Santa Messa nello Stadio Zimpeto di Maputo
Omelia del Santo Padre
Saluto finale del Santo Padre
Lasciato l’Ospedale Zimpeto, il Santo Padre si è trasferito in auto allo Stadio Zimpeto di Maputo.
Dopo alcuni giri in papamobile tra i fedeli, alle ore 9.35 il Santo Padre Francesco ha presieduto la Santa Messa per il Progresso dei Popoli alla presenza di circa 60.000 persone.
Dopo la proclamazione del Vangelo, Papa Francesco ha pronunciato l’omelia.
Al termine della Santa Messa, l’Arcivescovo di Maputo, S.E. Mons. Francisco Chimoio, O.F.M. Cap., ha rivolto al Santo Padre il suo saluto. Quindi, prima della benedizione finale, il Papa, dopo aver rivolto ai fedeli presenti alcune parole di ringraziamento, si è trasferito in auto all’Aeroporto di Maputo per la cerimonia di congedo dal Mozambico.
Pubblichiamo di seguito l’omelia che il Santo Padre ha pronunciato nel corso della Celebrazione Eucaristica e il saluto finale che ha rivolto ai presenti al termine della Santa Messa:
Omelia del Santo Padre
Testo in lingua portoghese
Traduzione in lingua italiana
Traduzione in lingua francese
Traduzione in lingua inglese
Traduzione in lingua tedesca
Traduzione in lingua spagnola
Traduzione in lingua polacca
Traduzione in lingua araba
Testo in lingua portoghese
Amados irmãos e irmãs!
Ouvimos no Evangelho de Lucas uma passagem do Sermão da Planície. Depois de escolher os seus discípulos e ter proclamado as Bem-aventuranças, Jesus acrescenta: «Digo-vos a vós que Me escutais: “Amai os vossos inimigos”» (Lc 6, 27). Uma palavra dirigida hoje também a nós, que O escutamos neste Estádio.
Di-lo com clareza, simplicidade e firmeza traçando uma senda, um caminho estreito que requer algumas virtudes. Porque Jesus não é um idealista, que ignora a realidade; está a falar do inimigo concreto, do inimigo real, que descrevera na Bem-aventurança anterior (6, 22): aquele que nos odeia, expulsa, insulta e rejeita como infame.
Muitos de vós podem ainda contar, em primeira pessoa, histórias de violência, ódio e discórdias; alguns, em sua própria carne; outros, de alguém conhecido que já cá não está; e outros ainda pelo temor de que feridas do passado se repitam e tentem apagar o caminho de paz já percorrido, como em Cabo Delgado.
Jesus não nos convida a um amor abstrato, etéreo ou teórico, redigido em escrivaninhas para discursos. O caminho que nos propõe é o que Ele percorreu primeiro, o caminho que O fez amar aqueles que O traíram, julgaram injustamente, aqueles que O matariam.
É difícil falar de reconciliação, quando ainda estão vivas as feridas causadas durante tantos anos de discórdia, ou convidar a dar um passo de perdão que não signifique ignorar o sofrimento nem pedir que se cancele a memória ou os ideais (cf. Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 100). Mesmo assim, Jesus convida a amar e a fazer o bem. E isto é muito mais do que ignorar a pessoa que nos prejudicou ou esforçar-se por que não se cruzem as nossas vidas: é um mandato que visa uma benevolência ativa, desinteressada e extraordinária para com aqueles que nos feriram. Mas Jesus não fica por aí; pede-nos também que os abençoemos e rezemos por eles; isto é, que o nosso falar deles seja um bendizer, gerador de vida e não de morte, que pronunciemos os seus nomes não para insulto ou vingança, mas para inaugurar um novo vínculo que leve à paz. Alta é a medida que o Mestre nos propõe!
Com tal convite, Jesus quer encerrar para sempre a prática tão usual – ontem como hoje – de ser cristão e viver sob a lei de talião. Não se pode pensar o futuro, construir uma nação, uma sociedade sustentada na «equidade» da violência. Não posso seguir Jesus, se a ordem que promovo e vivo é «olho por olho, dente por dente».
Nenhuma família, nenhum grupo de vizinhos ou uma etnia e menos ainda um país tem futuro, se o motor que os une, congrega e cobre as diferenças é a vingança e o ódio. Não podemos pôr-nos de acordo e unir-nos para nos vingarmos, para fazermos àquele que foi violento o mesmo que ele nos fez, para planearmos ocasiões de retaliação sob formatos aparentemente legais. «As armas e a repressão violenta, mais do que dar solução, criam novos e piores conflitos» (Ibid., 60). A «equidade» da violência é sempre uma espiral sem saída; e o seu custo, muito alto. Há outro caminho possível, porque é crucial não esquecer que os nossos povos têm direito à paz. Vós tendes direito à paz.
Para tornar o seu convite mais concreto e aplicável no dia-a-dia, Jesus propõe uma primeira regra de ouro ao alcance de todos – «como quereis que os outros vos façam, fazei-lho vós também» (Lc 6, 31) – e ajuda-nos a descobrir o que é mais importante nesta reciprocidade de trato: amar-nos, ajudar-nos e emprestar sem esperar nada em troca.
«Amar-nos»: diz-nos Jesus. E Paulo traduz isso como «revestir-nos de sentimentos de misericórdia e de bondade» (Col 3, 12). O mundo desconhecia – e continua sem conhecer – a virtude da misericórdia, da compaixão, matando ou abandonando deficientes e idosos, eliminando feridos e enfermos, ou divertindo-se com os sofrimentos dos animais. Também não praticava a bondade, a amabilidade, que nos move a considerar o bem do próximo tão querido como o próprio.
Superar os tempos de divisão e violência supõe não só um ato de reconciliação ou a paz entendida como ausência de conflito, implica também o compromisso diário de cada um de nós ter um olhar atento e ativo que nos leva a tratar os outros com aquela misericórdia e bondade com que queremos ser tratados; misericórdia e bondade sobretudo com aqueles que, pela sua condição, rapidamente acabam rejeitados e excluídos. Trata-se de uma atitude, não de débeis, mas de fortes, uma atitude de homens e mulheres que descobrem que não é necessário maltratar, denegrir ou esmagar para se sentirem importantes; antes pelo contrário... E esta atitude é a força profética que o próprio Jesus Cristo nos ensinou ao querer identificar-Se com eles (cf. Mt 25, 35-45) e ao mostrar-nos que o serviço é o caminho.
Moçambique possui um território cheio de riquezas naturais e culturais, mas paradoxalmente com uma quantidade enorme da sua população abaixo do nível de pobreza. E por vezes parece que aqueles que se aproximam com o suposto desejo de ajudar, têm outros interesses. E é triste quando isto se verifica entre irmãos da mesma terra, que se deixam corromper; é muito perigoso aceitar que a corrupção seja o preço que temos de pagar pela ajuda externa.
«Não seja assim entre vós» (Mt 20, 26; cf. vv. 26-28). Com as suas palavras, Jesus impele-nos a ser protagonistas de outro trato: o do seu Reino. Aqui e agora, sementes de alegria e esperança, paz e reconciliação. O que o Espírito vem impelir não é um ativismo transbordante, mas, antes de tudo, uma atenção prestada ao outro, reconhecendo-o e valorizando-o como irmão até sentir a sua vida e a sua dor como a nossa vida e a nossa dor. Este é o melhor termómetro para descobrir as ideologias de todo e qualquer tipo que tentam manipular os pobres e as situações de injustiça ao serviço de interesses políticos ou pessoais (cf. Evangelii gaudium, 199). Só assim poderemos ser, no lugar onde nos encontrarmos, sementes e instrumentos de paz e reconciliação.
Queremos que reine a paz nos nossos corações e no palpitar do nosso povo. Queremos um futuro de paz. Queremos que «reine em vossos corações a paz de Cristo» (Col 3, 15), como justamente dizia a carta de São Paulo. Ele usa um verbo que vem do mundo do desporto e faz referência ao árbitro que decide as coisas discutíveis: «que a paz de Cristo seja o árbitro em vossos corações». Se a paz de Cristo é o árbitro nos nossos corações, então quando os sentimentos estão em conflito e nos achamos indecisos entre dois sentidos opostos, «façamos o jogo» de Cristo. A decisão de Cristo manter-nos-á no caminho do amor, na senda da misericórdia, na opção pelos mais pobres, na salvaguarda da natureza. No caminho da paz. Se Jesus for o árbitro entre as emoções em conflito do nosso coração, entre as decisões complexas do nosso país, então Moçambique tem garantido um futuro de esperança; então o vosso país cantará «a Deus, com gratidão e de todo o coração, salmos, hinos e cânticos inspirados» (Col 3, 16).
[01357-PO.02] [Texto original: Português]
Traduzione in lingua italiana
Cari fratelli e sorelle!
Abbiamo ascoltato nel Vangelo di Luca un brano del cosiddetto “discorso della pianura”. Gesù, dopo aver scelto i suoi discepoli e aver proclamato le Beatitudini, aggiunge: «A voi che ascoltate, io dico: amate i vostri nemici» (Lc 6,27). Una parola rivolta oggi anche a noi, che Lo ascoltiamo in questo stadio.
E lo dice con chiarezza, semplicità e fermezza, tracciando un sentiero, una via stretta che richiede alcune virtù. Perché Gesù non è un idealista, che ignora la realtà; sta parlando del nemico concreto, del nemico reale, che aveva appena descritto nella Beatitudine precedente (6,22): colui che ci odia, ci mette al bando, ci insulta e disprezza il nostro nome come infame.
Molti di voi possono ancora raccontare in prima persona storie di violenza, odio e discordie; alcuni, nella loro stessa carne; altri, di qualche conoscente che non c’è più; e altri ancora per paura che le ferite del passato si ripetano e cerchino di cancellare il cammino di pace già percorso, come a Cabo Delgado.
