● INCONTRO CON MOVIMENTI CATTOLICI PER LA PROMOZIONE DELLA DONNA, NELLA PARROCCHIA DI SANTO ANTÓNIO A LUANDA
DISCORSO DEL SANTO PADRE
TRADUZIONE IN LINGUA ITALIANA
TRADUZIONE IN LINGUA FRANCESE
TRADUZIONE IN LINGUA INGLESE
Questo pomeriggio, alle ore 16, il Santo Padre Benedetto XVI lascia la Nunziatura Apostolica e si reca in auto alla Parrocchia di Santo António, affidata ad una comunità di Frati minori Cappuccini, nella periferia di Luanda. Accolto al Suo arrivo dal Parroco, il Santo Padre raggiunge la Chiesa parrocchiale dove, alle ore 16.45, ha luogo l’incontro con alcune rappresentanze di Movimenti cattolici per la promozione della donna. Sono presenti membri di numerose associazioni femminili tra cui "Promaica", la maggiore associazione angolana per la promozione della donna.
Dopo il saluto di S.E. Mons. José de Queirós Alves, C.SS.R., Arcivescovo di Huambo e Presidente della Commissione per il Laicato, e di due donne in rappresentanza dei movimenti presenti, il Santo Padre pronuncia il discorso che riportiamo di seguito:
DISCORSO DEL SANTO PADRE
Amados irmãos e irmãs!
«Não têm vinho» – disse Maria numa súplica a Jesus para que o casamento pudesse continuar uma festa, como aliás sempre deve ser: «Os convidados da boda não podem jejuar, enquanto o esposo está com eles» (cf. Mc 2, 19). Depois, a Mãe de Jesus foi recomendar aos serventes: «Fazei tudo o que Ele vos disser» (cf. Jo 2, 1-5). E aquela mediação materna permitiu o «vinho bom», premonitório de uma nova aliança da omnipotência divina com o coração humano pobre mas disponível. Aliás, isto mesmo tinha já acontecido no passado, quando – ouvimo-lo na primeira leitura – «todo o povo respondeu numa só voz: "Faremos tudo o que o Senhor mandar"» (Ex 19, 8).
Estas mesmas palavras se elevem do coração de quantos aqui nos reunimos nesta igreja de Santo António, nascida graças à benemérita obra missionária dos Frades Menores Capuchinhos que a quiseram como uma nova Tenda da Arca da Aliança, sinal da presença de Deus no meio do povo em caminho. Sobre eles e quantos colaboram e beneficiam da assistência religiosa e social que daqui jorra, o Papa traça uma benévola e encorajadora Bênção. Saúdo com afecto a cada um dos presentes: bispos, presbíteros, consagrados e consagradas, e de modo particular a vós, fiéis leigos, que conscientemente assumis as tarefas de empenho e testemunho cristão que têm a sua raiz no sacramento do baptismo e, para aqueles que são casados, também no sacramento do matrimónio. E, motivada pela razão principal que aqui nos reúne, uma saudação minha carregada de estima e de esperança vai para as mulheres, a quem Deus confiou as fontes da vida: Vivei e apostai na vida, porque Deus vivo apostou em vós! De ânimo grato saúdo os responsáveis e animadores dos movimentos eclesiais mobilizados nomeadamente para a promoção da mulher angolana. Agradeço ao Senhor Dom José de Queirós Alves e aos vossos representantes as palavras que me dirigiram ilustrando as inquietações e esperanças de tantas heroínas silenciosas como são as mulheres nesta nação amada.
A todos exorto a tomar efectiva consciência das condições desfavoráveis a que estiveram – e continuam a estar – sujeitas muitas mulheres, examinando em que medida a conduta e as atitudes dos homens, às vezes falhos de sensibilidade ou responsabilidade, possam ser a causa daquelas. Os desígnios de Deus são outros. Ouvimos na leitura que o povo inteiro respondeu numa só voz: «Faremos tudo o que o Senhor mandar». Diz a Sagrada Escritura que o Criador divino, ao examinar a obra por Ele realizada, viu nela um senão: era tudo bom, senão fosse o homem estar só! Como podia o homem sozinho ser imagem e semelhança de Deus que é uno e trino, de Deus que é comunhão? «Não é conveniente que o homem esteja só; vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele» (Gn 2, 20). Deus de novo pôs mãos ao trabalho para criar a auxiliar que faltava, dotando-a de modo privilegiado com a ordem do amor que não via suficientemente representada na criação.
