Visita all’Ospedale Zimpeto
Saluto del Santo Padre
Traduzione in lingua italiana
Traduzione in lingua francese
Traduzione in lingua inglese
Traduzione in lingua tedesca
Traduzione in lingua spagnola
Traduzione in lingua polacca
Alle ore 7.30 di questa mattina, dopo essersi congedato dal personale della Nunziatura Apostolica e dai benefattori, il Santo Padre Francesco si è trasferito in auto all’Ospedale Zimpeto, situato nella periferia di Maputo, che ospita il centro Dream per le persone affette da Aids/Hiv, avviato nel 2002 dalla Comunità di Sant’Egidio.
Al Suo arrivo, alle ore 8.45, il Papa è stato accolto dal Fondatore della Comunità di Sant’Egidio Andrea Riccardi, dalla Coordinatrice Nazionale del progetto Dream e dalla Direttrice locale del centro di Maputo, mentre i bambini hanno eseguito una danza tradizionale e un canto.
All’ingresso del Centro, Papa Francesco ha scoperto una targa commemorativa. Quindi, dopo il saluto da parte della Coordinatrice Nazionale del progetto Dream, la Dott.ssa Cacilda Isabel Massango, e la consegna di un dono al Papa da parte di un malato, il Santo Padre ha pronunciato il suo saluto.
Al termine, Papa Francesco ha salutato 20 malati e ha visitato in forma privata due reparti del Centro. Quindi si è recato in auto allo Stadio Zimpeto.
Pubblichiamo di seguito le parole di saluto che il Santo Padre ha pronunciato nel corso della visita all’Ospedale Zimpeto:
Saluto del Santo Padre
Queridos irmãos e irmãs!
Muito obrigado pelo acolhimento caloroso e fraterno e também pelas palavras de Cacilda. Obrigado pela tua vida e testemunho, expressão de que este Centro de saúde polivalente – Santo Egídio de Zimpeto – é manifestação do amor de Deus, sempre pronto a insuflar vida e esperança onde abundam a morte e o sofrimento.
Saúdo cordialmente os responsáveis, os operadores sanitários, os enfermos com seus familiares, e todos os presentes. Vendo como tratais e acolheis com competência, profissionalismo e amor tantas pessoas doentes, particularmente pacientes com SIDA/HIV sobretudo mulheres e crianças, acode-me ao pensamento a parábola do Bom Samaritano.
Todos os que passaram por aqui, todos os que vêm com desespero e angústia são como aquele homem abandonado na beira da estrada. E, aqui, vós não passastes ao largo, não continuastes pelo vosso caminho como fizeram outros (o levita e o sacerdote). Este Centro mostra-nos que houve quem parou e sentiu compaixão, quem não cedeu à tentação de dizer «não há nada a fazer», «é impossível combater esta praga» e se animou a buscar soluções. Vós, como disse Cacilda, ouvistes aquele grito silencioso, quase inaudível, de inúmeras mulheres, de tantos que viviam envergonhados, marginalizados, julgados por todos. Por isso alargastes esta casa – onde o Senhor vive com aqueles que estão na berma da estrada – aos doentes de cancro, tuberculose e a centenas de desnutridos, sobretudo crianças e jovens.
Assim todas as pessoas que, de várias formas, fazem parte desta comunidade sanitária tornam-se expressão do Coração de Jesus, para que ninguém pense «que o seu clamor caíra em saco roto. (…) [São] um sinal de solidariedade para quantos passam necessidade a fim de sentirem a presença ativa dum irmão ou duma irmã. Não é de um ato de delegação que os pobres precisam, mas do envolvimento pessoal de quantos escutam o seu brado. A solicitude dos crentes não pode limitar-se a uma forma de assistência – embora necessária e providencial num primeiro momento –, mas requer aquela atenção amiga que aprecia o outro como pessoa e procura o seu bem» (Francisco, Mensagem para o II Dia Mundial dos Pobres, 18 de novembro de 2018, n. 3). Ouvir este clamor levou-vos a perceber que não era suficiente um tratamento médico, embora necessário; por isso, vos debruçastes sobre a problemática em toda a sua integridade para devolver a dignidade às mulheres e crianças, ajudando-as a projetar um futuro melhor.
Neste campo imenso, que se vos foi abrindo graças ao contínuo «escutar», também experimentastes a vossa limitação, a carência de meios de todos os tipos. O programa, que implementastes e vos conectou com outros lugares do mundo, é um exemplo de humildade, por terdes reconhecido os vossos limites, e de criatividade para trabalhar em rede. O empenho gratuito e voluntário de tantas pessoas de diversas profissões, que têm prestado a sua valiosa colaboração para formar operadores locais, encerra em si mesmo um enorme valor humano e evangélico.
Entretanto é maravilhoso constatar como esta escuta dos mais frágeis dos pobres, os enfermos, nos põe em contacto com outra parte do mundo frágil: penso nos «sintomas de doença que notamos no solo, na água, no ar e nos seres vivos. Por isso, entre os pobres mais abandonados e maltratados, conta-se a nossa terra oprimida e devastada, que “geme e sofre as dores do parto” (Rm 8, 22)» (Francisco, Carta enc. Laudato si’, 2). Como ensinam as esculturas de arte makonde, as ujamaa com várias figuras agarradas umas às outras onde prevalece a união e a solidariedade sobre o indivíduo, devemos dar-nos conta de que somos, todos, parte dum mesmo tronco. Vós fostes capazes de perceber isso, e esta escuta levou-vos a procurar meios sustentáveis na busca de energia, bem como na recolha e reserva de água; as vossas opções de baixo impacto ambiental são um modelo virtuoso, um exemplo a seguir à vista da urgência imposta pela deterioração do planeta.
