VIAGGIO APOSTOLICO DI SUA SANTITÀ FRANCESCO A RIO DE JANEIRO (BRASILE) IN OCCASIONE DELLA XXVIII GIORNATA MONDIALE DELLA GIOVENTÙ (22-29 LUGLIO 2013) (VII) ● CONSEGNA DELLE CHIAVI DELLA CITTÀ E BENEDIZIONE DELLE BANDIERE OLIMPICHE NEL "PALÁCIO DA CIDADE" DI RIO DE JANEIRO
● VISITA ALLA COMUNITÀ DI VARGINHA (MANGUINHOS)
● CONSEGNA DELLE CHIAVI DELLA CITTÀ E BENEDIZIONE DELLE BANDIERE OLIMPICHE NEL "PALÁCIO DA CIDADE" DI RIO DE JANEIRO
Questa mattina, dopo la Messa celebrata nella Residenza di Sumaré, alla quale hanno preso parte - con Vescovi e sacerdoti - circa 300 seminaristi dell’arcidiocesi, il Santo Padre Francesco si è trasferito in auto al "Palácio da Cidade" di Rio de Janeiro, sede degli uffici del Sindaco.
Al suo arrivo, alle ore 9.45, il Papa è stato accolto all’ingresso d’onore dal Sindaco, Sig. Eduardo Paes. Attraversando il Salone centrale, il Santo Padre ha ricevuto il saluto di alcuni atleti particolarmente rappresentativi dello sport brasiliano.
Quindi si è affacciato dal balcone, dove il Sindaco gli ha consegnato le chiavi della Città. Sempre dal balcone Papa Francesco ha benedetto le bandiere ufficiali dei Giochi Olimpici e Paraolimpici, esposte nel giardino antistante. Oltre ai Mondiali di Calcio del 2014, infatti, il Brasile ospiterà nel 2016 anche la XXXI edizione delle Olimpiadi. Sono presenti alla benedizione delle bandiere giovani atleti in rappresentanza di entrambe le manifestazioni sportive.
Nel corso della cerimonia di benedizione delle bandiere olimpiche, Papa Francesco ha pronunciato le seguenti parole:
● PAROLE DEL SANTO PADRE
Acabamos de benzer as bandeiras e as imagens religiosas. Bom dia a todos! Muito obrigado por estarem aqui neste momento e agora, de coração, vou lhes dar a Bênção a vocês todos, às suas famílias, aos seus amigos, ao bairro, a todos.
(dá a Bênção)
E rezem por mim!
Traduzione delle parole del Papa:
Spagnolo:
Acabamos de bendecir las banderas y las imágenes religiosas. ¡Buen día a todos! Muchas gracias por estar aquí en este momento y ahora de corazón les voy a dar la Bendición a todos ustedes, a sus familias, a sus amigos, al barrio, a todos.
(Bendición)
¡Y recen por mí!
Italiano:
Abbiamo appena benedetto le bandiere e le immagini religiose. Buongiorno a tutti! Molte grazie di essere qui in questo momento, e adesso, di vero cuore, do la Benedizione a tutti voi, alle vostre famiglie, ai vostri amici, al quartiere, a tutti.
(Benedizione)
E pregate per me!
Inglese:
We have just blessed the flags and the religious images. Good morning to everyone! Many thanks for being here at this time, and now, with all my heart, I give my Blessing to all of you, to your families, to your friends, to the district, to everyone.
(Blessing)
And pray for me!
Francese:
Nous venons de bénir les drapeaux et les images religieuses. Bonjour à tous ! Merci beaucoup d’être ici en ce moment, et maintenant, de tout cœur, je vous donne la Bénédiction à tous, à vos familles, à vos amis, au quartier, à tous.
(Bénédiction)
Et priez pour moi !
Tedesco:
Soeben haben wir die Fahnen und die Andachtsbilder gesegnet. Guten Tag euch allen! Vielen Dank, dass ihr aus diesem Anlass hier seid. Und nun erteile ich von ganzem Herzen euch allen, euren Familien und euren Freunden, diesem Stadtviertel und allen den Segen.
(Segen)
Und betet für mich!
Polacco:
Przed chwilą pobłogosławiliśmy flagi i obrazy religijne. Dzień dobry wszystkim! Bardzo dziękuję, że jesteście tu w tym momencie. A teraz z całego serca udzielam błogosławieństwa wam wszystkim, waszym rodzinom, waszym przyjaciołom, dzielnicy, wszystkim.
(Błogosławieństwo)
I módlcie się za mnie!
[01101-06.01] [Texto original: Português]
Conclusa la cerimonia, il Santo Padre si è trasferito in auto alla Comunità di Varginha (Manguinhos).
[01101-01.01]
● VISITA ALLA COMUNITÀ DI VARGINHA (MANGUINHOS)
DISCORSO DEL SANTO PADRE
TRADUZIONE IN LINGUA SPAGNOLA
TRADUZIONE IN LINGUA ITALIANA
TRADUZIONE IN LINGUA INGLESE
TRADUZIONE IN LINGUA FRANCESE
TRADUZIONE IN LINGUA TEDESCA
TRADUZIONE IN LINGUA POLACCA
Alle ore 11, il Santo Padre Francesco si è recato in visita alla Comunità di Varginha (Manguinhos), che fa parte di una più ampia "favela" di Rio de Janeiro, definita "pacificata" nel 2012, dopo numerose operazioni di lotta al narco-traffico e di promozione sociale.
Al suo arrivo, il Papa è stato accolto dal parroco, dal vicario episcopale e dalla superiora delle Suore della Carità. Si è quindi recato nella piccola chiesa intitolata a S. Gerolamo Emiliani, all’interno della quale erano presenti alcuni membri della comunità parrocchiale. Dopo un momento di preghiera, il Santo Padre ha benedetto il nuovo altare e offerto un dono per la parrocchia, poi ha raggiunto a piedi il campo di calcio dove si trovava riunita la Comunità. Lungo il percorso si è fermato a visitare la casa di una famiglia. Nel corso dell’incontro con la Comunità di Varginha, dopo il saluto di una coppia di coniugi, Papa Francesco ha pronunciato il discorso che riportiamo di seguito:
DISCORSO DEL SANTO PADRE
Queridos irmãos e irmãs,
bom dia!
Que bom poder estar com vocês aqui! Que bom! Desde o início, quando planejava a minha visita ao Brasil, o meu desejo era poder visitar todos os bairros deste País. Queria bater em cada porta, dizer "bom dia", pedir um copo de água fresca, beber um "cafezinho" - não um copo de cachaça! - falar como a amigos de casa, ouvir o coração de cada um, dos pais, dos filhos, dos avós... Mas o Brasil é tão grande! Não é possível bater em todas as portas! Então escolhi vir aqui, visitar a Comunidade de vocês; esta comunidade, que hoje representa todos os bairros do Brasil. Como é bom ser bem acolhido, com amor, generosidade, alegria! Basta ver como vocês decoraram as ruas da Comunidade; isso é também um sinal do carinho que nasce do coração de vocês, do coração dos brasileiros, que está em festa! Muito obrigado a cada um de vocês pela linda acolhida! Agradeço ao casal Rangler e Joana pelas suas belas palavras.