Como sabeis, irmãos e irmãs, esta ordem do amor pertence à vida íntima do próprio Deus, à vida trinitária, sendo o Espírito Santo a hipóstase pessoal do amor. Pois bem, «no fundamento do desígnio eterno de Deus – como dizia o saudoso Papa João Paulo II – a mulher é aquela na qual a ordem do amor no mundo criado das pessoas encontra um terreno para deitar a sua primeira raiz» (Carta apostólica Mulieris dignitatem, 29). De facto, à vista do gracioso encanto que irradia da mulher pela íntima graça que Deus lhe deu, o coração do homem ilumina-se e revê-se nela: «Esta é, realmente, osso dos meus ossos e carne da minha carne» (Gn 2, 23). A mulher é um outro «eu» na comum humanidade. Há que reconhecer, afirmar e defender a igual dignidade do homem e da mulher: ambos são pessoas, diversamente dos outros seres vivos do mundo que os rodeia.
Ambos são chamados a viver em profunda comunhão, no recíproco reconhecimento e dom de si mesmos, trabalhando juntos para o bem comum com as características complementares do que é masculino e do que é feminino. Quem não adverte, hoje, a necessidade de dar mais espaço às «razões do coração»? Num mundo como o actual dominado pela técnica, sente-se necessidade desta complementaridade da mulher, para o ser humano poder viver nele sem se desumanizar de todo. Pense-se nas terras onde abunda a pobreza, nas zonas devastadas pela guerra, em tantas situações trágicas resultantes de emigrações forçadas ou não… São quase sempre as mulheres que lá mantêm intacta a dignidade humana, defendem a família e tutelam os valores culturais e religiosos.
Queridos irmãos e irmãs, a história regista quase exclusivamente as conquistas dos homens, quando, na realidade, uma parte importantíssima da mesma se fica a dever a acções determinantes, perseverantes e benéficas realizadas por mulheres. Deixai que vos fale de duas entre muitas mulheres extraordinárias: Teresa Gomes e Maria Bonino. Angolana a primeira, faleceu em 2004 na cidade de Sumbe, depois duma vida conjugal feliz de que nasceram 7 filhos; inquebrantável foi a sua fé cristã e admirável o seu zelo apostólico, sobretudo nos anos 1975 e 1976 quando uma feroz propaganda ideológica e política se abateu sobre a paróquia de Nossa Senhora das Graças de Porto Amboim, conseguindo quase fechar as portas da igreja. Teresa tornou-se a líder dos fiéis inconformados com a situação, apoiando-os, defendendo com bravura as estruturas paroquiais e tudo fazendo para terem de novo a santa Missa. O seu amor à Igreja tornou-a incansável na obra da evangelização, sob a orientação dos sacerdotes.
Quanto a Maria Bonino: médica pediatra italiana, oferece-se voluntária para diversas missões nesta África amada, tendo sido a responsável do sector pediátrico no Hospital provincial do Uíje nos dois últimos anos da sua vida. Devotada ao seu cuidado diário de milhares de crianças lá internadas, Maria haveria de pagar com o sacrifício mais alto o serviço lá prestado durante uma terrível epidemia da febre hemorrágica de Marburg, acabando ela mesma contagiada; ainda transferida para Luanda, aqui faleceu e aqui repousa desde 24 de Março de 2005 – faz depois de amanhã 4 anos. A Igreja e a sociedade humana foram – e continuam a ser – imensamente enriquecidas pela presença e as virtudes das mulheres, em particular daquelas que se consagraram ao Senhor e, apoiadas n’Ele, puseram-se ao serviço dos outros.
Hoje, amados angolanos, já ninguém deveria nutrir dúvidas de que as mulheres têm, na base da sua igual dignidade com os homens, «pleno direito de se inserir activamente em todos os âmbitos públicos, e o seu direito há-de ser afirmado e protegido, inclusivamente através de instrumentos legais, onde estes se revelem necessários. O reconhecimento do papel público das mulheres não deve, contudo, diminuir a função insubstituível que têm no interior da família: aqui, a sua contribuição para o bem e o progresso social, apesar de pouco considerado, é de um valor realmente inestimável» (Mensagem para o Dia Mundial da Paz em 1995, n. 9). Aliás, a nível pessoal, a mulher sente a própria dignidade não tanto como resultado da afirmação de direitos no plano jurídico, como sobretudo directa consequência da atenção concreta, material e espiritual, recebida no coração da família. A presença materna no seio da família é tão importante para a estabilidade e o crescimento desta célula fundamental da sociedade que deveria ser reconhecida, louvada e apoiada de todos os modos possíveis. E, pelo mesmo motivo, a sociedade deve chamar os maridos e pais às próprias responsabilidades para com a família.
