vou, e volto a vós» (Jo 14,28), disse Jesus aos Apóstolos. Entre a "ida" e a "volta" de Cristo está o tempo da Igreja, que é o seu Corpo, estão esses dois mil anos transcorridos até agora; estão também estes pouco mais de cinco séculos em que a Igreja fez-se peregrina nas Américas, difundindo nos fiéis a vida de Cristo através dos Sacramentos e lançando nestas terras a boa semente do Evangelho, que rendeu trinta, sessenta e até mesmo o cento por um. Tempo da Igreja, tempo do Espírito Santo: Ele é o Mestre que forma os discípulos: fá-los enamorar-se de Jesus; educa-os para que escutem a sua Palavra, a fim de que contemplem a sua Face; conforma-os à sua Humanidade bem-aventurada, pobre em espírito, aflita, mansa, sedenta de justiça, misericordiosa, pura de coração, pacífica, perseguida por causa da justiça (cf. Mt 5,3-10). Deste modo, graças à ação do Espírito Santo, Jesus torna-se a "Via" na qual caminha o discípulo. «Se alguém me ama, observará a minha palavra», diz Jesus no início do trecho evangélico de hoje. «A palavra que tendes ouvido não é minha, mas sim do Pai que me enviou» (Jo 14,23-24). Como Jesus transmite as palavras do Pai, assim o Espírito recorda à Igreja as palavras de Cristo (cf. Jo 14,26). E como o amor pelo Pai levava Jesus a alimentar-se da sua vontade, assim o nosso amor por Jesus se demonstra na obediência pelas suas palavras. A fidelidade de Jesus à vontade do Pai pode transmitir-se aos discípulos graças ao Espírito Santo, que derrama o amor de Deus nos seus corações (cf. Rm 5,5).
O Novo Testamento apresenta-nos a Cristo como missionário do Pai. Especialmente no Evangelho de São João, Jesus fala de si tantas vezes a propósito do Pai que O enviou ao mundo. Da mesma forma, também no texto de hoje. Jesus diz: « A palavra que tendes ouvido não é minha, mas sim do Pai que me enviou» (Jo 14,24). Neste momento, queridos amigos, somos convidados a fixar nosso olhar n’Ele, porque a missão da Igreja subsiste somente em quanto prolongação daquela de Cristo: «Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós» (Jo 20,21). O evangelista põe em relevo, inclusive de forma plástica, que esta consignação acontece no Espírito Santo: «Soprou sobre eles dizendo: ‘Recebei o Espírito Santo...’ » (Jo 20,22). A missão de Cristo realizou-se no amor. Ele acendeu no mundo o fogo da caridade de Deus (cf. Lc 12,49). É o amor que dá a vida: por isso a Igreja é convidada a difundir no mundo a caridade de Cristo, porque os homens e os povos «tenham a vida e a tenham em abundância» (Jo 10,10). A vós também, que representais a Igreja na América Latina, tenho a alegria entregar de novo idealmente a minha Encíclica Deus caritas est, com a qual quis indicar a todos o que é essencial na mensagem cristã. A Igreja se sente discípula e missionária desse Amor : missionária somente enquanto discípula, isto é capaz de deixar-se sempre atrair, com renovado enlevo, por Deus que nos amou e nos ama por primeiro (1Jo 4,10). A Igreja não faz proselitismo. Ela cresce muito mais por "atração": como Cristo "atrai todos a si" com a força do seu amor, que culminou no sacrifício da Cruz, assim a Igreja cumpre a sua missão na medida em que, associada a Cristo, cumpre a sua obra conformando-se em espírito e concretamente com a caridade do seu Senhor.