1. Desde o primeiro instante em que toquei as terras brasileiras e também aqui junto de vocês, me sinto acolhido. E é importante saber acolher; é algo mais bonito que qualquer enfeite ou decoração. Isso é assim porque quando somos generosos acolhendo uma pessoa e partilhamos algo com ela – um pouco de comida, um lugar na nossa casa, o nosso tempo - não ficamos mais pobres, mas enriquecemos. Sei bem que quando alguém que precisa comer bate na sua porta, vocês sempre dão um jeito de compartilhar a comida: como diz o ditado, sempre se pode "colocar mais água no feijão"! Se pode colocar mais água no feijão? … Sempre? ... E vocês fazem isto com amor, mostrando que a verdadeira riqueza não está nas coisas, mas no coração!
E o povo brasileiro, sobretudo as pessoas mais simples, pode dar para o mundo uma grande lição de solidariedade, que é uma palavra – esta palavra solidariedade – é uma palavra frequentemente esquecida ou silenciada, porque é incômoda. Quase parece um palavrão… solidariedade! Queria lançar um apelo a todos os que possuem mais recursos, às autoridades públicas e a todas as pessoas de boa vontade comprometidas com a justiça social: Não se cansem de trabalhar por um mundo mais justo e mais solidário! Ninguém pode permanecer insensível às desigualdades que ainda existem no mundo! Cada um, na medida das próprias possibilidades e responsabilidades, saiba dar a sua contribuição para acabar com tantas injustiças sociais! Não é, não é a cultura do egoísmo, do individualismo, que frequentemente regula a nossa sociedade, aquela que constrói e conduz a um mundo mais habitável; não é ela, mas sim a cultura da solidariedade; a cultura da solidariedade é ver no outro não um concorrente ou um número, mas um irmão. E todos nós somos irmãos!
Quero encorajar os esforços que a sociedade brasileira tem feito para integrar todas as partes do seu corpo, incluindo as mais sofridas e necessitadas, através do combate à fome e à miséria. Nenhum esforço de "pacificação" será duradouro, não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma. Uma sociedade assim simplesmente empobrece a si mesma; antes, perde algo de essencial para si mesma. Não deixemos, não deixemos entrar no nosso coração a cultura do descartável! Não deixemos entrar no nosso coração a cultura do descartável, porque nós somos irmãos. Ninguém é descartável! Lembremo-nos sempre: somente quando se é capaz de compartilhar é que se enriquece de verdade; tudo aquilo que se compartilha se multiplica! Pensemos na multiplicação dos pães de Jesus! A medida da grandeza de uma sociedade é dada pelo modo como esta trata os mais necessitados, quem não tem outra coisa senão a sua pobreza!
2. Queria dizer-lhes também que a Igreja, «advogada da justiça e defensora dos pobres diante das intoleráveis desigualdades sociais e econômicas, que clamam ao céu» (Documento de Aparecida, 395), deseja oferecer a sua colaboração em todas as iniciativas que signifiquem um autêntico desenvolvimento do homem todo e de todo o homem. Queridos amigos, certamente é necessário dar o pão a quem tem fome; é um ato de justiça. Mas existe também uma fome mais profunda, a fome de uma felicidade que só Deus pode saciar. Fome de dignidade. Não existe verdadeira promoção do bem-comum, nem verdadeiro desenvolvimento do homem, quando se ignoram os pilares fundamentais que sustentam uma nação, os seus bens imateriais: a vida, que é dom de Deus, um valor que deve ser sempre tutelado e promovido; a família, fundamento da convivência e remédio contra a desagregação social; a educação integral, que não se reduz a uma simples transmissão de informações com o fim de gerar lucro; a saúde, que deve buscar o bem-estar integral da pessoa, incluindo a dimensão espiritual, que é essencial para o equilíbrio humano e uma convivência saudável; a segurança, na convicção de que a violência só pode ser vencida a partir da mudança do coração humano.
3. Queria dizer uma última coisa, uma última coisa. Aqui, como em todo o Brasil, há muitos jovens. Hein, jovens! Vocês, queridos jovens, possuem uma sensibilidade especial frente às injustiças, mas muitas vezes se desiludem com notícias que falam de corrupção, com pessoas que, em vez de buscar o bem comum, procuram o seu próprio benefício. Também para vocês e para todas as pessoas repito: nunca desanimem, não percam a confiança, não deixem que se apague a esperança. A realidade pode mudar, o homem pode mudar. Procurem ser vocês os primeiros a praticar o bem, a não se acostumarem ao mal, mas a vencê-lo com o bem. A Igreja está ao lado de vocês, trazendo-lhes o bem precioso da fé, de Jesus Cristo, que veio «para que todos tenham vida, e vida em abundância» (Jo 10,10).
Hoje a todos vocês, especialmente aos moradores dessa Comunidade de Varginha, quero dizer: Vocês não estão sozinhos, a Igreja está com vocês, o Papa está com vocês. Levo a cada um no meu coração e faço minhas as intenções que vocês carregam no seu íntimo: os agradecimentos pelas alegrias, os pedidos de ajuda nas dificuldades, o desejo de consolação nos momentos de tristeza e sofrimento. Tudo isso confio à intercessão de Nossa Senhora Aparecida, Mãe de todos os pobres do Brasil, e com grande carinho lhes concedo a minha Bênção. Obrigado!
[01084-06.02] [Texto original: Português]
TRADUZIONE IN LINGUA SPAGNOLA
Queridos hermanos y hermanas
Buenos días.
Es bello estar aquí con ustedes. Es bello. Ya desde el principio, al programar la visita a Brasil, mi deseo era poder visitar todos los barrios de esta nación. Habría querido llamar a cada puerta, decir «buenos días», pedir un vaso de agua fresca, tomar un «cafezinho» -no una copa de orujo-, hablar como amigo de casa, escuchar el corazón de cada uno, de los padres, los hijos, los abuelos... Pero Brasil, ¡es tan grande! Y no se puede llamar a todas las puertas. Así que elegí venir aquí, a visitar vuestra Comunidad; esta Comunidad que hoy representa a todos los barrios de Brasil. ¡Qué hermoso es ser recibidos con amor, con generosidad, con alegría! Basta ver cómo habéis decorado las calles de la Comunidad; también esto es un signo de afecto, nace del corazón, del corazón de los brasileños, que está de fiesta. Muchas gracias a todos por la calurosa bienvenida. Agradezco a los esposos Rangler y Joana sus cálidas palabras.