Caríssimas famílias, certamente já vos destes conta de que nenhum casal humano pode sozinho, unicamente com as suas próprias forças, oferecer adequadamente aos filhos o amor e o sentido da vida. De facto, para poder dizer a alguém: «A tua vida é boa, embora eu não conheça o teu futuro», são precisas uma autoridade e credibilidade superiores àquilo que os pais por si sós podem dar. Os cristãos sabem que esta autoridade superior está conferida àquela família mais ampla que Deus, através do seu Filho Jesus Cristo e do dom do Espírito Santo, criou na história dos homens, isto é, à Igreja. Vemos aqui ao trabalho aquele Amor eterno e indestrutível que assegura à vida de cada um de nós um sentido permanente, apesar de não conhecermos o futuro. Por este motivo, a edificação de cada família cristã situa-se no contexto da família maior que é a Igreja, que a apoia e abraça no seu seio garantindo-lhe que sobre ela pousa, agora e no futuro, o «sim» do Criador.
«Não têm vinho» – disse Maria a Jesus. Queridas mulheres angolanas, tomai-A por vossa Advogada junto do Senhor. Assim A conhecemos desde as bodas de Caná: como a Mulher benigna, cheia de materna solicitude e coragem, a Mulher que Se dá conta das necessidades alheias e, no desejo de pôr-lhes remédio, leva-as diante do Senhor. Junto d’Ela, poderemos todos, mulheres e homens, recuperar aquela serenidade e íntima confiança que nos torna felizes em Deus e incansáveis na luta pela vida. Seja a Senhora da Muxima a estrela da vossa vida, que vos guarde unidos na grande família de Deus. Amen.
[00424-06.02] [Texto original: Português]
TRADUZIONE IN LINGUA ITALIANA
Carissimi fratelli e sorelle,
«Non hanno più vino» – disse Maria supplicando Gesù affinché lo sposalizio potesse continuare nella festa, come del resto sempre deve essere: «Gli invitati a nozze non possono digiunare quando hanno con loro lo sposo» (cfr Mc 2, 19). Poi la Madre di Gesù si recò dai servi per raccomandar loro: «Fate quello che vi dirà» (cfr Gv 2, 1-5). E quella mediazione materna rese possibile il «vino buono», premonitore di una nuova alleanza tra l’onnipotenza divina e il cuore umano povero ma disponibile. È ciò che, del resto, era già successo in passato quando – lo abbiamo ascoltato nella prima lettura – «tutto il popolo rispose insieme e disse: «Quanto il Signore ha detto, noi lo faremo!"» (Es 19, 8).
Queste stesse parole salgano dal cuore di quanti siamo radunati qui in questa chiesa di Sant’Antonio, sorta grazie alla benemerita opera missionaria dei Frati minori cappuccini, i quali la vollero quale nuova Tenda per l’Arca dell’Alleanza, segno della presenza di Dio in mezzo al popolo in cammino. Su di loro e su quanti collaborano e traggono beneficio dall’assistenza religiosa e sociale qui elargita, il Papa traccia una benevola e incoraggiante Benedizione. Saluto con affetto ciascuno dei presenti: Vescovi, presbiteri, consacrati e consacrate, e in modo particolare voi, fedeli laici, che abbracciate consapevolmente i doveri d’impegno e di testimonianza cristiana che derivano dal sacramento del Battesimo e, per gli sposati, anche dal sacramento del Matrimonio. E, dettato dalla ragione principale che ci raduna qui, un mio saluto carico di affetto e di speranza va alle donne, alle quali Dio ha affidato le sorgenti della vita: Vivete e scommettete sulla vita, perché il Dio vivente ha scommesso su di voi! Con animo grato, saluto i responsabili e gli animatori dei Movimenti ecclesiali che hanno a cuore, tra l’altro, la promozione della donna angolana. Ringrazio Mons. José de Queirós Alves e ai vostri rappresentanti per le parole che mi hanno rivolto, illustrando gli affanni e le speranze di tante silenziose eroine quali sono le donne in questa Nazione amata.