O texto do Bom Samaritano conclui deixando o ferido na «estalagem», entregando ao estalajadeiro parte do pagamento e prometendo-lhe o resto quando voltar. Mulheres como Cacilda, as cerca de 100.000 crianças que podem escrever uma nova página da história livres do HIV/SIDA, e muitas outras pessoas anónimas que hoje sorriem, porque foram curadas com dignidade na sua dignidade, são parte do pagamento que o Senhor vos deixou: presenças-brinde que, saindo do pesadelo da doença, sem esconder a sua condição, transmitem esperança a muitas pessoas, com aquele «eu sonho» contagiam a tantos que precisam de ser recolhidos da berma da estrada. A outra parte ser-vos-á retribuída pelo Senhor «quando Ele voltar», e isto deve encher-vos de alegria: quando nós formos embora, quando voltardes às tarefas diárias, quando ninguém vos aplaudir nem exaltar, continuai a receber aqueles que chegam, saí à procura dos feridos e derrotados nas periferias... Não esqueçamos que os seus nomes, escritos no céu, têm junto deles uma inscrição: estes são os benditos de meu Pai. Renovai esforços, permitindo que aqui se continue a «dar à luz» a esperança. Aqui dá-se à luz a esperança.
Que Deus vos abençoe, queridos doentes e familiares, e a quantos vos assistem com tanto carinho e vos encorajam a continuar. Que Deus vos abençoe.
[01356-PO.02] [Texto original: Português]
Traduzione in lingua italiana
Cari fratelli e sorelle!
Grazie di cuore per l’accoglienza calorosa e fraterna, e anche per le parole di Cacilda. Grazie per la tua vita e la tua testimonianza, espressione che questo Centro sanitario polivalente “Sant’Egidio” di Zimpeto è manifestazione dell’amore di Dio, sempre pronto a soffiare vita e speranza dove abbondano la morte e la sofferenza.
Saluto cordialmente le autorità, gli operatori sanitari, i malati con le loro famiglie e tutti i presenti. Nel vedere con quanta competenza, professionalità e amore curate e accogliete tanti malati, concretamente persone con AIDS/HIV, soprattutto donne e bambini, mi viene in mente la parabola del Buon Samaritano.
Tutti quelli che sono passati da qui, tutti coloro che arrivano presi dalla disperazione e dall’angoscia somigliano a quell'uomo abbandonato al bordo della strada. E voi, qui, non siete passati a distanza, non avete proseguito per la vostra strada come avevano fatto altri (il levita e il sacerdote). Questo Centro ci mostra che c'è stato chi si è fermato e ha sentito compassione, chi non ha ceduto alla tentazione di dire “non c’è niente da fare”, “è impossibile combattere questa piaga” e si è dato da fare con coraggio per cercare delle soluzioni. Voi, come ha detto Cacilda, avete ascoltato quel grido silenzioso, quasi impercettibile, di tante donne, di tante persone che vivevano nella vergogna, emarginate, giudicate da tutti. Ecco perché avete ampliato questa casa – dove il Signore vive con coloro che si trovano al bordo della strada – ai malati di cancro, di tubercolosi e a centinaia di persone malnutrite, in particolare bambini e giovani.
Così tutte le persone che, a vari livelli, fanno parte di questa comunità sanitaria diventano espressione del Cuore di Gesù, in modo che nessuno pensi «che il loro grido sia caduto nel vuoto. […] [Sono] un segno di condivisione per quanti sono nel bisogno, per sentire la presenza attiva di un fratello e di una sorella. Non è un atto di delega ciò di cui i poveri hanno bisogno, ma il coinvolgimento personale di quanti ascoltano il loro grido. La sollecitudine dei credenti non può limitarsi a una forma di assistenza – pur necessaria e provvidenziale in un primo momento –, ma richiede quella attenzione d’amore che onora l’altro in quanto persona e cerca il suo bene» (Messaggio per la II Giornata mondiale dei poveri, 18 novembre 2018, n. 3). Ascoltare questo grido vi ha portato a capire che il trattamento medico, sebbene necessario, non era sufficiente; perciò avete considerato la problematica in tutta la sua integralità per ridare dignità alle donne e ai bambini, aiutandoli a progettare un futuro migliore.
In questo immenso campo, che si è venuto aprendo davanti a voi grazie al continuo ascoltare, avete anche sperimentato il vostro limite: la mancanza di mezzi di ogni genere. Il programma, che avete sviluppato e vi ha collegato con altri luoghi del mondo, è un esempio di umiltà per aver riconosciuto i vostri limiti, e di creatività per il lavoro in rete.
L’impegno gratuito e volontario di tante persone di diverse professioni che hanno fornito la loro preziosa collaborazione per formare operatori locali, contiene in sé stesso un enorme valore umano ed evangelico.