1. Desde el primer momento en que he tocado el suelo brasileño, y también aquí, entre vosotros, me siento acogido. Y es importante saber acoger; es todavía más bello que cualquier adorno. Digo esto porque, cuando somos generosos en acoger a una persona y compartimos algo con ella —algo de comer, un lugar en nuestra casa, nuestro tiempo— no nos hacemos más pobres, sino que nos enriquecemos. Ya sé que, cuando alguien que necesita comer llama a su puerta, siempre encuentran ustedes un modo de compartir la comida; como dice el proverbio, siempre se puede «añadir más agua a los frijoles». ¿Se puede añadir más agua a los frijoles? … ¿Siempre? … Y lo hacen con amor, mostrando que la verdadera riqueza no está en las cosas, sino en el corazón.
Y el pueblo brasileño, especialmente las personas más sencillas, pueden dar al mundo una valiosa lección de solidaridad, una palabra –esta palabra solidaridad- a menudo olvidada u omitida, porque es incomoda. Casi da la impresión de una palabra rara… solidaridad. Me gustaría hacer un llamamiento a quienes tienen más recursos, a los poderes públicos y a todos los hombres de buena voluntad comprometidos en la justicia social: que no se cansen de trabajar por un mundo más justo y más solidario. Nadie puede permanecer indiferente ante las desigualdades que aún existen en el mundo. Que cada uno, según sus posibilidades y responsabilidades, ofrezca su contribución para poner fin a tantas injusticias sociales. No es, no es la cultura del egoísmo, del individualismo, que muchas veces regula nuestra sociedad, la que construye y lleva a un mundo más habitable; no es ésta, sino la cultura de la solidaridad; la cultura de la solidaridad no es ver en el otro un competidor o un número, sino un hermano. Y todos nosotros somos hermanos.
Deseo alentar los esfuerzos que la sociedad brasileña está haciendo para integrar todas las partes de su cuerpo, incluidas las que más sufren o están necesitadas, a través de la lucha contra el hambre y la miseria. Ningún esfuerzo de «pacificación» será duradero, ni habrá armonía y felicidad para una sociedad que ignora, que margina y abandona en la periferia una parte de sí misma. Una sociedad así, simplemente se empobrece a sí misma; más aún, pierde algo que es esencial para ella. No dejemos, no dejemos entrar en nuestro corazón la cultura del descarte. No dejemos entrar en nuestro corazón la cultura del descarte, porque somos hermanos. No hay que descartar a nadie. Recordémoslo siempre: sólo cuando se es capaz de compartir, llega la verdadera riqueza; todo lo que se comparte se multiplica. Pensemos en la multiplicación de los panes de Jesús. La medida de la grandeza de una sociedad está determinada por la forma en que trata a quien está más necesitado, a quien no tiene más que su pobreza.
2. También quisiera decir que la Iglesia, «abogada de la justicia y defensora de los pobres ante intolerables desigualdades sociales y económicas, que claman al cielo» (Documento de Aparecida, 395), desea ofrecer su colaboración a toda iniciativa que pueda significar un verdadero desarrollo de cada hombre y de todo el hombre. Queridos amigos, ciertamente es necesario dar pan a quien tiene hambre; es un acto de justicia. Pero hay también un hambre más profunda, el hambre de una felicidad que sólo Dios puede saciar. Hambre de dignidad. No hay una verdadera promoción del bien común, ni un verdadero desarrollo del hombre, cuando se ignoran los pilares fundamentales que sostienen una nación, sus bienes inmateriales: la vida, que es un don de Dios, un valor que siempre se ha de tutelar y promover; la familia, fundamento de la convivencia y remedio contra la desintegración social; la educación integral, que no se reduce a una simple transmisión de información con el objetivo de producir ganancias; la salud, que debe buscar el bienestar integral de la persona, incluyendo la dimensión espiritual, esencial para el equilibrio humano y una sana convivencia; la seguridad, en la convicción de que la violencia sólo se puede vencer partiendo del cambio del corazón humano.
3. Quisiera decir una última cosa, una última cosa. Aquí, como en todo Brasil, hay muchos jóvenes. Jóvenes, queridos jóvenes, ustedes tienen una especial sensibilidad ante la injusticia, pero a menudo se sienten defraudados por los casos de corrupción, por las personas que, en lugar de buscar el bien común, persiguen su propio interés. A ustedes y a todos les repito: nunca se desanimen, no pierdan la confianza, no dejen que la esperanza se apague. La realidad puede cambiar, el hombre puede cambiar. Sean los primeros en tratar de hacer el bien, de no habituarse al mal, sino a vencerlo con el bien. La Iglesia los acompaña ofreciéndoles el don precioso de la fe, de Jesucristo, que ha «venido para que tengan vida y la tengan abundante» (Jn 10,10).
Hoy digo a todos ustedes, y en particular a los habitantes de esta Comunidad de Varginha: No están solos, la Iglesia está con ustedes, el Papa está con ustedes. Llevo a cada uno de ustedes en mi corazón y hago mías las intenciones que albergan en lo más íntimo: la gratitud por las alegrías, las peticiones de ayuda en las dificultades, el deseo de consuelo en los momentos de dolor y sufrimiento. Todo lo encomiendo a la intercesión de Nuestra Señora de Aparecida, la Madre de todos los pobres del Brasil, y con gran afecto les imparto mi Bendición. Gracias.
[01084-04.02] [Texto original: Portugués]
TRADUZIONE IN LINGUA ITALIANA
Carissimi fratelli e sorelle,
buongiorno!
È bello poter essere qui con voi! E’ bello! Fin dall’inizio, nel programmare la visita in Brasile, il mio desiderio era di poter visitare tutti i rioni di questa Nazione. Avrei voluto bussare a ogni porta, dire "buongiorno", chiedere un bicchiere di acqua fresca, prendere un "cafezinho" – non un bicchiere di grappa! - parlare come ad amici di casa, ascoltare il cuore di ciascuno, dei genitori, dei figli, dei nonni... Ma il Brasile è così grande! E non è possibile bussare a tutte le porte! Allora ho scelto di venire qui, di fare visita alla vostra Comunità; questa Comunità che oggi rappresenta tutti i rioni del Brasile. Che bello essere accolti con amore, con generosità, con gioia! Basta vedere come avete decorato le strade della Comunità; anche questo è un segno di affetto, nasce dal vostro cuore, dal cuore dei brasiliani, che è in festa! Grazie tante a ognuno di voi per la bella accoglienza! Ringrazio gli sposi Rangler e Joana per le calorose parole.