Tutti esorto ad un’effettiva consapevolezza delle condizioni sfavorevoli a cui sono state – e continuano ad essere – sottoposte tante donne, esaminando in quale misura la condotta e gli atteggiamenti degli uomini, a volte la loro mancanza di sensibilità o di responsabilità, possano esserne la causa. I disegni di Dio sono diversi. Abbiamo sentito nella lettura che tutto il popolo rispose insieme: «Quanto il Signore ha detto, noi lo faremo!» Dice la Sacra Scrittura che il Creatore divino, nell’esaminare l’opera compiuta, vide che qualcosa mancava: tutto sarebbe stato buono, se l’uomo non fosse stato solo! Come poteva l’uomo solo essere ad immagine e somiglianza di Dio che è uno e trino, di Dio che è comunione? «Non è bene che l’uomo sia solo: gli voglio fare un aiuto che gli sia simile» (cfr Gn 2, 18). Dio di nuovo si mise all’opera per creare l’aiuto che mancava, e lo dotò in modo privilegiato introducendo l’ordine dell’amore, che non vedeva abbastanza rappresentato nella creazione.
Come sapete, fratelli e sorelle, quest’ordine dell’amore appartiene alla vita intima di Dio stesso, alla vita trinitaria, essendo lo Spirito Santo l’ipostasi personale dell’amore. Orbene, «nel fondamento del disegno eterno di Dio – come diceva il compianto Papa Giovanni Paolo II – la donna è colei in cui l’ordine dell’amore nel mondo creato delle persone trova un terreno per gettare la sua prima radice» (Lett. ap. Mulieris dignitatem, 29). Infatti, nel vedere l’affascinante incanto che irradia dalla donna a causa dell’intima grazia che Dio le ha donata, il cuore dell’uomo si illumina e si rivede in essa: «Questa volta essa è carne dalla mia carne e osso dalle mie ossa» (Gn 2, 23). La donna è un’altro «io» nella comune umanità. Bisogna riconoscere, affermare e difendere l’uguale dignità dell’uomo e della donna: sono ambedue persone, differentemente da ogni altro essere vivente del mondo attorno a loro.
Ambedue sono chiamati a vivere in profonda comunione, in un vicendevole riconoscimento e dono di se stessi, lavorando insieme per il bene comune con le caratteristiche complementari di ciò che è maschile e di ciò che è femminile. Chi non avverte, oggi, il bisogno di dare più spazio alle «ragioni del cuore»? In un mondo come l’attuale dominato dalla tecnica, si sente bisogno di questa complementarietà della donna, affinché l’essere umano vi possa vivere senza disumanizzarsi del tutto. Si pensi alle terre dove abbonda la povertà, alle regioni devastate dalla guerra, a tante situazioni tragiche risultanti da migrazioni forzate e non… Sono quasi sempre le donne che vi mantengono intatta la dignità umana, difendono la famiglia e tutelano i valori culturali e religiosi.
Carissimi fratelli e sorelle, la storia registra quasi esclusivamente le conquiste dei maschi, quando in realtà una parte importantissima si deve ad azioni determinanti, perseveranti e benefiche poste da donne. Lasciate che, fra tante donne straordinarie, vi parli di due: Teresa Gomes e Maria Bonino. Angolana la prima, è deceduta l’anno 2004 nella città di Sumbe, dopo una vita coniugale felice da cui sono nati 7 figli; incrollabile è stata la sua fede cristiana e ammirevole il suo zelo apostolico, soprattutto negli anni 1975 e 1976 quando una feroce propaganda ideologica e politica si abbatté sopra la parrocchia di Nostra Signora delle Grazie di Porto Amboim, riuscendo quasi a far chiudere le porte della chiesa. Allora Teresa divenne la leader dei fedeli che non si arrendevano alla situazione, sostenendoli, proteggendo coraggiosamente le strutture parrocchiali e tentando ogni possibile strada per avere di nuovo la santa Messa. Il suo amore alla Chiesa la rese instancabile nell’opera dell’evangelizzazione, sotto la guida dei sacerdoti.
