Sala Stampa

www.vatican.va

Sala Stampa Back Top Print Pdf
Sala Stampa


Viaggio Apostolico di Sua Santità Francesco in Mozambico, Madagascar e Maurizio (4-10 settembre 2019) – Incontro interreligioso con i Giovani, 05.09.2019


Incontro Interreligioso con i giovani nel Pavillon Maxaquene

Discorso del Santo Padre

Traduzione in lingua italiana

Traduzione in lingua francese

Traduzione in lingua inglese

Traduzione in lingua tedesca

Traduzione in lingua spagnola

Traduzione in lingua polacca

Traduzione in lingua araba

Alle ore 11.00 di questa mattina, dopo aver lasciato il Palazzo Ponta Vermelha, dove si è svolto l’Incontro con le Autorità, i Membri del Corpo Diplomatico e i Rappresentanti della Società Civile, il Santo Padre Francesco è giunto in papamobile al Pavillon Maxaquene per l’Incontro interreligioso alla presenza di circa 6.000 giovani.

Al Suo arrivo il Papa è stato accolto dall’Arcivescovo di Maputo, S.E. Mons. Francisco Chimoio, O.F.M. Cap., che lo ha accompagnato all’ingresso principale del padiglione.

Dopo il canto iniziale, gli interventi musicali, le coreografie e le danze di giovani del consiglio cristiano, di giovani musulmani, di giovani indù e di giovani cattolici e di un gruppo del Consiglio delle Religioni del Mozambico (Corem), un giovane appartenente alla società civile ha rivolto un breve saluto al Santo Padre e gli ha consegnato un dono. Quindi Papa Francesco ha pronunciato il Suo discorso.

Al termine il Santo Padre ha salutato i leader religiosi e un gruppo di giovani ed è rientrato alla Nunziatura Apostolica di Maputo.

Pubblichiamo di seguito il discorso che il Papa ha rivolto ai presenti nel corso dell’Incontro:

Discorso del Santo Padre

Muito obrigado pelas vossas palavras de boas vindas; muito obrigado também por todas e cada uma das representações artísticas que vós realizastes. Obrigado! Muito obrigado! Sentai-vos, ponde-vos à vontade!

Vós me agradecíeis por ter reservado tempo para estar convosco. Que pode haver de mais importante para um pastor do que estar com os seus? Que há de mais importante para um pastor do que encontrar-se com os seus jovens? Vós sois importantes! Precisais de o saber, precisais de acreditar nisto: vós sois importantes! Mas revestidos de humildade. Porque não sois apenas o futuro de Moçambique, ou da Igreja e da humanidade; vós sois o presente, sois o presente de Moçambique: com tudo o que sois e fazeis, já estais a contribuir para ele com o melhor que hoje podeis dar. Sem o vosso entusiasmo, os vossos cânticos, a vossa alegria de viver, que seria desta terra? Sem os jovens, que seria desta terra? Ver-vos cantar, sorrir, dançar, no meio de todas as dificuldades que viveis – como justamente nos contavas tu – é o melhor sinal de que vós, jovens, sois a alegria desta terra, a alegria de hoje. A alegria de hoje, a esperança de amanhã.

A alegria de viver é uma das vossas caraterísticas principais, a caraterística dos jovens é a alegria de viver, como se pode sentir aqui! Alegria partilhada e celebrada que reconcilia e se torna no melhor antídoto capaz de desmentir todos aqueles que vos querem dividir – atenção àqueles que vos querem dividir! –, que vos querem fragmentar, que vos querem contrapor. Como faz falta, nalgumas regiões do mundo, a vossa alegria de viver! Como faz falta, nalgumas regiões do mundo, a alegria de estar unidos, de viver juntos, de diversas confissões religiosas, mas filhos da mesma terra, unidos.

Obrigado por estarem aqui as diferentes confissões religiosas. Obrigado por vos animardes a viver o desafio da paz e a celebrá-la hoje como família que somos, incluindo aqueles que, não fazendo parte de nenhuma tradição religiosa, também estão a participar... Estais a fazer a experiência de que todos somos necessários: com as nossas diferenças, mas necessários. As nossas diferenças são necessárias. Vós juntos – assim como estais – sois o palpitar deste povo, onde cada qual desempenha um papel fundamental, num único projeto criador, para escrever uma nova página da história, uma página cheia de esperança, cheia de paz, cheia de reconciliação. E eu pergunto-vos: Quereis escrever esta página? [respondem: sim!] Quando entrei, cantastes: «reconciliação. Podeis repeti-lo? [todos: Reconciliação! Reconciliação! Reconciliação!] Obrigado.

Fizestes-me duas perguntas, mas acho que estão ligadas. Uma delas: Como fazer para que os sonhos dos jovens se tornem realidade? A outra: Como fazer para que os jovens se envolvam nos problemas que afligem o país? Vós, hoje, apontastes-nos o caminho e ensinastes-nos como responder a estas perguntas.

Exprimistes com a arte, com a música, com a riqueza cultural que mencionavas com tanta ufania… exprimistes uma parte dos vossos sonhos e realidades; em todas elas, se mostram modos diferentes de assomar-se ao mundo e fixar o horizonte: sempre com olhos cheios de esperança, cheios de futuro e cheios de ilusões. Vós, jovens, caminhais com dois pés como os adultos, de igual modo, mas, ao contrário dos adultos que os mantêm paralelos, vós colocais um atrás do outro, pronto a arrancar, a partir. Vós tendes tanta força, sois capazes de olhar com tanta esperança! Sois uma promessa de vida, que traz em si um certo grau de tenacidade (cf. Francisco, Exort. ap. pós-sinodal Christus vivit, 139), que não deveis perder nem deixar que vo-la roubem.

Como realizar os sonhos, como contribuir para a solução dos problemas do país? Gostaria de vos dizer: não deixeis que vos roubem a alegria. Não deixeis que vos roubem a alegria. Não deixeis de cantar e expressar-vos de acordo com todo o bem que aprendestes das vossas tradições. Que não vos roubem a alegria! Como vos disse, há muitas maneiras de olhar o horizonte, o mundo, de olhar o presente e o futuro. Há muitos modos. Mas é preciso acautelar-se de duas atitudes que matam os sonhos e a esperança. Quais são? A resignação e a ansiedade. Duas atitudes que matam os sonhos e a esperança. São grandes inimigas da vida, porque normalmente nos impelem por um caminho fácil, mas de derrota; e a portagem que pedem para passar é muito cara; é muito cara. Paga-se com a própria felicidade e até com a própria vida. Resignação e ansiedade: duas atitudes que roubam a esperança. Quantas promessas de felicidade vazias, que acabam por mutilar vidas! Certamente conheceis amigos, conhecidos – ou pode mesmo ter acontecido convosco – que, em momentos difíceis, dolorosos, quando parece que tudo lhes cai em cima, ficam prostrados na resignação. É preciso estar muito atento, porque esta atitude «faz com que te encaminhes pela estrada errada. Quando tudo parece estar parado e estagnante, quando os problemas pessoais nos preocupam, as dificuldades sociais não encontram as devidas respostas, não é bom dar-se por vencido» (Ibid., 141). Não é bom dar-se por vencido! Repeti: Não é bom dar-se por vencido [todos: Não é bom dar-se por vencido!].

Sei que a maioria de vós gosta muito de futebol. É verdade? Recordo um grande jogador destas terras que aprendeu a não se resignar: Eusébio da Silva, a pantera negra. Começou a sua vida desportiva no clube desta cidade. As graves dificuldades económicas da sua família e a morte prematura do seu pai não impediram os seus sonhos; a sua paixão pelo futebol fê-lo perseverar, sonhar e continuar para diante... chegando a marcar 77 golos para este clube de Maxaquene! Não faltavam razões para se resignar… e ele não se resignou.

O seu sonho e vontade de jogar lançaram-no para diante, mas igualmente importante foi encontrar com quem jogar. Bem sabeis que, numa equipa, não são todos iguais, nem fazem as mesmas coisas ou pensam da mesma maneira. Não. Cada jogador tem as suas caraterísticas, como podemos descobrir e desfrutar neste encontro: vimos de tradições diferentes e inclusive podemos falar línguas diversas, mas isto não impediu de nos encontrarmos. Muito se sofreu e continua a sofrer, porque alguns se julgam no direito de determinar quem pode «jogar» ou não: quem deve ficar «fora do campo». Um direito injusto. E passam a vida dividindo e contrapondo, e a fazer a guerra. Hoje vós, queridos amigos, sois um exemplo, sois um testemunho de como devemos agir. Testemunho de unidade, de reconciliação, de esperança. Como uma equipa de futebol. Como empenhar-se pelo país? Tal como estais a fazer agora, permanecendo unidos independentemente daquilo que vos possa diferenciar, procurando sempre a oportunidade de realizar os sonhos por um país melhor, mas… juntos. Juntos. Como é importante não esquecer que a inimizade social destrói. Juntos! [todos: a inimizade social destrói]. E uma família destrói-se pela inimizade. Um país destrói-se pela inimizade. Juntos! [todos: a inimizade social destrói]. O mundo destrói-se pela inimizade. E a inimizade maior é a guerra. Porque são incapazes de se sentar e falar. Sede capazes de criar a amizade social (cfr ibid., 169).

Recordo o provérbio que diz: «Se quiseres chegar depressa, caminha sozinho; se quiseres chegar longe, vai acompanhado». [Repetimo-lo: «Se quiseres chegar depressa, caminha sozinho; se quiseres chegar longe, vai acompanhado»] Trata-se sempre de sonhar juntos, como estais a fazer hoje. Sonhai com os outros, nunca contra os outros; sonhai como sonhastes e preparastes este encontro: todos unidos e sem barreiras. Isto faz parte da «nova página da história» de Moçambique.

Futebol, equipes, jogar juntos. Jogar juntos ensina-nos que, inimiga dos sonhos e do compromisso, não é apenas a resignação, mas também a ansiedade. Resignação e ansiedade. A ansiedade: esta «pode tornar-se uma grande inimiga, quando leva a render-nos, porque descobrimos que os resultados não são imediatos. Os sonhos mais belos conquistam-se com esperança, paciência e determinação, renunciando às pressas. Ao mesmo tempo, é preciso não se deixar bloquear pela insegurança: não se deve ter medo de arriscar e cometer erros» (Ibid., 142). É normal! As coisas mais belas formam-se com o tempo e, se algo não te saiu bem à primeira, não tenhas medo de voltar a tentar, uma vez e outra. Não tenhas medo de te equivocar! Podemos equivocar-nos mil vezes, mas não caiamos no erro de parar porque há coisas que não correram bem à primeira. O pior erro seria abandonar, por causa da ansiedade, os sonhos e a vontade de um país melhor.

Por exemplo, tendes diante dos olhos aquele belo testemunho dado por Maria Mutola, que aprendeu a perseverar, a continuar a tentar, apesar de não ver cumprido o seu anseio da medalha de ouro nos três primeiros Jogos Olímpicos que disputou; sucessivamente, na quarta tentativa, esta atleta dos 800 metros alcançou a sua medalha de ouro nas Olimpíadas de Sidney. Tentar, tentar. A ansiedade não a deixou absorta em si mesma; os seus nove títulos mundiais não a fizeram esquecer-se do seu povo, das suas raízes, mas continuou a olhar pelas crianças necessitadas de Moçambique. Como o desporto nos ensina a perseverar nos nossos sonhos!

Gostaria de acrescentar outro elemento importante. Não à ansiedade, não à resignação e aora outro elemento importante: não deixem de fora os vossos idosos.

Também os vossos idosos podem ajudar para que os vossos sonhos e aspirações não estiolem, não sejam arrebatados pelo primeiro vento da dificuldade ou da impotência. Os idosos são as nossas raízes. Podemos dizê-lo todos? Os idosos são as nossas raízes. As gerações anteriores têm muito a dizer-vos, a propor-vos. É verdade que às vezes nós, os idosos, o fazemos de forma impositiva, como advertência, metendo medo. É verdade, às vezes metemos medo ou pretendemos que façais, digais e vivais exatamente como nós. É errado. Vós tereis de fazer a vossa própria síntese, mas escutando, valorizando aqueles que vos precederam. Não foi isto o que fizestes com a vossa música? Ao ritmo tradicional de Moçambique, a marrabenta, incorporastes outros modernos, e nasceu o pandza. O que escutáveis, o que víeis cantar e dançar a vossos pais e avós, assumiste-lo como próprio. Este é o caminho que vos proponho: um caminho «feito de liberdade, entusiasmo, criatividade, horizontes novos, mas cultivando ao mesmo tempo as raízes que nutrem e sustentam» (Ibid., 184). Os idosos são as nossas raízes [todos: Os idosos são as nossas raízes].

Todos estes são pequenos elementos que podem dar-vos o apoio necessário para não vos encolherdes nos momentos de dificuldade, mas abrirdes uma brecha de esperança; brecha que vos ajudará a pôr em jogo a vossa criatividade e encontrar novos caminhos e espaços para responder aos problemas com o gosto da solidariedade.

Muitos de vós nasceram sob o signo da paz, uma paz laboriosa que passou por momentos diversos: uns mais claros e outros de provação. A paz é um processo que também vós sois chamados a fazer avançar, estendendo sempre as vossas mãos especialmente àqueles que estão a passar momentos difíceis. Grande é o poder da mão estendida e da amizade que se joga no concreto! Penso no sofrimento daqueles jovens que chegaram cheios de sonhos à procura de trabalho na cidade, e hoje estão sem teto, sem família e sem encontrar uma mão amiga. Como é importante aprendermos a ser uma mão amiga e estendida! Este gesto, o gesto da mão estendida. Todos juntos! O gesto da mão estendida [todos: o gesto da mão estendida]. Obrigado! Procurai crescer na amizade também com aqueles que pensam de maneira diferente, para que a solidariedade cresça entre vós e se torne na melhor arma para transformar a história. A solidariedade é a melhor arma para transformar a história.

Mão estendida, que nos lembra também a necessidade de nos comprometermos com o cuidado da nossa Casa Comum. Sem dúvida alguma, fostes abençoados com uma beleza natural estupenda: florestas e rios, vales e montanhas e tantas praias lindas.

Infelizmente, há poucos meses sofrestes o embate de dois ciclones, vistes as consequências do descalabro ecológico em que vivemos. Muitos abraçaram já o imperioso desafio de proteger a nossa Casa, contando-se entre eles tantos jovens. Temos um desafio: proteger a nossa Casa Comum.

Permiti que vos comunique uma última reflexão: Deus ama-vos e, com esta afirmação, estamos de acordo todas as tradições religiosas. «Para Ele, és realmente valioso; tu não és insignificante. Importa-Se contigo, porque és obra das suas mãos. (…) Porque te ama. Procura ficar um momento em silêncio, deixando-te amar por Ele. Procura calar todas as vozes e alarido interior, e para um momento nos seus braços amorosos» (Ibid., 115). Façamo-lo juntos agora [permanecem uns momentos em silêncio].