Gesù non ci invita a un amore astratto, etereo o teorico, redatto su scrivanie per dei discorsi. La via che ci propone è quella che Lui stesso ha percorso per primo, la via che gli ha fatto amare quelli che lo tradivano, lo giudicavano ingiustamente, quelli che lo avrebbero ucciso.
È difficile parlare di riconciliazione quando sono ancora aperte le ferite procurate da tanti anni di discordia, oppure invitare a fare un passo di perdono che non significhi ignorare la sofferenza né chiedere che si cancelli la memoria o gli ideali (cfr Esort. ap. Evangelii gaudium, 100). Nonostante ciò, Gesù invita ad amare e a fare il bene. E questo è molto di più che ignorare la persona che ci ha danneggiato o fare in modo che le nostre vite non si incrocino: è un mandato che mira a una benevolenza attiva, disinteressata e straordinaria verso coloro che ci hanno ferito. Gesù, però, non si ferma qui; ci chiede anche di benedirli e di pregare per loro, che cioè il nostro parlare di loro sia un dire-bene, generatore di vita e non di morte, che pronunciamo i loro nomi non per insulto o vendetta, ma per inaugurare un nuovo rapporto che conduca alla pace. Alta è la misura che il Maestro ci propone!
Con tale invito Gesù, lungi dall’essere un ostinato masochista, vuole chiudere per sempre la pratica tanto comune – ieri come oggi – di essere cristiani e vivere secondo la legge del taglione. Non si può pensare il futuro, costruire una nazione, una società basata sull’ “equità” della violenza. Non posso seguire Gesù se l’ordine che promuovo e vivo è questo: “occhio per occhio, dente per dente”.
Nessuna famiglia, nessun gruppo di vicini, nessuna etnia e tanto meno un Paese ha futuro, se il motore che li unisce, li raduna e copre le differenze è la vendetta e l’odio. Non possiamo metterci d’accordo e unirci per vendicarci, per fare a chi è stato violento la stessa cosa che lui ha fatto a noi, per pianificare occasioni di ritorsione sotto forme apparentemente legali. «Le armi e la repressione violenta, invece di apportare soluzioni, creano nuovi e peggiori conflitti» (ibid., 60). L’ “equità” della violenza è sempre una spirale senza uscita; e il suo costo, molto elevato. C’è un’altra strada possibile, perché è fondamentale non dimenticare che i nostri popoli hanno diritto alla pace. Voi avete diritto alla pace.
Per rendere il suo invito più concreto e applicabile nel quotidiano, Gesù propone una prima regola d’oro alla portata di tutti – «come volete che gli uomini facciano a voi, così anche voi fate a loro» (Lc 6,31) – e ci aiuta a scoprire quello che è più importante in questa reciprocità di comportamento: amarci, aiutarci e prestare senza aspettare nulla in cambio.
“Amarci”, ci dice Gesù. E Paolo lo traduce come “rivestirci di sentimenti di misericordia e di bontà” (cfr Col 3,12). Il mondo ignorava – e continua a non conoscere – la virtù della misericordia, della compassione, uccidendo o abbandonando persone disabili e anziane, eliminando feriti e infermi, e divertendosi con le sofferenze inflitte agli animali. Allo stesso modo non praticava la bontà, la gentilezza, che ci spinge ad avere a cuore il bene del prossimo tanto quanto il proprio.
Superare i tempi di divisione e violenza implica non solo un atto di riconciliazione o la pace intesa come assenza di conflitto, implica l’impegno quotidiano di ognuno di noi ad avere un sguardo attento e attivo che ci porta a trattare gli altri con quella misericordia e bontà con cui vogliamo essere trattati; misericordia e bontà soprattutto verso coloro che, per la loro condizione, vengono facilmente respinti ed esclusi. Si tratta di un atteggiamento non da deboli, ma da forti, un atteggiamento da uomini e donne che scoprono che non è necessario maltrattare, denigrare o schiacciare per sentirsi importanti; anzi, al contrario. E quest’atteggiamento è la forza profetica che lo stesso Gesù Cristo ci ha insegnato volendosi identificare con loro (cfr Mt 25,35-45) e mostrandoci che la via giusta è il servizio.
Il Mozambico possiede un territorio pieno di ricchezze naturali e culturali, ma paradossalmente con un’enorme quantità di popolazione al di sotto del livello di povertà. E a volte sembra che coloro che si avvicinano con il presunto desiderio di aiutare, abbiano altri interessi. Ed è triste quando ciò accade tra fratelli della stessa terra, che si lasciano corrompere; è molto pericoloso accettare che la corruzione sia il prezzo che dobbiamo pagare per gli aiuti esterni.
«Tra voi non sarà così» (Mt 20,26; cfr vv. 26-28). Con le sue parole, Gesù ci spinge ad essere protagonisti di un altro stile di vita, quello del suo Regno: qui e ora, semi di gioia e speranza, pace e riconciliazione. Ciò che lo Spirito viene a infondere non è un attivismo travolgente, ma, innanzitutto, un’attenzione rivolta all’altro, riconoscendolo e apprezzandolo come fratello fino a sentire la sua vita e il suo dolore come la nostra vita e il nostro dolore. Questo è il miglior termometro per scoprire le ideologie di ogni genere che cercano di manipolare i poveri e le situazioni di ingiustizia al servizio di interessi politici o personali (cfr Esort. ap. Evangelii gaudium, 199). Solo così potremo essere, dovunque ci troveremo, semi e strumenti di pace e riconciliazione.
Vogliamo che la pace regni nei nostri cuori e nel palpito del nostro popolo. Vogliamo un futuro di pace. Vogliamo che «la pace di Cristo regni nei vostri cuori» (Col 3,15), come appunto diceva la Lettera di San Paolo. Egli usa un verbo che viene dal mondo dello sport e si riferisce all’arbitro che decide sulle cose discutibili: “possa la pace di Cristo essere l’arbitro nei vostri cuori”. Se la pace di Cristo è l’arbitro nei nostri cuori, allora quando i sentimenti sono in conflitto e ci troviamo indecisi tra due sensi opposti, “facciamo il gioco” di Cristo: la decisione di Cristo ci manterrà nella via dell’amore, nel sentiero della misericordia, nella scelta per i più poveri, nella difesa della natura. Nella via della pace. Se Gesù sarà l’arbitro tra le emozioni contrastanti del nostro cuore, tra le complesse decisioni del nostro Paese, allora il Mozambico ha assicurato un futuro di speranza; allora il vostro Paese potrà cantare a Dio, con gratitudine e di tutto cuore, salmi, inni e canti ispirati (cfr Col 3,16).
[01357-IT.02] [Testo originale: Portoghese]
Traduzione in lingua francese
Chers frères et sœurs,
Nous avons écouté dans l’Évangile de Luc un passage du sermon sur la montagne. Après avoir choisi ses disciples et proclamé les béatitudes, Jésus ajoute: «Mais je vous le dis, à vous qui m’écoutez : ‘‘Aimez vos ennemis, faites du bien à ceux qui vous haïssent’’» (Lc 6, 27). Une parole adressée aujourd’hui à nous aussi, qui l’écoutons dans ce stade.
Il l’a exprimé clairement, dans la simplicité et avec fermeté en traçant une voie, un chemin étroit qui demande quelques vertus. En effet, Jésus n’est pas un idéaliste, qui ignore la réalité; il parle de l’ennemi concret, de l’ennemi réel, qu’il avait décrit dans la béatitude antérieure (6, 22): celui qui nous hait, nous exclut, insulte et rejette comme infâme.
Beaucoup d’entre vous peuvent encore raconter, à la première personne, des histoires de violence, de haine et de discordes; pour certains, des histoires vécues dans leur propre chair; pour d’autres, vécues par une personne connue qui n’est plus; et pour d’autres encore, de peur que les blessures du passé ne se reproduisent et ne tentent d’effacer le chemin de paix déjà parcouru, comme à Cabo Delgado.
Jésus ne nous invite pas à un amour abstrait, éthéré ou théorique, rédigé dans des bureaux pour des discours. Le chemin qu’il nous propose est celui qu’il a d’abord parcouru lui-même, le chemin qui lui a fait aimer ceux qui l’ont trahi, l’ont injustement jugé et qui le tueront.
Il est difficile de parler de réconciliation, quand sont encore vives les blessures provoquées par de nombreuses années de discorde, ou d’inviter à faire un pas de pardon qui ne signifie pas ignorer la souffrance ni demander qu’on efface la mémoire ou les idéaux (cf. Evangelii gaudium, n. 100). Même ainsi, Jésus invite à aimer et à faire du bien. Et c’est beaucoup plus qu’ignorer la personne qui nous a porté préjudice ou faire en sorte que nos vies ne se croisent pas: c’est un commandement qui vise une bienveillance active, désintéressée et extraordinaire envers ceux qui nous ont blessés. Mais Jésus ne s’arrête pas là; il nous demande aussi de bénir et de prier pour eux; c’est-à-dire que nos paroles les concernant soient une bénédiction, génératrice de vie et non de mort, que nous prononcions leurs noms non pas pour insulter ou pour nous venger, mais pour inaugurer une nouvelle relation menant à la paix. Le Maître nous place la barre haut !
Par une telle invitation, Jésus veut pour toujours mettre un terme à la pratique si courante – hier comme aujourd’hui – d’être chrétien et de vivre sous la loi du talion. On ne peut pas penser à l’avenir, construire une nation, une société fondée sur l’‘‘équité’’ de la violence. Je ne peux pas suivre Jésus, si l’ordre que je promeus et vis, c’est ‘‘œil pour œil, dent pour dent’’.
Aucune famille, aucun groupe de voisins ni aucune ethnie, encore moins aucun pays n’a d’avenir, si le moteur qui unit, agrège et couvre les différences, ce sont la vengeance et la haine. Nous ne pouvons pas nous mettre d’accord et nous unir pour nous venger, pour perpétrer contre celui qui a été violent ce qu’il nous a fait, pour planifier des occasions de représailles sous des formes apparemment légales. «Les armes et la répression violente, au lieu d’apporter des solutions, créent des conflits nouveaux et pires» (Ibid., n. 60). L’‘‘équité’’ de de la violence est toujours une spirale sans fin ; et son coût est très élevé. Il existe un autre chemin possible, car il est crucial de ne pas oublier que nos peuples ont droit à la paix. Vous avez droit à la paix!