Quanto a Maria Bonino: era una pediatra italiana, offertasi volontaria per varie missioni in quest’Africa amata, e divenuta la responsabile del Reparto pediatrico dell’Ospedale provinciale d’Uíje negli ultimi due anni della sua vita. Votata alle cure quotidiane di migliaia di bambini lì ricoverati, Maria dovette pagare con il sacrificio più alto il servizio ivi reso durante una terribile epidemia della febbre emorragica di Marburg, finendo lei stessa contagiata; anche se trasferita a Luanda, qui decedette e qui riposa dal 24 marzo del 2005 – si compie dopodomani il quarto anniversario. La Chiesa e la società umana sono state – e continuano ad essere – enormemente arricchite dalla presenza e dalle virtù delle donne, in particolare di quelle che si sono consacrate al Signore e, poggiando su di Lui, si sono messe al servizio degli altri.
Carissimi angolani, oggi nessuno dovrebbe più dubitare del fatto che le donne, sulla base della loro dignità pari a quella degli uomini, hanno «pieno diritto di inserirsi attivamente in ogni ambito della vita pubblica, e il loro diritto deve essere affermato e protetto anche mediante strumenti legali, là dove questi appaiano necessari. Tuttavia il riconoscimento del ruolo pubblico delle donne non deve sminuire l’insostituibile funzione che esse hanno all’interno della famiglia: qui, infatti, il loro contributo per il bene e lo sviluppo sociale, anche se poco considerato, è di un valore realmente inestimabile» (Messaggio per la Giornata Mondiale della Pace nel 1995, n. 9). Peraltro, a livello personale, la donna sente la propria dignità non tanto quale risultato dell’affermazione di diritti sul piano giuridico, quanto piuttosto come diretta conseguenza delle attenzioni materiali e spirituali ricevute nel cuore della famiglia. La presenza materna all’interno della famiglia è così importante per la stabilità e la crescita di questa cellula fondamentale della società, che dovrebbe essere riconosciuta, lodata e sostenuta in ogni modo possibile. E, per lo stesso motivo, la società deve richiamare i mariti e i padri alle loro responsabilità riguardo alla propria famiglia.
Carissime famiglie, certamente vi siete rese conto del fatto che nessuna coppia umana può da sola, unicamente con le proprie forze, offrire adeguatamente ai figli l’amore e il senso della vita. Infatti, per poter dire a qualcuno: «La tua vita è buona, nonostante non ne conosca il futuro», c’è bisogno di un’autorità e di una credibilità più alte di quanto possono offrire i genitori da soli. I cristiani sanno che quest’autorità più grande è stata assegnata a quella famiglia più ampia che Dio, per mezzo del Figlio suo Gesù Cristo e del dono dello Spirito Santo, ha creato nella storia degli uomini, e cioè alla Chiesa. Vediamo qui al lavoro quell’Amore eterno e indistruttibile che assicura alla vita di ciascuno di noi un senso permanente, anche se non ne conosciamo il futuro. Per questo motivo, l’edificazione di ogni famiglia cristiana avviene all’interno di quella famiglia più grande che è la Chiesa, la quale la sostiene e la stringe al suo petto garantendo che sopra di essa si posa, ora e nel futuro, il «sì» del Creatore.
«Non hanno più vino» – dice Maria a Gesù. Carissime donne angolane, prendeteLa come Avvocata vostra presso il Signore. Così la conosciamo da quelle nozze di Cana: come la Donna benigna, piena di materna sollecitudine e di coraggio, la Donna che si accorge dei bisogni altrui e, volendo rimediare, li porta davanti al Signore. Presso di Lei, possiamo tutti, donne e uomini, ricuperare quella serenità e intima fiducia che ci fa sentire beati in Dio e instancabili nella lotta per la vita. Possa la Madonna di Muxima essere la stella della vostra vita; Essa vi custodisca uniti nella grande famiglia di Dio. Amen.