Nello stesso tempo è meraviglioso vedere come questo ascolto dei più deboli dei poveri, i malati, ci mette in contatto con un’altra parte fragile del mondo: penso ai «sintomi di malattia che avvertiamo nel suolo, nell’acqua, nell’aria e negli esseri viventi. Per questo, fra i poveri più abbandonati e maltrattati, c’è la nostra oppressa e devastata terra, che “geme e soffre le doglie del parto” (Rm 8,22)» (Enc. Laudato si', 2). Come insegnano le sculture di arte makonde – le cosidette ujamaa con varie figure aggrappate l’una all’altra in cui prevalgono l’unità e la solidarietà sull’individuo –, dobbiamo renderci conto che siamo, tutti, parte di uno stesso tronco. Voi siete stati in grado di capirlo e quest’ascolto vi ha portato a cercare i mezzi sostenibili nella ricerca di energia, nonché nella raccolta e riserva di acqua; le vostre opzioni a basso impatto ambientale sono un modello virtuoso, un esempio da seguire vista l’urgenza imposta dal deterioramento del pianeta.
Il testo del Buon Samaritano termina con il ferito accompagnato alla locanda, parte del pagamento consegnata al locandiere e la promessa del rimanente al ritorno. Donne come Cacilda, i circa centomila bambini che possono scrivere una nuova pagina di storia liberi dall’HIV/AIDS e molte altre persone anonime che oggi sorridono perché sono state curate con dignità nella loro dignità, sono parte del pagamento che il Signore vi ha lasciato: presenze-dono, che, uscendo dall’incubo della malattia, senza nascondere la loro condizione, trasmettono speranza a molte persone; con quell’“io sogno” contagiano tanti che hanno bisogno di essere raccolti dal bordo della strada. L’altra parte vi sarà retribuita dal Signore “quando Egli ritornerà”, e questo deve riempirvi di gioia: quando noi ce ne andremo, quando voi ritornerete ai compiti quotidiani, quando nessuno vi applaudirà né loderà, continuate ad accogliere quelli che vengono, andate a cercare i feriti e gli sconfitti nelle periferie... Non dimentichiamo che i loro nomi, scritti nel cielo, hanno accanto un’iscrizione: questi sono i benedetti del Padre mio. Rinnovate gli sforzi, perché qui si possa continuare a “dare alla luce” la speranza. Qui si dà alla luce la speranza.
Dio benedica voi, cari malati e familiari, e coloro che vi assistono con tanto affetto e vi incoraggiano ad andare avanti. Che Dio vi benedica.
[01356-IT.02] [Testo originale: Portoghese]
Traduzione in lingua francese
Chers frères et sœurs,
Merci beaucoup pour l’accueil chaleureux et fraternel ainsi que pour les paroles de Cacilda. Merci pour ta vie et pour ton témoignage, signe que ce Centre de santé polyvalent – Saint Gilles de Zimpeto – est une manifestation de l’amour de Dieu, toujours prêt à insuffler la vie et l’espérance où abondent la mort et la souffrance.
Je salue cordialement les responsables, les agents de santé, les malades ainsi que leurs proches, et toutes les personnes présentes. En voyant comment vous traitez et accueillez avec compétence, professionnalisme et amour tant de personnes souffrantes, particulièrement les malades du SIDA/HIV, surtout les femmes et les enfants, me vient à l’esprit la parabole du bon Samaritain.
Tous ceux qui sont passés par ici, tous ceux qui arrivent, désespérés et angoissés, sont comme cet homme abandonné au bord de la route. Et ici, vous n’êtes pas passés à distance, vous n’avez pas poursuivi votre route comme l’ont fait d’autres (le lévite et le prêtre). Ce Centre nous montre que quelqu’un s’est arrêté et a senti de la compassion; celui-là n’a pas cédé à la tentation de dire ‘‘il n’y a rien à faire’’, ‘‘il est impossible de combattre ce fléau’’ et il a le courage de chercher des solutions. Vous, comme l’a dit Cacilda, vous avez écouté ce cri silencieux, presqu’inaudible, d’innombrables femmes, de tant de personnes qui vivaient dans la honte, marginalisées, jugées par tous. C’est pourquoi dans cette maison vous avez étendu l’accueil– où vit le Seigneur avec ceux qui gisent au bord de la route – aux malades du cancer, de tuberculose et à des centaines de personnes souffrant de malnutrition, surtout des enfants et des jeunes.
Ainsi, toutes les personnes qui, de diverses manières, font partie de la communauté de ce Centre de santé deviennent une expression du Cœur de Jésus, pour que nul ne pense «que son cri s’est perdu dans le vide. [C’est un signe de solidarité avec] tous ceux qui sont dans le besoin, afin qu’ils ressentent la présence active d’un frère et d’une sœur. On ne répond pas aux besoins des pauvres par procuration, mais [par un engagement personnel] en écoutant leur cri et en s’engageant personnellement. La sollicitude des croyants ne peut pas se résumer à une assistance - même si elle est nécessaire et providentielle dans un premier temps - mais appelle cette ‘‘attention aimante’’ qui honore l’autre en tant que personne et recherche son bien» (Message pour la 2ème journée mondiale des pauvres, 18 novembre 2018, n. 3). Entendre ce cri vous a amenés à vous rendre compte qu’un traitement médical, même nécessaire, ne suffisait pas: pour cela, vous avez examiné la question dans son ensemble pour restaurer la dignité des femmes et des enfants, en les aidant à concevoir un avenir meilleur.