Queridos hermanos y hermanas. Éste es el rico tesoro del continente Latinoamericano; éste es su patrimonio más valioso: la fe en Dios Amor, que reveló su rostro en Jesucristo. Vosotros creéis en el Dios Amor: ésta es vuestra fuerza que vence al mundo, la alegría que nada ni nadie os podrá arrebatar, ¡la paz que Cristo conquistó para vosotros con su Cruz! Ésta es la fe que hizo de Latinoamérica el "Continente de la Esperanza". No es una ideología política, ni un movimiento social, como tampoco un sistema económico; es la fe en Dios Amor, encarnado, muerto y resucitado en Jesucristo, el auténtico fundamento de esta esperanza que produjo frutos tan magníficos desde la primera evangelización hasta hoy. Así lo atestigua la serie de Santos y Beatos que el Espíritu suscitó a lo largo y ancho de este Continente. El Papa Juan Pablo II os convocó para una nueva evangelización, y vosotros respondisteis a su llamado con la generosidad y el compromiso que os caracterizan. Yo os lo confirmo y, con palabras de esta Quinta Conferencia, os digo: sed discípulos fieles, para ser misioneros valientes y eficaces.
La segunda Lectura nos ha presentado la grandiosa visión de la Jerusalén celeste. Es una imagen de espléndida belleza, en la que nada es simplemente decorativo, sino que todo contribuye a la perfecta armonía de la Ciudad santa. Escribe el vidente Juan que ésta "bajaba del cielo, enviada por Dios trayendo la gloria de Dios" (Ap 21,10). Pero la gloria de Dios es el Amor; por tanto la Jerusalén celeste es icono de la Iglesia entera, santa y gloriosa, sin mancha ni arruga (cf. Ef 5,27), iluminada en el centro y en todas partes por la presencia de Dios-Caridad. Es llamada "novia", "la esposa del Cordero" (Ap 20,9), porque en ella se realiza la figura nupcial que encontramos desde el principio hasta el fin en la revelación bíblica. La Ciudad-Esposa es patria de la plena comunión de Dios con los hombres; ella no necesita templo alguno ni ninguna fuente externa de luz, porque la presencia de Dios y del Cordero es inmanente y la ilumina desde dentro.
Este icono estupendo tiene un valor escatológico: expresa el misterio de belleza que ya constituye la forma de la Iglesia, aunque aún no haya alcanzado su plenitud. Es la meta de nuestra peregrinación, la patria que nos espera y por la cual suspiramos. Verla con los ojos de la fe, contemplarla y desearla, no debe ser motivo de evasión de la realidad histórica en que vive la Iglesia compartiendo las alegrías y las esperanzas, los dolores y las angustias de la humanidad contemporánea, especialmente de los más pobres y de los que sufren (cf. Gaudium et spes, 1). Si la belleza de la Jerusalén celeste es la gloria de Dios, o sea, su amor, es precisamente y solamente en la caridad cómo podemos acercarnos a ella y, en cierto modo, habitar en ella. Quien ama al Señor Jesús y observa su palabra experimenta ya en este mundo la misteriosa presencia de Dios Uno y Trino, como hemos escuchado en el Evangelio: "Vendremos a él y haremos morada en él" (Jn 14,23). Por eso, todo cristiano está llamado a ser piedra viva de esta maravillosa "morada de Dios con los hombres".¡Qué magnífica vocación!
Uma Igreja inteiramente animada e mobilizada pela caridade de Cristo, Cordeiro imolado por amor, é a imagem histórica da Jerusalém celeste, antecipação da Cidade santa, resplandecente da glória de Deus. Ela emana uma força missionária irresistível, que é a força da santidade. A Virgem Maria alcance para a América Latina e no Caribe ser abundantemente revestida da força do alto (cf. Lc 24,49) para irradiar no Continente e em todo o mundo a santidade de Cristo. A Ele seja dada glória, com o Pai e o Espírito Santo, nos séculos dos séculos. Amém.
[00684-XX.01] [Testo originale: Plurilingue]
TRADUZIONE IN LINGUA ITALIANA
Cari Fratelli nell’Episcopato,
cari sacerdoti e voi tutti, fratelli e sorelle nel Signore!