[00424-01.01] [Testo originale: Portoghese]
TRADUZIONE IN LINGUA FRANCESE
Chers frères et sœurs,
« Ils n’ont plus de vin » - disait Marie en suppliant Jésus, afin que les noces puissent continuer dans la fête, comme il se doit : « Les invités de la noce pourraient-ils donc jeûner pendant que l’Époux est avec eux ? » (Mc 2, 19). Puis la Mère de Jésus s’approcha des serviteurs pour leur recommander : « Faites tout ce qu’il vous dira » (Jn 2, 5). Cette médiation maternelle rendit possible le « bon vin », prémonitoire d’une nouvelle alliance entre la toute-puissance divine et le cœur humain, pauvre mais disponible. C’est d’ailleurs ce qui s’était déjà produit dans le passé quand – nous l’avons entendu dans la première lecture – « le peuple tout entier répondit d’une seule voix : "Tout ce qu’a dit le Seigneur, nous le ferons." » (Ex 19, 8).
Ces mêmes paroles jaillissent du cœur de ceux qui sont ici réunis, dans l’église Saint-Antoine, édifiée grâce à l’œuvre missionnaire méritoire des Frères mineurs capucins, qui la voulurent comme une nouvelle Tente pour l’Arche de l’Alliance, signe de la présence de Dieu au milieu du peuple en marche. Sur eux et sur tous ceux qui collaborent et qui bénéficient de l’assistance religieuse et sociale qui y est donnée, le Pape invoque une bienveillante et encourageante bénédiction. Je salue affectueusement chacune des personnes présentes : Évêques, prêtres, personnes consacrées et, de façon particulière, vous, les fidèles laïcs qui accomplissez consciemment les devoirs d’engagement et de témoignage chrétien qui découlent du sacrement du Baptême et pour les époux, du sacrement du Mariage. En raison du motif qui nous réunit ici, j’adresse une salutation pleine d’affection et d’espérance aux femmes auxquelles Dieu a confié les sources de la vie : vivez et misez tout sur la vie, parce que le Dieu vivant a misé sur vous ! Avec reconnaissance, je salue les responsables et les animateurs des Mouvements ecclésiaux qui ont à cœur, entre autres, la promotion de la femme angolaise. Je remercie Monseigneur José de Queirós Alves et vos représentants pour les paroles qu’ils m’ont adressées, soulignant les préoccupations et les espérances des nombreuses femmes héroïques et silencieuses de cette Nation bien-aimée.
Je vous exhorte tous à une réelle prise de conscience des conditions défavorables auxquelles ont été – et continuent d’être – soumises de nombreuses femmes, en examinant dans quelle mesure la conduite des hommes, leur manque de sensibilité ou de responsabilité peuvent en être la cause. Les desseins de Dieu sont autres. Nous avons entendu dans la lecture que tout le peuple répondit d’une même voix : « Tout ce qu’a dit le Seigneur, nous le ferons. » (Ex 19, 8). L’Écriture Sainte dit que le Créateur divin, en examinant l’œuvre qu’il avait accomplie, découvrit que quelque chose manquait : tout aurait été bon, si l’homme n’avait pas été seul ! Comment l’homme seul pouvait-il être à l’image et à la ressemblance de Dieu qui est un et trine, de Dieu qui est communion ? « Il n’est pas bon que l’homme soit seul. Je vais lui faire une aide qui lui correspondra ». Et après que l’homme a cherché longuement dans la création sans résultat (cf. Gn 2, 18-20), Dieu se mit de nouveau à l’œuvre pour créer l’aide qui lui manquait, et le gratifia de façon privilégiée en introduisant l’ordre de l’amour, qu’il ne voyait pas suffisamment représenté dans la création.
Comme vous le savez, frères et sœurs, cet ordre de l’amour appartient à la vie intime de Dieu lui-même, à la vie trinitaire, l’Esprit Saint étant l’hypostase personnelle de l’amour. Or, « conformément au dessein éternel de Dieu – comme disait le regretté Pape Jean-Paul II -, la femme est celle en qui l’ordre de l’amour dans le monde créé des personnes trouve le lieu de son premier enracinement » (Lettre Apostolique Mulieris dignitatem, n. 29). En effet, en voyant le charme fascinant qui émane de la femme de par la grâce intime que Dieu lui a donnée, le cœur de l’homme s’éclaire et se retrouve en elle : « Cette fois-ci, voilà l’os de mes os et la chair de ma chair » (Gn 2, 23). La femme est un autre « moi » dans l’humanité commune. Il faut reconnaître, affirmer et défendre l’égale dignité de l’homme et de la femme : tous les deux sont des personnes, à la différence de tout autre être vivant dans le monde autour d’eux.