Dans cet immense champ, qui s’est progressivement ouvert à vous grâce à l’‘‘écoute’’ continue, vous avez également fait l’expérience de vos limites, du manque de moyens de toutes sortes. Le programme, que vous avez mis en place et connecté à d’autres parties du monde, est un exemple d’humilité, de reconnaissance de vos limites et de créativité dans la mise en réseau. L’engagement gratuit et volontaire de tant de personnes de diverses professions qui, depuis des années, à travers la télémédecine, ont apporté leur précieuse contribution afin de former des opérateurs locaux, cet engagement comporte en lui-même une immense valeur humaine et évangélique.
Il est par ailleurs merveilleux de constater comment cette écoute des plus fragiles parmi les pauvres, des malades, nous met en contact avec une autre partie du monde fragile: je pense aux «symptômes de maladie que nous observons dans le sol, dans l’eau, dans l’air et dans les êtres vivants. C’est pourquoi, parmi les pauvres les plus abandonnés et maltraités, se trouve notre terre opprimée et dévastée, qui ‘‘gémit en travail d’enfantement’’ (Rm 8, 22)» (Laudato si’, n. 2). Comme l’enseignent les sculptures de l’art makonde, les ujamaa représentant diverses figures serrées les unes contre les autres où prévaut l’union et la solidarité sur l’individualisme, nous devons nous rendre compte que nous faisons tous partie d’un même tronc. Vous avez été capables de le comprendre, et cette écoute vous a conduits à rechercher des moyens conséquents pour l’approvisionnement d’énergie ainsi que pour la collecte et la réserve d’eau. Vos options à faible impact environnemental constituent un modèle vertueux, un exemple à suivre face à l'urgence imposée par la dégradation de la planète.
Le texte du Bon Samaritain se termine, en rapportant que celui-ci laisse l’homme blessé dans l’‘‘auberge’’, en remettant à l’aubergiste une partie du paiement et en promettant de verser le reste à son retour. Des femmes comme Cacilda, les presque cent mille enfants qui peuvent écrire une nouvelle page d’histoire sans VIH / sida, et de nombreuses autres personnes anonymes qui sourient aujourd’hui, parce qu’elles ont été traitées avec dignité dans leur dignité, font partie de l’acompte que le Seigneur vous a versé: des présences-cadeaux qui, sortant du cauchemar de la maladie, sans cacher leur condition, communiquent l’espérance à beaucoup de personnes; par ce ‘‘je rêve’’, elles transmettent l’espérance à tant de gens qui ont besoin d’être recueillis du bord de la route. L’autre partie vous sera versée par le Seigneur ‘‘à son retour’’, et cela devrait vous combler de joie : lorsque nous serons partis, lorsque vous reprendrez vos tâches quotidiennes, lorsque personne ne vous applaudira ni ne vous exaltera, continuez à recevoir ceux qui viennent, allez à la recherche des blessés et des vaincus dans les périphéries... N'oublions pas que leurs noms, écrits dans les cieux, portent une inscription : voici les bénis de mon Père. Renouvelez vos efforts, en permettant que d’ici on continue à ‘‘donner le jour’’ à l’espérance. Ici, on donne le jour à l’espérance!
Que Dieu vous bénisse, chers malades et proches, ainsi que ceux qui vous assistent avec tant d’affection et vous encouragent à continuer! Que Dieu vous bénisse!
[01356-FR.02] [Texte original: Portugais]
Traduzione in lingua inglese
Dear Brothers and Sisters,
I am grateful for your warm and fraternal welcome and I thank Cacilda for her kind words. Thank you too, for your lives and witness, which show that this multi-purpose health centre – Santo Egídio de Zimpeto - is a sign of the love of God, who is ever ready to bring life and hope wherever death and suffering abound.
I cordially greet the director, the healthcare workers, the patients and their families, and all those present. Seeing the competence, professionalism and love with which you receive and care for so many suffering persons, particularly patients with HIV-AIDS, and especially mothers and children, makes me think of the parable of the Good Samaritan.
All those who come here, with despair and anguish, are like the man lying on the side of the road. Those of you here have refused to walk by or continue on your way like others (the Levite and the priest). This Centre shows us that there are always people ready to stop and feel compassion, who do not yield to the temptation to say “There is nothing to be done” or “It’s impossible to fight this scourge”. Instead, you have set about finding solutions. As Cacilda mentioned, you have heeded the silent, almost inaudible, cry of countless women, so many of them living in shame, marginalized and judged by all. That is why you opened this house, where the Lord lives with those lying on the side of the road – to those suffering from cancer or tuberculosis, and to hundreds of the malnourished, especially children and young people.
All of you who in various ways are part of this healthcare community thus become a sign of the heart of Jesus, so that no one will think “that his or her cry has gone unheard”. You are “a sign of sharing with those in need, and you enable them to sense the active presence of a brother or a sister. The poor do not need intermediaries, but the personal involvement of all those who hear their cry. The concern of believers in their regard cannot be limited to a kind of assistance – as useful and as providential as this may be in the beginning – but requires a loving attentiveness that honours the person as such and seeks out his or her best interests” (Message for the 2018 World Day of the Poor, 18 November 2018, 3). Hearing this cry has made you realize that medical treatment, however necessary, is not enough. So you deal with the problem in its entirety, restoring dignity to women and children, and helping to point them towards a better future.
In this immense enterprise, thanks to your continual “listening” you too have come to experience your limitations and overall lack of means. The programme that you have set in place, which connects you with other places in the world, is an example both of humility, in recognition of your limits, and of creativity, since you are now part of a larger network. The free and voluntary commitment of so many persons in different fields, who have generously cooperated to train local operators, has enormous human and evangelical value.