Non ci sono parole per esprimere la gioia di trovarmi con voi per celebrare questa solenne Eucaristia, in occasione dell’apertura della Quinta Conferenza Generale dell’Episcopato Latinoamericano e dei Caraibi. Rivolgo a ciascuno di voi il mio saluto più cordiale, in particolare all’Arcivescovo Raymundo Damasceno Assis, che ringrazio per le parole indirizzatemi a nome dell’intera assemblea, e ai Cardinali Presidenti di questa Conferenza Generale. Saluto con deferenza le Autorità civili e militari che ci onorano della loro presenza. Da questo Santuario estendo il mio pensiero, colmo di affetto e di preghiera, a tutti coloro che sono spiritualmente uniti a noi, in modo speciale alle comunità di vita consacrata, ai giovani impegnati nelle associazioni e nei movimenti, alle famiglie, come pure ai malati e agli anziani. A tutti dico: "Grazia a voi e pace da Dio Padre nostro e dal Signore Gesù Cristo (1 Cor 1,3).
Considero un dono speciale della Provvidenza che questa Santa Messa venga celebrata in questo tempo e in questo luogo. Il tempo è quello liturgico di Pasqua, giunto alla sesta Domenica: è ormai vicina la Pentecoste, e la Chiesa è invitata ad intensificare l’invocazione allo Spirito Santo. Il luogo è il Santuario nazionale di Nostra Signora Aparecida, cuore mariano del Brasile: Maria ci accoglie in questo Cenacolo e, quale Madre e Maestra, ci aiuta ad elevare a Dio una preghiera unanime e fiduciosa. Questa celebrazione liturgica costituisce il fondamento più solido della V Conferenza, perché pone alla sua base la preghiera e l’Eucaristia, Sacramentum caritatis. In effetti, solo la carità di Cristo, effusa dallo Spirito Santo, può fare di questa riunione un autentico evento ecclesiale, un momento di grazia per questo Continente e per il mondo intero. Oggi pomeriggio avrò la possibilità di entrare nel merito dei contenuti suggeriti dal tema della vostra Conferenza. Ora lasciamo spazio alla Parola di Dio, che abbiamo la gioia di accogliere insieme sul modello di Maria, Nostra Signora della Concezione, con cuore aperto e docile affinché, per la potenza dello Spirito Santo, Cristo possa nuovamente "prendere carne" nell’oggi della nostra storia.
La prima Lettura, tratta dagli Atti degli Apostoli, fa riferimento al cosiddetto "concilio di Gerusalemme", che affrontò la questione se ai pagani diventati cristiani si dovesse imporre l’osservanza della legge mosaica. Il testo, saltando la discussione tra "gli apostoli e gli anziani" (vv. 4-21), riporta la decisione finale, che viene messa per iscritto in una lettera e affidata a due delegati, perché la rechino alla comunità di Antiochia (vv. 22-29). Questa pagina degli Atti è molto appropriata per noi, che pure siamo qui convenuti per una riunione ecclesiale. Ci richiama il senso del discernimento comunitario intorno alle grandi problematiche che la Chiesa incontra lungo il suo cammino e che vengono chiarite dagli "apostoli" e dagli "anziani" con la luce dello Spirito Santo, il quale, come dice il Vangelo odierno, ricorda l’insegnamento di Gesù Cristo (cfr Gv 14,26) e così aiuta la comunità cristiana a camminare nella carità verso la piena verità (cfr Gv 16,13). I capi della Chiesa discutono e si confrontano, ma sempre in atteggiamento di religioso ascolto della Parola di Cristo nello Spirito Santo. Perciò alla fine possono affermare: "Abbiamo deciso, lo Spirito Santo e noi…" (At 15,28).