1. Fin dal primo momento in cui ho toccato la terra brasiliana e anche qui in mezzo a noi, mi sento accolto. Ed è importante saper accogliere; è ancora più bello di qualsiasi abbellimento o decorazione. Lo dico perché quando siamo generosi nell’accogliere una persona e condividiamo qualcosa con lei - un po’ di cibo, un posto nella nostra casa, il nostro tempo - non solo non rimaniamo più poveri, ma ci arricchiamo. So bene che quando qualcuno che ha bisogno di mangiare bussa alla vostra porta, voi trovate sempre un modo di condividere il cibo; come dice il proverbio, si può sempre "aggiungere più acqua ai fagioli"! Si può aggiungere più acqua ai fagioli? … Sempre? … E voi lo fate con amore, mostrando che la vera ricchezza non sta nelle cose, ma nel cuore!
E il popolo brasiliano, in particolare le persone più semplici, può offrire al mondo una preziosa lezione di solidarietà, una parola - questa parola solidarietà - spesso dimenticata o taciuta, perché scomoda. Quasi sembra una brutta parola … solidarietà. Vorrei fare appello a chi possiede più risorse, alle autorità pubbliche e a tutti gli uomini di buona volontà impegnati per la giustizia sociale: non stancatevi di lavorare per un mondo più giusto e più solidale! Nessuno può rimanere insensibile alle disuguaglianze che ancora ci sono nel mondo! Ognuno, secondo le proprie possibilità e responsabilità, sappia offrire il suo contributo per mettere fine a tante ingiustizie sociali. Non è, non è la cultura dell’egoismo, dell’individualismo, che spesso regola la nostra società, quella che costruisce e porta ad un mondo più abitabile; non è questa, ma la cultura della solidarietà; la cultura della solidarietà è vedere nell’altro non un concorrente o un numero, ma un fratello. E tutti noi siamo fratelli!
Desidero incoraggiare gli sforzi che la società brasiliana sta facendo per integrare tutte le parti del suo corpo, anche le più sofferenti e bisognose, attraverso la lotta contro la fame e la miseria. Nessuno sforzo di "pacificazione" sarà duraturo, non ci saranno armonia e felicità per una società che ignora, che mette ai margini e che abbandona nella periferia una parte di se stessa. Una società così semplicemente impoverisce se stessa, anzi perde qualcosa di essenziale per se stessa. Non lasciamo, non lasciamo entrare nel nostro cuore la cultura dello scarto! Non lasciamo entrare nel nostro cuore la cultura dello scarto, perché noi siamo fratelli. Nessuno è da scartare! Ricordiamolo sempre: solo quando si è capaci di condividere ci si arricchisce veramente; tutto ciò che si condivide si moltiplica! Pensiamo alla moltiplicazione dei pani di Gesù! La misura della grandezza di una società è data dal modo con cui essa tratta chi è più bisognoso, chi non ha altro che la sua povertà!
2. Vorrei dirvi anche che la Chiesa, "avvocata della giustizia e difensore dei poveri contro le disuguaglianze sociali ed economiche intollerabili che gridano al cielo" (Documento di Aparecida, 395), desidera offrire la sua collaborazione ad ogni iniziativa che possa significare un vero sviluppo di ogni uomo e di tutto l’uomo. Cari amici, certamente è necessario dare il pane a chi ha fame; è un atto di giustizia. Ma c’è anche una fame più profonda, la fame di una felicità che solo Dio può saziare. Fame di dignità. Non c’è né vera promozione del bene comune, né vero sviluppo dell'uomo, quando si ignorano i pilastri fondamentali che reggono una Nazione, i suoi beni immateriali: la vita, che è dono di Dio, valore da tutelare e promuovere sempre; la famiglia, fondamento della convivenza e rimedio contro lo sfaldamento sociale; l’educazione integrale, che non si riduce ad una semplice trasmissione di informazioni con lo scopo di produrre profitto; la salute, che deve cercare il benessere integrale della persona, anche della dimensione spirituale, essenziale per l'equilibrio umano e per una sana convivenza; la sicurezza, nella convinzione che la violenza può essere vinta solo a partire dal cambiamento del cuore umano.
3. Un’ultima cosa vorrei dire, un’ultima cosa. Qui, come in tutto il Brasile, ci sono tanti giovani. Eh giovani! Voi, cari giovani, avete una particolare sensibilità contro le ingiustizie, ma spesso siete delusi da fatti che parlano di corruzione, da persone che, invece di cercare il bene comune, cercano il proprio interesse. Anche a voi e a tutti ripeto: non scoraggiatevi mai, non perdete la fiducia, non lasciate che si spenga la speranza. La realtà può cambiare, l’uomo può cambiare. Cercate voi per primi di portare il bene, di non abituarvi al male, ma di vincerlo con il bene. La Chiesa vi accompagna, portandovi il bene prezioso della fede, di Gesù Cristo, che è «venuto perché abbiano la vita e l'abbiano in abbondanza» (Gv 10,10).
Oggi a tutti voi, in particolare agli abitanti di questa Comunità di Varginha dico: non siete soli, la Chiesa è con voi, il Papa è con voi. Porto ognuno di voi nel mio cuore e faccio mie le intenzioni che avete nell’intimo: i ringraziamenti per le gioie, le richieste di aiuto nelle difficoltà, il desiderio di consolazione nei momenti di dolore e di sofferenza. Tutto affido all'intercessione di Nostra Signora di Aparecida, Madre di tutti i poveri del Brasile, e con grande affetto vi imparto la mia Benedizione. Grazie!
[01084-01.02] [Testo originale: Portoghese]
TRADUZIONE IN LINGUA INGLESE
Dear Brothers and Sisters,
Good morning!
It is wonderful to be here with you! It is wonderful! From the start, my wish in planning this visit to Brazil was to be able to visit every district throughout the nation. I would have liked to knock on every door, to say "good morning", to ask for a glass of cold water, to take a cafezinho, - not a glass of grappa! – to speak as one would to family friends, to listen to each person pouring out his or her heart – parents, children, grandparents ... But Brazil is so vast! It is impossible to knock on every door! So I chose to come here, to visit your community, this community, which today stands for every district in Brazil. How wonderful it is to be welcomed with such love, generosity, and joy! One need only look at the way you have decorated the streets of the community; this is a further mark of affection, it comes from your heart, from the heart of all Brazilians in festive mood. Many thanks to each of you for this kind welcome! And I thank Rangler and Joana for their kind words.
1. From the moment I first set foot on Brazilian soil, right up to this meeting here with you, I have been made to feel welcome. And it is important to be able to make people welcome; this is something even more beautiful than any kind of ornament or decoration. I say this because when we are generous in welcoming people and sharing something with them – some food, a place in our homes, our time – not only do we no longer remain poor: we are enriched. I am well aware that when someone needing food knocks at your door, you always find a way of sharing food; as the proverb says, one can always "add more water to the beans"! Is it possible to add more water to the beans? … Always? … And you do so with love, demonstrating that true riches consist not in material things, but in the heart!