At the same time, it is wonderful to see how this “listening” to the most vulnerable of the poor, the sick, puts us in contact with another part of our vulnerable world. I think of the “symptoms of sickness evident in the soil, in the water, in the air and in all forms of life… the earth herself, burdened and laid waste, is among the most abandoned and maltreated of our poor; she ‘groans in travail’ (Rom 8:22)” (Laudato Si’, 2). The sculptures of Makonde art, the ujamaa, in which various figures cling to one another and where unity and solidarity prevail over the individual, help us to see that we all come from the same stock. You have recognized this and your listening is leading you to find sustainable means in the search for energy and for gathering and storing supplies of water. Your concern for low environmental impact is a virtuous model, an example to be followed, in the light of the urgent situation created by the deterioration of our planet.
The parable of the Good Samaritan ends with his bringing the wounded man to an inn and entrusting the innkeeper with part of the expenses and a promise to pay the remainder upon his return. Women like Cacilda, the approximately 100,000 children who can write a new page of history free of HIV-AIDS, and all those nameless persons who today smile because they have been cured with dignity in their dignity, are part of the payment that the Lord has left with you. Having emerged from the nightmare of suffering, and without concealing their condition, they are now a sign of hope for many persons. Their willingness to dream can serve as an inspiration to many people lying on the wayside who need a welcoming hand. For your part, you will be repaid by the Lord “when he returns”, and this should fill you with joy. As we leave this place, as you return to your daily tasks, where no one praises or applauds you, keep receiving those who come to you, go out and look for the wounded and helpless in the peripheries… Let us not forget that their names are written in heaven with the inscription: “These are the blessed of my Father”. Renew your efforts to ensure that this hospital will always be a place that gives birth to hope. Here hope is born.
May God bless you, dear patients and family members, and all those who assist you with such great love and who encourage you to persevere. God bless you.
[01356-EN.02] [Original text: Portuguese]
Traduzione in lingua tedesca
Liebe Brüder und Schwestern!
Herzlichen Dank für den warmherzigen und brüderlichen Empfang und besonders für deine Worte, Cacilda. Danke für dein Leben und dein Zeugnis, die zum Ausdruck bringen, dass das medizinische Zentrum „Sankt Ägidius“ in Zimpeto ein Beweis der Liebe Gottes ist, immer bereit, Leben und Hoffnung einzuhauchen, wo Tod und Leid herrschen.
Von Herzen grüße ich die Verantwortlichen, das Pflegepersonal, die Kranken mit ihren Familien und alle hier Anwesenden. Wenn ich sehe, mit wieviel Kompetenz, Professionalität und Liebe ihr so viele Kranke, konkret gesagt, mit AIDS/HIV infizierte Personen aufnehmt, besonders Frauen und Kinder, da fällt mir das Gleichnis vom Barmherzigen Samariter ein.
Alle, die hier gewesen sind; alle, die von Angst und Verzweiflung erfüllt hier ankommen, ähneln jenem Menschen [aus dem Gleichnis], den man am Straßenrand liegengelassen hatte. Und ihr seid nicht vorübergegangen, ihr habt euren Weg nicht fortgesetzt, wie es andere – der Levit und der Priester – getan haben. Dieses Zentrum zeigt uns, dass es jemand gab, der stehengeblieben ist und Mitgefühl verspürt hat, der nicht der Versuchung nachgegeben hat zu sagen, dass „da nichts zu machen“ ist, dass es „unmöglich ist, dieses Übel zu bekämpfen“ und der sich mit Mut dafür eingesetzt hat, Lösungen zu finden. Wie Cacilda sagte, habt ihr jenen leisen Schrei vernommen, der fast unhörbar von so vielen Frauen, von so vielen Menschen ausgeht, die in der Schande, an den Rand gedrängt und von allen verurteilt leben. Deshalb habt ihr auch dieses Haus vergrößert – wo der Herr mit denen lebt, die sich am Straßenrand befinden, den Krebskranken, den Tuberkulosekranken und den Hunderten von unterernährten Personen, insbesondere Kindern und Jugendlichen.
So werden alle Menschen, die auf verschiedenen Ebenen zu dieser Sanitätseinheit gehören, Ausdruck des Herzens Jesu, auf dass keiner glaube, »ihr Schrei sei auf taube Ohren gestoßen. […] [Es ist] ein Zeichen des Mitfühlens mit den Notleidenden, damit sie die tätige Anwesenheit eines Bruders und einer Schwester spüren. Nicht eine Weitervermittlung brauchen die Armen, sondern das persönliche Engagement jener, die ihren Schrei hören. Die Fürsorge der Gläubigen kann sich nicht auf eine Art Hilfestellung beschränken – auch wenn diese in einem ersten Moment notwendig und willkommen ist –, sondern erfordert jene liebevolle Zuwendung, die den anderen als Person achtet und auf sein Wohl bedacht ist« (Botschaft zum 2. Welttag der Armen, 18. November 2018, 3). Dieser Schrei hat euch dazu gebracht zu verstehen, dass die notwendige medizinische Behandlung nicht ausreicht; ihr habt das Problem in seiner ganzen Tragweite erkannt, den Frauen und den Kindern ihre Würde zurückzugeben und ihnen zu helfen, eine bessere Zukunft ins Auge zu fassen.