Pour rendre son invitation plus concrète et applicable au quotidien, Jésus propose une première règle d’or à la portée de tous – «ce que vous voulez que les autres fassent pour vous, faites-le aussi pour eux» (Lc 6, 31) – et il nous aide à découvrir ce qui est le plus important dans la réciprocité de traitement: nous aimer, nous aider et prêter sans rien espérer de retour.
‘‘Nous aimer’’, nous dit Jésus. Et Paul le traduit par les termes: nous revêtir «de [miséricorde] et de compassion, de bonté, d’humilité, de douceur et de patience» (Col 3, 12). Le monde ignorait – et continue de ne pas connaître – la vertu de la miséricorde, de la compassion, en tuant ou en abandonnant des personnes avec handicap et des personnes âgées, en éliminant des blessés et des malades, ou en se divertissant avec les souffrances des animaux. De même, il n’exerçait pas la bonté, ni l’amabilité, qui nous poussent à prendre en compte le bien du prochain comme aussi cher que le sien propre.
Surmonter les temps de division et de violence suppose non seulement un acte de réconciliation ou bien la paix comprise comme absence de conflit; cela implique mais aussi l’engagement quotidien de chacun d’entre nous d’avoir un œil attentif et actif qui nous conduit à traiter les autres avec cette miséricorde et cette bonté avec lesquelles nous voudrions être traités, de montrer de la miséricorde et de la bonté surtout envers ceux qui, par leur condition, sont vite rejetés et exclus. Il s’agit d’une attitude, non pas des faibles, mais des forts, une attitude des hommes et des femmes qui découvrent qu’il ne faut pas maltraiter, dénigrer ou écraser pour se sentir important; tout au contraire… Et cette attitude est la force prophétique que Jésus Christ lui-même nous a enseignée en voulant s’identifier avec eux (cf. Mt 25, 35-45) et nous montrant le service comme le chemin.
Le Mozambique possède un territoire doté de richesses naturelles et culturelles, mais paradoxalement avec une partie énorme de sa population en-dessous du niveau de pauvreté. Et parfois il semble que ceux qui s’approchent en prétendant aider ont d’autres intérêts. Et c’est triste quand cela se passe entre des frères du même pays, qui se laissent corrompre; il est très dangereux d’accepter que la corruption soit le prix à payer pour l’aide extérieure.
«Parmi vous, il ne devra pas en être ainsi (Mt 20, 26; cf. vv. 26-28). Par ses paroles, Jésus nous exhorte à être des protagonistes d’un autre comportement: celui de son Royaume. Ici et maintenant, des semences de joie et d’espérance, de paix et de réconciliation. Ce que l’Esprit vient susciter n’est pas un activisme débordant, mais avant tout, une attention prêtée à l’autre, en le reconnaissant et en le valorisant comme frère au point de sentir sa vie et sa souffrance comme notre vie et notre souffrance. C’est le meilleur thermomètre pour découvrir les idéologies de toutes sortes qui tentent d’instrumentaliser les pauvres et les situations d’injustice en vue d’intérêts politiques ou personnels (cf. Evangelii gaudium, n. 199). Ce n’est qu’ainsi que nous pourrons être, là où nous nous trouvons, des semences et des instruments de paix et de réconciliation.
Nous voulons que règne la paix dans nos cœurs et dans le dynamisme de notre peuple. Nous voulons un avenir de paix. Nous voulons que « dans vos cœurs, règne la paix du Christ» (Col 3, 15), comme le disait justement la Lettre de saint Paul. Il utilise un verbe qui vient du monde sportif et fait allusion à l’arbitre qui décide des choses discutables: ‘‘que la paix du Christ soit l’arbitre dans vos cœurs’’. Si la paix du Christ est l’arbitre dans nos cœurs, alors quand les sentiments sont en conflit et que nous nous trouvons indécis entre deux sens opposés, “faisons le jeu’’ du Christ. La décision du Christ nous gardera sur le chemin de l’amour, sur la voie de la miséricorde, dans l’option pour les plus pauvres, dans la sauvegarde de la nature, sur le chemin de la paix. Si Jésus est l’arbitre entre les émotions en conflit dans notre cœur, entre les décisions complexes concernant notre pays, donc le Mozambique a un avenir d’espérance assuré; alors votre pays chantera à Dieu avec gratitude et de tout cœur «par des psaumes, des hymnes et des chants inspirés» (Col 3, 16).
[01357-FR.02] [Texte original: Portugais]
Traduzione in lingua inglese
Dear brothers and sisters!
We have heard a passage of the Sermon on the Plain, taken from the Gospel of Luke. After choosing his disciples and proclaiming the Beatitudes, Jesus adds: “But I say to you that listen, love your enemies” (Lk 6:27). Today, his words are also addressed to us, who hear them in this Stadium.
Jesus speaks with clarity, simplicity and firmness as he traces a path, a narrow path that demands certain virtues. For Jesus is no idealist, someone who ignores reality. He is talking about specific enemies, real enemies, the kind he described in the previous Beatitude (v. 22): those who hate us, exclude us, revile us and defame us.
Many of you can still tell your own stories of violence, hatred and conflict; some concerning things that happened to you personally, others concerning people you knew who are no longer alive, and others still, out of fear that the past wounds will reopen and reverse the progress already made towards peace, as in Cabo Delgado.
Jesus is not calling us to an abstract, ethereal or theoretical love, like that celebrated in fine speeches. The path he proposes is one that he himself already took, the path that led him to love those who betrayed him, who judged him unjustly, who would kill him.
It is not easy to speak of reconciliation while wounds are still open from the years of conflict, or to take a step towards forgiveness, which is not the same as ignoring pain or giving up our memories or ideals (cf. Evangelii Gaudium, 100). Even so, Jesus is calling us to love and to do good. This means much more than simply ignoring the persons who harmed us, or trying to avoid encountering them. Jesus commands us to show an active, impartial and extraordinary benevolence towards those who have hurt us. Nor does Jesus stop there. He also asks us to bless them and to pray for them. In other words, to speak of them with words of blessing, with words of life not death, to speak their names not in insult or revenge, but to establish a new bond which brings peace. It is a high standard that the Master sets before us!
In inviting us to do this, Jesus wants to end forever that common practice of being Christians yet living under the law of retaliation. We cannot look to the future, or build a nation, an equitable society, on the basis of violence. I cannot follow Jesus if I live my life by the rule of “an eye for an eye, and a tooth for tooth”.
No family, no group of neighbours, no ethnic group, much less a nation, has a future if the force that unites them, brings them together and resolves their differences is vengeance and hatred. We cannot come to terms and unite for the sake of revenge, or treating others with the same violence with which they treated us, or plotting opportunities for retaliation under apparently legal auspices. “Weapons of violence, rather than providing solutions, create new and more serious conflicts” (Evangelii Gaudium, 60). An “equity” born of violence is always a spiral with no escape, and its cost is extremely high. Yet another path is possible, for it is crucial not to forget that our peoples have a right to peace. You have a right to peace.
To make his commandment more concrete and applicable in daily life, Jesus proposes a first golden rule, one within the reach of all. “Do to others as you would have them do to you” (Lk 6:31). And he helps us realize what is most important in this way of acting towards others: to love each other, to help each other and to lend without expecting anything in return.
“Love one another”, Jesus tells us. Paul translates this as “clothe yourselves with compassion and kindness” (Col 3:12). The world disregards and continues to ignore the virtue of mercy, of compassion. It kills or abandons the handicapped and the elderly, eliminates the wounded and infirm, or shows itself more concerned with the suffering of animals. It has not practiced the goodness and kindness that lead us to consider the needs of our beloved neighbour as our own.
Overcoming times of division and violence calls not only for an act of reconciliation or peace, in the sense of an absence of conflict. It also calls for daily commitment on the part of everyone to an attentive and active concern that makes us treat others with the same mercy and goodness with which we ourselves want to be treated. An attitude of mercy and goodness above all towards those who, by their place in society, quickly encounter rejection and exclusion. An attitude not of the weak but of the strong, an attitude of men and women who realize that it is not necessary to mistreat, denigrate or crush others in order to feel ourselves important, but rather the contrary… And this attitude is the prophetic strength that Jesus Christ himself showed us by his desire to be identified with them (cf. Mt 25:35-45) and by teaching us the path of service.
Mozambique is a land of abundant natural and cultural riches, yet paradoxically, great numbers of its people live below the poverty level. And at times it seems that those who approach with the alleged desire to help have other interests. Sadly, this happens with brothers and sisters of the same land, who let themselves be corrupted. It is very dangerous to think that corruption is the price to be paid for foreign aid.
“It cannot be like that with you” (Mt 20:26; cf. vv. 26-28). Jesus’ words urge us to take the lead in a different way of acting: that of his kingdom. To be seeds, here and now, of joy and hope, peace and reconciliation. What the Spirit has come to bring about is not a feverish activism but above all a concern for others, acknowledging and appreciating them as our brothers and sisters, even to the point of identifying with their lives and their pain. This is the best barometer for gauging any kind of ideology that would manipulate the poor and situations of injustice for the sake of political or personal interest (cf. Evangelii Gaudium, 199). In this way, in all those places where we encounter one another, we can be seeds and instruments of peace and reconciliation.