Questo è il "metodo" con cui operiamo nella Chiesa, nelle piccole come nelle grandi assemblee. Non è solo una questione di procedura; è il riflesso della natura stessa della Chiesa, mistero di comunione con Cristo nello Spirito Santo. Nel caso delle Conferenze Generali dell’Episcopato Latinoamericano e dei Caraibi, la prima, quella del 1955 a Rio de Janeiro, si avvalse di una speciale Lettera inviata dal Papa Pio XII, di venerata memoria; nelle successive, fino all’attuale, è stato il Vescovo di Roma a raggiungere la sede della riunione continentale per presiederne le fasi iniziali. Con devota riconoscenza rivolgiamo il nostro pensiero ai Servi di Dio Paolo VI e Giovanni Paolo II, che alle Conferenze di Medellín, Puebla e Santo Domingo hanno portato la testimonianza della vicinanza della Chiesa universale alle Chiese che sono in America Latina e che costituiscono, in proporzione, la maggior parte della Comunità cattolica.
"Lo Spirito Santo e noi". Questo è la Chiesa: noi, la comunità credente, il Popolo di Dio, con i suoi Pastori chiamati a guidarne il cammino; insieme con lo Spirito Santo, Spirito del Padre mandato nel nome del Figlio Gesù, Spirito di Colui che è "più grande" di tutti e che ci è dato mediante Cristo, fattosi "piccolo" per noi. Spirito Paraclito, Ad-vocatus, Difensore e Consolatore. Egli ci fa vivere alla presenza di Dio, nell’ascolto della sua Parola, liberi dal turbamento e dal timore, con nel cuore la pace che Gesù ci ha lasciato e che il mondo non può dare (cfr Gv 14,26-27). Lo Spirito accompagna la Chiesa nel lungo cammino che si distende tra la prima e la seconda venuta di Cristo: "Vado e tornerò a voi" (Gv 14,28), disse Gesù agli Apostoli. Tra l’"andata" e il "ritorno" di Cristo c’è il tempo della Chiesa, che è il suo Corpo; ci sono i duemila anni finora trascorsi; ci sono anche questi cinque secoli e più in cui la Chiesa si è fatta pellegrina nelle Americhe, diffondendo nei credenti la vita di Cristo attraverso i Sacramenti e spargendo in queste terre il buon seme del Vangelo, che ha reso dove il trenta, dove il sessanta e dove il cento per uno. Tempo della Chiesa, tempo dello Spirito: è Lui il Maestro che forma i discepoli: li fa innamorare di Gesù; li educa all’ascolto della sua Parola, alla contemplazione del suo Volto; li conforma alla sua Umanità beata, povera in spirito, afflitta, mite, affamata di giustizia, misericordiosa, pura di cuore, operatrice di pace, perseguitata per la giustizia (cfr Mt 5,3-10). Così, grazie all’azione dello Spirito Santo, Gesù diventa la "Via" sulla quale il discepolo cammina. "Se uno mi ama osserverà la mia parola", dice Gesù all’inizio del brano evangelico odierno. "La parola che voi ascoltate non è mia, ma del Padre che mi ha mandato" (Gv 14,23-24). Come Gesù trasmette le parole del Padre, così lo Spirito ricorda alla Chiesa le parole di Cristo (cfr Gv 14,26). E come l’amore per il Padre portava Gesù a cibarsi della sua volontà, così il nostro amore per Gesù si dimostra nell’obbedienza alle sue parole. La fedeltà di Gesù alla volontà del Padre può comunicarsi ai discepoli grazie allo Spirito Santo, che riversa l’amore di Dio nei loro cuori (cfr Rm 5,5).