And the Brazilian people, particularly the humblest among you, can offer the world a valuable lesson in solidarity; this word solidarity is too often forgotten or silenced, because it is uncomfortable. It almost seems like a bad word … solidarity. I would like to make an appeal to those in possession of greater resources, to public authorities and to all people of good will who are working for social justice: never tire of working for a more just world, marked by greater solidarity! No one can remain insensitive to the inequalities that persist in the world! Everybody, according to his or her particular opportunities and responsibilities, should be able to make a personal contribution to putting an end to so many social injustices. The culture of selfishness and individualism that often prevails in our society is not, I repeat, not what builds up and leads to a more habitable world: rather, it is the culture of solidarity that does so; the culture of solidarity means seeing others not as rivals or statistics, but brothers and sisters. And we are all brothers and sisters!
I would like to encourage the efforts that Brazilian society is making to integrate all its members, including those who suffer most and are in greatest need, through the fight against hunger and deprivation. No amount of "peace-building" will be able to last, nor will harmony and happiness be attained in a society that ignores, pushes to the margins or excludes a part of itself. A society of that kind simply impoverishes itself, it loses something essential. We must never, never allow the throwaway culture to enter our hearts! We must never allow the throwaway culture to enter our hearts, because we are brothers and sisters. No one is disposable! Let us always remember this: only when we are able to share do we become truly rich; everything that is shared is multiplied! Think of the multiplication of the loaves by Jesus! The measure of the greatness of a society is found in the way it treats those most in need, those who have nothing apart from their poverty!
2. I would also like to tell you that the Church, the "advocate of justice and defender of the poor in the face of intolerable social and economic inequalities which cry to heaven" (Aparecida Document, 395), wishes to offer her support for every initiative that can signify genuine development for every person and for the whole person. Dear friends, it is certainly necessary to give bread to the hungry – this is an act of justice. But there is also a deeper hunger, the hunger for a happiness that only God can satisfy, the hunger for dignity. There is neither real promotion of the common good nor real human development when there is ignorance of the fundamental pillars that govern a nation, its non-material goods: life, which is a gift of God, a value always to be protected and promoted; the family, the foundation of coexistence and a remedy against social fragmentation; integral education, which cannot be reduced to the mere transmission of information for purposes of generating profit; health, which must seek the integral well-being of the person, including the spiritual dimension, essential for human balance and healthy coexistence; security, in the conviction that violence can be overcome only by changing human hearts.
3. I would like to add one final point, one final point. Here, as in the whole of Brazil, there are many young people. You young people, my dear young friends, you have a particular sensitivity towards injustice, but you are often disappointed by facts that speak of corruption on the part of people who put their own interests before the common good. To you and to all, I repeat: never yield to discouragement, do not lose trust, do not allow your hope to be extinguished. Situations can change, people can change. Be the first to seek to bring good, do not grow accustomed to evil, but defeat it with good. The Church is with you, bringing you the precious good of faith, bringing Jesus Christ, who "came that they may have life and have it abundantly" (Jn 10:10).
Today, to all of you, especially to the residents of this Community of Varginha, I say: you are not alone, the Church is with you, the Pope is with you. I carry each of you in my heart and I make my own the intentions that you carry deep within you: thanksgiving for joys, pleas for help in times of difficulty, a desire for consolation in times of grief and suffering. I entrust all this to the intercession of Our Lady of Aparecida, Mother of all the poor of Brazil, and with great affection I impart my blessing. Thank you!
[01084-02.02] [Original text: Portuguese]
TRADUZIONE IN LINGUA FRANCESE
Chers frères et sœurs,
bonjour !
Il est beau de pouvoir être ici avec vous ! C’est beau ! Dès le début, en programmant ma visite au Brésil, mon désir était de pouvoir visiter tous les quartiers de cette Nation. J’aurai voulu frapper à chaque porte, dire " bonjour ", demander un verre d’eau fraîche, prendre un " cafezinho ",– pas un verre de grappa ! –, parler comme à des amis de la maison, écouter le cœur de chacun, des parents, des enfants, des grands-parents… Mais le Brésil est si grand ! Et il n’est pas possible de frapper à toutes les portes ! Alors j’ai choisi de venir ici, de visiter votre ‘Communauté’ ; cette communauté qui représente aujourd’hui tous les quartiers du Brésil. Qu’il est beau d’être accueillis avec amour, avec générosité, avec joie ! Il suffit de voir comment vous avez décoré les rues de cette ‘Communauté’ ; cela aussi est un signe d’affection, il naît de votre cœur, du cœur des Brésiliens qui est en fête ! Merci beaucoup à chacun de vous pour le bel accueil ! Je remercie les époux Rangler et Joana pour leurs chaleureuses paroles.
Dès le premier moment où j’ai mis pied sur la terre brésilienne et aussi ici, au milieu de vous, je me sens accueilli. Et il est important de savoir accueillir ; c’est encore plus beau que tout embellissement ou décoration. Lorsque nous sommes généreux dans l’accueil d’une personne, je vous le dis, et que nous partageons quelque chose avec elle – un peu de nourriture, une place dans notre maison, notre temps – non seulement nous ne restons pas plus pauvres, mais nous nous enrichissons. Lorsqu’une personne qui a besoin de manger frappe à votre porte, je sais bien que vous trouvez toujours une façon de partager la nourriture ; comme dit le proverbe, on peut toujours " ajouter plus d’eau aux haricots " ! On peut ajouter plus d’eau aux haricots ?... Toujours ?... Et vous le faites avec amour, montrant que la véritable richesse n’est pas dans les choses, mais dans le cœur !
Et le peuple brésilien, en particulier les personnes plus simples, peut offrir au monde une précieuse leçon de solidarité, une parole – cette parole solidarité – souvent oubliée ou tue, parce qu’elle gêne. Elle semble presque une mauvaise parole … solidarité. Je voudrais faire appel à celui qui possède plus de ressources, aux autorités publiques et à tous les hommes de bonne volonté engagés pour la justice sociale : ne vous lassez pas de travailler pour un monde plus juste et plus solidaire ! Personne ne peut rester insensible aux inégalités qu’il y a encore dans le monde ! Que chacun, selon ses possibilités et ses responsabilités, sache offrir sa contribution pour mettre fin à beaucoup d’injustices sociales. Ce n’est pas, ce n’est pas la culture de l’égoïsme, de l’individualisme qui souvent régule notre société, celle qui construit et mène vers un monde plus habitable ; ce n’est pas celle-là, mais la culture de la solidarité ; la culture de la solidarité c’est voir dans l’autre non un concurrent ou un numéro, mais un frère. Et nous sommes tous frères !