Bei diesem gewaltigen Vorhaben, das sich dank eures beständigen Hörens vor euch aufgetan hat, erfuhrt ihr auch eure Grenzen: das Fehlen von Mitteln jeder Art. Das von euch entwickelte Programm hat euch mit anderen Orten in der Welt verbunden. Es ist zugleich ein Beispiel für die Demut, eure Grenzen erkannt zu haben, und für die Kreativität, in einem Netzwerk zu arbeiten. Der selbstlose und freiwillige Einsatz vieler Menschen verschiedener Berufssparten, die ihre wertvolle Hilfe zur Verfügung gestellt haben, um lokale Fachkräfte auszubilden, stellt für sich selbst schon einen großen menschlichen und evangeliumsgemäßen Wert dar.
Zugleich ist es wunderbar zu sehen, wie dieses Hören auf die Schwächsten der Armen, auf die Kranken, uns mit einem anderen brüchigen Teil der Welt in Kontakt bringt: Ich denke hier an die »Krankheitssymptome […], die wir im Boden, im Wasser, in der Luft und in den Lebewesen bemerken. Darum befindet sich unter den am meisten verwahrlosten und misshandelten Armen diese unsere unterdrückte und verwüstete Erde, die „seufzt und in Geburtswehen liegt“ (Röm 8,22)« (Enzyklika Laudato si‘, 2). Wie uns die Skulpturen der Kunst der Makonde lehren – die sogenannten ujamaa, die aus mehreren sich aneinander klammernden Figuren bestehen und den Vorrang der Einheit und der Solidarität über das Individuum deutlich machen –, so müssen wir uns bewusstwerden, dass wir alle Teil desselben Baumes sind. Ihr habt das verstanden, und die Fähigkeit zuzuhören hat euch dazu gebracht, nachhaltige Mittel bei der Suche nach Energie sowie der Wassernutzung und -speicherung einzusetzen. Eure Optionen für geringe Umweltbelastung sind ein ausgezeichnetes Modell, ein nachahmenswertes Beispiel angesichts der bedrohlichen Beschädigung unseres Planeten.
Das Gleichnis vom Barmherzigen Samariter endet damit, dass der Verletzte in eine Herberge gebracht wird, dass dem Wirt ein Teil des Aufwands bereits bezahlt und ihm versichert wird, die ausstehende Summe bei der Rückkehr zu begleichen. Frauen wie Cacilda, ungefähr hunderttausend Kinder, die eine neue Seite in der Geschichte, frei von HIV/Aids, aufschlagen können, und viele andere unbekannte Menschen, die heute lächeln, weil sie würdig in ihrer Würde behandelt wurden; sie alle sind Teil der Bezahlung, die der Herr uns zurückgelassen hat. Sie sind dem Alptraum des Leids entronnen und, ohne ihren Zustand zu verbergen, sind sie durch ihr Sein nun zu einem Hoffnungszeichen für viele Menschen geworden. Mit jenem „Ich träume“ stecken sie viele Menschen an, die noch vom Straßenrand aufgesammelt werden müssen. Was euch betrifft, werdet ihr vom Herrn entlohnt werden, „wenn er wiederkommt“, und das soll euch mit Freude erfüllen: Wenn wir abreisen und wenn ihr zu euren alltäglichen Aufgaben zurückkehrt, wenn keiner euch applaudiert oder lobt, nehmt weiter die auf, die zu euch kommen, und sucht die Verletzten und Niedergeschlagenen an den Rändern … Vergessen wir nicht, dass ihre Namen im Himmel verzeichnet sind und die Beschriftung tragen: „Gesegnete meines Vaters“. Erneuert euren Einsatz, damit man hier weiter die Hoffnung „zur Welt bringen“ kann. Hier wird Hoffnung zur Welt gebracht.
Gott segne euch, liebe Kranke und liebe Angehörige wie auch alle, die euch mit so viel Zuneigung beistehen und euch ermutigen weiterzumachen. Gott segne euch!
[01356-DE.02] [Originalsprache: Portugiesisch]
Traduzione in lingua spagnola
Queridos hermanos y hermanas:
Muchas gracias por la calurosa y fraterna acogida; también por las palabras de Cacilda. Gracias por tu vida y testimonio, expresión de que este Centro de salud polivalente “San Egidio” de Zimpeto es la manifestación del amor de Dios, siempre dispuesto a soplar vida y esperanza donde abunda la muerte y el dolor.
Saludo cordialmente a los responsables, a los operadores sanitarios, a los enfermos y a sus familiares, y a todos los presentes. Al ver cómo curan y acogen con competencia, profesionalismo y amor a tantas personas enfermas, en particular a enfermos de SIDA/HIV, especialmente mujeres y niños, recuerdo la parábola del Buen Samaritano.
Todos los que han pasado por aquí, todos los que vienen con desesperación y angustia, son como ese hombre tirado al borde del camino. Y, aquí, vosotros no habéis pasado de largo, no habéis seguido vuestro camino como lo hicieron otros —el levita y el sacerdote—. Este centro nos muestra que hubo quienes se detuvieron y sintieron compasión, que no cedieron a la tentación de decir “no hay nada por hacer”, “es imposible combatir esta plaga”, y se animaron a buscar soluciones. Vosotros, como lo ha expresado Cacilda, habéis escuchado ese grito silencioso, apenas audible, de infinidad de mujeres, de tantos que vivían con vergüenza, marginados, juzgados por todos. Por eso habéis sumado a esta casa, donde el Señor vive con los que están al costado del camino, a los que padecen cáncer, tuberculosis, y a centenares de desnutridos, especialmente niños y jóvenes.