We want peace to reign in our hearts and in the lives of our people. We want a future of peace. We want “the peace of Christ to reign in our hearts” (Col 3.15), as the letter of Saint Paul said so well. Here Paul uses a word taken from the world of sports, which evokes the umpire or referee who settles disputed issues. “May the peace of Christ act as the umpire in your hearts”. If the peace of Christ acts as the umpire in our hearts, whenever our feelings are in conflict or we feel torn between two contrary feelings, “we should play Christ’s game”, and let his decision keep us on the path of love, the path of mercy, in the option for the most poor and the protection of nature. The path of peace. If Jesus were to serve as the umpire for the conflicting emotions in our hearts, in the complex decisions of our country, then Mozambique will be ensured a future of hope. Then your country will “sing with heartfelt gratitude to God in psalms, hymns and spiritual songs” (Col 3:16).
[01357-EN.02] [Original text: Portuguese]
Traduzione in lingua tedesca
Aus dem Lukasevangelium haben wir einen Abschnitt der sogenannten Feldrede gehört. Nachdem Jesus seine Jünger ausgewählt und die Seligpreisungen verkündet hat, fügt er hinzu: »Euch aber, die ihr zuhört, sage ich: Liebt eure Feinde« (Lk 6,27). Dieses Wort ist heute auch an uns in diesem Stadion gerichtet.
Er sagt dies mit Deutlichkeit, Natürlichkeit und Bestimmtheit und steckt so einen Weg ab, einen schmalen Pfad, der einige Tugenden verlangt. Denn Jesus ist kein Idealist, der die Wirklichkeit ignoriert. Er spricht von dem konkreten Feind, dem realen Gegner, den er gerade vorher in einer Seligpreisung beschrieben hat (6,22): derjenige, der uns hasst, der uns ausstößt, der uns schmäht und unseren Namen in Verruf bringt.
Viele von Euch können noch in erster Person Geschichten der Gewalt, des Hasses und der Zwietracht erzählen; einige haben sie am eigenen Leib erfahren, andere hatten Bekannte, die nicht mehr da sind, und wieder andere haben Angst, dass die Wunden der Vergangenheit sich wieder öffnen und den schon durchlaufenen Friedensprozess wie in Cabo Delgado zunichtemachen.
Jesus will uns nicht zu einer abstrakten, ätherischen oder theoretischen Liebe bewegen, die an Schreibtischen für Ansprachen entwickelt wurde. Er schlägt uns einen Weg vor, den er selbst als Erster vorausgegangen ist, den Weg, der ihn dazu geführt hat, jene zu lieben, die ihn verrieten, ihn ungerechterweise verurteilten und jene, die ihn getötet hatten.
Es ist schwierig, über Versöhnung zu reden, wenn die Wunden aus langen Jahren der Zwietracht noch offen sind, oder zu einem Schritt der Vergebung aufzurufen, ohne den Schmerz der Betroffenen zu vergessen oder ohne zu verlangen, dass sie ihre Erinnerung und ihre Ideale aufgeben (vgl. Apostolisches Schreiben Evangelii gaudium, 100). Dennoch fordert uns Jesus auf, zu lieben und das Gute zu tun. Das ist viel mehr als den Menschen zu vergessen, der uns geschadet hat, oder es so einzurichten, dass sich unsere Lebenswege nicht kreuzen. Der Auftrag Jesu zielt vielmehr auf ein aktives, uneigennütziges und außergewöhnliches Wohlwollen gegenüber jenen, die uns verletzt haben. Doch Jesus genügt das noch nicht; er bittet uns auch, sie zu segnen und für sie zu beten. Unser Reden über sie soll ein „Gutes-Sagen“ sein, das Leben hervorruft, und nicht den Tod. Sprechen wir ihre Namen nicht zur Beschimpfung oder zur Vergeltung aus, sondern um eine neue Beziehung aufzubauen, die zum Frieden führt. Das ist ein hoher Maßstab, den der Meister uns vorgibt!
Mit dieser Einladung möchte Jesus ein für alle Mal die früher wie heute gängige Gewohnheit abschaffen, Christ zu sein, aber nach dem Vergeltungsprinzip zu leben. Man kann nicht die Zukunft planen, eine Nation aufbauen oder eine Gesellschaft gründen, die auf dem „Gleichgewicht“ der Gewalt beruht. Ich kann nicht Jesus folgen, wenn die von mir propagierte und gelebte Ordnung lautet: „Aug‘ um Auge, Zahn um Zahn“.
Keine Familie, keine Gruppe von Nachbarn, keine Ethnie und noch weniger ein Land haben Zukunft, wenn der Motor, der sie vereint, sie zusammenbringt und die Unterschiede zudeckt, die Vergeltung und der Hass sind. Wir dürfen uns nicht abstimmen und uns zusammentun, um Rache zu üben, um dem, der uns Gewalt angetan hat, das Gleiche zu tun und scheinbar legale Gelegenheiten der Vergeltung zu planen. »Waffen und gewaltsame Unterdrückung [schaffen], anstatt Lösungen herbeizuführen, neue und schlimmere Konflikte« (Ebd., 60). Das „Gleichgewicht“ der Gewalt ist immer eine Spirale ohne Ende und ihr Preis ist sehr hoch. Es gibt einen anderen Weg; denn wir dürfen nicht vergessen, dass unsere Völker ein Recht auf Frieden haben. Ihr habt ein Recht auf Frieden.
Um seine Einladung konkreter und für den Alltag anwendbar zu machen, schlägt Jesus eine erste Goldene Regel vor, von der jeder Gebrauch machen kann – » Und wie ihr wollt, dass euch die Menschen tun sollen, das tut auch ihr ihnen« (Lk 6,31) – und er hilft uns, das Wichtigste dieser wechselseitigen Verhaltensregel zu entdecken: Wir sollen uns lieben, einander helfen und schenken, ohne etwas dafür zu erwarten.
„Liebt einander“, sagt uns Jesus. Und Paulus übersetzt das so: »Bekleidet euch also mit innigem Erbarmen und mit Güte« (vgl. Kol 3,12). Die Welt verkannte – und kennt auch heute nicht – die Tugend der Barmherzigkeit, des Mitleids, als sie eingeschränkte und alte Menschen tötete oder ausstieß, Verletzte und Kranke aussonderte und sich mit Tierquälerei vergnügte. Gleichfalls ließ sie es an Güte und Liebenswürdigkeit vermissen, die uns bewegen, dass uns das Wohl des Nächsten wie unser eigenes am Herzen liegt.
Die Zeiten der Spaltung und der Gewalt zu überwinden heißt nicht nur Versöhnung und Frieden im Sinne der Abwesenheit von Konflikten zu stiften. Es bedeutet den täglichen Einsatz eines jeden von uns, dass wir mit einem aufmerksamen und aktiven Blick den anderen jene Barmherzigkeit und Güte zuteilwerden lassen, mit der wir behandelt werden möchten. Und diese Barmherzigkeit und Güte soll besonders denen entgegengebracht werden, die wegen ihrer Lebenssituation leicht zurückgesetzt und ausgeschlossen werden. Es handelt sich dabei nicht um ein schwaches, sondern um ein starkes Verhalten, ein Verhalten von Männern und Frauen, die entdecken, dass man andere nicht schlecht behandeln, anschwärzen oder fertigmachen braucht, um sich wichtig zu fühlen; im Gegenteil! Dieses Verhalten ist die prophetische Kraft, die uns Jesus Christus selbst gelehrt hat, als er sich mit ihnen identifizierte (vgl. Mt 25,35-45). Auf diese Weise zeigte er uns, dass der rechte Weg der Dienst ist.
Mosambik verfügt über ein Gebiet, das voll von natürlichen und kulturellen Reichtümern ist, aber paradoxerweise von einer großen Anzahl von Menschen bewohnt wird, die unterhalb der Armutsgrenze leben. Und zuweilen scheint es, dass die, welche sich mit einem vermeintlichen Wunsch zu helfen nähern, andere Interessen verfolgen. Es ist traurig, wenn es Geschwister des gleichen Landes sind, die sich dabei zur Korruption verleiten lassen. Es ist eine sehr gefährliche Sache, zu akzeptieren, dass die Korruption der Preis sein soll, den wir für die Hilfen von außen bezahlen müssen.
»Bei euch soll es nicht so sein« (Mt 20,26; vgl. Vv. 26-28). Mit seinen Worten treibt uns Jesus dazu an, Protagonisten eines anderen Lebensstils zu sein, nämlich dem seines Reiches: Hier und jetzt sollen wir Samen der Freude, der Hoffnung, des Friedens und der Versöhnung sein. Der Heilige Geist kommt nicht, um einen mitreißenden Aktivismus einzuflößen, sondern vielmehr eine Aufmerksamkeit gegenüber dem Anderen, indem man diese Person als Bruder oder Schwester erkennt und schätzt bis zu dem Punkt, dass wir das Leben und den Schmerz dieses Menschen als unser Leben und unseren Schmerz empfinden. Das ist das beste Thermometer, um die Ideologien jeder Art zu messen, welche die Armen und die ungerechten Verhältnisse zugunsten persönlicher oder politischer Interessen zu missbrauchen suchen (vgl. Apostolisches Schreiben Evangelii gaudium, 199). Nur so können wir, wo wir uns auch befinden, Samen und Werkzeuge des Friedens und der Versöhnung sein.
Wir wollen, dass der Friede in unseren Herzen und im Pulsschlag unseres Volkes walte. Wir wollen eine friedvolle Zukunft. Wir wollen, dass in euren Herzen »der Friede Christi triumphiere« (Kol 3,15), wie der Brief des Apostels Paulus sagte. Er bezieht sich bei diesem Zitat auf die Welt des Sports und auf den Schiedsrichter, der über die diskutierbaren Situationen die Entscheidung trifft: „Möge der Friede Christi der Schiedsrichter in euren Herzen sein“. Wenn der Friede Christi der Schiedsrichter in unseren Herzen ist und wenn dann ein Fall eintritt, dass verschiedene Meinungen in Konflikt geraten und wir uns zwischen zwei verschiedenen Auffassungen nicht entscheiden können, so lassen wir Christus „an den Ball“: Die Entscheidung Christi wird uns auf dem Weg des Friedens und auf dem Pfad der Barmherzigkeit halten und lässt uns bei der Entscheidung für die Ärmsten und bei der Verteidigung der Natur bleiben. Auf dem Weg des Friedens. Wenn Jesus der Schiedsrichter zwischen den gegensätzlichen Emotionen in unseren Herzen ist, bei den komplexen Entscheidungen unseres Landes, hat Mosambik eine hoffnungsvolle Zukunft sichergestellt. Dann wird Euer Land in Dankbarkeit Gott Psalmen, Hymnen und geistliche Lieder singen (vgl. Kol 3,16).