«É o amor do Senhor, que se entende mais de levantamentos que de quedas, mais de reconciliação que de proibições, mais de dar nova oportunidade que de condenar, mais de futuro que de passado» (Ibid., 116).

Eu sei que vós acreditais neste amor que torna possível a reconciliação.

Muito obrigado e, por favor, não vos esqueçais de rezar por mim.

Que Deus vos abençoe.

[01354-PO.02] [Texto original: Português]

Traduzione in lingua italiana

Tante grazie per le vostre parole di benvenuto! E grazie anche per tutte ed ognuna delle rappresentazioni artistiche che avete realizzato. Molte grazie, grazie! Sedetevi, mettetevi comodi.

Mi avete ringraziato perché ho riservato del tempo per stare con voi. Cosa può esserci di più importante per un pastore che stare con la sua gente? Cosa c’è di più importante per un pastore che incontrarsi con i suoi giovani? Voi siete importanti! Avete bisogno di saperlo, avete bisogno di crederci: voi siete importanti! Però con umiltà. Perché non siete solo il futuro del Mozambico, o della Chiesa e dell’umanità; voi siete il presente, siete il presente del Mozambico, con tutto ciò che siete e fate, state già contribuendo al presente con il meglio che oggi potete dare. Senza il vostro entusiasmo, le vostre canzoni, la vostra gioia di vivere, che sarebbe di questa terra? Senza i giovani, cosa sarebbe di questa terra? Vedervi cantare, sorridere, ballare, in mezzo a tutte le difficoltà che attraversate – come giustamente ci raccontavi tu – è il miglior segno del fatto che voi giovani siete la gioia di questa terra, la gioia di oggi, di oggi. La speranza del domani.

La gioia di vivere è una delle vostre principali caratteristiche, la caratteristica dei giovani, la gioia di vivere, come si può sentire qui! Gioia condivisa e celebrata, che riconcilia, e diventa il miglior antidoto per smentire tutti quelli che vi vogliono dividere – attenzione: che vi vogliono dividere! –, che vi vogliono frammentare, che vi vogliono contrapporre. Come si sente, in alcune regioni del mondo, la mancanza della vostra gioia di vivere! Come si sente, in alcune regioni del mondo, la gioia di essere uniti, di vivere insieme, diverse confessioni religiose, ma figli della stessa terra, uniti.

Grazie di essere qui alle diverse confessioni religiose. Grazie perché vi incoraggiate a vivere la sfida della pace e a celebrarla oggi insieme come famiglia, compresi coloro che, pur non appartenendo ad alcuna tradizione religiosa, sono venuti per partecipare... Così sperimentate che tutti siamo necessari: con le nostre differenze, ma necessari. Le nostre differenze sono necessarie. Insieme, come vi trovate adesso, voi siete il palpito di questo popolo, dove ognuno svolge un ruolo fondamentale, in un unico progetto creativo, per scrivere una nuova pagina di storia, una pagina piena di speranza, piena di pace, piena di riconciliazione. Vi chiedo: volete scrivere questa pagina? [rispondono: sì!] Quando sono entrato, avete cantato “riconciliazione”. Volete ripeterlo? [tutti: Riconciliazione! Riconciliazione! Riconciliazione!] Grazie!

Mi avete fatto due domande, ma penso che siano collegate. Una era: come fare perché i sogni dei giovani diventino realtà? E l’altra: come fare perché i giovani si coinvolgano nei problemi che affliggono il Paese? Voi, oggi, ci avete indicato la strada e ci avete insegnato come rispondere a queste domande.

L’avete detto con l’arte, con la musica, con la ricchezza culturale di cui hai parlato con tanto orgoglio…, avete espresso una parte dei vostri sogni e delle vostre realtà; in ognuna di quelle espressioni, si presentano modi diversi di affacciarvi sul mondo e guardare l’orizzonte: sempre con occhi colmi di speranza, pieni di futuro e pieno di desideri. Voi, giovani, camminate con due piedi come gli adulti, nello stesso modo; ma, a differenza degli adulti che li tengono paralleli, ne avete sempre uno davanti all’altro, pronti a partire, a scattare. Avete tanta forza, siete capaci di guardare con tanta speranza! Siete una promessa di vita, che porta in sé una tenacia (cfr Esort. ap. postsin. Christus vivit, 139), che non dovete perdere né lasciarvi rubare.

Come realizzare i sogni, come contribuire a risolvere i problemi del Paese? Mi piacerebbe dirvi: non lasciate che vi rubino la gioia! Non smettete di cantare e di esprimervi secondo tutto il bene che avete imparato dalle vostre tradizioni. Che non vi rubino la gioia! Come vi ho detto, ci sono molti modi di guardare l'orizzonte, il mondo, di guardare il presente e il futuro, ci sono molti modi. Ma bisogna stare attenti a due atteggiamenti che uccidono i sogni e la speranza. Quali sono? La rassegnazione e l’ansia. Due atteggiamenti che uccidono i sogni e la speranza. Sono grandi nemiche della vita, perché di solito ci spingono su un percorso facile ma di sconfitta; e il pedaggio che chiedono per passare è molto caro! È molto caro. Si paga con la propria felicità e persino con la propria vita. Rassegnazione e ansia: due atteggiamenti che rubano la speranza. Quante promesse vuote di felicità, che finiscono per mutilare delle vite! Sicuramente sapete di amici, conoscenti – o potrebbe essere capitato a voi – che, in momenti difficili, dolorosi, quando tutto sembra caderti addosso, restano schiacciati dalla rassegnazione. Bisogna stare molto attenti, perché questo atteggiamento «fa prendere la strada sbagliata. Quando tutto sembra fermo e stagnante, quando i problemi personali ci inquietano, i disagi sociali non trovano le dovute risposte, non è buono darsi per vinti” (ibid., 141). Non è buono darsi per vinti! Ripetete: non è buono darsi per vinti. [tutti: non è buono darsi per vinti!]

So che alla maggior parte di voi piace molto il calcio. È vero? Ricordo un grande giocatore di queste terre che ha imparato a non rassegnarsi: Eusebio da Silva, la “pantera nera”. Iniziò la sua vita sportiva nella squadra di questa città. Le gravi difficoltà economiche della sua famiglia e la morte prematura di suo padre non impedirono i suoi sogni; la sua passione per il calcio lo ha fatto perseverare, sognare e andare avanti... arrivando a segnare 77 reti per questo club di Maxaquene! Non mancavano i motivi per rassegnarsi... e lui non si rassegnò.

Il suo sogno e la sua voglia di giocare lo hanno spinto avanti, ma è stato altrettanto importante trovare con chi giocare. Sapete bene che, in una squadra, non sono tutti uguali, non fanno tutti le stesse cose né pensano tutti allo stesso modo. No. Ogni giocatore ha le sue caratteristiche, come possiamo scoprire e godere in questo incontro: veniamo da tradizioni diverse e possiamo persino parlare lingue diverse, ma questo non ci ha impedito di incontrarci. Già molto si è sofferto e si continua a soffrire, perché alcuni si credono in diritto di decidere chi può “giocare” – no! – e chi invece deve restare “fuori dal campo” - è un diritto ingiusto! -, alcuni che passano la vita a creare divisione e contrapposizione, e a fare la guerra. Oggi voi, cari amici, siete un esempio, siete una testimonianza di come dobbiamo agire. Testimoni di unità, di riconciliazione, di speranza. Come una squadra di calcio. Come impegnarsi per il Paese? Proprio come state facendo ora, restando uniti, aldilà di qualsiasi cosa vi possa differenziare, cercando sempre l’opportunità per realizzare i sogni di un Paese migliore, ma... insieme. Insieme. Com’è importante non dimenticare che l’inimicizia sociale distrugge. Insieme! [tutti: l’inimicizia sociale distrugge!] E una famiglia si distrugge per l’inimicizia. Un Paese si distrugge per l’inimicizia. Insieme! [tutti: l’inimicizia sociale distrugge!] Il mondo si distrugge per l’inimicizia. E l’inimicizia più grande è la guerra. Perché sono incapaci di sedersi e parlare. Siate capaci di creare l’amicizia sociale.

Ricordo il proverbio che dice: “Se vuoi arrivare alla svelta, cammina da solo; se vuoi arrivare lontano, vai in compagnia”. Lo ripetiamo. [tutti: se vuoi arrivare alla svelta, cammina da solo; se vuoi arrivare lontano, vai in compagnia.] Si tratta sempre di sognare insieme, come state facendo oggi. Sognate con gli altri, mai contro gli altri; sognate come avete sognato e preparato questo incontro: tutti uniti e senza barriere. Questo fa parte della “nuova pagina della storia” del Mozambico.

Giocare insieme ci insegna che non solo la rassegnazione è nemica dei sogni, ma anche l’ansia. Rassegnazione e ansia. L’ansia: questa «può diventare una grande nemica quando ci porta ad arrenderci perché scopriamo che i risultati non sono immediati. I sogni più belli si conquistano con speranza, pazienza e impegno rinunciando alla fretta. Nello stesso tempo, non bisogna bloccarsi per insicurezza, non bisogna avere paura di rischiare e di commettere errori» (ibid., 142), è normale. Le cose più belle maturano col tempo e, se qualcosa non ti è andato bene la prima volta, non aver paura di riprovare ancora e ancora e ancora. Non aver paura di sbagliare! Possiamo sbagliare mille volte, ma non cadiamo nell’errore di fermarci perché qualcosa non è andato bene la prima volta. L’errore peggiore sarebbe quello di abbandonare, a causa dell’ansia, abbandonare i sogni e la voglia di un Paese migliore.

Ad esempio, avete davanti agli occhi la bella testimonianza offerta da Maria Mutola, che ha imparato a perseverare, a continuare a provare, nonostante restasse incompiuto il suo desiderio di ottenere la medaglia d’oro nei primi tre Giochi Olimpici a cui ha partecipato; successivamente, al quarto tentativo, questa atleta degli 800 metri ha ottenuto la sua medaglia d’oro alle Olimpiadi di Sydney. Tentare, tentare. L’ansia non l’ha portata a chiudersi in sé stessa; i suoi nove titoli mondiali non le hanno fatto dimenticare il suo popolo, le sue radici, ma ha continuato a prendersi cura dei bambini bisognosi del Mozambico. Come lo sport ci insegna a perseverare nei nostri sogni!

Vorrei aggiungere un altro elemento importante. No all’ansia, no alla rassegnazione, e ora un altro elemento importante: non escludete i vostri anziani.

Anche i vostri anziani possono aiutare affinché i vostri sogni e le vostre aspirazioni non inaridiscano, non siano spazzati via dal primo vento di difficoltà o di impotenza. Gli anziani sono le nostre radici. Lo diciamo? [tutti: Gli anziani sono le nostre radici. Gli anziani sono le nostre radici]

Le generazioni precedenti hanno molto da dirvi, da proporvi. È vero che a volte noi, gli anziani, lo facciamo in modo autoritario, come ammonimento, incutendo paura. È vero, a volte mettiamo paura oppure abbiamo la pretesa che voi facciate, parliate e viviate proprio come noi. È sbagliato. Voi invece dovrete fare la vostra sintesi, ma ascoltando, valorizzando quelli che vi hanno preceduto. Non avete fatto così con la vostra musica? Al ritmo tradizionale del Mozambico, la “marrabenta”, ne avete mescolati altri moderni e così è nato il “pandza”. Quello che avete ascoltato, che avete visto cantare e ballare dai vostri genitori e dai vostri nonni, lo avete assunto come proprio. Questa è la strada che vi propongo: una «strada, fatta di libertà, di entusiasmo, di creatività, di orizzonti nuovi, ma coltivando nello stesso tempo le radici che alimentano e sostengono» (ibid., 184). Gli anziani sono le nostre radici. [tutti: gli anziani sono le nostre radici]

Tutti questi sono piccoli elementi che vi possono dare il supporto di cui avete bisogno per non chiudervi nei momenti di difficoltà, ma aprirvi una breccia di speranza; una breccia che vi aiuterà a mettere in campo la vostra creatività e a trovare nuove strade e nuovi spazi per rispondere ai problemi con il gusto della solidarietà.

Molti di voi sono nati sotto il segno della pace, una pace travagliata che ha attraversato momenti diversi: alcuni più sereni e altri di prova. La pace è un processo che anche voi siete chiamati a portare avanti, stendendo sempre le vostre mani soprattutto a coloro che passano momenti difficili. Grande è il potere della mano tesa e dell’amicizia tradotta in gesti concreti! Penso alla sofferenza di quei giovani carichi di sogni che sono venuti a cercare lavoro in città, e oggi si trovano senza casa, senza famiglia e senza una mano amica. Com’è importante imparare ad essere una mano amica e tesa! Questo gesto, il gesto della mano tesa. Tutti insieme! Il gesto della mano tesa. [Tutti: il gesto della mano tesa]. Grazie. Cercate di crescere nell’amicizia anche con coloro che la pensano diversamente, in modo che la solidarietà cresca tra di voi e diventi l’arma migliore per trasformare la storia. La solidarietà è la migliore arma per trasformare la storia.

Una mano tesa, che ci ricorda anche la necessità di impegnarci nella cura della nostra Casa Comune. Indubbiamente siete stati benedetti con stupende bellezze naturali: foreste e fiumi, vallate e montagne e tante belle spiagge.

Purtroppo, qualche mese fa avete subito la furia di due cicloni, avete visto le conseguenze dello sfacelo ecologico in cui viviamo. In molti, compresi tanti giovani, hanno già abbracciato la sfida improrogabile di proteggere la nostra casa. Abbiamo una sfida: proteggere la nostra casa comune.

Consentitemi di lasciarvi un ultimo pensiero: Dio vi ama; e su questa affermazione siamo d’accordo tutte le tradizioni religiose. «Per Lui tu sei realmente prezioso, non sei insignificante, sei importante per Lui, perché sei opera delle sue mani.

Perché ti ama. Cerca di rimanere un momento in silenzio lasciandoti amare da Lui. Cerca di mettere a tacere tutte le voci e le grida interiori e rimani un momento nel suo abbraccio d’amore» (Christus vivit, 115). Facciamolo insieme ora [rimangono un momento in silenzio].

È l’amore del Signore, che sa più di risalite che di cadute, di riconciliazione che di proibizione, di dare nuova opportunità che di condannare, di futuro che di passato» (ibid., 116).

So che voi credete in questo amore che rende possibile la riconciliazione.

Grazie! E, per favore, non vi dimenticatevi di pregare per me.

Dio vi benedica.

[01354-IT.02] [Testo originale: Portoghese]

Traduzione in lingua francese

Merci beaucoup pour vos paroles de bienvenue ; merci beaucoup également pour toutes et chacune des représentations artistiques que vous avez réalisées. Merci beaucoup! Merci! Asseyez-vous, installez-vous bien.