Así todas las personas que de diversas maneras participan de esta comunidad sanitaria se vuelven expresión del Corazón de Jesús para que nadie piense «que su grito se ha perdido en el vacío [...], son un signo de cercanía para cuantos pasan necesidad, para que sientan la presencia activa de un hermano o una hermana. Lo que no necesitan los pobres es un acto de delegación, sino el compromiso personal de aquellos que escuchan su clamor. La solicitud de los creyentes no puede limitarse a una forma de asistencia —que es necesaria y providencial en un primer momento—, sino que exige esa “atención amante”, que honra al otro como persona y busca su bien» (Mensaje en la II Jornada Mundial de los pobres, 18 noviembre 2018, n. 3). Escuchar este grito os ha hecho entender que no bastaba con un tratamiento médico, ciertamente necesario; por eso habéis mirado la integralidad de la problemática, para restituir la dignidad de mujeres y niños, ayudándolos a proyectar un futuro mejor.
En este amplio campo que se os ha ido abriendo por escuchar de manera constante, también habéis experimentado vuestra limitación, la carencia de medios de toda índole. El programa, que habéis desarrollado y que os ha conectado con otros lugares del mundo, es un ejemplo de humildad por haber reconocido los propios límites, y de creatividad para trabajar en redes.
El empeño gratuito y voluntario de tantas personas de diversas profesiones que, durante años, han prestado su valiosa tarea para formar operadores locales, tiene en sí mismo un enorme valor humano y evangélico.
Al mismo tiempo, es asombroso constatar cómo esta escucha de los más frágiles, de los pobres, los enfermos, nos pone en contacto con otra parte del mundo frágil: pienso en «los síntomas de enfermedad que advertimos en el suelo, en el agua, en el aire y en los seres vivientes. Por eso, entre los pobres más abandonados y maltratados, está nuestra oprimida y devastada tierra, que “gime y sufre dolores de parto” (Rm 8,22)» (Carta enc. Laudato si’, 2). Como en esas esculturas del arte makonde —las llamadas ujamaa con varias figuras enlazadas entre sí donde prevalece la unión y la solidaridad sobre el individuo—, tenemos que darnos cuenta que somos todos parte de un mismo tronco. Vosotros habéis sabido percibirlo, y esa escucha os ha llevado a buscar modos sustentables en la procura de energía, también de acopio y reserva de agua; sus opciones de bajo impacto ambiental son un modelo virtuoso, un ejemplo a seguir ante la urgencia del deterioro del planeta.
El texto del Buen Samaritano concluye dejando al sufriente en la “posada”, entregándole algo de la paga y prometiéndole el resto a su vuelta. Mujeres como Cacilda, y como esos aproximadamente 100.000 niños que pueden escribir una nueva página de la historia libres de HIV/SIDA, así como de tantos otros anónimos que hoy sonríen porque fueron curados con dignidad en su dignidad, son parte de la paga que el Señor os ha dejado: regalos de presencias que, saliendo de la pesadilla de la enfermedad, sin ocultar su condición, transmiten la esperanza a muchas personas, contagian ese “yo sueño” a tantos que necesitan que los recojan del borde camino. La otra parte la retribuirá el Señor “cuando Él vuelva”, y eso os tiene que llenar de alegría: cuando nosotros nos vayamos, cuando volváis a la tarea cotidiana, cuando nadie os aplauda ni os considere, seguid recibiendo a los que llegan, salid a buscarlos heridos y derrotados en las periferias. No olvidemos que sus nombres, escritos en el cielo, tienen al lado una inscripción: estos son los benditos de mi Padre. Renovad los esfuerzos y permitid que aquí se siga “pariendo” la esperanza. Aquí se pare la esperanza.
Dios os bendiga, queridos enfermos y familiares, y a cuantos os asisten con mucho cariño y os animan a continuar. Que Dios os bendiga.
[01356-ES.02] [Texto original: Portugués]
Traduzione in lingua polacca
Drodzy bracia i siostry!
Bardzo dziękuję za ciepłe i braterskie powitanie, a także za słowa Cacildy. Dziękuję za twoje życie i świadectwo, wyrażające, że to wielofunkcyjne centrum zdrowia „Sant’Egidio” w Zimpeto jest przejawem Bożej miłości, zawsze gotowej tchnąć życie i nadzieję tam, gdzie obfituje śmierć i cierpienie.
Serdecznie pozdrawiam odpowiedzialnych, pracowników służby zdrowia, chorych z ich rodzinami oraz wszystkich obecnych. Widząc, z jak wielką kompetencją, profesjonalizmem i miłością troszczycie się i przyjmujecie wielu chorych, konkretnie osoby z AIDS/HIV, zwłaszcza kobiety i dzieci, przychodzi mi na myśl przypowieść o miłosiernym Samarytaninie.