[01357-DE.02] [Originalsprache: Portugiesisch]
Traduzione in lingua spagnola
Queridos hermanos y hermanas:
Hemos escuchado en el evangelio de Lucas un pasaje del sermón de la llanura. Después de elegir a sus discípulos y haber proclamado las bienaventuranzas, Jesús dice: «a vosotros los que me escucháis os digo: Amad a vuestros enemigos» (Lc 6,27). Una palabra dirigida también a nosotros hoy que lo escuchamos en este estadio.
Y lo dice con claridad, sencillez y firmeza señalando un sendero, un camino estrecho que necesita de algunas virtudes. Porque Jesús no es un idealista que desconoce la realidad, él está hablando del enemigo concreto, del enemigo real; el que ha descripto en la bienaventuranza anterior (6,22): de aquel que nos odia, excluye, insulta y proscribe como infame.
Muchos de vosotros todavía podéis contar en primera persona historias de violencia, odio y desencuentros; algunos en carne propia, otros de alguien conocido que ya no está, otros incluso por el miedo de que heridas del pasado se repitan e intenten borrar el camino recorrido de paz, como en Cabo Delgado.
Jesús no nos invita a un amor abstracto, etéreo o teórico, redactado en escritorios y para discursos. El camino que nos propone es el que Él recorrió primero, el que lo hizo amar a los que lo traicionaron y juzgaron injustamente, a los que lo habrían matado.
Es difícil hablar de reconciliación cuando las heridas causadas en tantos años de desencuentro están todavía frescas o invitar a dar ese paso de perdón que no significa ignorar el dolor o pedir que se pierda la memoria o los ideales (cf. Exhort. ap. Evangelii gaudium, 100). Aun así, Jesús invita a amar y a hacer el bien; que es mucho más que ignorar al que nos hizo daño o hacer el esfuerzo para que no se crucen nuestras vidas: es un mandato a una benevolencia activa, desinteresada y extraordinaria con respecto a quienes nos hirieron. Pero no se queda allí, también nos pide que los bendigamos y oremos por ellos; es decir, que nuestro decir sobre ellos sea un bien-decir, generador de vida y no de muerte, que pronunciemos sus nombres no para el insulto o la venganza sino para inaugurar un nuevo vínculo para la paz. La vara que el Maestro nos propone es alta.
Con esta invitación, Jesús quiere clausurar para siempre la práctica tan corriente —de ayer y de hoy— de ser cristianos y vivir bajo la ley del talión. No se puede pensar el futuro, construir una nación, una sociedad sustentada en la “equidad” de la violencia. No puedo seguir a Jesús si el orden que promuevo y vivo es el “ojo por ojo, diente por diente”.
Ninguna familia, ningún grupo de vecinos o una etnia, menos un país, tiene futuro si el motor que los une, convoca y tapa las diferencias es la venganza y el odio. No podemos ponernos de acuerdo y unirnos para vengarnos, para hacerle al que fue violento lo mismo que él nos hizo, para planificar ocasiones de desquite bajo formatos aparentemente legales. «Las armas y la represión violenta, más que aportar soluciones, crean nuevos y peores conflictos» (ibíd., 60). La “equidad” de la violencia siempre es un espiral sin salida y su costo es muy alto. Otro camino es posible porque es crucial no olvidar que nuestros pueblos tienen derecho a la paz. Vosotros tenéis derecho a la paz.
Para hacer más concreta su invitación y aplicable al día a día, Jesús propone una primera regla de oro al alcance de todos —«como queráis que la gente se porte con vosotros, de igual manera portaos con ella» (Lc 6,31)— y nos ayuda a descubrir qué es lo más importante de ese trato mutuo: amarnos, ayudarnos y prestar sin esperar nada a cambio.
“Amarnos”, nos dice Jesús; y Pablo lo traduce como “revestirnos de sentimientos de misericordia y de bondad” (cf. Col 3,12). El mundo desconocía —y sigue sin conocer— la virtud de la misericordia, de la compasión, al matar o abandonar a su suerte a discapacitados y ancianos, eliminar heridos y enfermos, o gozar con los sufrimientos de los animales. Tampoco practicaba la bondad, la amabilidad, que nos mueve a que el bien del prójimo sea tan querido como el propio.
Superar los tiempos de división y violencia supone no sólo un acto de reconciliación o la paz entendida como ausencia de conflicto, implica el compromiso cotidiano de cada uno de nosotros de tener una mirada atenta y activa que nos lleve a tratar a los demás con esa misericordia y bondad con la que queremos ser tratados; misericordia y bondad especialmente hacia aquellos que, por su condición, son rápidamente rechazados y excluidos. Se trata de una actitud de fuertes y no de débiles, una actitud de hombres y mujeres que descubren que no es necesario maltratar, denigrar o aplastar para sentirse importantes, sino al contrario. Y esta actitud es la fuerza profética que Jesucristo mismo nos enseñó al querer identificarse con ellos (cf. Mt 25,35-45) y mostrarnos que el servicio es el camino.
Mozambique es un territorio lleno de riquezas naturales y culturales, pero paradójicamente con una enorme cantidad de su población bajo la línea de pobreza. Y a veces pareciera que quienes se acercan bajo el supuesto deseo de ayudar, tienen otros intereses. Y es triste cuando esto se constata entre hermanos de la misma tierra que se dejan corromper; es muy peligroso aceptar que la corrupción sea el precio que tenemos que pagar ante la ayuda extranjera.
«No será así entre vosotros» (Mt 20,26; cf. vv. 26-28). Con sus palabras, Jesús nos impulsa a ser protagonistas de otro trato: el de su Reino. Aquí y ahora, semillas de alegría y esperanza, paz y reconciliación. Lo que el Espíritu viene a impulsar no es un activismo desbordante, sino, ante todo, una atención puesta en el otro, a reconocerlo y valorarlo como hermano hasta sentir su vida y su dolor como nuestra vida y nuestro dolor. Este es el mejor termómetro para descubrir todas las ideologías de cualquier tipo que intentan manipular a los pobres y a las situaciones de injusticia para el servicio de intereses políticos o personales (cf. Exhort. ap. Evangelii gaudium, 199). Sólo así seremos, allí donde nos encontremos, semillas e instrumentos de paz y reconciliación.
Queremos que reine la paz en nuestros corazones y en el palpitar de nuestro pueblo. Queremos un futuro de paz. Queremos «que la paz de Cristo reine en vuestros corazones» (Col 3,15), como bien lo decía la carta de san Pablo. Él utiliza un verbo que viene del campo de los deportes; es la palabra que se refiere al árbitro que decide las cosas discutibles: “que la paz de Cristo sea el árbitro en vuestros corazones”. Si la paz de Cristo es el árbitro en nuestros corazones, entonces, cuando los sentimientos estén en conflicto y nos sintamos impulsados ante dos sentidos opuestos, “juguémonos” por Cristo. La decisión de Cristo nos mantendrá en el camino del amor, en la senda de la misericordia, en la opción por los más pobres, en la preservación de la naturaleza. En el camino de la paz. Si Jesús es el árbitro entre las emociones conflictivas de nuestro corazón, entre las decisiones complejas de nuestro país, entonces Mozambique tiene un futuro de esperanza garantizado; entonces nuestro país cantará a Dios, dando gracias de corazón, con salmos, himnos y cantos inspirados (cf. Col 3,16).
[01357-ES.02] [Texto original: Portugués]
Traduzione in lingua polacca
Drodzy bracia i siostry!
W Ewangelii św. Łukasza usłyszeliśmy fragment tak zwanego „kazania na równinie”. Jezus, wybrawszy swoich uczniów i ogłosiwszy Błogosławieństwa, dodaje: „powiadam wam, którzy słuchacie: Miłujcie waszych nieprzyjaciół” (Łk 6, 27). Słowo to skierowane jest dzisiaj do nas, którzy go słuchamy na tym stadionie.
I mówi to z jasnością, prostotą i stanowczością, wytyczając ścieżkę, wąską drogę, która wymaga pewnych cnót. Jezus nie jest bowiem idealistą, który lekceważy rzeczywistość. Mówi o konkretnym nieprzyjacielu, o prawdziwym wrogu, którego właśnie opisał w poprzednim Błogosławieństwie (6, 22): tym, kto nas nienawidzi, wyklucza, lży i gardzi naszym imieniem jako niecnym.
Wielu z was wciąż może opowiadać o doświadczanych historiach przemocy, nienawiści i niezgody. Niektórzy osobiście; inni, o doznanych przez któregoś ze znajomych, którego już nie ma. Jeszcze inni, z obawy, by nie powtórzyły się rany przeszłości i nie usiłowały przekreślić już przebytej drogi pokoju, jak w Cabo Delgado.
Jezus nie zaprasza nas do abstrakcyjnej miłości, eterycznej czy teoretycznej, zredagowanej na biurkach do przemówień. Droga, którą nam proponuje jest tą, którą On sam przebył jako pierwszy, droga która sprawiła, że umiłował tych, którzy go zdradzali, niesprawiedliwie Go osądzili, tych, którzy go zabili.