Vous me remerciez d’avoir réservé du temps à passer avec vous. Que peut-il y avoir de plus important pour un pasteur que d’être avec ses jeunes ? Qu’y a-t-il de plus important pour un pasteur que de rencontrer ses jeunes ? Vous êtes importants! Il faut le savoir, il faut le croire: vous êtes importants! Mais en toute humilité! Car vous n’êtes pas que l’avenir du Mozambique, ou de l’Église et de l’humanité; vous êtes le présent, vous êtes le présent du Mozambique, par tout ce que vous êtes et faites, vous apportez déjà votre contribution en lui offrant le meilleur que vous puissiez donner aujourd’hui. Sans votre enthousiasme, vos chants, votre joie de vivre, qu’en serait-il de ce pays? Sans les jeunes, que serait ce pays? Vous voir chanter, sourire, danser au sein de toutes les difficultés que vous traversez – comme justement tu nous en faisais part – c’est le meilleur signe que vous les jeunes, vous êtes la joie de ce pays, la joie d’aujourd’hui, d’aujourd’hui. L’espérance de demain.

La joie de vivre est l’une de vos caractéristiques principales, la caractéristique des jeunes, la joie de vivre, comme on peut s’en apercevoir ici! La joie partagée et célébrée qui réconcilie, et devient le meilleur antidote à même de contredire tous ceux qui veulent vous diviser – attention: qui veulent vous diviser! – qui veulent vous fragmenter, qui veulent vous opposer. Comme votre joie de vivremanque dans certaines régions du monde ! Comme on sent dans certaines régions du monde la joie d’être unis, de vivre ensemble, étant de diverses confessions religieuses mais enfants du même pays, unis!

Merci aux différentes confessions religieuses de se trouver ici. Merci d’oser affronter le défi de la paix et de la célébrer aujourd’hui en famille comme nous le faisons, en incluant ceux qui, ne faisant partie d’aucune tradition religieuse, y participent… Vous êtes en train de faire l’expérience que nous sommes tous nécessaires: avec nos différences, mais nécessaires. Nos différences sont nécessaires. Ensemble – comme vous l’êtes – vous êtes la vitalité de ce peuple, où chacun joue un rôle fondamental, dans un unique projet innovant, pour écrire une nouvelle page de l’histoire, une page remplie d’espérance, remplie de paix, remplie de réconciliation. Je vous demande: voulez-vous écrire cette page? [Ils répondent: oui!]. Quand je suis entré, vous avez chanté ‘‘réconciliation’’. Voulez-vous le répéter? [Tous: Réconciliation! Réconciliation! Réconciliation!]

Vous m’avez posé deux questions, mais je crois qu’elles sont liées. En voici une: comment faire pour que les rêves des jeunes deviennent réalité? L’autre: comment faire pour que les jeunes s’impliquent dans les problèmes qui tourmentent le pays? Aujourd’hui, vous nous avez indiqué le chemin et vous nous avez montré comment répondre à ces questions.

Vous l’avez exprimé par l’art, par la musique, par la richesse culturelle que tu mentionnais avec beaucoup de fierté… vous avez manifesté une partie de vos rêves et de vos réalités; en chacune d’elles se révèlent différentes façons de faire face au monde et de fixer l’horizon: en ayant toujours les yeux débordant d’espérance, remplis d’avenir et de rêves. Vous les jeunes, vous marchez sur vos deux pieds comme les adultes, de la même manière; mais contrairement aux adultes qui les gardent parallèles, vous en avez un devant l’autre, prêts à bondir, prêts à partir. Vous avez une force immense, vous êtes capables d’un regard chargé de beaucoup d’espérance! Vous êtes une promesse de vie, qui comporte un certain degré de ténacité (cf. Christus vivit, n. 139), que vous ne devez ni perdre ni vous laisser voler.

Comment réaliser les rêves, comment contribuer à apporter une solution aux problèmes du pays? Je voudrais vous dire: ne vous laissez pas voler la joie! Ne vous lassez pas de chanter et de vous exprimer en accord avec tout ce que vous apprenez de bon de vos traditions. Qu’on ne vous vole pas la joie! Comme je vous l’ai dit, il y a beaucoup de manières de regarder l’horizon, le monde, de regarder le présent et l’avenir. Il y a plusieurs façons de le faire. Mais il faut veiller à deux attitudes qui tuent les rêves et l’espérance. Quelles sont-elles? La résignation et l’angoisse. Deux attitudes qui tuent les rêves et l’espérance. Ce sont de grandes ennemies de la vie, car normalement, elles nous poussent vers un chemin facile, mais d’échec; et les frais de péage qu’elles demandent pour laisser passer sont très élevés. C’est très cher! On paie de son propre bonheur, voire de sa propre vie. Résignation et angoisse: deux attitudes qui volent l’espérance. Que de fausses promesses de bonheur, qui finissent par mutiler des vies! Vous connaissez certainement des amis, des proches – ou il a même pu vous arriver à vous-mêmes –en des moments difficiles, douloureux, quand tout semble vous tomber dessus, de rester prostrés dans la résignation. Il faut faire très attention, car cette attitude « te fait prendre la mauvaise route. Quand tout semble immobile et stagnant, quand les problèmes personnels nous inquiètent, quand les malaises sociaux ne trouvent pas les réponses qu’ils méritent, ce n’est pas bon de partir battu» (Ibid., n. 141). Ce n’est pas bon de partir battu! Répétez: ce n’est pas bon de partir battu ! [Tous: ce n’est pas bon de partir battu !]

Je sais que la majorité d’entre vous aime le football. N’est-ce pas? Je me souviens d’un grand joueur de ce pays qui a appris à ne pas se résigner : Eusébio da Silva, la panthère noire. Il a commencé sa carrière sportive dans une équipe de cette ville. Les graves difficultés économiques de sa famille et la mort prématurée de son père n’ont pas entravé ses rêves; sa passion pour le football l’a fait persévérer, rêver et aller de l’avant… au point qu’il a marqué soixante-dix-sept buts pour cette équipe de Maxaquene ! Les raisons pour se résigner ne manquent pas… Et lui, il ne s’est pas résigné.

Son rêve et sa volonté de jouer l’ont fait avancer, mais c’était également important pour lui de trouver avec qui jouer. Vous le savez, dans une équipe, tous ne sont pas égaux, ni font les mêmes choses ou pensent de la même manière. Non! Chaque joueur a ses caractéristiques, comme nous pouvons le découvrir et l’apprécier dans cette rencontre : nous venons de diverses traditions et même nous pouvons parler des langues différentes, mais cela ne nous a pas empêchés de nous rencontrer. On a beaucoup souffert et on continue de souffrir, parce que certains estiment avoir le droit de déterminer qui peut ‘‘jouer’’ – non - et qui doit rester ‘‘hors du terrain de jeu’’, - c’est un droit injuste - et ceux-là passent leur vie à diviser et à opposer, et à faire la guerre. Aujourd’hui, chers amis, vous êtes, vous, un exemple, vous êtes un témoignage de la façon dont nous devons agir. Des témoins d’unité, de réconciliation, d’espérance. Comme une équipe de football. Comment s’engager pour le pays? Comme vous êtes en train de faire maintenant, en restant unis indépendamment de ce qui peut vous différencier, en cherchant toujours l’opportunité de réaliser les rêves d’un pays meilleur, mais… ensemble. Ensemble! Comme il est important de ne pas oublier que l’inimitié sociale détruit. Ensemble! [Tous: l’inimitié sociale détruit]. Et l’inimitié détruit une famille. L’inimitié détruit un pays. Ensemble! [Tous: l’inimitié sociale détruit]. L’inimitié détruit le monde. Et l’inimitié la plus grande, c’est la guerre, parce qu’on est incapable de s’asseoir et de se parler […]. Soyez capables de créer l’amitié sociale (cf. Ibid, n. 169].

Je me souviens du proverbe qui dit : ‘‘Si tu veux aller vite, marche seul ; si tu veux aller loin, fais-toi accompagner’’. Répétons-le: [Tous: ‘‘Si tu veux aller vite, marche seul ; si tu veux aller loin, fais-toi accompagner’’]. Il s’agit de rêver ensemble, comme vous êtes en train de le faire aujourd’hui. Rêvez avec d’autres; jamais contre les autres, rêvez comme vous l’avez fait en préparant cette rencontre: tous unis et sans barrières. Cela fait partie de la ‘‘nouvelle page de l’histoire’’ du Mozambique.

Football, équipes, jouer ensemble. Jouer ensemble nous enseigne que ce n’est pas uniquement la résignation qui est l’ennemi des rêves et de l’engagement, mais que l’angoisse l’est également. Résignation et angoisse. L’angoisse: celle-ci «peut être une grande ennemie lorsqu’il nous arrive de baisser les bras parce que nous découvrons que les résultats ne sont pas immédiats. Les rêves les plus beaux se conquièrent avec espérance, patience et effort, en renonçant à l’empressement. En même temps il ne faut pas s’arrêter par manque d’assurance, il ne faut pas avoir peur de parier et de faire des erreurs» (Ibid., n. 142), c’est normal! Les plus belles choses se font avec le temps et, si quelque chose ne te réussit à la première tentative, n’aie pas peur de tenter encore et encore et encore. N’aie pas peur de te tromper! Nous pouvons nous tromper mille fois, mais ne commettons pas l’erreur de nous arrêter, parce qu’il y a des choses qui ne réussissent pas à la première tentative. La pire erreur serait d’abandonner, en raison de l’angoisse, d’abandonner les rêves et la détermination pour un pays meilleur.

Par exemple, vous avez sous vos yeux ce beau témoignage donné par Maria Mutola, qui a appris à persévérer, à continuer de tenter, même si elle n’a pas accompli son rêve d’une médaille d’or lors des trois premiers jeux olympiques qu’elle a disputés; par la suite, lors de sa quatrième tentative, cette athlète des huit-cents mètres a obtenu sa médaille d’or aux Olympiades de Sidney. Tenter, tenter! L’angoisse ne l’a pas amenée à se replier sur elle-même; ses neuf titres mondiaux ne lui ont pas fait oublier son peuple, ses racines. Mais elle a continué à se soucier des enfants mozambicains qui sont dans le besoin. Comme le sport nous apprend à persévérer dans nos rêves!

Je voudrais ajouter un autre élément important. Non à l’angoisse, non à la résignation, et maintenant un autre élément important: non à l’exclusion de vos anciens !

Vos anciens peuvent également vous aider de telle sorte que vos rêves et vos aspirations ne s’étiolent pas, ne soient pas emportés par le premier vent de difficulté ou d’impuissance. Les anciens sont nos racines. Nous le répétons? [Tous: les anciens sont nos racines. Les anciens sont nos racines]. Les générations passées ont beaucoup à vous apprendre, à vous proposer. Certes, parfois, nous les anciens, nous le faisons de manière autoritaire, comme avertissement, en effrayant. C’est vrai, parfois nous effrayons ou bien nous voulons que vous agissiez, parliez et viviez exactement comme nous. C’est une erreur! Vous devriez faire votre propre synthèse, mais en écoutant, en valorisant ceux qui vous ont précédés. N’est-ce pas ce que vous avez fait pour votre musique? Au rythme traditionnel mozambicain, la marrabenta, vous avez ajouté d’autres rythmes modernes, et est né le pandza. Ce que vous écoutiez, ce que vous voyiez vos parents et grands-parents chanter et danser, vous l’avez adopté comme vôtre. C’est le chemin que je vous propose: un chemin «fait de liberté, d’enthousiasme, de créativité, d’horizons nouveaux, mais en cultivant en même temps ces racines qui nourrissent et soutiennent» (Ibid., n. 184). Les anciens sont nos racines. [Tous: les anciens sont nos racines ].

Tout cela, ce sont de petits conseils qui peuvent vous offrir le soutien nécessaire pour que vous ne vous enfermiez pas dans les moments difficiles, mais que vous ouvriez une brèche d’espérance; une brèche qui vous aidera à faire usage de votre créativité et à trouver des chemins ainsi que des espaces nouveaux pour répondre aux problèmes avec un sens de la solidarité.

Beaucoup d’entre vous sont nés sous le signe de la paix, une paix laborieuse qui a connu divers moments: les uns plus faciles et d’autres d’épreuve. La paix est un processus que vous aussi vous êtes appelés à faire progresser, en étendant toujours vos mains surtout à ceux qui traversent des moments difficiles. Le pouvoir de la main tendue et de l’amitié qui se manifeste concrètement est grand! Je pense à la souffrance de ces jeunes gens arrivés en ville remplis de rêves, en quête de travail, et qui aujourd’hui sont sans toit, sans famille et sans trouver une main amie. Comme il est important que nous apprenions à être une main amie et tendue! Ce geste, le geste de la main tendue. Tous ensemble! Le geste de la main tendue. [Tous: le geste de la main tendue]. Merci! Essayez également de grandir dans l’amitié avec ceux qui pensent différemment, pour que la solidarité grandisse entre vous et devienne la meilleure arme pour transformer l’histoire. La solidarité est la meilleure arme pour transformer l’histoire.

Main tendue, qui nous rappelle aussi la nécessité de nous engager pour la sauvegarde de notre Maison Commune. Sans aucun doute, vous avez été bénis à travers une beauté naturelle admirable: des forêts et des fleuves, des vallées et des montagnes et de nombreuses belles plages.

Malheureusement, il y a quelques mois, vous avez souffert du passage de deux cyclones, vous avez fait l’expérience des conséquences de l’effondrement écologique que nous affrontons. Beaucoup ont déjà pris à bras le corps l’impérieux défi de protéger notre Maison commune.

Permettez-moi de vous faire part d’une dernière réflexion: Dieu vous aime et, sur cette affirmation, toutes nos traditions religieuses sont d’accord: « Tu as vraiment de la valeur pour lui, tu n’es pas insignifiant, tu lui importes, parce que tu es une œuvre de ses mains. Parce qu’il t’aime. Essaye de rester un moment en silence en te laissant aimer par lui. Essaye de faire taire toutes les voix et les cris intérieurs, et reste un moment dans les bras de son amour» (Ibid., n. 115).Faisons-le ensemble maintenant! [Ils observent un moment de silence].

C’est l’amour du Seigneur qui apprend plus à redresser qu’à faire chuter, à réconcilier qu’à interdire, à donner de nouvelles chances qu’à condamner, à regarder l’avenir plus que le passé» (Ibid., n. 116).

Je sais que vous croyez en cet amour qui rend possible la réconciliation.

Merci beaucoup et, s’il vous plaît, n’oubliez pas de prier pour moi!

Que Dieu vous bénisse!

[01354-FR.02] [Texte original: Portugais]

Traduzione in lingua inglese

Thank you very much for your words of welcome. I thank all of you for your fine artistic performances. Thank so much! Please sit and make yourselves comfortable.