Je désire encourager les efforts que la société brésilienne fait pour intégrer toutes ses composantes, même les plus souffrantes et nécessiteuses, dans la lutte contre la faim et la misère. Aucun effort de "pacification" ne sera durable, il n’y aura ni harmonie, ni bonheur pour une société qui ignore, qui met en marge et abandonne dans la périphérie une partie d’elle-même. Une telle société s’appauvrit ainsi simplement et perd même quelque chose d’essentiel pour elle-même. Ne laissons pas, ne laissons pas entrer dans notre cœur la culture de l’exclusion ! Ne laissons pas entrer dans notre cœur la culture de l’exclusion, parce que nous sommes frères. Personne n’est à exclure ! Rappelons-nous-le toujours : c’est seulement quand nous sommes capables de partager que nous nous enrichissons vraiment ; tout ce qui se partage se multiplie ! Pensons à la multiplication des pains de Jésus ! La mesure de la grandeur d’une société est donnée par la façon dont elle traite celui qui est le plus nécessiteux, qui n’a rien d’autre que sa pauvreté !
Je voudrais vous dire aussi que l’Église, "avocate de la justice et défenseur des pauvres contre les inégalités sociales et économiques intolérables qui crient vers le ciel" (Document d’Aparecida, p. 395), désire collaborer à toute initiative ayant le sens du vrai développement de tout homme et de tout l’homme. Chers amis, il est certainement nécessaire de donner du pain à celui qui a faim ; c’est un acte de justice. Mais il y a aussi une faim plus profonde, la faim d’un bonheur que seul Dieu peut rassasier. Faim de dignité. Il n’y a ni de véritable promotion du bien commun, ni de véritable développement de l’homme quand on ignore les piliers fondamentaux qui soutiennent une Nation, ses biens immatériels : la vie, qui est don de Dieu, valeur à préserver et à promouvoir toujours ; la famille, fondement de la vie ensemble et remède contre l’effritement social ; l’éducation intégrale, qui ne se réduit pas à une simple transmission d’informations dans le but de produire du profit ; la santé, qui doit chercher le bien-être intégral de la personne, aussi dans sa dimension spirituelle, essentielle pour l’équilibre humain et pour une saine vie en commun ; la sécurité, dans la conviction que la violence peut être vaincue seulement à partir du changement du cœur humain.
Je voudrais dire une dernière chose, une dernière chose. Ici, comme dans tout le Brésil, il y a beaucoup de jeunes. Hein les jeunes ! Vous, chers jeunes, vous êtes particulièrement sensibles aux injustices, mais souvent vous êtes déçus par des faits qui parlent de corruption, de personnes qui, au lieu de chercher le bien commun, cherchent leur propre intérêt. À vous aussi et à tous, je répète : ne vous découragez jamais, ne perdez pas confiance, ne laissez pas s’éteindre l’espérance. La réalité peut changer, l’homme peut changer. Cherchez, vous les premiers, à apporter le bien, à ne pas vous habituer au mal, mais à le vaincre par le bien. L’Église vous accompagne, vous apportant le bien précieux de la foi, de Jésus Christ qui est « venu pour que les hommes aient la vie, pour qu’ils l’aient en abondance » (Jn 10, 10).
Aujourd’hui à vous tous, en particulier aux habitants de cette ‘Communauté’ de Varginha je dis : vous n’êtes pas seuls, l’Église est avec vous, le Pape est avec vous. Je porte chacun de vous dans mon cœur et je fais miennes les intentions que vous avez au fond de vous-mêmes : les remerciements pour les joies, les demandes d’aide dans les difficultés, le désir de consolation dans les moments de peine et de souffrance. Je vous confie tous à l’intercession de Nossa Senhora Aparecida, Mère de tous les pauvres du Brésil, et je vous donne avec grande affection ma Bénédiction. Merci !
[01084-03.02] [Texte original: Portugais]
TRADUZIONE IN LINGUA TEDESCA
Liebe Brüder und Schwestern,
guten Tag,
es ist schön, hier bei euch sein zu können! Es ist schön! Von Anfang an, beim Planen der Reise nach Brasilien, war es mein Wunsch, alle Stadtviertel dieser Nation zu besuchen. Ich hätte gerne an jede Tür geklopft, „Guten Tag!" gesagt, um ein Glas frischen Wassers gebeten, einen „cafezinho" getrunken – nicht ein Glas Schnaps! –, wie mit vertrauten Freunden gesprochen, dem Herzen eines jeden – der Eltern, der Kinder, der Großeltern – zugehört … Aber Brasilien ist so groß! Und es ist nicht möglich, an alle Türen zu klopfen! Da habe ich die Wahl getroffen, hierher zu kommen, eure Siedlung zu besuchen, diese Siedlung, die heute alle Stadtviertel Brasiliens vertritt. Wie schön ist es, mit Liebe, Großherzigkeit und Freude empfangen zu werden! Es genügt zu sehen, wie ihr die Straßen der Siedlung geschmückt habt; auch das ist ein Zeichen der Zuneigung, es kommt aus eurem Herzen, aus dem Herzen der Brasilianer, das in Feststimmung ist! Vielen Dank einem jeden von euch für den schönen Empfang! Ich danke den Eheleuten Rangler und Joana für ihre herzlichen Worte.
1. Vom ersten Augenblick an, da ich brasilianischen Boden betreten habe, und auch hier mitten unter euch fühle ich mich aufgenommen. Und es ist wichtig, dass man versteht aufzunehmen; das ist noch schöner als jeder Schmuck oder jede Dekoration. Ich sage das, weil wir, wenn wir großherzig bei der Aufnahme eines Menschen sind und etwas mit ihm teilen – eine kleine Speise, einen Platz in unserem Haus, unsere Zeit –, nicht nur nicht ärmer werden, sondern bereichert. Ich weiß sehr wohl, wenn jemand, der etwas zu essen braucht, an eure Tür klopft, findet ihr immer eine Möglichkeit, die Nahrung mit ihm zu teilen – wie das Sprichwort sagt: „Man kann die Suppe immer mit Wasser verlängern!" Kann man die Suppe mit Wasser verlängern? … Immer? … Und ihr tut das aus Liebe und zeigt so, dass der wahre Reichtum nicht in den Dingen liegt, sondern im Herzen!