Trudno mówić o pojednaniu, gdy rany wywołane przez tak wiele lat niezgody są nadal otwarte, czy też zachęcać do kroku przebaczenia, co nie oznacza lekceważenia bólu, lub wymagania, by przekreślono pamięć i ideały (por. Adhort. apost. Evangelii gaudium), 100). Mimo to Jezus Chrystus zachęca nas do miłowania i czynienia dobra. A to znacznie więcej, niż odrzucanie osoby, która nas skrzywdziła lub sprawienie, aby nasze drogi się nie przecinały: jest to nakaz, który ma na celu czynną, bezinteresowną i nadzwyczajną życzliwość wobec tych, którzy nas skrzywdzili. Jezus jednak na tym się nie zatrzymuje. Każe nam ich również błogosławić i modlić się za nich, to znaczy, aby nasze mówienie o nich było dobrym mówieniem, rodzącym życie, a nie śmierć, abyśmy wymawiali ich imiona, nie by obrazić, czy dla zemsty, lecz aby nawiązać nową relację, która prowadziłaby do pokoju. Wysoka jest miara, jaką proponuje nam Nauczyciel!
Poprzez tę zachętę Jezus chce na zawsze położyć kres powszechnej praktyce - zarówno wczoraj jak i dziś - bycia chrześcijanami i życia według prawa odwetu. Nie można myśleć o przyszłości, budować państwa, społeczeństwa opartego na „sprawiedliwości” przemocy. Nie mogę podążać za Jezusem, jeśli system jaki promuję i jakim żyję jest: „oko za oko, ząb za ząb”.
Żadna rodzina, żadna grupa sąsiedzka, żadna grupa etniczna, a tym bardziej kraj nie ma przyszłości, jeśli siłą, która je jednoczy, gromadzi i osłania różnice, jest zemsta i nienawiść. Nie możemy się godzić i zjednoczyć, by się mścić, aby uczynić temu, kto dopuścił się przemocy to samo, co on nam uczynił, aby planować możliwości odwetu w formach pozornie legalnych. „Zbrojenie i represja połączona z przemocą zamiast przynieść rozwiązania, stwarzają nowe i jeszcze gorsze konflikty” (tamże, 60). „Sprawiedliwość” przemocy jest zawsze spiralą bez wyjścia, a jej koszt jest bardzo wysoki. Możliwa jest inna droga, ponieważ fundamentalne znaczenie ma pamięć o tym, że nasze ludy mają prawo do pokoju. Macie prawo do pokoju.
By uczynić swoją zachętą bardziej konkretną i możliwą do zastosowania w życiu codziennym, Jezus proponuje pierwszą złotą zasadę, dostępną dla każdego - „Jak chcecie, żeby ludzie wam czynili, podobnie wy im czyńcie!” (Łk 6, 31) - i pomaga nam odkryć, co jest najważniejsze w tej wzajemności postaw: miłować się nawzajem, pomagać i pożyczać, nie oczekując niczego w zamian.
Jezus nam mówi „miłujcie się”, a Paweł tłumaczy to jako „przyobleczenie się w serdeczne miłosierdzie, dobroć” (por. Kol 3,12). Świat lekceważył - i wciąż nie zna - cnoty miłosierdzia, współczucia, zabijając lub porzucając osoby niepełnosprawne i starsze, eliminując rannych i chorych, i bawiąc się cierpieniem zwierząt. Jednocześnie nie stosował dobroci, życzliwości, która pobudza nas, by tak samo leżało nam na sercu dobro bliźniego, jak własne.
Przezwyciężenie czasów podziału i przemocy oznacza nie tylko akt pojednania lub pokój rozumiany jako brak konfliktu, oznacza codzienne staranie każdego z nas, byśmy mieli spojrzenie uważne i czynne, które prowadzi nas do traktowania innych z tym miłosierdziem i dobrocią, z jakimi chcemy być traktowani. Miłosierdziem i życzliwością przede wszystkim wobec tych, którzy ze względu na swój stan są łatwo odrzucani i wykluczani. Chodzi o postawę, która nie jest postawą ludzi słabych, ale silnych, postawą mężczyzn i kobiet, którzy odkrywają, że by czuć się ważnym nie jest konieczne znęcanie się, poniżanie lub uciskanie - wręcz przeciwnie. Taka postawa jest proroczą siłą, której nauczył nas sam Jezus Chrystus, chcąc się z nimi utożsamić (por. Mt 25, 35-45) i wskazując, że właściwą drogą jest służba.
Terytorium Mozambiku jest pełne bogactw naturalnych i kulturowych, ale - co jest paradoksalne - z ogromną liczbą ludności żyjącej poniżej poziomu ubóstwa. I czasami zdaje się, że ci, którzy przychodzą z rzekomą chęcią pomocy, mają inne interesy. A jest smutne, gdy dzieje się to między braćmi tej samej ziemi, którzy dają się skorumpować. Bardzo niebezpieczna jest zgoda, by korupcja była ceną, którą trzeba zapłacić za pomoc zewnętrzną.
„Nie tak będzie u was” (Mt 20, 26; por. ww. 26–28). Jezus swoimi słowami zachęca nas, abyśmy byli protagonistami innego stylu życia, stylu Jego królestwa: tu i teraz, ziarnami radości i nadziei, pokoju i pojednania. Duch Święty tchnie nie tyle przytłaczający aktywizm, ile przede wszystkim wrażliwość skierowaną ku innemu, uznając go i doceniając jako brata, aż po odczucie jego życia i jego cierpienia jako własne. Jest to najlepszy miernik służący odkrywaniu wszelkiego rodzaju ideologii, które próbują manipulować ubogimi i sytuacjami niesprawiedliwości, wykorzystując je do celów politycznych lub osobistych (por. Adhort. apost. Evangelii gaudium, 199). Tylko w ten sposób, gdziekolwiek jesteśmy, możemy być ziarnami i narzędziami pokoju i pojednania.
Chcemy, aby pokój panował w naszych sercach i w pulsie naszego ludu. Chcemy pokojowej przyszłości. Chcemy, aby „sercami waszymi rządził pokój Chrystusowy” (Kol 3, 15), jak to właśnie mówił List św. Pawła. Używa on czasownika pochodzącego ze świata sportu i odnosi się do sędziego, który decyduje o sprawach wątpliwych: „oby pokój Chrystusa był sędzią w waszych sercach”. Jeśli pokój Chrystusa jest arbitrem w naszych sercach, to zatem, gdy uczucia są ze sobą sprzeczne i nie możemy się zdecydować między dwiema skrajnościami, „zagrajmy grę” Chrystusa: postawienie na Chrystusa zachowa nas na drodze miłości, na szlaku miłosierdzia, w opcji na rzecz najuboższych, w obronie przyrody. Na drodze pokoju. Jeśli Jezus będzie sędzią między sprzecznymi uczuciami naszego serca, między złożonymi decyzjami naszego kraju, to wówczas Mozambik zapewni przyszłość nadziei; wtedy wasz kraj będzie mógł śpiewać Bogu psalmy, hymny i pieśni natchnione z wdzięcznością i całym sercem (por. Kol 3, 16).
[01357-PL.02] [Testo originale: Portoghese]
Traduzione in lingua araba
لقد سمعنا جزءًا مما يُطلق عليه "عظة يسوع الكبرى" في إنجيل لوقا. فيسوع، بعد أن اختار تلاميذه وبعد أن أعلن التطويبات، أضاف: "أَمَّا أَنتُم أَيُّها السَّامِعون، فأَقولُ لَكم: أَحِبُّوا أَعداءكم، وأَحسِنوا إِلى مُبغِضيكُم" (لو 6، 27). وكلمة يسوع تتوجّه إلينا أيضًا اليوم، نحن الذين نصغي له في هذا الاستاد.
إنه يقول هذا بوضوح وبساطة وحزم، ويرسم طريقًا، دربًا ضيّقا يتطلّب بعض الفضائل. لأن يسوع لا يسعى للمثالية، التي تتجاهل الواقع؛ فهو يتحدّث عن العدو الملموس، وعن العدو الحقيقي الذي وصفه للتو في التطويبات (6، 22): من يكرهنا، وينبذنا، ويهيننا ويحتقر اسمنا على أنه سيئ السمعة.
لا يزال الكثير منكم يقدر أن يروي القصص التي عاشها هو شخصيًّا من عنف وكراهية وخلاف؛ فبعضكم قد عاشوها جسديا؛ وبالنسبة لآخرين، فإنها تتعلق بقصص معارفٍ لهم غابوا عن هذه الدنيا؛ وآخرون أيضًا خوفًا من أن تتكرّر جروح الماضي نفسها وتحاول أن تعرقل مسيرة السلام التي بدأوها، كما هو الحال في مدينة كابو ديلجادو.
إن يسوع لا يدعونا إلى حبّ تجريديّ أو أثيريّ أو نظريّ، نضعه خطّيا على مكاتبنا لإلقاء الخطب. فالطريق الذي يقترحه يسوع علينا هو الطريق الذي اجتازه هو أوّلا، الدرب التي جعلته يحبّ الذين خانوه، والذين حكموا عليه ظلمًا، والذين سوف يقتلونه.
من الصعب التحدّث عن المصالحة عندما تكون الجراح التي سبّبتها السنين لا تزال مفتوحة، أو الدعوة للقيام بخطوة غفران -والتي لا تعني أن نتجاهل الألم ولا أن نطلب محيِ الذاكرة أو المبادئ (را. الإرشاد الرسولي فرح الإنجيل، 100). إن يسوع يدعونا، بالرغم من هذا، لأن نحبّ ونصنع الخير. يتعلق الأمر بالقيام بخطوة أعظم من مجرد تجاهل الشخص الذي أساء إليّ أو تجنّب أن تلتقي حياتي بحياته: إنه تفويض يهدف إلى محبّة فعّالة ومجّانية واستثنائية تجاه الذين ألحقوا بنا الأذى. بيد أن يسوع لا يتوقّف عند هذا الحدّ؛ بل يطلب منّا أن نباركهم ونصلّي من أجلهم، أي أن نتكلّم بالخير عنهم، فنهب هكذا الحياة لا الموت، ونلفظ اسمهم لا للإهانة أو الانتقام، بل لبدء علاقة جديدة تقود إلى السلام. فالمقياس الذي يقترحه علينا الربّ هو سامٍ!