You thanked me for having taken time to be with you. But what could be more important than for a shepherd than to be with his flock? What is more important for us pastors than to meet with our young people? You are important! You need to know this. You need to believe it. You are important! But be humble, too. You are not only the future of Mozambique, or of the Church and of humanity. You are their present. You are Mozambique’s present! In everything that you are and do, you are even now contributing to this present by offering the best of yourselves today. Without your enthusiasm, your songs, your joie de vivre, without young people, what would this land be like? Watching you sing, laugh and dance amid all your difficulties is – as you were just telling us – the best sign that you, young people, are the joy of this land, the joy of our time and the hope of the future.

This joie de vivre is what distinguishes you as young people. We can see it here here! A shared and celebrated joy, a joy that that reconciles and becomes the best remedy against all those who want to create dissension among you. Attention: they want to create division and conflict among you. How much the lack of that joie de vivre of yours is felt in some parts of our world! While in others, they feel the joy of being united, living together, with different religious confessions, but all as children of the same land, living as one.

I thank the members of different religious confessions who have joined us, and those who do not belong to any particular religious tradition. Thank you for encouraging one another to live and celebrate today the challenge of peace as the family that we are. You are experiencing that all of us are necessary: with our differences, we are all necessary. Our differences are necessary. Together, you are the beating heart of this people and all of you have a fundamental role to play in one great creative project: to write a new page of history, a page full of hope, peace and reconciliation. Do you want to write this page? When I entered, you chanted, “Reconciliation!” [All repeat: Reconciliation! Reconciliation! Reconciliation!]

You asked me two questions, which in my mind are related. One of them was: “How do we make young people’s dreams come true?” The other was: “How do we get young people involved in the problems that plague the country?” Today you yourselves showed us the way. You gave us the answer to these questions.

You have expressed it with art and music, and all the cultural treasures that you displayed with such pride. You expressed some of your dreams and realities. In all of this, we see a variety of ways to bring the world together and to look to the horizon: with eyes ever full of hope, full of the future, full of dreams. Just like adults, young people walk on two feet. But unlike adults, who keep their feet parallel, you always have one foot in front of the other, ready to set out, to take off. You have great strength and you are able to look ahead with immense hope. You are a promise of life, and you have a tenacity (cf. Christus Vivit, 139) that you must never lose or let anyone steal from you.

How do you make your dreams come true? How do you help solve your country’s problems? My words to you are these. Do not let yourselves be robbed of joy. Keep singing and expressing yourselves in fidelity to all the goodness that you have learned from your traditions. Let no one rob you of your joy! I told you that there are many ways to look at the horizon, many ways to look at our world, at the present and the future. But be on guard against two attitudes that kill dreams and hope. What are they? Resignation and anxiety. Two attitudes that kill our dreams and hopes. They are great enemies of life, because they usually propel us along an easy but self-defeating path, and the toll they take is high indeed, extremely high. We pay with our happiness and even with our lives.

Resignation and anxiety: two attitudes that rob us of hope. How many empty promises of happiness end up ruining lives! Surely you know friends or acquaintances – or have even experienced it yourselves – that in difficult and painful times, when everything seems to be falling apart, it is easy to give up. You have to be very careful, because this attitude “makes you take the wrong road. When everything seems to be standing still and stagnant, when our personal issues trouble us, and social problems do not meet with the right responses, it does no good to give up” (ibid., 141). It is not good to give up! Repeat after me: it is not good to give up! [All repeat: It is not good to give up!]

I know most of you are enthused about football, right? I remember a great player from these lands who learned not to give up: Eusébio da Silva, the Black Panther. He began his athletic career in this city. The severe economic hardships of his family and the premature death of his father did not prevent him from dreaming; his passion for football made him persevere, keep dreaming and moving forward. He managed to score seventy-seven goals for Maxaquene! He had plenty of reasons for giving up… but he never did.

His dream and his desire to play kept him going, but equally important was finding someone to play with. You know that in a team not everyone is the same; they don’t all do the same things or think the same way. No. Each player has his own gifts. We can see and appreciate this even in this meeting of ours. We come from different traditions and we may even speak different languages, but this has not stopped us from being here together as a group.

Much suffering has been and still is caused because some people feel entitled to determine who can “play” and who should sit “on the bench”. There is no such right! Such people spend their lives dividing and separating, creating conflict. Today, young friends, you are giving an example and a witness to how we should act. Witnesses of unity, reconciliation and hope. Like a soccer team.

How can you do something for your country? By doing what you are doing now, by staying together despite everything that can divide you, by always looking for a chance to realize your dreams for a better country. But always together. Together. It is essential never to forget that social enmity is destructive. [All repeat: Social enmity is destructive.] Families are destroyed by enmity. Countries are destroyed by enmity. All together! [All repeat: Social enmity is destructive!] The world is destroyed by enmity. And the greatest enmity of all is war. Because people cannot sit down and talk to one another. So find ways of building social friendship (cf. ibid., 169).

An old proverb says: “If you want to get somewhere in a hurry, walk alone; if you want to go far, walk with others”. Let’s repeat it! [All repeat the words.] We need always to dream together, as you are doing today. Dream with others, never against others. Keep dreaming the way you dreamed and prepared for this meeting: all together and without barriers. This is part of Mozambique’s “new page of history”.

Soccer, teams, playing together. Playing as a team makes us see that the enemy of dreams and commitment is not just giving up but also anxiety. Resignation and anxiety. “Anxiety can work against us by making us give up whenever we do not see instant results. Our best dreams are only attained through hope, patience and commitment, and not in haste. At the same time, we should not be hesitant, afraid to take chances or make mistakes” (ibid., 142). This is normal. The most beautiful things take shape over time, and if something doesn’t work out at first, don’t be afraid to keep trying. Don’t be afraid to make mistakes! We can make a thousand mistakes, but we must never fall into the trap of giving up because things did not go well at first. The worst mistake would be to let worrying make you abandon your dreams of a better country.

For example, you have before your eyes that beautiful testimony given by Maria Mutola, who learned to persevere, to keep trying, even though she did not attain the goal of a gold medal in her first three Olympic Games. Then, on her fourth attempt, this 800-metre athlete won the gold medal at the Sydney Olympics. One attempt after another. Her efforts did not make her self-absorbed; her nine world titles did not make her forget her people, her roots: she continued to look out for the needy children of Mozambique. We see how sport teaches us to persevere in our dreams!

I would like to add another important thing: no anxiety, no resignation, but now here is something else that is important: pay attention to your elders.

The elderly can help you keep your dreams and aspirations from fading, from faltering at the first experience of difficulty or powerlessness. They are our roots. Shall we say it again? [All: The elderly are our roots!] Older generations have much to tell you and offer you. True, sometimes we elderly people can be overbearing and nagging, or we can try to make you act, speak and live the same way we do. That is wrong. You will have to find your own way, but by listening to and appreciating those who have gone before you. Isn’t this what you did with your music? In the marrabenta, the traditional music of Mozambique, you incorporated other modern rhythms, and the pandza was born. What you listened to, what you saw your parents and grandparents singing and dancing to, you took and made your own. This, then, is the path that I would point out to you, a path “born of freedom, enthusiasm, creativity and new horizons, while at the same time cultivating the roots that nourish and sustain us” (ibid., 184). The elderly are our roots [All repeat].

All of these are little things, but they can give you the support you need not to give up in times of trouble but to move forward with hope, to find new ways and outlets for expressing your creativity, and to face problems together in a spirit of solidarity.

Many of you were born at a time of peace, a hard-won peace that was not always easy to achieve and took time to build. Peace is a process that you too are called to advance, by being ever ready to reach out to those experiencing hardship. What power there is in an outstretched hand and a friendship that finds concrete expression! I think of the suffering of those young people who came full of dreams to find work in the city, and who today are homeless, without family and real friends. How important it is to learn how to offer others a helping and outstretched hand! To offer others a helping hand. [All repeat.] Try to grow in friendship with those who think differently than you, so that solidarity will increase among you and become the best weapon to change the course of history. Solidarity is the best weapon to change history.

The image of an outstretched hand also makes us think of the need to be committed to caring for the earth, our common home. You have indeed been blessed with stupendous natural beauty: forests and rivers, valleys and mountains and so many beautiful beaches.

Sadly, however, a few months ago you suffered the collision of two cyclones, and saw the consequences of the ecological disaster that we are experiencing. Many people, including a great number of young people, have already taken up the pressing challenge of protecting our common home. This is the challenge before us: to protect our common home.

Let me leave you with a final thought: God loves you, and this is something on which all our religious traditions are agreed. “For him, you have worth; you are not insignificant. You are important to him, for you are the work of his hands. Because he loves you. Try to keep still for a moment and let yourself feel his love. Try to silence all the noise within, and rest for a second in his loving embrace” (Christus Vivit, 115). Let us do that right now [a moment of silence].

The love of the Lord. It has to do more with raising up than knocking down, with reconciling than forbidding, with offering new changes than condemning, with the future than the past” (ibid., 116). I know that you believe in this love that makes reconciliation possible.

Thank you and, please, do not forget to pray for me. God bless you all.

[01354-EN.02] [Original text: Portuguese]

Traduzione in lingua tedesca

Vielen Dank für eure Worte zum Willkommen! Vielen Dank auch für alle eure künstlerischen Darbietungen. Danke vielmals, danke! Setzt euch, macht es euch bequem!

Ihr habt mir gedankt, weil ich mir Zeit genommen habe, um bei euch zu sein. Was kann es für einen Hirten Wichtigeres geben, als bei seinen Leuten zu sein! Was ist wichtiger für einen Hirten, als sich mit seinen Jugendlichen zu treffen? Ihr seid wichtig! Ihr sollt es wissen, ihr müsst uns glauben: Ihr seid wichtig! Aber in Demut. Ihr seid nämlich nicht nur die Zukunft Mosambiks oder der Kirche und der Menschheit; ihr seid die Gegenwart, ihr seid die Gegenwart Mosambiks: Mit allem, was ihr seid und tut, tragt ihr jetzt schon mit dem Besten, was ihr heute geben könnt, zur Zukunft bei. Was wäre diese Erde ohne eure Begeisterung, eure Lieder, eure Lebensfreude? Was wäre diese Erde ohne die jungen Menschen? Euch inmitten der Schwierigkeiten, die ihr erlebt – von denen du gerade erzählt hast –, singen, lachen, tanzen zu sehen ist das beste Zeichen dafür, dass ihr jungen Menschen die Freude dieser Erde, die Freude der heutigen Zeit seid. Die Hoffnung für das Morgen.

Die Lebensfreude ist eines eurer Hauptmerkmale – das Hauptmerkmal der jungen Menschen ist die Lebensfreude, wie man hier sehen kann! Eine geteilte und gemeinsam gefeierte Freude, die Versöhnung schenkt, ist das beste Gegenmittel, um diejenigen Lügen zu strafen, die unter euch Trennung – Achtung: sie wollen euch trennen! -, Spaltung oder Gegensätze schaffen wollen. Wie sehr spürt man in einigen Gegenden der Welt das Fehlen eurer Lebensfreude! Wie sehr kann man in einigen Regionen der Welt die Freude darüber spüren, vereint zu sein, gemeinsam zu leben, zwar mit verschiedenen religiösen Bekenntnissen, aber vereint als Kinder der gleichen Erde.

Ich danke allen Angehörigen der verschiedenen Religionsbekenntnisse, die hier sind. Danke, dass ihr einander ermuntert, die Aufgabe, die der Friede darstellt, anzugehen und sie heute als Familie zu feiern, einschließlich aller, die teilnehmen, auch wenn sie keiner religiösen Tradition angehören … So erfahrt ihr, dass wir alle gebraucht werden: mit unseren Unterschieden. Unsere Unterschiede sind nötig. Gemeinsam, wie jetzt eben, seid ihr das schlagende Herz dieses Volkes, wo in dem einen kreativen Plan ein jeder eine wesentliche Rolle ausübt, um eine neue Seite der Geschichte zu schreiben, eine Seite voller Hoffnung, voller Frieden und voller Versöhnung. Ich frage euch: Wollt ihr diese Seite schreiben? [Sie antworten: ja!] Als ich hereinkam, habt ihr „Versöhnung“ gesungen. Wollt ihr es wiederholen? [Alle: Versöhnung! Versöhnung! Versöhnung!] Danke!

Ihr habt mir zwei Fragen gestellt, doch ich denke, sie sind miteinander verbunden. Die eine lautete: Was sollen wir tun, damit die Träume der jungen Menschen wahr werden? Und die andere: Was sollen wir tun, damit die jungen Menschen sich bei den Problemen einbringen, die unser Land bedrücken? Ihr habt uns heute den Weg gezeigt und uns gelehrt, wie wir auf diese Fragen antworten sollen.

Ihr habt es mit der Kunst gesagt, mit der Musik, mit dem kulturellen Reichtum, wovon du voll Stolz gesprochen hast … ihr habt einen Teil eurer Träume und eurer Wirklichkeit zum Ausdruck gebracht; darin zeigen sich verschiedene Arten und Weisen, der Welt zu begegnen und den Blick auf den Horizont zu richten: immer mit Augen voller Hoffnung, voller Zukunft und voller Träume. Ihr, junge Freunde, lauft auf zwei Füßen wie die Erwachsenen, auf die gleiche Weise; doch im Gegensatz zu den Erwachsenen, die sie parallel nebeneinander stellen, setzt ihr immer schon einen Fuß vor den anderen, seid bereit aufzubrechen und loszusprinten. Ihr besitzt ungeheure Kraft, ihr seid in der Lage, mit so großer Hoffnung nach vorne zu blicken! Ihr seid eine Verheißung des Lebens, gepaart mit einer gewissen Beharrlichkeit (vgl. Nachsynodales Apostolisches Schreiben Christus vivit¸139), die ihr nicht verlieren noch euch rauben lassen dürft.

Wie sollt ihr eure Träume wahr werden lassen, wie dazu beitragen, die Probleme eures Landes zu lösen? Ich möchte euch dies sagen: Lasst nicht zu, dass sie euch die Freude rauben. Hört nicht auf zu singen und euch auszudrücken, wie es all dem Guten entspricht, das ihr von euren Traditionen erlernt habt. Dass sie euch nicht die Freude rauben! Wie ich euch gesagt habe, gibt es viele Arten und Weisen, den Blick auf den Horizont zu richten, auf die Welt, auf die Gegenwart und die Zukunft, es gibt viele Arten und Weisen. Man muss aber vor zwei Haltungen auf der Hut sein, welche Träume und Hoffnung töten. Welche sind es? Die Resignation und die Angst. Zwei Haltungen, die die Träume und die Hoffnung töten. Sie sind große Feinde des Lebens, denn sie treiben uns für gewöhnlich auf einen leichten, aber selbstzerstörerischen Pfad; und die Maut, die sie verlangen, ist sehr hoch! Sie ist sehr hoch. Man bezahlt mit dem eigenen Glück und sogar mit dem eigenen Leben. Resignation und Angst: zwei Haltungen, welche die Hoffnung rauben. Wie viele leere Versprechungen von Glück, die am Ende Leben zerstören! Sicher kennt ihr Freunde, Bekannte – oder habt es vielleicht selbst erfahren –, die in schwierigen, schmerzlichen Momenten, wenn alles auf einen einzustürzen scheint, von der Resignation erdrückt werden. Man muss sehr auf der Hut sein, denn diese Haltung »führt dich auf den falschen Weg. Wenn alles stillzustehen und zu stagnieren scheint, wenn persönliche Probleme uns beunruhigen, soziale Schwierigkeiten keine angemessenen Antworten finden, dann ist es nicht gut, sich geschlagen zu geben« (ebd., 141). Es ist nicht gut, sich geschlagen zu geben! Wiederholt: Es ist nicht gut, sich geschlagen zu geben. [Alle: Es ist nicht gut, sich geschlagen zu geben!]