Il Nuovo Testamento ci presenta Cristo come missionario del Padre. Specialmente nel Vangelo di Giovanni, tante volte Gesù parla di sé in relazione al Padre che lo ha inviato nel mondo. Così, anche nel testo di oggi, Gesù dice: "la parola che voi ascoltate non è mia, ma del Padre che mi ha mandato" (Gv 14,24). In questo momento, cari amici, siamo invitati a fissare lo sguardo su di Lui, perché la missione della Chiesa sussiste solo in quanto prolungamento di quella di Cristo: "Come il Padre ha mandato me, anch’io mando voi" (Gv 20,21). E l’evangelista mette in risalto, anche plasticamente, che questo passaggio di consegne avviene nello Spirito Santo: "Alitò su di loro e disse: «Ricevete lo Spirito Santo…»" (Gv 20,22). La missione di Cristo si è compiuta nell’amore. Egli ha acceso nel mondo il fuoco della carità di Dio (cfr Lc 12,49). E’ l’Amore che dà la vita: per questo la Chiesa è inviata a diffondere nel mondo la carità di Cristo, perché gli uomini e i popoli "abbiano la vita e l’abbiano in abbondanza" (Gv 10,10). Anche a voi, che rappresentate la Chiesa in America Latina, ho la gioia di riconsegnare oggi idealmente la mia Enciclica Deus caritas est, con la quale ho voluto indicare a tutti ciò che è essenziale nel messaggio cristiano. La Chiesa si sente discepola e missionaria di questo Amore: missionaria solo in quanto discepola, cioè capace di lasciarsi sempre attrarre con rinnovato stupore da Dio, che ci ha amati e ci ama per primo (cfr 1 Gv 4,10). La Chiesa non fa proselitismo. Essa si sviluppa piuttosto per "attrazione": come Cristo "attira tutti a sé" con la forza del suo amore, culminato nel sacrificio della Croce, così la Chiesa compie la sua missione nella misura in cui, associata a Cristo, compie ogni sua opera in conformità spirituale e concreta alla carità del suo Signore.
Cari fratelli! Ecco il tesoro inestimabile di cui è ricco il Continente latinoamericano, ecco il suo patrimonio più prezioso: la fede in Dio Amore, che in Cristo Gesù ha rivelato il suo volto. Voi credete in Dio Amore: questa è la vostra forza, che vince il mondo, la gioia che nulla e nessuno potrà togliervi, la pace che Cristo vi ha conquistato con la sua Croce! E’ questa fede che ha fatto dell’America il "Continente della speranza". Non un’ideologia politica, non un movimento sociale, non un sistema economico; è la fede in Dio Amore, incarnato, morto e risorto in Gesù Cristo, l’autentico fondamento di questa speranza che tanti frutti magnifici ha portato, dall’epoca della prima evangelizzazione fino ad oggi, come attesta la schiera di Santi e Beati che lo Spirito ha suscitato in ogni parte del Continente. Il Papa Giovanni Paolo II vi ha chiamato ad una nuova evangelizzazione, e voi avete accolto il suo mandato con la generosità e l’impegno che vi sono tipici. Io ve lo confermo e, con le parole di questa Quinta Conferenza, vi dico: siate fedeli discepoli, per essere coraggiosi ed efficaci missionari.
La seconda Lettura ci ha presentato la stupenda visione della Gerusalemme celeste. E’ un’immagine di splendida bellezza, in cui nulla è decorativo, ma tutto concorre alla perfetta armonia della Città santa. Scrive il veggente Giovanni che questa "scendeva dal cielo, da Dio, risplendente della gloria di Dio" (Ap 20,10). Ma la gloria di Dio è l’Amore; pertanto la Gerusalemme celeste è icona della Chiesa tutta santa e gloriosa, senza macchia né ruga (cfr Ef 5,27), irradiata al suo centro e in ogni sua parte dalla presenza di Dio Carità. E’ chiamata "sposa", "la sposa dell’Agnello" (Ap 20,9), perché in essa trova compimento la figura nuziale che attraversa dal principio alla fine la rivelazione biblica. La Città-Sposa è patria della piena comunione di Dio con gli uomini; in essa non c’è bisogno di alcun tempio né di alcuna fonte esterna di luce, perché la presenza di Dio e dell’Agnello è immanente e la illumina dall’interno.