وعبر هذه الدعوة، يريد يسوع –وهو بعيد كلّ البعد عن أن يكون مازوشيًّا عنيد- أن يضع حدًّا نهائيًّا للممارسة الشائعة –اليوم كما بالأمس- بأن نكون مسيحيّين، وفي ذات الوقت نعيش بحسب شريعة الانتقام. لا يمكننا أن نفكّر في المستقبل، وأن نبني أمّة، أو مجتمع يقوم على "عدالة" العنف. لا أستطيع أن أتبع يسوع إذا كان القانون الذي أروّج له وأعيشه هو: "العين بالعين، والسنّ بالسنّ".
لا يوجد مستقبل لأية عائلة، ولا أية مجموعة من الأقرباء، ولا أية مجموعة عرقية، ولا حتى أي بلد، إذا كان المحرّك الذي يوحّدهم، ويجمعهم ويغطّي الاختلافات، هو الانتقام والكراهية. لا يمكننا أن نتّفق ونتّحد على الانتقام، وأن نصنع مع الشخص العنيف ما صنعه هو معنا، ونخطّط لفرص انتقام تحت أشكال قانونية ظاهريًّا. "السلاح والقمع العنيف، يولّدان نزاعات جديدة وأسوأ شرًّا بدلًا من أن يقدّما حلولًا" (نفس المرجع، 60). "عدالة" العنف هي على الدوام دوّامة بلا مخرج؛ وتكلفتها، مرتفعة جدًّا. هناك سبيل أخرى ممكنة، لأنه من الأساسيّ ألّا ننسى أن لشعوبنا الحقّ في السلام. لديكم الحقّ في السلام.
كيما تكون دعوته أكثر واقعية وقابلة للتطبيق في الحياة اليومية، يقترح يسوع قاعدة ذهبية أولى في متناول الجميع -"كَما تُريدونَ أَن يُعامِلَكُمُ النَّاس فكذلِكَ عامِلُوهم" (لو 6، 31)- ويساعدنا على اكتشاف ما هو الأهمّ في المعاملة بالمثل: أن نحبّ ونساعد بعضنا بعضًا وأن نُقرض دون انتظار أيّ شيء بالمقابل.
أن "نحبّ بعضنا بعضًا"، يقول لنا يسوع. ويترجمه بولس بأن "نلبس عَواطِفَ الحَنانِ واللُّطْفِ" (را. قول 3، 12). فالعالم كان يجهل –وما زال يجهل- فضيلة الرحمة، والشفقة، فيقتل ويتخلّى عن الأشخاص المعاقين أو المسنين، ويبيد المجروحين والمرضى، ويتسلى بتعذيب الحيوانات. إضافة إلى عدم ممارسة اللطف والرحمة اللذان يقوداننا إلى الاهتمام بخير القريب مثلما نهتمّ بخيرنا الشخصي.
إن تخطّي الانقسامات والعنف لا يعني القيام بعمل مصالحة وحسب، والسلام لا يعني غياب أي صراع وحسب، ولكن الالتزام اليوميّ من جانب كلّ واحد منّا بإلقاء نظرة متنبّهة وناشطة تقودنا إلى معاملة الآخرين بتلك الرحمة واللطف اللذين نريد أن يعاملوننا به الآخرون؛ الرحمة واللطف قبل كلّ شيء تجاه الذين، بسبب حالتهم، يُرفَضون ويُستَبعدون بسهولة. وليس هذا التصرّف من شيمة الضعفاء بل الأقوياء، إنه موقف الرجال والنساء الذين يكتشفون أنه ليس من الضروري إساءة معاملة الآخرين أو تشويه سمعتهم أو سحقهم كيما يشعرون بأهميتهم الشخصية؛ لا بل على العكس. وهذا الموقف هو القوّة النبوية التي علّمنا إياها يسوع المسيح نفسه الذي أراد أن يتماهى معهم، (را. متى 25، 35- 45) وأظهر لنا أن الطريق الصحيح هو الخدمة.
يملك الموزمبيق أرضًا مليئة بالثروات الطبيعية والثقافية، ولكن من المفارقة أنه يوجد عدد هائل من السكّان دون مستوى الفقر. ويبدو أحيانًا أن الذين يأتون مظهرين الرغبة المفترضة بالمساعدة، لديهم مصالح أخرى. ومن المحزن أن يحدث هذا بين إخوة من الأرض نفسها، يسمحون بأن يسيطر عليهم الفساد؛ من الخطير للغاية القبول بأن يكون الفساد هو الثمن الذي علينا أن ندفعه مقابل المساعدات الخارجية.
"لا يَكُنْ هذا فيكُم" (متى 20، 26؛ را. آيات 26- 28). إن يسوع يحثنا من خلال كلماته على أن نكون روّاد لنمط حياة آخر، نمط ملكوته: روّاد، هنا والآن، لبذور فرح ورجاء وسلام ومصالحة. ما يسكبه الروح ليس نشاطًا ساحقًا، ولكن أوّلًا وقبل كلّ شيء، الاهتمام بالآخر، رائين ومقدّرين فيه الأخ إلى حدّ أن نشعر بحياته وألمه كحياتنا وألمنا. هذا هو أفضل ميزان لاكتشاف جميع أنواع الأيديولوجيات التي تسعى إلى التلاعب بالفقراء وبحالات الظلم لمصلحة المقارب السياسيّة أو الشخصيّة (را. الإرشاد الرسولي فرح الإنجيل، 199). يمكننا، وبهذه الطريقة فقط، وأينما كنا، أن نكون بذورًا وأدوات للسلام والمصالحة.
نريد أن يسود السلام في قلوبنا وفي نبض شعبنا. نريد مستقبلًا يسوده السلام. نريد أن "يَسُد قُلوبَكم سَلامُ المسيح" (قول 3، 15)، كما ذُكر في رسالة القدّيس بولس، الذي يستخدم فعلًا مُستلهَمًا من عالم الرياضة ويشير إلى شخص الحَكَم الذي يتّخذ القرار بالأمور غير الواضحة: "عسى أن يكون سلام المسيح هو الحَكَم في قلوبكم". إذا كان سلام المسيح هو الحَكَم في قلوبنا، عندما تكون المشاعر في صراع فينا ونحن نتردّد بين حِسيّن متعارضين، "نلعب لعبة" المسيح: فقرار المسيح سوف يبقينا في طريق المحبّة، في طريق الرحمة، في اختيار الفقراء، في الدفاع عن الطبيعة. في طريق السلام. إذا كان يسوع هو الحَكَم بين مشاعر قلبنا المتضاربة، وبين قرارات بلدنا المعقّدة، فالموزمبيق قد ضمنت مستقبلًا من الرجاء؛ وعندها سيقدر بلدكم على ترتيل المزامير والترانيم والأغاني الملهمة لله بامتنان وبصدق (را. قول 3، 16).
[01357-AR.01] [Testo originale: Portoghese]
Saluto finale del Santo Padre
Testo in lingua portoghese
Traduzione in lingua italiana
Traduzione in lingua francese
Traduzione in lingua inglese
Traduzione in lingua tedesca
Traduzione in lingua spagnola
Traduzione in lingua polacca
Traduzione in lingua araba
Testo in lingua portoghese
No termo desta minha visita, quero dizer «obrigado» a todas as pessoas e entidades que colaboraram para a sua realização; a começar por esta arquidiocese de Maputo e seu Pastor, Dom Francisco Chimoio, a quem agradeço a fraterna hospitalidade e também a venturosa saudação que acaba de me dirigir, em nome dos irmãos bispos e de todo o povo de Deus. Uma palavra de particular gratidão vai para o senhor Presidente Filipe Nyusi pelo trato rico de atenções que recebi, tanto a nível pessoal como através das várias instituições governamentais e das forças de segurança da nação. Agradeço o trabalho sacrificado e silencioso dos membros da comissão organizadora e de tantos voluntários. O meu reconhecimento aos jornalistas e a todo este bom povo que saiu de casa para me saudar.
Irmãs e irmãos, sei do sacrifício que tivestes de fazer para participar nas celebrações e encontros e sei também que se molharam todos – espero – com água abençoada. Aprecio-o e agradeço-o de coração. E agradeço também a quantos não o puderam fazer, em consequência dos recentes ciclones: Queridos irmãos, senti de igual modo o vosso apoio! E digo a todos: tendes tantos motivos para esperar! Vi-o, toquei-o com a mão nestes dias. Por favor, guardai a esperança; não deixeis que vo-la roubem. E não há melhor maneira de guardar a esperança do que permanecer unidos, para que todos aqueles motivos que a sustentam se consolidem sempre mais num futuro de reconciliação e de paz em Moçambique. Assim Deus vos abençoe e a Virgem Mãe vos proteja! E, por favor, não vos esqueçais de rezar por mim. Obrigado.
[01358-PO.02] [Texto original: Português]
Traduzione in lingua italiana
Al termine della mia visita, vorrei dire “grazie” a tutte le persone e le realtà che hanno collaborato per la sua realizzazione; a cominciare da questa Arcidiocesi di Maputo e dal suo Pastore, Monsignor Francisco Chimoio, che ringrazio per la fraterna ospitalità e anche per il gioioso saluto che mi ha appena rivolto a nome dei fratelli Vescovi e di tutto il popolo di Dio. Una parola di particolare gratitudine va al Signor Presidente Filipe Nyusi per la sua premurosa attenzione, sia a livello personale, sia attraverso le varie istituzioni governative e le forze di sicurezza della nazione. Ringrazio per il lavoro sacrificato e silenzioso dei membri del comitato organizzatore e di tanti volontari. Sono grato ai giornalisti e a tutta la brava gente che è uscita di casa per salutarmi.