Und das brasilianische Volk – besonders die einfachsten Menschen – kann der Welt eine wertvolle Lektion der Solidarität erteilen – Solidarität, ein oft vergessenes oder totgeschwiegenes, weil unbequemes Wort. Fast scheint es ein böses Wort … Solidarität. Ich möchte einen Appell an die richten, die mehr Ressourcen besitzen, an die Vertreter des öffentlichen Lebens und an alle Menschen guten Willens, die sich für soziale Gerechtigkeit einsetzen: Werdet nicht müde, für eine gerechtere und solidarischere Welt zu arbeiten! Niemand kann gegenüber den Ungleichheiten, die weiterhin in der Welt bestehen, gefühllos bleiben! Jeder sollte seinen Möglichkeiten und seiner Verantwortung entsprechend persönlich dazu beitragen, den vielen sozialen Ungerechtigkeiten ein Ende zu setzen. Nicht die Kultur des Egoismus, des Individualismus, die häufig unsere Gesellschaft bestimmt, nicht sie baut eine bewohnbarere Welt auf und führt zu ihr hin, nicht sie, sondern die Kultur der Solidarität: Die Kultur der Solidarität heißt, im anderen nicht einen Konkurrenten oder eine Nummer zu sehen, sondern einen Bruder. Und wir alle sind Brüder und Schwestern!
Ich möchte zu den Anstrengungen weiter ermutigen, die die brasilianische Gesellschaft unternimmt, um durch den Kampf gegen Hunger und Elend alle Teile ihres Leibes zu integrieren, auch diejenigen, die am stärksten von Leid und Not betroffen sind. Keine Bemühung um „Befriedung" wird von Dauer sein, keine Harmonie und kein Glück wird es geben für eine Gesellschaft, die einen Teil von sich ignoriert, ausgrenzt und an der Peripherie sich selbst überlässt. Eine Gesellschaft laugt sich so schlichtweg selber aus, ja, verliert etwas Wesentliches für sich selber. Lassen wir die Mentalität des Wegwerfens nicht in unser Herz hinein. Lassen wir die Mentalität des Wegwerfens nicht in unser Herz hinein, denn wir alle sind Brüder und Schwestern. Keiner ist zum Wegwerfen! Erinnern wir uns immer daran: Nur wenn man fähig ist zu teilen, wird man wirklich bereichert; alles, was man teilt, vermehrt sich! Denken wir an die Brotvermehrung Jesu! Der Maßstab für die Größe einer Gesellschaft liegt in der Art, wie sie die behandelt, die am meisten Not leiden, diejenigen, die nichts besitzen als ihre Armut!
2. Ich möchte euch auch sagen, dass die Kirche als „Anwältin der Gerechtigkeit und Verteidigerin der Armen gegen untragbare soziale und wirtschaftliche Ungleichheiten, die zum Himmel schreien" (Dokument von Aparecida, 395), ihre Mitarbeit jeder Initiative anbieten möchte, die eine wahre Entwicklung jedes Menschen und des ganzen Menschen bedeuten kann. Liebe Freunde, sicher ist es notwendig, den Hungrigen Brot zu geben; das ist ein Akt der Gerechtigkeit. Aber es gibt auch einen tieferen Hunger, den Hunger nach Glück, den nur Gott stillen kann. Den Hunger nach Würde. Es gibt keinen wahren Fortschritt des Gemeinwohls noch eine wahre Entwicklung des Menschen, wenn die Grundpfeiler außer Acht gelassen werden, die eine Nation tragen, ihre immateriellen Güter: das Leben, das ein Geschenk Gottes ist, ein Wert, der immer geschützt und gefördert werden muss; die Familie, Fundament des Zusammenlebens und Heilmittel gegen die gesellschaftliche Auflösung; die ganzheitliche Erziehung, die sich nicht auf eine bloße Weitergabe von Informationen zum Zweck der Gewinnproduktion beschränkt; die Gesundheit, die das Gesamtwohl der Person im Auge haben muss, auch die geistige Dimension, die für die menschliche Ausgeglichenheit und für ein gesundes Zusammenleben wesentlich ist; die Sicherheit, in der Überzeugung, dass die Gewalt nur von einer Verwandlung des menschlichen Herzens aus überwunden werden kann.
3. Ein Letztes möchte ich noch sagen, eine letzte Sache. Hier wie in ganz Brasilien gibt es sehr viele Jugendliche. Ja, Jugendliche! Ihr, liebe junge Freunde, seid besonders empfindlich gegen die Ungerechtigkeiten, aber oft seid ihr enttäuscht von Fakten, die Korruption verraten, enttäuscht von Menschen, die anstatt das Gemeinwohl im Auge zu haben, ihr eigenes Interesse verfolgen. Auch euch und überhaupt allen sage ich noch einmal: Verzagt niemals, verliert nicht die Zuversicht, lasst nicht zu, dass die Hoffnung erlischt! Die Wirklichkeit kann sich ändern, der Mensch kann sich ändern. Versucht ihr als erste, das Gute zu bringen, euch nicht an das Böse zu gewöhnen, sondern es durch das Gute zu besiegen. Die Kirche begleitet euch und bringt euch das kostbare Gut des Glaubens, den kostbaren Schatz Jesus Christus, der gekommen ist, „damit sie das Leben haben und es in Fülle haben" (Joh 10,10).
Heute sage ich zu euch allen, besonders zu den Bewohnern dieser Siedlung Varginha: Ihr seid nicht allein, die Kirche ist mit euch, der Papst ist mit euch. Ich trage jeden von euch im Herzen und mache mir die Anliegen, die euch innerlich bewegen, zu Eigen: den Dank für die Freuden, die Bitten um Hilfe in Schwierigkeiten, die Sehnsucht nach Trost in den Augenblicken von Schmerz und Leid. Alles vertraue ich der Fürsprache Unserer Lieben Frau von Aparecida an, der Mutter aller Armen von Brasilien, und mit großer Liebe erteile ich euch meinen Segen. Danke!
[01084-05.02] [Originalsprache: Portugiesisch]
TRADUZIONE IN LINGUA POLACCA
Drodzy Bracia i Siostry,
dzień dobry!
Cieszę się, że mogę być tutaj z wami! To piękne! Od początku pragnąłem, by program wizyty w Brazylii, mógł uwzględnić odwiedziny wszystkich regionów tego kraju. Chciałbym zapukać do wszystkich drzwi, powiedzieć „dzień dobry", poprosić o kubek zimnej wody, wypić „cafezinho" – nie kieliszek grappy! – porozmawiać jak z przyjaciółmi domu, posłuchać serca każdego: rodziców, dzieci, dziadków... Ale Brazylia jest tak wielka! I nie da się zapukać do każdych drzwi! Dlatego postanowiłem przyjechać tutaj, odwiedzić waszą Wspólnotę; tę Wspólnotę, która dziś reprezentuje wszystkie regiony Brazylii. Jakże miło jest być przyjmowanym z miłością, z wielkodusznością i radością! Wystarczy zobaczyć, jak udekorowaliście ulice dzielnicy. Także to jest znakiem miłości, rodzi się z waszego serca, z radującego się serca Brazylijczyków! Bardzo dziękuję każdemu z was za piękne powitanie! Dziękuję małżeństwu Ranglerowi i Joanie za ciepłe słowa.