Questa stupenda icona ha valore escatologico: esprime il mistero di bellezza che già costituisce la forma della Chiesa, anche se non è ancora giunto alla sua pienezza. E’ la meta del nostro pellegrinaggio, la patria che ci attende e alla quale aneliamo. Vederla con gli occhi della fede, contemplarla e desiderarla, non deve costituire motivo di evasione dalla realtà storica in cui la Chiesa vive condividendo le gioie e le speranze, i dolori e le angosce dell’umanità contemporanea, specialmente dei più poveri e sofferenti (cfr Cost. Gaudium et spes, 1). Se la bellezza della Gerusalemme celeste è la gloria di Dio, cioè il suo amore, è proprio e solo nella carità che possiamo avvicinarci ad essa e in qualche misura già abitarvi. Chi ama il Signore Gesù e osserva la sua parola sperimenta già in questo mondo la misteriosa presenza di Dio Uno e Trino, come abbiamo sentito nel Vangelo: "Noi verremo a lui e prenderemo dimora presso di lui" (Gv 14,23). Ogni cristiano, perciò, è chiamato a diventare pietra viva di questa stupenda "dimora di Dio con gli uomini". Che magnifica vocazione!
Una Chiesa tutta animata e mobilitata dalla carità di Cristo, Agnello immolato per amore, è l’immagine storica della Gerusalemme celeste, l’anticipo della Città santa, splendente della gloria di Dio. Essa sprigiona una forza missionaria irresistibile, che è la forza della santità. La Vergine Maria ottenga alla Chiesa in America Latina e nei Caraibi di essere abbondantemente rivestita di potenza dall’alto (cfr Lc 24,49) per irradiare nel Continente e in tutto il mondo la santità di Cristo. A Lui sia gloria, con il Padre e lo Spirito Santo, nei secoli dei secoli. Amen.
[00684-01.01] [Testo originale: Plurilingue]
TRADUZIONE IN LINGUA INGLESE
Dear Brother Bishops,
Dear priests, and all of you, brothers and sisters in the Lord!
There are no words to express my joy in being here with you to celebrate this solemn Eucharist on the occasion of the opening of the Fifth General Conference of the Bishops of Latin America and the Caribbean. I greet each of you most warmly, particularly Archbishop Raymundo Damasceno Assis, whom I thank for the words he addressed to me in the name of the entire assembly, and the Cardinal Presidents of this General Conference. My respectful greeting goes to the civil and military Authorities who have honoured us with their presence. From this Shrine my thoughts reach out, full of affection and prayer, to all those who are spiritually united with us, especially the communities of consecrated life, the young people belonging to various associations and movements, the families, and also the sick and the elderly. To all I say: "Grace to you and peace from God our Father and the Lord Jesus Christ" (1 Cor 1:3).
I see it as a special gift of Providence that this Holy Mass is being celebrated at this time and in this place. The time is the liturgical season of Easter; on this Sixth Sunday of Easter, as Pentecost rapidly approaches, the Church is called to intensify her prayer for the coming of the Holy Spirit. The place is the National Shrine of Our Lady of Aparecida, the Marian heart of Brazil: Mary welcomes us to this Upper Room and, as our Mother and Teacher, helps us to pray trustingly to God with one voice. This liturgical celebration lays a most solid foundation for the Fifth Conference, setting it on the firm basis of prayer and the Eucharist, Sacramentum Caritatis. Only the love of Christ, poured out by the Holy Spirit, can make this meeting an authentic ecclesial event, a moment of grace for this Continent and for the whole world. This afternoon I will be able to discuss more fully the implications of the theme of your Conference. But now, let us leave space for the word of God which we have the joy of receiving with open and docile hearts, like Mary, Our Lady of the Immaculate Conception, so that, by the power of the Holy Spirit, Christ may once again take flesh in the "today" of our history.
The first reading, taken from the Acts of the Apostles, refers to the so-called "Council of Jerusalem", which dealt with the question as to whether the observance of the Mosaic Law was to be imposed on those pagans who had become Christians. The reading leaves out the discussion between "the apostles and the elders" (vv. 4-21) and reports the final decision, which was then written down in the form of a letter and entrusted to two delegates for delivery to the community in Antioch (vv. 22-29). This passage from Acts is highly appropriate for us, since we too are assembled here for an ecclesial meeting. It reminds us of the importance of community discernment with regard to the great problems and issues encountered by the Church along her way. These are clarified by the "apostles" and "elders" in the light of the Holy Spirit, who, as today’s Gospel says, calls to mind the teaching of Jesus Christ (cf. Jn 14:26) and thus helps the Christian community to advance in charity towards the fullness of truth (cf. Jn 16:13). The Church’s leaders discuss and argue, but in a constant attitude of religious openness to Christ’s word in the Holy Spirit. Consequently, at the end they can say: "it has seemed good to the Holy Spirit and to us…" (Acts 15:28).