Sorelle e fratelli, so che avete dovuto fare dei sacrifici per partecipare alle celebrazioni e agli incontri… e so che vi siete bagnati tutti, spero con acqua benedetta! Lo apprezzo e vi ringrazio di cuore. E sono grato anche a quanti non hanno potuto farlo per le conseguenze dei recenti cicloni: cari fratelli, ho sentito ugualmente il vostro sostegno! E dico a tutti: avete tanti motivi per sperare! L’ho visto e l’ho toccato con mano in questi giorni. Per favore, conservate la speranza; non lasciatevela rubare! E non c’è modo migliore per conservare la speranza che quello di rimanere uniti, affinché tutti i motivi che la sostengono si rafforzino sempre più in un futuro di riconciliazione e di pace in Mozambico. Dio vi benedica e la Vergine Madre vi protegga! E, per favore, non dimenticatevi di pregare per me. Grazie.
[01358-IT.02] [Testo originale: Portoghese]
Traduzione in lingua francese
Au terme de ma visite, je désire dire ‘‘merci’’ à toutes les personnes et à toutes les institutions qui ont collaboré pour sa réalisation; à commencer par l’archidiocèse de Maputo et son pasteur, Monseigneur Francisco Chimoio, que je remercie pour l’hospitalité fraternelle et aussi pour l’aimable salutation qu’il vient de m’adresser, au nom des frères évêques et de tout le peuple de Dieu. Une parole particulière de gratitude va à Monsieur le Président Filipe Nyusu pour l’accueil imprégné d’attentions que j’ai reçu, aussi bien au niveau personnel comme à travers les diverses institutions du gouvernement et des forces de sécurité de la nation. Je remercie pour le travail sacrifiant et silencieux des membres du comité d’organisation et des nombreux volontaires. Ma gratitude va aux journalistes et à tout ce bon peuple sorti de chez lui pour me saluer.
Chers frères et sœurs, je connais le sacrifice que vous avez fait pour participer aux célébrations et aux rencontres… et je sais que vous vous êtes tous fait mouiller… d’eau bénite,j’espère ! Je l’apprécie et je vous en remercie de tout cœur. Et je remercie également ceux qui n’ont pas pu le faire, à cause des récents cyclones. Chers frères, j’ai senti également votre soutien! Et je dis à tous: vous avez tant de motifs d’espérer! Je l’ai vu, je l’ai touché de la main ces jours-ci. S’il vous plaît, gardez l’espérance; ne vous la laissez pas voler. Et il n’est pas meilleure manière de garder l’espérance que de rester unis, pour que toutes les motifs qui la soutiennent se consolident toujours davantage dans un avenir de réconciliation et de paix au Mozambique. Ainsi, que Dieu vous bénisse et que la Vierge Mère vous protège! Et, s’il vous plaît, n’oubliez pas de prier pour moi! Merci!
[01358-FR.02] [Texte original: Portugais]
Traduzione in lingua inglese
At the conclusion of my Visit, I would like to thank all the individuals and groups that worked so hard to make it possible, beginning with this Archdiocese of Maputo and its Archbishop, Dom Francisco Chimoio, whom I thank for his fraternal hospitality and his kind greeting in the name of his brother bishops and the entire people of God. A word of particular gratitude goes to President Filipe Nyusi for the great consideration accorded to me both on a personal level and through the various governmental institutions and the security forces of the nation. I am also grateful for the sacrifice and unsung work of the members of the organizing committee and the many volunteers. I also thank the journalists and all those good people who came out to greet me.
Dear brothers and sisters, I realize the sacrifice that you had to make in order to share in these celebrations and meetings… and I know that you all got wet, with holy water, I hope! I appreciate this and I thank you from my heart. I am grateful too to all those who could not be present due to the aftermath of the recent cyclones: dear brothers and sisters, I also felt your support! To everyone I would like to say this: you have many reasons for hope! It was evident and truly palpable in these days. Please, hold on to hope; do not let yourselves be robbed of it. And there is no better way to hold onto hope than to remain united, so that all the reasons sustaining it will constantly consolidate for a future of reconciliation and peace in Mozambique. May God bless you and may the Virgin Mary protect you! And please, do not forget to pray for me. Thank you.
[01358-EN.02] [Original text: Portuguese]
Traduzione in lingua tedesca
Am Ende meines Besuches möchte ich allen Menschen und Organisationen, die zu seiner Verwirklichung beigetragen haben, Danke sagen. Zunächst der hiesigen Erzdiözese von Maputo und ihrem Hirten, Erzbischof Francisco Chimoi, dem ich für die brüderliche Gastfreundschaft und auch für den eben ausgesprochenen freudigen Gruß im Namen aller Mitbrüder im Bischofsamt und des ganzen Gottesvolkes danke. Ein Wort des besonderen Dankes ergeht an Herrn Präsident Filipe Nyusi für seine zuvorkommende Aufmerksamkeit sowohl auf persönlicher Ebene als auch mittels der verschiedenen Regierungsinstitutionen und der Sicherheitskräfte der Nation. Ich danke für den aufopferungsvollen und stillen Einsatz der Mitglieder des Organisationskomitees und der vielen Freiwilligen. Ich bin den Journalisten wie auch all den lieben Menschen dankbar, die ihre Häuser verlassen haben, um mich zu begrüßen.
Liebe Schwestern und Brüder, ich weiß, dass euch die Teilnahme an den Feiern und Begegnungen Opfer gekostet hat, … und ich habe bemerkt, dass ihr ganz nass geworden seid. Ich hoffe, mit Weihwasser! Ich weiß euren Einsatz zu schätzen, und ich danke euch herzlich dafür. Ich danke auch denen, die wegen der Folgen der jüngsten Wirbelstürme nicht dabei sein konnten: Liebe Schwestern und Brüder, ich habe trotzdem eure Unterstützung verspürt! Und ich möchte allen sagen: Es gibt für euch so viele Motive der Hoffnung! Das habe ich in diesen Tagen gesehen und konkret erfahren. Bitte bewahrt euch die Hoffnung, lasst sie euch nicht rauben! Und es gibt keine bessere Art, um die Hoffnung zu bewahren, als einig zu bleiben, damit all die Gründe, die sie stützen, in einer Zukunft aus Versöhnung und Frieden in Mosambik immer stärker werden. Gott segne euch, die Jungfrau und Gottesmutter Maria beschütze euch! Und bitte, vergesst nicht für mich zu beten. Danke!
[01358-DE.02] [Originalsprache: Portugiesisch]
Traduzione in lingua spagnola
Al final de mi visita, deseo decir “gracias” a todas las personas y entidades que colaboraron para su realización, comenzando por esta arquidiócesis de Maputo y su Pastor, el Mons. Francisco Chimoio, a quien agradezco por la fraternal acogida y también por el saludo cordial que me acaba de dirigir en nombre de los hermanos obispos y de todo el Pueblo de Dios. Una palabra de especial agradecimiento al Presidente Filipe Nyusi por la atención solícita que he recibido, tanto a nivel personal, como a través de las diversas instituciones gubernamentales y de las fuerzas de seguridad de la nación. Agradezco el trabajo sacrificado y silencioso de los miembros del comité organizador y de tantos voluntarios. Mi agradecimiento a los periodistas y a todas estas buenas personas que salieron de casa para saludarme.
Hermanas y hermanos: Conozco el sacrificio que hicieron para participar en las celebraciones y encuentros… y sé que os habéis mojado todos, ¡espero con agua bendita! Lo aprecio y os doy las gracias de corazón. Y estoy agradecido también a los que no han podido realizarlo por las consecuencias de los ciclones recientes: ¡Queridos hermanos, he experimentado igualmente vuestro apoyo! Y os digo a todos: ¡Tenéis muchos motivos para esperar! Lo he visto, lo he tocado con mi mano en estos días. Por favor, mantened la esperanza; no dejad que os la roben. Y no hay mejor manera de custodiar la esperanza que permanecer unidos, para que todos los motivos que la sustentan se consoliden aún más en un futuro de reconciliación y paz en Mozambique. ¡Que Dios os bendiga y la Virgen Madre os proteja! Y por favor no olvidéis de rezar por mí. Gracias.
[01358-ES.02] [Texto original: Portugués]
Traduzione in lingua polacca
Na zakończenie tej mojej wizyty chcę powiedzieć „Dziękuję” wszystkim osobom i organizacjom, które współpracowały przy jej realizacji, począwszy od tutejszej archidiecezji Maputo i jej Duszpasterza, arcybiskupa Francisco Chimoio, któremu dziękuję za braterską gościnność, jak również za piękne pozdrowienia, jakie skierował do mnie w imieniu braci biskupów i całego ludu Bożego. Słowa szczególnej wdzięczności przekazuję Panu Prezydentowi Filipe Nyusiemu za wielki okazany mi szacunek zarówno na poziomie osobistym i rodzinnym, jak i poprzez instytucje rządowe oraz siły bezpieczeństwa kraju. Dziękuję za pełną poświęcenia i cichą pracę członków komisji organizacyjnej i licznych wolontariuszy. Wyrazy wdzięczności kieruję do dziennikarzy i wszystkich dobrych ludzi, którzy wyszli z domu, aby mnie pozdrowić.
Siostry i bracia, wiem o poświęceniu, jakie musieliście podjąć, aby uczestniczyć w tych obrzędach i spotkaniach… wiem, że wszyscy zmokliście - mam nadzieję, że to błogosławiona woda! Cenię to i dziękuję za to z całego serca. I mówię wszystkim: jest wiele powodów do nadziei! Widziałem to i przekonałem się o tym namacalnie w tych dniach. Proszę was, strzeżcie nadziei; nie pozwólcie, aby ją wam skradziono. A nie ma lepszego sposobu strzeżenia nadziei jak trwanie w jedności, aby wszystkie te motywy, które ją wspierają, coraz bardziej umacniały się w przyszłości pojednania i pokoju w Mozambiku. Zatem niech wam Bóg błogosławi a Dziewica Matka niech was chroni! I, proszę, nie zapominajcie modlić się za mnie. Dziękuję!
[01358-PL.02] [Testo originale: Portoghese]
Traduzione in lingua araba
…….
[01358-AR.01] [Testo originale: Portoghese]
[B0666-XX.02]