Wszyscy, którzy tu przechodzili, wszyscy, którzy przybywają ogarnięci rozpaczą i udręką, przypominają człowieka porzuconego na skraju drogi. A wy tutaj nie przeszliście z daleka, nie poszliście dalej, tak jak inni (lewita i kapłan). To Centrum ukazuje nam, że byli tacy, którzy zatrzymali się i odczuli współczucie, którzy nie ulegli pokusie powiedzenia „nie ma nic do zrobienia”, „nie można zwalczyć tej plagi” i odważnie zadali sobie trud, by szukać rozwiązań. Wy, jak powiedziała Cacilda, usłyszeliście milczące, niemal niezauważalne wołanie wielu kobiet, tylu osób żyjących ze wstydem, zepchniętych na margines, osądzanych przez wszystkich. Właśnie dlatego poszerzyliście ten dom - w którym Pan mieszka wraz z tymi, którzy są na skraju drogi – o chorych na raka, na gruźlicę i setki osób niedożywionych, zwłaszcza dzieci i młodzież.
W ten sposób wszystkie osoby, które na różnych poziomach są częścią tej wspólnoty służby zdrowia, stają się wyrazem Serca Jezusa, aby nikt nie myślał „że ich wołanie padło w próżnię [...] [Są] znakiem dzielenia się dla potrzebujących, by poczuli aktywną obecność brata i siostry. Biednym nie jest potrzebne upoważnienie, ale osobiste zaangażowanie tych, którzy słyszą ich wołanie. Troska wierzących nie może ograniczać się do pewnej formy pomocy - chociaż na początku jest ona konieczna i opatrznościowa - ale wymaga owej «wrażliwości miłości», która szanuje drugiego jako osobę i zabiega o jego dobro” (Orędzie na II Światowy Dzień Ubogich, 18 listopada 2018, n. 3, w: L’Osservatore Romano, wyd. polskie n. 7(404)/2018, s. 4). Usłyszenie tego krzyku doprowadziło was do zrozumienia, że samo leczenie, choć konieczne, nie wystarcza. Dlatego rozważyliście problematykę w całości, by przywrócić godność kobietom i dzieciom, pomagając im zaplanować lepszą przyszłość.
Na tym ogromnym polu, które otworzyło się przed wami dzięki nieustannemu słuchaniu, doświadczyliście także waszego ograniczenia: braku wszelkiego rodzaju środków. Program, który opracowaliście i który powiązał was z innymi miejscami na świecie, jest wzorem pokory ze względu na uznanie waszych ograniczeń oraz kreatywności, by pracować zespołowo. Bezinteresowne i dobrowolne zaangażowanie wielu osób różnych specjalności, które od wielu lat udzieliły cennej współpracy w szkoleniu podmiotów lokalnych zawiera samo w sobie ogromną wartość humanitarną i ewangeliczną.
Jednocześnie wspaniale jest widzieć, w jaki sposób to słuchanie najsłabszych z ubogich, chorych, łączy nas z inną delikatną częścią świata: myślę o „objawach choroby, jaką dostrzegamy w glebie, wodzie, powietrzu i w istotach żywych. Z tego względu wśród najbardziej zaniedbanych i źle traktowanych znajduje się nasza uciskana i zdewastowana ziemia, która «jęczy i wzdycha w bólach rodzenia» (Rz 8, 22)” (Enc. Laudato si', 2). Jak nauczają rzeźby sztuki ludów Makonde - tak zwane ujamaa z różnymi postaciami przylegającymi do siebie, w których dominuje jedność i solidarność nad jednostką - musimy zdać sobie sprawę, że wszyscy jesteśmy częścią tego samego pnia. Udało się to wam zrozumieć, a owo słuchanie doprowadziło was do poszukiwania środków zrównoważonych w poszukiwaniu energii, a także w gromadzeniu zapasów wody. Wasze wybory o niskim oddziaływaniu na środowisko są szlachetnymi wzorcami, przykładem do naśladowania, biorąc pod uwagę pilną potrzebę narzuconą przez degradację stanu planety.
Tekst przypowieści o miłosiernym Samarytaninie kończy się opisem, że zawiózł on rannego do gospody, przekazał część zapłaty gospodarzowi, z obietnicą zapłacenia reszty po powrocie. Kobiety takie jak Cacilda, około stu tysięcy dzieci, które mogą napisać nową kartę historii, wolne od wirusa HIV i choroby AIDS oraz wiele innych anonimowych osób, które dziś się uśmiechają, bo zostały godnie uleczone, z poszanowaniem ich godności osobistej, to część zapłaty, którą Pan wam zostawił: obecność-dar, która wychodząc z koszmaru choroby, nie ukrywając ich kondycji, przekazuje wielu osobom nadzieję. Tym „marzeniem” zarażają wielu, których trzeba zabrać ze skraju drogi. Druga część zostanie wam wypłacona przez Pana „kiedy powróci”, a to musi napełnić was radością: kiedy odejdziemy, kiedy powrócicie do codziennych zadań, gdy nikt nie będzie was oklaskiwał ani chwalił, nadal przyjmujcie tych, którzy przychodzą, idźcie szukać rannych i przegranych na obrzeżach... Nie zapominajmy, że ich imiona, zapisane w niebie, mają z boku napis: są błogosławionymi Ojca mojego. Ponówcie wysiłki, aby można było tutaj nadal „rodzić” nadzieję. Tu wydaje się na świat nadzieję.
Niech Bóg was błogosławi, drodzy chorzy i krewni oraz tych, którzy wam pomagają z taką miłością i zachęcają was do pójścia naprzód. Niech Bóg wam błogosławi!
[01356-PL.02] [Testo originale: Portoghese]
[B0665-XX.02]