Tous les deux sont appelés à vivre en profonde communion, dans une reconnaissance mutuelle et un don de soi réciproque, travaillant ensemble pour le bien commun avec les caractéristiques complémentaires de ce qui est masculin et de ce qui est féminin. Aujourd’hui, qui ne perçoit le besoin d’accorder plus de place aux « raisons du cœur » ? Dans une civilisation comme la nôtre, dominée par la technique, on ressent le besoin de cette complémentarité de la femme, afin que l’être humain puisse y vivre sans se déshumaniser complètement. Il suffit de penser aux terres où règne la pauvreté, aux régions dévastées par la guerre, à de nombreuses situations dramatiques découlant des migrations forcées ou non… Ce sont presque toujours les femmes qui y maintiennent intacte la dignité humaine, défendent la famille et sauvegardent les valeurs culturelles et religieuses.
Chers frères et sœurs, l’histoire mentionne presque exclusivement les conquêtes des hommes, alors qu’en réalité une part très importante est due à des actions déterminantes, persévérantes et utiles accomplies par des femmes. Parmi de nombreuses femmes extraordinaires, laissez-moi vous parler de deux d’entre elles : Teresa Gomes et Maria Bonino. La première, Angolaise, est décédée en 2004 dans la ville de Sumba, après une vie conjugale heureuse, dont sont nés sept enfants. Sa foi chrétienne a été solide et son zèle apostolique admirable, surtout au cours des années 1975 et 1976, quand une propagande idéologique et politique féroce s’est abattue sur la paroisse Notre-Dame des Grâces de Porto Amboim, arrivant presque à faire fermer les portes de l’église. Teresa se mit alors à la tête des fidèles qui n’abdiquaient pas face à cette situation, les soutenant, protégeant courageusement les structures paroissiales et recherchant toutes les voies possibles pour que la Messe soit à nouveau célébrée. Son amour pour l’Église la rendit infatigable dans l’œuvre de l’évangélisation, sous la conduite des prêtres.
Quant à Maria Bonino, pédiatre italienne, elle s’est proposée comme volontaire pour différentes missions en cette Afrique bien-aimée, et elle est devenue responsable du service pédiatrique de l’hôpital provincial d’Uíge durant les deux derrières années de sa vie. Se consacrant aux soins quotidiens de milliers d’enfants qui y étaient hospitalisés, Marie dût payer par le sacrifice le plus haut le service qui y était rendu durant une terrible épidémie de fièvre hémorragique de Marbourg, finissant par être elle-même contaminée. Transférée à Luanda, c’est ici qu’elle est décédée et qu’elle repose depuis le 24 mars 2005. Demain, ce sera le quatrième anniversaire de sa mort. L’Église et la société humaine ont été – et continuent à être – grandement enrichies par la présence et par les vertus des femmes, en particulier de celles qui se sont consacrées au Seigneur et qui, en fondant leur vie sur Lui, se sont mises au service des autres.
Chers Angolais, aujourd’hui personne ne devrait plus douter du fait que les femmes, sur la base de leur égale dignité avec les hommes, ont « tout à fait le droit de jouer un rôle actif dans tous les secteurs de la vie publique, et leur droit doit être affirmé et défendu, y compris par des instruments juridiques lorsque cela se révèle nécessaire. La reconnaissance du rôle public des femmes ne doit pas diminuer pour autant leur rôle irremplaçable à l’intérieur de la famille : leur contribution au bien et au progrès de la société a là une valeur réellement inestimable, même si elle est peu considérée » (Message pour la Journée Mondiale de la Paix 1995, n. 9). Toutefois, au niveau personnel, la femme fait l’expérience de sa dignité non pas comme le résultat de l’affirmation de droits sur le plan juridique, mais plutôt comme la conséquence directe des attentions matérielles et spirituelles reçues au sein de la famille. La présence maternelle dans la famille est tellement importante pour la stabilité et la croissance de cette cellule fondamentale de la société, qu’elle devrait être reconnue, louée et soutenue par tous les moyens possibles. Et, pour le même motif, la société doit rappeler aux maris et aux pères leurs responsabilités à l’égard de leur propre famille.