This is the "method" by which we operate in the Church, whether in small gatherings or in great ones. It is not only question of procedure: it is a reflection of the Church’s very nature as a mystery of communion with Christ in the Holy Spirit. In the case of the General Conferences of the Bishops of Latin America and the Caribbean, the first, held in 1955 in Rio de Janeiro, merited a special Letter from Pope Pius XII, of venerable memory; in later Conferences, including the present one, the Bishop of Rome has travelled to the site of the continental gathering in order to preside over its initial phase. With gratitude and devotion let us remember the Servants of God Paul VI and John Paul II, who brought to the Conferences of Medellín, Puebla and Santo Domingo the witness of the closeness of the universal Church to the Churches in Latin America, which constitute, proportionally, the majority of the Catholic community.
"To the Holy Spirit and to us". This is the Church: we, the community of believers, the People of God, with its Pastors who are called to lead the way; together with the Holy Spirit, the Spirit of the Father, sent in the name of his Son Jesus, the Spirit of the one who is "greater" than all, given to us through Christ, who became "small" for our sake. The Paraclete Spirit, our Ad-vocatus, Defender and Consoler, makes us live in God’s presence, as hearers of his word, freed from all anxiety and fear, bearing in our hearts the peace which Jesus left us, the peace that the world cannot give (cf. Jn 14:26-27). The Spirit accompanies the Church on her long pilgrimage between Christ’s first and second coming. "I go away, and I will come to you" (Jn 14:28), Jesus tells his Apostles. Between Christ’s "going away" and his "return" is the time of the Church, his Body. Two thousand years have passed so far, including these five centuries and more in which the Church has made her pilgrim way on the American Continent, filling believers with Christ’s life through the sacraments and sowing in these lands the good seed of the Gospel, which has yielded thirty, sixty and a hundredfold. The time of the Church, the time of the Spirit: the Spirit is the Teacher who trains disciples: he teaches them to love Jesus; he trains them to hear his word and to contemplate his countenance; he conforms them to Christ’s sacred humanity, a humanity which is poor in spirit, afflicted, meek, hungry for justice, merciful, pure in heart, peacemaking, persecuted for justice’s sake (cf. Mt 5:3-10). By the working of the Holy Spirit, Jesus becomes the "Way" along which the disciple walks. "If a man loves me, he will keep my word", Jesus says at the beginning of today’s Gospel. "The word which you hear is not mine but the Father’s who sent me" (Jn 14:23-24). Just as Jesus makes known the words of the Father, so the Spirit reminds the Church of Christ’s own words (cf. Jn 14:26). And just as love of the Father led Jesus to feed on his will, so our love for Jesus is shown by our obedience to his words. Jesus’ fidelity to the Father’s will can be communicated to his disciples through the Holy Spirit, who pours the love of God into their hearts (cf. Rom 5:5).
The New Testament presents Christ as the missionary of the Father. Especially in the Gospel of John, Jesus often speaks of himself in relation to the Father who sent him into the world. And so in today’s Gospel he says: "the word which you hear is not mine but the Father’s who sent me" (Jn 14:24). At this moment, dear friends, we are invited to turn our gaze to him, for the Church’s mission exists only as a prolongation of Christ’s mission: "As the Father has sent me, even so I send you" (Jn 20:21). The evangelist stresses, in striking language, that the passing on of this commission takes place in the Holy Spirit: "he breathed on them and said to them: ‘Receive the Holy Spirit’" (Jn 20:22). Christ’s mission is accomplished in love. He has kindled in the world the fire of God’s love (cf. Lk 12:49). It is Love that gives life: and so the Church has been sent forth to spread Christ’s Love throughout the world, so that individuals and peoples "may have life, and have it abundantly" (Jn 10:10). To you, who represent the Church in Latin America, today I symbolically entrust my Encyclical Deus Caritas Est, in which I sought to point out to everyone the essence of the Christian message. The Church considers herself the disciple and missionary of this Love: missionary only insofar as she is a disciple, capable of being attracted constantly and with renewed wonder by the God who has loved us and who loves us first (cf. 1 Jn 4:10). The Church does not engage in proselytism. Instead, she grows by "attraction": just as Christ "draws all to himself" by the power of his love, culminating in the sacrifice of the Cross, so the Church fulfils her mission to the extent that, in union with Christ, she accomplishes every one of her works in spiritual and practical imitation of the love of her Lord.