Ich weiß, dass den meisten von euch der Fußball sehr gefällt. Stimmt es? Ich denke an einen großen Spieler aus diesem Land, der gelernt hat, nicht zu resignieren: Eusébio da Silva, der „schwarze Panther“. Er begann seine sportliche Laufbahn in der Mannschaft dieser Stadt. Die großen finanziellen Nöte seiner Familie und der frühe Tod seines Vaters hielten ihn nicht von seinen Träumen ab; seine Leidenschaft für den Fußball ließ ihn durchhalten, träumen und weitergehen … bis er 77 Tore für den Club von Maxaquene schoss. Es fehlte ihm nicht an Gründen zu resignieren … und er hat nicht resigniert.

Sein Traum und sein Wunsch zu spielen trieben ihn voran. Doch ebenso wichtig war es, jemanden zum Spielen zu finden. Ihr wisst, dass in einer Mannschaft nicht alle gleich sind, nicht alle das Gleiche tun oder auf die gleiche Weise denken. Nein. Jeder Spieler hat seine besonderen Eigenschaften, wie wir es bei diesem Treffen sehen und genießen können: Wir kommen aus unterschiedlichen Traditionen und können selbst verschiedene Sprachen sprechen, doch das hindert uns nicht daran, dass wir uns treffen. Es gab bereits und gibt weiterhin viel Leid, weil einige meinen, das Recht zu haben zu bestimmen, wer „spielen“ darf - nein! - und wer hingegen „draußen bleiben“ muss – es ist ein ungerechtes Recht!; weil einige das Leben damit verbringen, Trennung und Gegensätze zu schaffen und Krieg zu führen. Liebe Freunde, heute seid ihr ein Beispiel und ein Zeugnis dafür, wie wir handeln müssen. Zeugen der Einheit, der Versöhnung, der Hoffnung. Wie eine Fußballmannschaft. Wie sollen wir uns für unser Land einsetzen? Genauso, wie ihr es jetzt macht, nämlich eins sein über alles hinweg, was euch unterscheiden mag, und immer die Möglichkeit suchen, die Träume eines besseren Landes wahr werden zu lassen, doch … gemeinsam. Gemeinsam. So ist es wichtig, das nicht zu vergessen: Die soziale Feindschaft zerstört. Gemeinsam! [Alle: Die soziale Feindschaft zerstört!] Und durch die Feindschaft wird eine Familie zerstört. Durch die Feindschaft wird ein Land zerstört. Gemeinsam! [Alle: Die soziale Feindschaft zerstört!] Durch die Feindschaft wird die Welt zerstört. Und die größte Feindschaft ist der Krieg. Denn sie sind unfähig, sich an einen Tisch zu setzen und miteinander zu sprechen. Seid fähig, soziale Freundschaft zu bilden (vgl. ebd., 169).

Ich denke an das Sprichwort: „Willst du schnell ankommen, dann geh allein; willst du weit kommen, dann geh zusammen mit anderen.“ Wiederholen wir es. [Alle: Willst du schnell ankommen, dann geh allein; willst du weit kommen, dann geh zusammen mit anderen]. Es geht immer darum, gemeinsam zu träumen, wie ihr es heute tut. Träumt mit den anderen, nie gegen die anderen; träumt so, wie ihr von diesem Treffen geträumt und es vorbereitet habt: alle gemeinsam und ohne Barrieren. Das gehört zur „neuen Seite der Geschichte“ Mosambiks.

Fußball, Mannschaften, zusammenspielen. Zusammenzuspielen lehrt uns, dass nicht nur die Resignation ein Feind der Träume ist, sondern auch die Angst. Resignation und Angst. Die Angst: Diese »kann zu einem großen Feind werden, wenn sie uns dazu bringt aufzugeben, wenn wir erleben, dass die Ergebnisse nicht sofort erreicht werden. Die schönsten Träume erkämpft man mit Hoffnung, Geduld, Einsatz und Verzicht auf Eile. Zugleich darf man sich nicht von der Unsicherheit blockieren lassen; man sollte keine Furcht haben, etwas aufs Spiel zu setzen und Fehler zu machen« (ebd., 142), das ist normal. Die schönsten Dinge reifen mit der Zeit; wenn dir beim ersten Mal etwas nicht gut gelungen ist, dann hab keine Angst, es wieder und wieder und wieder zu versuchen. Hab keine Angst, etwas falsch zu machen! Wir können tausendmal etwas falsch machen, aber wir dürfen nicht dem Fehler verfallen aufzuhören, nur weil es beim ersten Mal nicht gut gelaufen ist. Der schlimmere Fehler wäre der, wegen der Angst die Träume und den Wunsch eines besseren Landes aufzugeben.

Ihr habt zum Beispiel das schöne Zeugnis vor Augen, das uns Maria Mutola gegeben hat. Sie hat gelernt, beharrlich zu sein, es weiter zu versuchen, obwohl ihr Wunsch, die Goldmedaille zu gewinnen, bei den ersten drei Olympischen Spielen, an denen sie teilgenommen hat, nicht in Erfüllung ging. Beim vierten Versuch dann hat diese 800-Meter-Läuferin ihre Goldmedaille bei der Olympiade in Sydney gewonnen. Versuchen, versuchen. Die Angst hat sie nicht dazu gebracht, sich in sich selbst zu verschließen; ihre neun Titel bei Weltmeisterschaften haben sie nicht ihr Volk, ihre Wurzeln vergessen lassen, sondern sie hat sich weiter um die notleidenden Kinder Mosambiks gekümmert. So lehrt uns der Sport, in unseren Träumen beharrlich zu sein!

Ich möchte ein weiteres wichtiges Element hinzufügen: Nein zur Angst, nein zur Resignation und jetzt ein weiteres wichtiges Element: Schließt die älteren Menschen bei euch nicht aus!

Auch die älteren Menschen bei euch können helfen, dass eure Träume und eure Wünsche nicht verblassen, nicht vom ersten Wind der Schwierigkeiten oder der Ohnmacht hinweggefegt werden. Die Alten sind unsere Wurzeln. Sagen wir es? [Alle: Die Alten sind unsere Wurzeln. Die Alten sind unsere Wurzeln.] Die vorangegangenen Generationen haben euch viel zu sagen, viel zu bieten. Es stimmt, dass wir, die Alten, dies mitunter auf autoritäre Weise tun, in Form von Ermahnung und unter Furchteinflößung. Es stimmt, dass wir zuweilen Angst machen oder wir uns einbilden, dass ihr genau wie wir handelt, redet und lebt. Das ist falsch. Ihr müsst hingegen eure eigenen Schlüsse ziehen, aber dabei die hören und achten, die euch vorangegangen sind. Habt ihr es nicht so mit eurer Musik gemacht? Den traditionellen Rhythmus Mosambiks, den „Marrabenta“, habt ihr mit anderen modernen Rhythmen verbunden, und so ist der „Pandza“ entstanden. Ihr habt euch zu eigen gemacht, was ihr von euren Eltern und Großeltern gehört, wie ihr sie singen und tanzen gesehen habt. Das ist der Weg, den ich euch vorschlage: einen »Weg […], der aus Freiheit, Enthusiasmus, Kreativität und neuen Horizonten besteht, wobei ihr aber zugleich die nährenden und tragenden Wurzeln pflegen sollt« (ebd., 184). Die Alten sind unsere Wurzeln. [Alle: Die Alten sind unsere Wurzeln]

Das sind alles kleine Dinge, die euch den notwendigen Halt geben können, um in Momenten der Schwierigkeit nicht aufzugeben, sondern einen Hoffnungsspalt zu öffnen; einen Spalt, der euch helfen wird, euren Einfallsreichtum einzubringen als auch neue Wege und Räume zu finden, um den Problemen im Geist der Solidarität zu begegnen.

Viele von euch sind in einer Zeit des Friedens geboren, eines mühsamen Friedens, der verschiedene Phasen erlebt hat – einige waren ungetrübter und andere angespannt. Der Frieden ist ein Prozess, den auch ihr voranbringen sollt, indem ihr stets eure Hand reicht, vor allem denen, die schwierige Augenblicke durchmachen. Groß ist die Macht der ausgestreckten Hand und der Freundschaft, die sich in konkreten Gesten zeigt! Ich denke an das Leid jener jungen Menschen, die voller Träume auf Arbeitssuche in die Stadt gekommen sind und heute ohne ein Zuhause sind, ohne Familie und ohne eine helfende Hand. Wie wichtig ist es zu lernen, anderen eine helfende und ausgestreckte Hand zu bieten! Diese Geste, die Geste der ausgestreckten Hand! Alle gemeinsam! Die Geste der ausgestreckten Hand. [Alle: Die Geste der ausgestreckten Hand]. Danke. Sucht auch in der Freundschaft zu denen zu wachsen, die anders denken als ihr, sodass die Solidarität unter euch zunimmt und die beste Waffe wird, um die Geschichte zu verändern. Die Solidarität ist die beste Waffe, um die Geschichte zu verändern.

Das Bild der ausgestreckten Hand lässt uns auch an die Notwendigkeit denken, uns in der Sorge um das gemeinsame Haus zu engagieren. Zweifelsohne seid ihr mit wunderbaren Naturschönheiten gesegnet: Wälder und Flüsse, Täler und Berge und viele schöne Strände.

Vor einigen Monaten habt ihr leider unter die Gewalt zweier Wirbelstürme gelitten; ihr habt die Auswirkungen des ökologischen Verfalls gesehen, in dem wir uns befinden. Viele, einschließlich eine große Zahl junger Menschen, haben schon die unaufschiebbare Aufgabe angenommen, unser gemeinsames Haus zu bewahren. Das ist unsere Aufgabe: unser gemeinsames Haus zu bewahren.

Erlaubt mir, dass ich euch noch einen letzten Gedanken mitgebe: Gott liebt euch; und hierin stimmen alle religiösen Traditionen überein. »Für ihn bist du wirklich wertvoll, du bist nicht unbedeutend, du bist ihm wichtig, denn du bist das Werk seiner Hände. Weil er dich liebt. Versuche, einen Moment in Stille zu bleiben und dich von ihm lieben zu lassen. Versuche, alle Stimmen und inneren Schreie zum Schweigen zu bringen, und verbleibe für einen Augenblick in seiner liebevollen Umarmung« (ebd., 115). Tun wir es jetzt gemeinsam [sie verharren einen Augenblick in Stille].

Die Liebe des Herrn kennt sich eher mit dem Wiederaufstieg als mit dem Fall aus, mehr mit der Versöhnung als mit Verboten, mehr mit dem Gewähren neuer Möglichkeiten als mit der Verdammnis, mehr mit der Zukunft als mit der Vergangenheit« (ebd., 116).

Ich weiß, dass ihr an diese Liebe glaubt, welche Versöhnung möglich macht;

Danke. Und, bitte, vergesst nicht, für mich zu beten.

Gott segne euch.

[01354-DE.02] [Originalsprache: Portugiesisch]

Traduzione in lingua spagnola

Muchas gracias por tus palabras de bienvenida, muchas gracias también por todas y cada una de las representaciones artísticas que habéis realizado. Muchas gracias, gracias. Siéntense, pónganse cómodos.

Me agradecíais porque he reservado tiempo para estar con vosotros. ¿Qué es más importante para un pastor que estar con los suyos? ¿Qué es más importante para un pastor que encontrarse con sus jóvenes? ¡Vosotros sois importantes! Tenéis que saberlo, tenéis que creéroslo. ¡Vosotros sois importantes! Pero con humildad. Porque vosotros no sois sólo el futuro de Mozambique, tampoco de la Iglesia y de la humanidad. Vosotros sois el presente, sois el presente de Mozambique, que, con todo lo que sois y hacéis, ya estáis aportando lo mejor que hoy podéis regalar. Sin vuestro entusiasmo, vuestros cantos, vuestra alegría de vivir, ¿qué sería de esta tierra? Sin los jóvenes, ¿qué sería de esta tierra? Veros cantar, sonreír, bailar, en medio de todas las dificultades que vivís —como bien nos contabas tú— es el mejor signo de que vosotros, jóvenes, sois la alegría de esta tierra, la alegría de hoy, de hoy. La esperanza del mañana.

La alegría de vivir es una de vuestras principales características, la característica de los jóvenes, la alegría de vivir —y eso se puede sentir aquí—. Alegría compartida y celebrada, que reconcilia, y se transforma en el mejor antídoto que desmiente a todos aquellos que os quieren dividir —atentos: que os quieren dividir—, que os quieren fragmentar, que os quieren enfrentar. ¡Cuánto les hace falta a algunas regiones del mundo vuestra alegría de vivir! Como se siente, en algunas regiones del mundo, la alegría de estar sólo juntos, de vivir juntos distintas confesiones religiosas, pero hijos de la misma tierra, unidos.

Gracias por estar presentes las distintas confesiones religiosas. Gracias por animaros a vivir el desafío de la paz y a celebrarla hoy juntos como familia; también a aquellos que sin ser parte de alguna tradición religiosa estáis participando. Es hacer la experiencia de que todos somos necesarios, con nuestras diferencias, pero necesarios. Nuestras diferencias son necesarias. Vosotros juntos —así como os encontráis ahora—, sois el palpitar de este pueblo, donde cada uno juega un papel fundamental en un único proyecto creador, para escribir una nueva página de la historia, una página llena de esperanza, llena de paz, llena de reconciliación. Os pregunto: ¿Queréis escribir esta página? [responden: sí.] Cuando yo entraba, cantaban: “Reconciliación”. ¿Lo repiten? [Todos: Reconciliación. Reconciliación. Reconciliación.] Gracias.

Me hicisteis dos preguntas que creo van unidas. Por un lado, ¿cómo hacer para que los sueños de los jóvenes se hagan realidad? Y, ¿cómo hacer para que los jóvenes se involucren en los problemas que aquejan al país? Vosotros hoy nos marcasteis el camino y nos enseñasteis cómo responder a estas preguntas.