1. Od pierwszej chwili, gdy dotknąłem ziemi brazylijskiej, a także tutaj, pośród was, czuję się przyjęty. Umiejętność przyjęcia jest ważna. Jest to piękniejsze od wszelkich ozdób czy dekoracji. Mówię to, bo kiedy wielkodusznie przyjmujemy kogoś i czymś się z tą osobą dzielimy – odrobiną jedzenia, miejscem w naszym domu, naszym czasem – nie tylko nie stajemy się biedniejsi, ale się ubogacamy. Dobrze wiem, że gdy ktoś potrzebujący jedzenia puka do waszych drzwi, zawsze znajdujecie sposób, by podzielić się pokarmem. Jak mówi przysłowie, zawsze można „dolać więcej wody do zupy"! Można dolać wody do zupy? ... Zawsze? ... A wy to robicie z miłością, ukazując, że prawdziwe bogactwo kryje się nie w rzeczach, ale w sercu!
A Brazylijczycy, w szczególności ludzie najprostsi mogą dać światu cenną lekcję solidarności, słowo – to słowo: solidarność – jest często zapominane lub przemilczane, bo jest niewygodne. Jak by to było brzydkie słowo... solidarność. Chciałbym zaapelować do tych, którzy mają więcej zasobów, do władz publicznych i do wszystkich ludzi dobrej woli zaangażowanych na rzecz sprawiedliwości społecznej: pracujcie niestrudzenie na rzecz świata sprawiedliwszego i bardziej solidarnego! Nikt nie może pozostać obojętny na nierówności, które wciąż istnieją na świecie! Niech każdy na miarę swoich możliwości i odpowiedzialności wnosi swój wkład, by położyć kres tak wielu niesprawiedliwościom społecznym. Nie! To nie kultura egoizmu, indywidualizmu, która często panuje w naszym społeczeństwie, buduje świat bardziej ludzki, i do niego prowadzi; nie, to nie ta kultura, ale kultura solidarności; kultura solidarności polega na tym, by w drugim człowieku widzieć nie konkurenta lub numer, ale brata. Wszyscy jesteśmy braćmi!
Pragnę poprzeć wysiłki, jakie podejmuje społeczeństwo brazylijskie w celu zintegrowania wszystkich części swego organizmu, także tych najbardziej cierpiących i potrzebujących pomocy, walcząc z głodem i ubóstwem. Żaden wysiłek „pacyfikacji" nie przyniesie trwałych rezultatów, nie będzie harmonii i szczęścia w społeczeństwie ignorującym, spychającym na margines i pozostawiającym na peryferiach jakąś część samego siebie. Takie społeczeństwo po prostu samo się zubaża, wręcz traci coś, co jest dla niego istotne. Nie pozwólmy, nie pozwólmy zagościć w naszym sercu kulturze odrzucania! Nie pozwólmy zagościć w naszym sercu kulturze odrzucania, ponieważ jesteśmy braćmi. Nikt nie może być odrzucony! Pamiętajmy o tym zawsze: tylko wtedy, gdy jesteśmy zdolni do dzielenia się, wzbogacamy się naprawdę. To wszystko, czym się dzielimy z innymi, ulega pomnożeniu! Pomyślmy o Jezusowym rozmnożeniu chleba! Miarą wielkości społeczeństwa jest sposób, w jaki traktuje ono najbardziej potrzebujących, tych którzy nie mają nic poza swoją biedą!
2. Chciałbym wam również powiedzieć, że Kościół – „rzecznik sprawiedliwości i obrońca ubogich w obliczu niedopuszczalnych nierówności społecznych i gospodarczych, które wołają o pomstę do nieba" (DAp 395) – pragnie zaoferować swoją współpracę w każdej inicjatywie, która może oznaczać prawdziwy rozwój każdego człowieka i całego człowieka. Drodzy przyjaciele, z pewnością trzeba dać chleb głodnym. Jest to akt sprawiedliwości. Ale istnieje także głębszy głód – głód szczęścia, który może zaspokoić tylko Bóg. Głód godności. Nie ma prawdziwej promocji dobra wspólnego ani prawdziwego rozwoju człowieka, gdy nie uwzględnia się podstawowych filarów, na których opiera się państwo – jego dóbr niematerialnych: życia, które jest darem Bożym, wartością, którą zawsze należy chronić i promować; rodziny, będącej podstawą współistnienia społecznego i środkiem zapobiegającym dezintegracji społeczeństwa; integralnej edukacji, która nie sprowadza się jedynie do przekazywania informacji w celu osiągnięcia zysku; zdrowia, które musi oznaczać integralny dobrobyt osoby, obejmujący wymiar duchowy, niezbędny do równowagi człowieka i zdrowego współistnienia; bezpieczeństwa, w przekonaniu, że przemoc można pokonać jedynie zaczynając od przemiany ludzkiego serca.
3. Chciałbym wam powiedzieć jeszcze ostatnią rzecz. Tutaj, podobnie jak w całej Brazylii, jest bardzo wielu młodych ludzi. O, młodzi! Wy, drodzy młodzi, jesteście szczególnie wrażliwi na niesprawiedliwość, ale często jesteście rozczarowani faktami świadczącymi o korupcji, ludźmi, którzy zamiast starać się o dobro wspólne, dbają o własny interes. Także wam i wszystkim mówię: nigdy się nie zniechęcajcie, nigdy nie traćcie ufności, nie pozwólcie, by zgasła nadzieja. Rzeczywistość może się zmienić, człowiek może się zmienić. Starajcie się jako pierwsi nieść dobro, nie przyzwyczajać się do zła, ale je pokonywać dobrem. Kościół wam towarzyszy, niosąc wam cenne dobro wiary, Jezusa Chrystusa, który „przyszedł po to, aby [owce] miały życie, i miały je w obfitości" (J 10, 10).
Dziś mówię wam wszystkim, a zwłaszcza mieszkańcom tej Wspólnoty z Varginha: nie jesteście sami, Kościół jest z wami, Papież jest z wami. Noszę każdego z was w swoim sercu i utożsamiam się z intencjami, które macie w swoich sercach: dziękczynieniem za radości, prośbami o pomoc w trudnościach, pragnieniem pocieszenia w chwilach smutku i cierpienia. Wszystko zawierzam wstawiennictwu Matki Bożej z Aparecidy, Matki wszystkich ubogich Brazylii, i z wielką miłością udzielam wam mojego apostolskiego błogosławieństwa. Dziękuję!
[01084-09.02] [Testo originale: Portoghese]
Al termine, il Papa, prima di rientrare alla Residenza di Sumaré, per il pranzo in privato, ha incontrato nella Cattedrale di Rio de Janeiro decine di migliaia di giovani provenienti dall’Argentina per partecipare alla GMG, ed ha loro rivolto un discorso a braccio.
[B0488-XX.02]