Dear brothers and sisters! This is the priceless treasure that is so abundant in Latin America, this is her most precious inheritance: faith in the God who is Love, who has shown us his face in Jesus Christ. You believe in the God who is Love: this is your strength, which overcomes the world, the joy that nothing and no one can ever take from you, the peace that Christ won for you by his Cross! This is the faith that has made America the "Continent of Hope." Not a political ideology, not a social movement, not an economic system: faith in the God who is Love—who took flesh, died and rose in Jesus Christ—is the authentic basis for this hope which has brought forth such a magnificent harvest from the time of the first evangelization until today, as attested by the ranks of Saints and Beati whom the Spirit has raised up throughout the Continent. Pope John Paul II called you to a new evangelization, and you accepted his commission with your customary generosity and commitment. I now confirm it with you, and in the words of this Fifth Conference I say to you: be faithful disciples, so as to be courageous and effective missionaries.
The second reading sets before us the magnificent vision of the heavenly Jerusalem. It is an image of awesome beauty, where nothing is superfluous, but everything contributes to the perfect harmony of the holy City. In his vision John sees the city "coming down out of heaven from God, having the glory of God" (Rev 21:10). And since the glory of God is Love, the heavenly Jerusalem is the icon of the Church, utterly holy and glorious, without spot or wrinkle (cf. Eph 5:27), permeated at her heart and in every part of her by the presence of the God who is Love. She is called a "bride", "the bride of the Lamb" (Rev 20:9), because in her is fulfilled the nuptial figure which pervades biblical revelation from beginning to end. The City and Bride is the locus of God’s full communion with humanity; she has no need of a temple or of any external source of light, because the indwelling presence of God and of the Lamb illuminates her from within.
This magnificent icon has an eschatological value: it expresses the mystery of the beauty that is already the essential form of the Church, even if it has not yet arrived at its fullness. It is the goal of our pilgrimage, the homeland which awaits us and for which we long. Seeing that beauty with the eyes of faith, contemplating it and yearning for it, must not serve as an excuse for avoiding the historical reality in which the Church lives as she shares the joys and hopes, the grief and anguish of the people of our time, especially those who are poor or afflicted (cf. Constitution Gaudium et Spes, 1). If the beauty of the heavenly Jerusalem is the glory of God—his love in other words—then it is in charity, and in charity alone, that we can approach it and to a certain degree dwell within it even now. Whoever loves the Lord Jesus and keeps his word, already experiences in this world the mysterious presence of the Triune God. We heard this in the Gospel: "we will come to him and make our home with him" (Jn 14:23). Every Christian is therefore called to become a living stone of this splendid "dwelling place of God with men". What a magnificent vocation!
A Church totally enlivened and impelled by the love of Christ, the Lamb slain for love, is the image within history of the heavenly Jerusalem, prefiguring the holy city that is radiant with the glory of God. It releases an irresistible missionary power which is the power of holiness. Through the prayers of the Virgin Mary, may the Church in Latin America and the Caribbean be abundantly clothed with power from on high (cf. Lk 24:49), in order to spread throughout this Continent and the whole world the holiness of Christ. To him be glory, with the Father and the Holy Spirit, for ever and ever. Amen.
[00684-02.01] [Original text: Plurilingual]
[B0260-XX.01]