Habéis expresado con el arte, con la música, con esa riqueza cultural que mencionabas con tanto orgullo, una parte de vuestros sueños y realidades; en todas ellas mostráis diferentes modos de asomaros al mundo y mirar el horizonte: siempre con ojos llenos de esperanza, llenos de futuro y llenos de ilusiones. Vosotros, jóvenes, camináis con dos pies como los adultos, igual, pero a diferencia de los adultos, que los tienen paralelos, vosotros ponéis uno delante del otro, dispuesto a irse, a partir. Vosotros tenéis tanta fuerza, sois capaces de mirar con tanta esperanza, sois una promesa de vida que lleva incorporado un cierto grado de tenacidad (cf. Exhort. ap. postsin. Christus vivit, 139), que no debéis perder ni dejar que os la roben.

¿Cómo realizar los sueños, cómo contribuir a los problemas del país? Me gustaría decirte: No dejéis que os roben la alegría. No dejéis de cantar y expresaros de acuerdo a todo lo bueno que aprendisteis de vuestras tradiciones. Que no os roben la alegría. Como os decía, hay muchas formas de mirar el horizonte, el mundo, de mirar el presente y el futuro, hay muchos modos. Pero es necesario cuidarse de dos actitudes que matan los sueños y la esperanza. ¿Cuáles son? La resignación y la ansiedad. Dos actitudes que matan los sueños y la esperanza. Son grandes enemigas de la vida, porque nos empujan normalmente por un camino fácil, pero de derrota, y el precio que piden para pasar es muy caro, es muy caro. Se paga con la propia felicidad e incluso con la propia vida. Resignación y ansiedad, dos actitudes que roban la esperanza. ¡Cuántas promesas de felicidad vacías que terminan truncando vidas! Seguro conocéis amigos, conocidos —o incluso os puede haber pasado a vosotros mismos—, el vivir momentos difíciles, dolorosos, donde parece que todo se viene encima y lleva a la resignación. Hay que estar muy atentos porque esa actitud «te hace tomar la senda equivocada. Cuando todo parece paralizado y estancado, cuando los problemas personales nos inquietan, los malestares sociales no encuentran las debidas respuestas, no es bueno darse por vencido» (ibíd., 141). No es bueno darse por vencido, repitan: no está bien darse por vencido [todos: no está bien darse por vencido].

Sé que a la mayoría de vosotros os gusta mucho el fútbol. ¿Es verdad? Recuerdo un gran jugador de estas tierras que aprendió a no resignarse: Eusebio da Silva, la “pantera negra”. Comenzó su vida deportiva en el club de esta ciudad. Las severas dificultades económicas de su familia y la muerte prematura de su padre, no pudieron impedir sus sueños; su pasión por el fútbol lo hizo perseverar, soñar y salir adelante, ¡y hasta llegó a hacer 77 goles para este club de Maxaquene! Tenía todo para resignarse. Y no se resignó.

Su sueño y ganas de jugar lo lanzaron hacia delante, pero tan importante como eso fue encontrar con quién jugar. Vosotros bien sabéis que en un equipo no son todos iguales, ni hacen las mismas cosas o piensan de la misma manera. No. Cada jugador tiene sus características, como lo podemos descubrir y disfrutar en este encuentro: venimos de tradiciones diferentes e incluso podemos hablar lenguas diferentes, pero eso no impidió que nos encontremos. Mucho se ha sufrido y se sufre porque algunos se creen con el derecho de determinar quién puede “jugar” —no— y quién tiene que quedar “fuera de la cancha” —es un derecho injusto—. Y van por la vida dividiendo y enfrentando, y haciendo la guerra. Vosotros, queridos amigos, hoy sois un ejemplo sois un testimonio de cómo tenemos que actuar. Testimonio de unidad, de reconciliación, de esperanza. Como un equipo de fútbol. ¿Cómo comprometerse con el país? Así como lo estáis haciendo, permaneciendo unidos más allá de lo que os puede diferenciar, buscando siempre la ocasión para realizar los sueños por un país mejor, pero juntos. Juntos. ¡Qué importante es no olvidar que la enemistad social destruye! Juntos: [todos: ¡la enemistad social destruye!] «Y una familia se destruye por la enemistad. Un país se destruye por la enemistad. Juntos: [todos: ¡la enemistad social destruye!] El mundo se destruye por la enemistad. Y la enemistad más grande es la guerra.

Porque son incapaces de sentarnos y hablar […]. Sean capaces de crear la amistad social [cf. ibid., 169].

Recuerdo ese proverbio que dice: «Si quieres llegar rápido camina solo, si quieres llegar lejos, ve acompañado». Lo repetimos. [todos: si quieres llegar rápido camina solo, si quieres llegar lejos, ve acompañado]. Se trata siempre de soñar juntos, como lo estáis haciendo hoy. Soñad con otros, nunca contra otros; soñad como habéis soñado y preparado este encuentro: todos unidos y sin barreras. Eso es parte de la “nueva página de la historia” de Mozambique.

Fútbol, equipos, jugar juntos. Jugar juntos nos enseña que no sólo la resignación es enemiga de los sueños y del compromiso, también lo es la ansiedad. Resignación y ansiedad. La ansiedad: «Puede ser una gran enemiga cuando nos lleva a bajar los brazos porque descubrimos que los resultados no son instantáneos. Los sueños más bellos se conquistan con esperanza, paciencia y empeño, renunciando a las prisas. Al mismo tiempo, no hay que detenerse por inseguridad, no hay que tener miedo de apostar y de cometer errores» (ibíd., 142), es normal. Las cosas más hermosas se gestan con el tiempo y, si algo no te salió la primera vez, no tengas miedo de volver a intentar, una y otra vez, y otra. No tengas miedo a equivocarte, nos vamos a equivocar mil veces, pero no caigamos en el error de detenernos porque hay cosas que no nos salieron bien la primera vez. El peor error sería abandonar, por causa de la ansiedad, abandonar los sueños y las ganas de un país mejor por la ansiedad.

Por ejemplo, tenéis ese hermoso testimonio de María Mutola, que aprendió a perseverar, a seguir intentando a pesar de no cumplir su anhelo de la medalla de oro en los tres primeros juegos olímpicos que compitió; después, al cuarto intento, esta atleta de los 800 metros alcanzó su medalla de oro en las olimpíadas de Sídney. Intentar, intentar. La ansiedad no la hizo ensimismarse; sus nueve títulos mundiales no le hicieron olvidar a su pueblo, sus raíces, y sigue cerca de los niños necesitados de Mozambique. ¡Cuánto nos enseña el deporte a perseverar en nuestros sueños!

Me gustaría sumar otro elemento importante: no dejéis afuera a vuestros mayores. No al ansia, no a la resignación y ahora otro elemento importante: no excluir a vuestros ancianos.

También vuestros mayores os pueden ayudar a que vuestros sueños y aspiraciones no se sequen, no los tire el primer viento de la dificultad o la impotencia; los mayores son nuestras raíces. ¿Lo decimos juntos? [todos: los mayores son nuestras raíces]

Las generaciones anteriores tienen mucho para deciros, para proponeros. Es cierto que a veces nosotros, los mayores, lo hacemos de modo impositivo, como advertencia, metiendo miedo. Es verdad, a veces damos miedo; o pretendemos que hagáis, digáis y viváis exactamente igual que nosotros. Es un error. Vosotros tendréis que hacer vuestra propia síntesis, pero escuchando, valorando a los que os han precedido. Y esto, ¿no es lo que habéis hecho con vuestra música? Al ritmo tradicional de Mozambique, la “marrabenta”, le habéis incorporado otros modernos y nació el “pandza”. Lo que escuchabais, lo que veíais cantar y bailar a vuestros padres y abuelos, lo habéis hecho vuestro. Ese es el camino que os propongo, un camino «hecho de libertad, de entusiasmo, de creatividad, de horizontes nuevos, pero cultivando al mismo tiempo esas raíces que alimentan y sostienen» (ibíd., 184). Los mayores son nuestras raíces. [todos: Los mayores son nuestras raíces].

Todos estos son pequeños elementos que pueden daros el apoyo necesario para no achicarse en los momentos de dificultad, sino para abrir una brecha de esperanza; brecha que os ayudará a poner en juego vuestra creatividad y a encontrar nuevos caminos y espacios para responder a los problemas con el gusto de la solidaridad.

Muchos de vosotros nacisteis bajo el signo de la paz, una paz trabajosa que pasó por momentos más luminosos y otros de prueba. La paz es un proceso que también vosotros estáis llamados a recorrer, tendiendo siempre vuestras manos especialmente a aquellos que están pasando en un momento de dificultad. ¡Grande es el poder de la mano tendida y de la amistad que se juega en lo concreto! Pienso en el sufrimiento de aquellos jóvenes que llegaron llenos de ilusiones en búsqueda de trabajo a la ciudad y hoy están sin techo, sin familia y que no encuentran una mano amiga. Qué importante es que aprendamos a ser manos amigas y tendidas. El gesto de la mano extendida. Todos juntos: el gesto de la mano extendida. [Todos: el gesto de la mano extendida]. Gracias. Buscad crecer en la amistad también con los que piensan distinto, para que la solidaridad crezca entre vosotros y se transforme en la mejor arma para transformar la historia. La solidaridad es la mejor arma para transformar la historia.

Mano tendida que también nos recuerda la necesidad de comprometernos por el cuidado de nuestra casa común. Vosotros, sin lugar a dudas, fuisteis bendecidos con una gran belleza natural, estupenda: bosques y ríos, valles y montañas y esas lindas playas.

Pero tristemente, hace pocos meses habéis sufrido el embate de dos ciclones, habéis visto las consecuencias del descalabro ecológico en el que vivimos. Muchos ya habéis aceptado el desafío imperioso de proteger nuestra casa común, y entre estos hay muchos jóvenes. Tenemos un desafío: proteger nuestra casa común.

Y permitidme deciros una última reflexión: Dios os ama, y en esa afirmación estamos de acuerdo todas las tradiciones religiosas. «Para Él realmente eres valioso, no eres insignificante, le importas, porque eres obra de sus manos.

Porque te ama. Intenta quedarte un momento en silencio dejándote amar por Él. Intenta acallar todas las voces y gritos interiores y quédate un instante en sus brazos de amor» (ibíd., 115). Lo hacemos ahora juntos [permanecen un momento en silencio].

Es el amor del Señor que sabe más de levantadas que de caídas, de reconciliación que de prohibición, de dar nueva oportunidad que de condenar, de futuro que de pasado» (ibíd., 116).

Sé que vosotros creéis en ese amor que hace posible la reconciliación.

Muchas gracias y, por favor, no os olvidéis de rezar por mí.

Que Dios os bendiga.

[01354-ES.02] [Texto original: Portugués]

Traduzione in lingua polacca

Bardzo dziękuję za twoje słowa powitania! Dziękuję też za wszystkie występy artystyczne, jakie przedstawiliście. Bardzo dziękuję! Usiądźcie, poczujcie się wygodnie.

Dziękowaliście mi, że poświęciłem czas, aby być z wami. Co może być ważniejsze dla pasterza niż przebywanie ze swoim ludem? Cóż jest ważniejsze dla pasterza, niż spotkanie z jego młodymi? Jesteście ważni! Musicie o tym wiedzieć, musicie w to uwierzyć: jesteście ważni! Ale z pokorą, jesteście bowiem nie tylko przyszłością Mozambiku, Kościoła i ludzkości; jesteście teraźniejszością Mozambiku: z tym wszystkim, czym jesteście i co czynicie, już wnosicie wkład w chwilę obecną, z tym, co najlepsze możecie dać dzisiaj. Bez waszego entuzjazmu, waszych pieśni, waszej radości życia, czymże by była ta ziemia? Bez młodych, czym byłaby ta ziemia? Widzieć jak śpiewacie, uśmiechacie się, tańczycie pośród wszystkich trudności, jakie przeżywacie – jak słusznie nam powiedziałeś – to najlepszy znak, że wy, młodzi, jesteście radością tej ziemi, radością dnia dzisiejszego, nadzieją jutra.

Radość życia jest jedną z waszych głównych cech, charakterystyczna cecha ludzi młodych, radość życia, jak można to tutaj odczuć! Radość wspólna i świętowana, która jedna i staje się najlepszym antidotum, by zdezawuować tych wszystkich, którzy chcą was dzielić – uwaga: chcą was dzielić! – którzy chcą was rozdrabniać i chcą was przeciwstawiać. Jakże w niektórych regionach świata odczuwa się brak waszej radości życia! Jakże się odczuwa w niektórych regionach świata radość bycia zjednoczonymi, wspólnego życia, osób różnych wyznań religijnych, ale dzieci tej samej ziemi, zjednoczonych.

Dziękuję, że jesteście tu z różnych wyznań religijnych. Dziękuję, bo zachęcacie siebie nawzajem, by przeżywać wyzwanie pokoju i świętować je dziś razem jako rodzina, w tym także ci, którzy, choć nie należą do żadnej tradycji religijnej, przybyli, aby wziąć udział... W ten sposób doświadczacie, że wszyscy jesteśmy potrzebni: z naszymi różnicami, ale potrzebni. Konieczne są nasze różnice. Razem, tak jak teraz, jesteście pulsem tego ludu, w którym każdy odgrywa rolę fundamentalną, w jednym projekcie twórczym, aby napisać nową kartę historii, kartę pełną nadziei, pełną pokoju i pełną pojednania. Pytam was: czy chcecie napisać tę kartę? [odpowiadają: tak]. Kiedy wchodziłem śpiewaliście: „pojednanie”. Czy chcecie to powtórzyć? [wszyscy: Pojednanie! Pojednanie! Pojednanie!] Dziękuję!

Zadaliście mi dwa pytania, ale myślę, że są one ze sobą powiązane. Jednym z nich było: jak sprawić, aby marzenia młodych stały się rzeczywistością? A drugie: jak sprawić, by ludzie młodzi angażowali się w problemy, które nękają kraj? Dzisiaj wskazaliście nam drogę i nauczyliście nas, jak odpowiedzieć na te pytania.

Wyraziliście to sztuką, muzyką i bogactwem kulturowym, o których mówiłeś z taką dumą..., wyraziliście część waszych marzeń i waszej rzeczywistości. W każdym z tych wyrażeń ukazują się różne sposoby patrzenia na świat i spoglądania ku horyzontom: zawsze oczami pełnymi nadziei, pełnymi przyszłości, pełnymi pragnień. Wy, ludzie młodzi, chodzicie na dwóch nogach, jak dorośli, tak samo; ale w przeciwieństwie do dorosłych, którzy trzymają je koło siebie, wy zawsze macie jedną wysuniętą, gotowi, by wyruszyć, wystartować. Macie wiele siły, jesteście zdolni patrzeć z wielką nadzieją! Jesteście obietnicą życia, która ma w sobie pewien stopień wytrwałości (por. Posynod. adhort. apost. Christus vivit, 139), której nie wolno wam zgubić, ani pozwolić, by została skradziona.

Jak spełniać marzenia, jak przyczynić się do rozwiązania problemów kraju? Chciałbym wam powiedzieć: nie pozwólcie, by wam skradziono radość! Nie przestawajcie śpiewać i wyrażajcie siebie zgodnie z całym dobrem, którego nauczyliście się ze swoich tradycji. Niech nikt wam nie ukradnie radości! Jak już mówiłem, istnieje wiele sposobów patrzenia na perspektywę, świat, patrzenia na teraźniejszość i przyszłość, różne są sposoby. Musimy jednak wystrzegać się dwóch postaw, które zabijają marzenia i nadzieję. Jakich? Rezygnacji i niepokoju. Dwie postawy, które zabijają marzenia i nadzieję. Są wielkimi wrogami życia, ponieważ zwykle popychają nas na drogę łatwą, ale wiodącą do klęski. A cena, jakiej żądają za przejazd, jest bardzo wysoka... Jest bardzo wysoka. Płacisz za nią swoim szczęściem, a nawet życiem. Rezygnacja i niepokój: dwie postawy, które kradną nadzieję. Ileż pustych obietnic szczęścia, które w ostatecznym rachunku prowadzą do okaleczenia życia! Na pewno wiecie o przyjaciołach, znajomych – a mogło się przydarzyć także wam – że w chwilach trudnych, bolesnych, kiedy wszystko wydaje się na ciebie spadać, są przygwożdżeni rezygnacją. Trzeba bardzo uważać, ponieważ takie podejście „sprawia, że podążasz niewłaściwą drogą. Kiedy wszystko wydaje się trwać w bezruchu i stagnacji, kiedy niepokoją nas problemy osobiste, trudności społeczne nie znajdują właściwych odpowiedzi, nie jest dobrze poddawać się” (tamże, 141). Nie jest dobrze się poddawać! Powtórzcie: nie jest dobrze się poddawać. [wszyscy: nie jest dobrze się poddawać!]

Wiem, że większość z was bardzo lubi piłkę nożną. Prawda? Pamiętam wspaniałego gracza z tych ziem, który nauczył się nie poddawać: Eusebio da Silva, „czarna pantera”. Rozpoczął swoje życie sportowe w drużynie tego miasta. Poważne trudności ekonomiczne jego rodziny i przedwczesna śmierć ojca nie przeszkodziły mu w marzeniach. Jego zamiłowanie do futbolu sprawiło, że stał się wytrwały, marzył i szedł naprzód... zdobywając 77 bramek dla tego klubu Maxaquene! Nie brakowało powodów, żeby się poddać... I on się nie poddał.

Jego marzenie i chęć grania popychały go naprzód, ale równie ważne było odnalezienie, z kim grać. Dobrze wiecie, że w zespole nie wszyscy są tacy sami, nie wszyscy czynią to samo i nie wszyscy myślą w ten sam sposób. Nie. Każdy gracz ma swoje własne cechy, jak możemy odkryć i zasmakować z tego spotkania: pochodzimy z różnych tradycji i możemy nawet mówić w różnych językach, ale to nie przeszkodziło nam w spotkaniu się. Dosyć już wycierpiano i nadal się cierpi, ponieważ niektórzy uważają, że mają prawo decydować, kto może „grać”, a kto musi pozostać „na ławce rezerwowych” – to niesprawiedliwe prawo! - niektórzy spędzają życie, tworząc podziały i przeciwieństwa, prowadząc wojnę. Dzisiaj, drodzy przyjaciele, jesteście przykładem, jesteście świadectwem tego, jak powinniśmy działać. Jako świadkowie jedności, pojednania, nadziei. Jak drużyna piłkarska. Jak zaangażować się na rzecz kraju? Właśnie, tak jak teraz, trwając w jedności, niezależnie od czegokolwiek, co mogłoby was poróżnić, zawsze szukając szans, by spełnić marzenia o lepszym kraju, ale... razem. Razem. Jakże ważne jest, aby nie zapominać, że wrogość społeczna niszczy. Razem! [wszyscy: wrogość społeczna niszczy!]. Rodzina ulega zniszczeniu przez wrogość. Kraj jest niszczony przez wrogość. Razem! [wszyscy: wrogość społeczna niszczy]. Świat jest niszczony przez wrogość. Zaś największą wrogością jest wojna. Bo nie potrafią usiąść i porozmawiać. Bądźcie zdolni do tworzenia przyjaźni społecznej.

Pamiętam przysłowie, które mówi: „Jeśli chcesz dotrzeć jak najszybciej idź sam; jeśli chcesz zajść daleko, idź w towarzystwie innych”. Powtórzmy. [Wszyscy: Jeśli chcesz dotrzeć jak najszybciej idź sam; jeśli chcesz zajść daleko, idź w towarzystwie innych]. Chodzi o to, by zawsze marzyć razem, tak jak czynicie to dzisiaj. Marzcie razem z innymi, nigdy przeciwko innym; marzcie tak, jak wymarzyliście i przygotowaliście to spotkanie: wszyscy zjednoczeni i bez barier. To należy do „nowej karty dziejów” Mozambiku. Piłka nożna, drużyna, wspólna gra.

Wspólna gra uczy nas, że wrogiem marzeń jest nie tylko rezygnacja, ale także niepokój. Rezygnacja i niepokój. Niepokój: „może on stać się wielkim wrogiem, kiedy wiedzie nas do kapitulacji, gdy odkrywamy, że rezultaty nie przychodzą natychmiast. Najpiękniejsze marzenia zdobywa się, mając nadzieję, cierpliwość i determinację, rezygnując z pośpiechu. Jednocześnie nie wolno się zamykać z powodu niepewności i obawy przed ryzykiem czy popełnianiem błędów” (tamże, 142); to normalne. Nie trzeba bać się ryzyka i popełniania błędów. Rzeczy najpiękniejsze dojrzewają z czasem, a jeśli coś się tobie nie udało za pierwszym razem, nie bój się próbować wciąż na nowo, na nowo i na nowo. Nie bój się popełniać błędów! Możemy się mylić tysiąckroć, ale nie popadajmy w błąd stawania w miejscu, bo coś nie wyszło za pierwszym razem. Najgorszym błędem byłoby porzucenie z powodu niepokoju, porzucenie marzeń i pragnienia lepszego kraju.

Macie na przykład przed oczami piękne świadectwo Marii Mutoli, która nauczyła się nie ustawać, nieustannie próbować, chociaż nie mogło się spełnić jej pragnienie zdobycia złotego medalu w pierwszych trzech Igrzyskach Olimpijskich, w których brała udział; później, przy czwartej próbie, ta biegaczka na 800 metrów zdobyła złoty medal na igrzyskach olimpijskich w Sydney. Trzeba nieustannie próbować. Niepokój nie doprowadził jej do zamknięcia się w sobie. Jej dziewięć tytułów mistrzyni świata nie sprawiło, że zapomniała o swoim narodzie ani swoich korzeniach, lecz nadal troszczyła się o dzieci potrzebujące w Mozambiku. Jakże sport uczy nas wytrwałości w marzeniach!

Chciałbym dodać kolejny ważny element: Mówimy nie rezygnacji, nie dla niepokoju, a teraz jeszcze jeden ważny element: nie wykluczajcie waszych starszych.

Również wasi starsi mogą pomóc, aby wasze marzenia i dążenia się nie wyczerpały, nie uległy zniszczeniu przez pierwszy wiatr trudności lub bezsilności. Starsi są naszymi korzeniami. Czy to wypowiemy? [Wszyscy: starsi są naszymi korzeniami]. Pokolenia wcześniejsze mają wam wiele do powiedzenia, do zaproponowania. To prawda, że czasami my, osoby starsze, czynimy to w sposób autorytarny, w formie przestrogi, budząc strach. To prawda, czasami siejemy strach, albo wymagamy, abyście czynili, mówili i żyli dokładnie tak, jak my. To postawa błędna. Natomiast wy powinniście dokonać własnej syntezy, ale słuchając, doceniając tych, którzy was poprzedzili. Czyż nie uczyniliście tego ze swoją muzyką? Z tradycyjnym rytmem Mozambiku „marrabenta” wymieszaliście inne współczesne i tak narodziła się „pandza”. Przyjęliście to, co usłyszeliście, co widzieliście, jak jest śpiewane i tańczone przez waszych rodziców i dziadków. Oto droga, którą wam proponuję: „droga, oparta na wolności, entuzjazmie, kreatywności, nowych horyzontach, ale jednocześnie kultywując te korzenie, które zasilają i podtrzymują” (tamże, 184). Starsi są naszymi korzeniami. [Wszyscy: starsi są naszymi korzeniami].

Są to wszystko małe elementy, które mogą zapewnić potrzebne wam wsparcie, by unikać zamykania się w chwilach trudności, ale otworzyć sobie wyłom nadziei. Wyłom ten pomoże wam wykorzystać waszą kreatywność i znaleźć nowe drogi i nowe przestrzenie, by odpowiedzieć na problemy z poczuciem solidarności.

Wielu z was urodziło się pod znakiem pokoju, problematycznego pokoju, który przechodził różne chwile: jedne bardziej spokojne, a inne trudne. Pokój jest procesem, do którego rozwijania jesteście wezwani również wy, wyciągając stale wasze ręce przede wszystkim ku tym, którzy przeżywają chwile trudne. Wielka jest siła wyciągniętej ręki i przyjaźni przełożona na konkretne gesty! Myślę o cierpieniach tych ludzi młodych pełnych marzeń, którzy przybyli, by szukać pracy w mieście, a dziś są bezdomni, bez rodziny i bez pomocnej dłoni. Jakże jest ważne nauczenie się bycia pomocną dłonią! Ten gest wyciągniętej ręki. Wszyscy razem! Gest wyciągniętej ręki. [Wszyscy: gest wyciągniętej ręki]. Dziękuję. Starajcie się wzrastać w przyjaźni, również z tymi, którzy myślą inaczej, aby wzrastała między wami solidarność i stała się najlepszą bronią, by przekształcić historię. Solidarność jest najlepszą bronią, by przekształcić historię.

Wyciągnięta ręka przypomina nam również o potrzebie zaangażowania się w troskę o nasz wspólny dom. Niewątpliwie zostaliście obdarzeni pięknem przyrody: lasy i rzeki, doliny i góry oraz wiele pięknych plaż.

Niestety kilka miesięcy temu doświadczyliście rozjuszenia dwóch cyklonów, widzieliście konsekwencje zapaści ekologicznej, w której żyjemy. Wiele osób, w tym liczni ludzie młodzi, podjęło już pilne wyzwanie ochrony naszego domu. Stoi przed nami wyzwanie: chronić nasz wspólny dom.

Pozwólcie, że zostawię wam ostatnią myśl: Bóg was miłuje. I w tym stwierdzeniu zgodne są wszystkie tradycje religijne. „Dla Niego jesteś naprawdę cenny, nie jesteś nieznaczący, jesteś dla Niego ważny, bo jesteś dziełem Jego rąk. Bo ciebie miłuje. Bóg cię miłuje. Postaraj się trwać przez chwilę w milczeniu, pozwalając Mu się ukochać. Spróbuj uciszyć wszystkie głosy i krzyki wewnętrzne i pozostań przez chwilę w Jego objęciach miłości” (Christus vivit, 115). Uczyńmy to teraz razem [trwają chwilę w milczeniu].

To miłość Pana, która wie więcej o powstawaniu niż upadkach, o pojednaniu niż zakazach, o dawaniu nowej szansy niż potępieniu, o przyszłości niż przeszłości” (tamże, 116).

Wiem, że wierzycie w tę miłość, która umożliwia pojednanie.

Dziękuję! I proszę, nie zapomnijcie za mnie się modlić.

Niech Bóg was błogosławi.

[01354-PL.02] [Testo originale: Portoghese]

Traduzione in lingua araba

الزيارة الرّسولية إلى موزمبيق

كلمة قداسة البابا فرنسيس

خلال اللقاء مع الشبيبة

مابوتو – مدرج ماكساكيني

الخميس 5 سبتمبر/أيلول 2019

شكرًا جزيلًا لكم على كلمات الترحيب! وشكرًا أيضًا على كلّ العروض الفنّية التي أدّيتموها. شكرًا جزيلًا، شكرًا! تفضّلوا استريحوا.

لقد شكرتموني لأني خصّصت بعض الوقت لأكون معكم. هل يوجد أهمّ بالنسبة للكاهن مِن أن يكون مع شعبه؟ هل للكاهن أهمّ مِن أن يلتقي بشبيبته؟ أنتم مهمّون! عليكم أن تعرفوا هذا، ويجب أن تصدّقونا: أنتم مهمّون! ولكن بتواضع. لأنكم لستم فقط مستقبل موزمبيق أو الكنيسة أو الإنسانية؛ أنتم الحاضر، أنتم حاضر موزمبيق، مع كلّ ما أنتم عليه وما تفعلونه، أنتم تساهمون منذ الآن في الحاضر عبر أفضل ما يمكنكم تقديمه اليوم. فبدون حماسكم، وأغانيكم، وفرحكم في العيش، ماذا ستكون هذه الأرض؟ من دون الشبيبة، ماذا ستصبح هذه الأرض؟ أن نراكم وأنتم تغنّون، وتبتسمون، وترقصون، وسط كلّ الصعوبات التي تمرّون بها - كما قلته لنا بحقّ - هو أفضل علامة على أنكم أنتم الشبيبة، فرح هذه الأرض، فرح اليوم، اليوم. ورجاء الغد.

فرح العيش هو إحدى سماتكم الرئيسية، سمات الشبيبة، فرح العيش، كما يمكننا أن نشعر به هنا! فرح تتشاركونه وتحتفلون به، فرح يصالح ويصبح أفضل ترياق لإسكات الذين يرغبون في زرع الانقسامات –انتبهوا: يريدون تقسيمكم- أو يريدون تجزئتكم، أو يريدون زرع التباين بينكم. كم أن بعض المناطق في العالم، تفتقر إلى فرحكم، فرح العيش! وكم أننا نشعر، في بعض أرجاء العالم، بفرح الوحدة، والعيش معًا، بين طوائف دينية مختلفة، إنما أبناء الأرض الواحدة، متّحدين.

شكرًا لحضور مختلف الطوائف الدينية. شكرًا لتشجيعكم المتبادل على مواجهة تحدّي السلام وعلى الاحتفال به اليوم معًا كعائلة، ومعنا أولئك الذين، رغم أنهم لا ينتمون إلى أيّ تقليد ديني، قد أتوا ليشاركوا ... إنّكم تختبرون بهذه الطريقة أننا جميعًا ضروريّون: مع اختلافنا، ولكن ضروريّون. اختلافاتنا هي ضروريّة. معًا، كما أنتم الآن، أنتم نبض هذا الشعب، حيث يلعب الجميع دورًا أساسيًا، في مشروع إبداعي واحد، بهدف كتابة صفحة جديدة من التاريخ، صفحة مليئة بالرجاء ومليئة بالسلام ومليئة بالمصالحة. أسألكم: هل ترغبون في كتابة هذه الصفحة؟ [يجيبون: نعم!] لقد غنّيتم عند دخولي "المصالحة". هلا أعدتم الغناء؟ [الجميع: المصالحة! المصالحة!] شكرًا!

لقد طرحتم عليّ سؤالين، ولكني أعتقد أنهما مرتبطان. أوّلهما: كيف تجعل أحلام الشبيبة تتحقّق؟ والآخر: كيف تجعل الشبيبة تشارك في المشاكل التي تعصف بالبلاد؟ وأنتم اليوم أوضحتم لنا الطريق وعلّمتمونا كيف نجيب على هذه الأسئلة.

لقد قلتم، عبر الفنّ، والموسيقى، والغنى الثقافي الذي تحدّثت عنه بكلّ فخر...، عن جزء من أحلامكم وحقائقكم؛ وفي كلّ من هذه التعبيرات، تظهر أساليب مختلفة للنظر على العالم والنظر إلى الأفق: بأعين مليئة دائمًا بالرجاء، مليئة بالمستقبل ومليئة أيضًا بالرغبات. أنتم، أيها الشبيبة، تسيرون على قدمين مثل البالغين، بنفس الطريقة؛ ولكن على عكس البالغين الذين يسيرون وأقدامهم متوازية، أنتم تضعون دائمًا قدمًا أمام الآخر، مستعدّون للذهاب، للانطلاق. لديكم الكثير من القوّة، أنتم قادرون على النظر برجاء كبير! أنتم وعد بالحياة، يتضمّن المثابرة (را. الإرشاد الرسولي المسيح يحيا، عدد 139)، التي لا يجب أن تفقدوها أو أن تسمحوا بأن تُنتَزَع منكم.

كيف نحقّق الأحلام، كيف نساعد في حلّ مشاكل البلاد؟ أودّ أن أقول لكم: لا تسمحوا بأن يُسلب فرحكم! لا تتوقّفوا عن الغناء والتعبير عن أنفسكم وفقًا لكلّ ما تعلّمتموه من تقاليدكم. لا تسمحوا بأن يسرقوا منكم فرحكم! كما قلته لكم، هناك أساليب مختلفة للنظر إلى الأفق وإلى العالم، والنظر إلى الحاضر والمستقبل، هناك أساليب عديدة. لكن يجب أن نتنبّه لموقفين يقتلان الأحلام والرجاء. ما هما؟ الاستسلام والقلق. هما موقفان يقتلان الأحلام والرجاء. هما عدّوان عظيمان للحياة، لأنهما يدفعان بنا عادة إلى الانزلاق للطريق السهل، لكنه طريق الهزيمة؛ وضريبة المرور التي يطلبانها هي مكلفة للغاية! مكلفة للغاية. ندفع الثمن من سعادتنا وحتى من حياتنا. الاستسلام والقلق: موقفان يسلبان الرجاء. كم من الوعود الفارغة بالسعادة، تتوصّل حتى إلى تحطيم حياة الأشخاص! من المؤكّد أنه لديكم أصدقاء أو معارف -أو ربّما قد حدث الأمر لكم- قد حطّمهم الاستسلام، في الأوقات الصعبة والمؤلمة، عندما بدا كلّ شيء وكأنّه يقع عليهم. يجب أن نكون حذرين للغاية، لأن هذا التصرّف يجعلنا نأخذ "المسار الخطأ. فعندما يبدو كلّ شيء وكأنه مشلول وراكد، وعندما تقلقنا مشكلاتنا الشخصية، ولا تجد المشكلات الاجتماعية الإجابات الصحيحة، لا فائدة من الاستسلام" (نفس المرجع، 141). ليس من الجيّد أن نستسلم! ردّدوا: ليس من الجيّد أن نستسلم. [الجميع: ليس من الجيّد أن نستسلم!]

أعرف أن معظمكم يحبّ كرة القدم جدًا. صحيح؟ أذكر لاعبًا رائعًا من هذه الأرض تعلّم ألّا يستسلم: أوزيبيو دا سيلفا، "النمر الأسود". بدأ حياته الرياضية في فريق هذه المدينة. ولم تمنعه مصاعب أسرته الاقتصادية الكبيرة وموت والده المبكّر، من تحقيق أحلامه؛ فقد جعله شغفه بكرة القدم يثابر ويحلم ويمضي قدمًا... فتوصّل لأن يسجّل 77 هدفًا لنادي ماكساكيني! كانت أسباب الاستسلام كثيرة... ولكنه لم يستسلم.

دفعه حلمه ورغبته في اللعب إلى التقدّم، ولكن كان من المهمّ أيضًا إيجاد الفريق ليلعب معه. أنتم تعلمون جيّدًا أن أعضاء الفريق، ليسوا جميعًا على نفس المستوى، ولا يفعلون جميعًا نفس الأشياء ولا يفكّرون جميعًا بالطريقة نفسها. كلا. لكلّ لاعب دوره، على غرار ما نكتشفه ونستمتع به في هذا اللقاء: إننا نأتي من تقاليد مختلفة، ويمكننا حتى التكلّم بلغات مختلفة، لكن هذا لم يمنعنا من أن نلتقي. لقد عانى الكثيرون وما زال يعاني آخرون، بسبب أن البعض يعتقد بأنه يحقّ لهم أن يقرّروا مَن يمكنه "اللعب" –كلا!- ومن يجب أن يبقى "خارج الملعب" –هذا حقًّا غير عادل-، ويقضي البعض حياتهم في خلق الانقسامات ومعارضة الآخرين، ومحاربتهم. إنكم اليوم، أيها الأصدقاء الأعزّاء، نموذج، إنكم شهادة على كيف يجب أن نتصرّف. إنكم شهود وحدة، ومصالحة، ورجاء. مثل فريق كرة القدم. كيف أعمل من أجل البلاد؟ تمامًا كما تفعلون الآن، ابقوا متّحدين، ومتخطّين لأيّ شيء يمكنه أن يفرّق بينكم، باحثين دائمًا عن الفرصة لتحقيق أحلامكم ببلد أفضل، ولكن ... معًا. معًا. كم هو مهمّ ألّا ننسى أن العداء الاجتماعي يدمّر. نردّده معًا! [العداء الاجتماعي يدمّر]. والأسرة تتحطّم بفعل العداوة. معًا! [العداء الاجتماعي يدمّر] والبلد يتدمّر بفعل العداوة. والعالم يتدمّر بفعل العداوة. والعداوة الأكبر هي الحرب. تقع الحرب لأنهم غير قادرين على الجلوس والتحدّث. كونوا قادرين على خلق الصداقة الاجتماعية (را. نفس المرجع، 169).

أذكر المثل الذي يقول: "إذا كنت ترغب بالوصول بسرعة، امشي وحيدًا؛ إذا كنت ترغب في الذهاب بعيدًا، فاذهب برفقة آخرين". لنردّده. [الجميع: إذا كنت ترغب بالوصول بسرعة، امشي وحيدًا؛ إذا كنت ترغب في الذهاب بعيدًا، فاذهب برفقة آخرين] فالمسألة هي دومًا مسألة أن نحلم معًا كما تفعلون اليوم. أن تحلموا مع الآخرين، وليس أبدًا ضدّ الآخرين؛ احلموا كما حلمتم وأعددتم لهذا اللقاء: كلّنا متّحدون وبدون حواجز. فهذا جزء من "الصفحة التاريخيّة الجديدة" في موزمبيق.

كرة القدم، الفريق، أن نلعب معًا. أن نلعب معًا يعلّمنا أن الاستسلام ليس وحده عدو الأحلام، إنما القلق أيضًا. الاستسلام والقلق. القلق: قد يكون هذا "عدوًّا كبيرًا لنا عندما يقودنا إلى الاستسلام حين نرى أن النتائج ليست فورية. لا تتحقّق أحلامنا الأجمل إلّا بالرجاء والصبر والالتزام، وبعيدًا عن التسرّع. ولا ينبغي لنا، في الوقت عينه، أن نتعثّر بسبب التردّد، ولا يجب أن نخاف من المخاطرة أو من ارتكاب الأخطاء" (نفس المرجع، 142) فهذا أمر طبيعي. أجمل الأشياء تنضج بمرور الوقت، وإذا لم تجرِ الأمور بشكل جيّد في المرّة الأولى، فلا تخف من المحاولة مرارًا وتكرارًا. لا تخف من ارتكاب الأخطاء! يمكننا أن نخطئ ألف مرّة، لكن لا يجب أن نقع في خطأ التوقّف بسبب أن شيئًا ما لم يتمّ بشكل جيّد في المرّة الأولى. الخطأ الأسوأ هو الاستسلام، بسبب القلق، والتخلّي عن الأحلام والرغبة في بلد أفضل.

هناك أمام أعينكم على سبيل المثال، الشهادة الجميلة التي قدّمتها ماريا موتولا، التي تعلّمت المثابرة، لمواصلة المحاولة، على الرغم من أن رغبتها في الحصول على الميدالية في الألعاب الأولمبية الثلاثة الأولى التي شاركت فيها لم تتحقّق؛ وحصلت عدّاءة الـ 800 متر هذه مؤخّرا، في المحاولة الرابعة، على الميدالية في أولمبياد سيدني. المحاولة، ثمّ المحاولة. لم يدفعها القلق إلى الانغلاق على نفسها؛ ولم تنسيها ألقابها التسع العالمية شعبها وجذورها، لكنّها استمرّت في رعاية أطفال الموزمبيق المحتاجين. كم أن الرياضة تعلّمنا أن نثابر في أحلامنا!

أودّ إضافة عنصر مهمّ آخر: لا تستبعدوا مسنّيكم. لا للقلق، لا للاستسلام، والآن عنصر آخر مهمّ: لا تستبعدوا المسنين.

إن كباركم سنًّا باستطاعتهم أيضًا أن يساعدون في ألّا تجفّ أحلامكم وتطلّعاتكم، وألا تكتسحها أوّل موجة من الصعوبة أو العجز. كبار السنّ هم جذورنا. نردّده معًا؟ [الجميع: كبار السنّ هم جذورنا. كبار السنّ هم جذورنا]. إن الأجيال السابقة لديها الكثير لتقوله لكم، لتقترحه عليكم. صحيح أننا في بعض الأحيان، نحن كبار السنّ، نفعل ذلك بطريقة استبدادية، كتحذير، يثير الخوف؛ صحيح أننا نثير أحيانا الخوف أو أننا نريد أن تفعلوا وتقولوا وتعيشوا مثلنا بالتمام. وهذا خطأ. أما أنتم فعليكم أن تستخلصوا الأمور، ولكن عبر الاستماع، وتقييم الذين سبقوكم. ألم تفعلوا ذلك مع موسيقاكم؟ لقد مزجتم الإيقاع التقليدي للموزمبيق، "مارّابنتا"، مع الإيقاعات الحديثة الأخرى فولدت "الباندا". لقد تبنيتم الغناء والرقص الذي سمعتم ورأيتم من قبل والديكم وأجدادكم، بشكل شخصيّ. هذه هي الطريق التي أقترحها عليكم: "طريقًا أخرى، مصنوعة من الحرية، والحماس، والإبداع، والآفاق الجديدة، ولكن مع الحرص، في الوقت عينه، على الاعتناء بالجذور، التي تغذّي وتدعم" (نفس المرجع، 184). كبار السنّ هم جذورنا. [الجميع. كبار السنّ هم جذورنا].

تستطيع كلّ هذه العناصر الصغيرة أن توفّر لكم الدعم الذي تحتاجونه حتى لا تنغلقوا على أنفسكم في الصعوبات، بل تنفتحوا على بصيص الرجاء؛ بصيص سوف يساعدكم على استثمار إبداعكم وإيجاد طرق جديدة ومساحات جديدة لمعالجة المشاكل بفرح التضامن.

لقد وُلد الكثير منكم تحت راية السلام، سلام مضطرب اجتاز أوقاتًا مختلفة: بعضها هادئ وبعضها عبرته المحن. السلام هو عمليّة أنتم أيضًا مدعوّون إلى جعلها تتقدّم، عبر أيديكم الممدودة على الدوام ولا سيما لمّن يجتاز أوقاتًا صعبة. فعظيمة هي قوّة اليد الممدودة والصداقة التي تظهر بأعمال ملموسة! أفكّر في معاناة الشبيبة المفعمين بالأحلام والذين جاؤوا للبحث عن عمل في المدن، وهم اليوم بلا مأوى، وبدون أسرة، وبدون يد صديقة. كم هو مهمّ أن نتعلّم كيف نكون يدًا صديقة، يدًا ممدودة! هذا العمل، اليد الممدودة. معًا! اليد الممدودة. [الجميع: اليد الممدودة]. شكرًا. حاولوا أن تنموا في الصداقة حتى مع الذين يفكّرون بطريقة مختلفة، بحيث ينمو التضامن بينكم ويصبح أفضل سلاح لتغيير التاريخ. إن التضامن هو السلاح الأفضل لتغيير التاريخ.

يد ممدودة تذكّرنا أيضًا بضرورة الالتزام بعناية بيتنا المشترك. لقد نلتم دون شكّ بركة جمال طبيعي مدهش: غابات وأنهار، وأودية وجبال، والكثير أيضًا من الشواطئ الجميلة.

وقد عانيتم للأسف منذ بضعة أشهر من عنف إعصارين، وشهدتم عواقب الانهيار البيئي الذي نعيش فيه. وقد تبنّى الكثيرون، بمن فيهم العديد من الشبيبة، التحدّي الملّح لحماية بيتنا. لدينا تحدّ: حماية بيتنا المشترك.

اسمحوا لي أن أترك لكم فكرة أخيرة: إن الله يحبّكم؛ وعلى هذا التأكيد تتّفق كلّ التقاليد الدينية. "أنت ثمين حقًّا في عينيه، ولست محتقرا؛ بل أنت مهمّ بالنسبة له، لأنك صنع يديه. لأنه يحبّك. حاول أن تبقى صامتًا للحظة واسمح له أن يحبّك. حاول إسكات كلّ الأصوات والضوضاء في داخلك، وابقَ لحظة في أحضان حبّه" (المسيح يحيا، 115). لنبق الآن بصمت للحظات معًا [صمت للحظات].

إنها محبّة الربّ، التي تعرف النهوض أكثر من السقوط، والمصالحة أكثر من الحظر، وإعطاء الفرص الجديدة أكثر من الإدانة، والمستقبل أكثر من الماضي" (نفس المرجع، 116).

أعرف أنكم تؤمنون بهذه المحبّة التي تجعل المصالحة ممكنة.

شكرًا! ومن فضلكم لا تنسوا أن تصلّوا من أجلي.

ليبارككم الله.

[01354-AR.01] [Texto original: Árabe]

 

[B0661-XX.02]