Chères familles, vous vous êtes certainement rendu compte qu’aucun couple humain ne peut à lui seul, uniquement par ses propres forces, donner de façon adéquate à ses enfants l’amour et le sens de la vie. En effet, pour pouvoir dire à quelqu’un : « Ta vie est bonne, bien que je n’en connaisse pas l’avenir », il faut une autorité et une crédibilité plus grandes que celles que les parents peuvent avoir à eux seuls. Les chrétiens savent que cette plus grande autorité a été confiée à cette famille plus large que, par son Fils Jésus Christ et par le don de l’Esprit Saint, Dieu a créée dans l’histoire des hommes, c’est-à-dire à l’Église. Nous voyons ici à l’œuvre cet Amour éternel et indestructible qui assure un sens permanent à la vie de chacun de nous, même si nous n’en connaissons pas l’avenir. C’est pourquoi la construction de chaque famille chrétienne advient au sein de cette famille plus grande qu’est l’Église, qui la soutient et la serre sur son cœur, en garantissant que se pose sur elle, maintenant et à l’avenir, le « oui » du Créateur.
« Ils n’ont plus de vin » - dit Marie à Jésus. Chères femmes angolaises, prenez-la comme votre Avocate auprès du Seigneur. C’est ainsi que nous la connaissons depuis les noces de Cana : comme la Femme bienveillante, pleine de sollicitude maternelle et de courage, la Femme qui perçoit les besoins des autres et, voulant y remédier, les porte devant le Seigneur. Auprès d’Elle, nous pouvons tous, femmes et hommes, retrouver la sérénité et la confiance intime qui nous font nous sentir heureux en Dieu et infatigables dans la lutte pour la vie. Puisse la Vierge de Muxima être l’Étoile de votre vie ! Qu’elle vous garde unis dans la grande famille de Dieu ! Amen.
[00424-03.01] [Texte original: Portugais]
TRADUZIONE IN LINGUA INGLESE
Dear Brothers and Sisters,
"They have no more wine," said Mary, begging Jesus to intervene so that the wedding-feast could continue, as was only right and fitting: "As long as the wedding guests have the bridegroom with them, they cannot fast" (Mk 2:19). The Mother of Jesus turns to the servants and implores them: "Do whatever he tells you" (cf. Jn 2:1-5). Her maternal mediation thus made possible the "good wine", prefiguring a new covenant between divine omnipotence and the poor but receptive human heart. This, in fact, had already happened in the past when – as we heard in the first reading – "all the people answered together and said: ‘all that the Lord has spoken, we will do’" (Ex 19:8).
These same words well up in the hearts of all gathered here today in Saint Anthony’s Church: a building which we owe to the commendable missionary efforts of the Capuchin Friars Minor, who wanted to provide a new Tent for the Ark of the Covenant, the sign of God’s presence among his pilgrim people. To them, to those who work alongside them, and to all who benefit from their spiritual and social assistance, the Pope imparts his blessing with warm words of encouragement. I greet with affection all those present: Bishops, priests, religious men and women, and particularly the lay faithful who consciously embrace the duties of Christian commitment and witness that flow from the Sacrament of Baptism and also – in the case of spouses – from the Sacrament of Marriage. Moreover, given the main purpose of our gathering today, I extend greetings of great affection and hope to all women, to whom God has entrusted the wellsprings of life: I invite you to live and to put your trust in life, because the living God has put his trust in you! With gratitude in my heart I also greet the leaders and facilitators of ecclesial movements that have made the promotion of Angolan women a priority. I thank Archbishop José de Queirós Alves and your representatives for their kind words and for drawing attention to the aspirations and hopes of so many of the silent heroines among the women of this beloved nation.
I call everyone to an effective awareness of the adverse conditions to which many women have been – and continue to be – subjected, paying particular attention to ways in which the behaviour and attitudes of men, who at times show a lack of sensitivity and responsibility, may be to blame. This forms no part of God’s plan. In the Scripture reading, we heard that the entire people cried out together: "all that the Lord has spoken, we will do!" Sacred Scripture tells us that the divine Creator, looking upon all he had made, saw that something was missing: everything would have been fine if man had not been alone! How could one man by himself constitute the image and likeness of God who is one and three, God who is communion? "It is not good that the man should be alone; I will make him a helper fit for him" (Gen 2:18). God went to work again, fashioning for the man the helper he still lacked, and endowing this helper in a privileged way by incorporating the order of love, which had seemed under-represented in creation.
As you know, my dear friends, this order of love belongs to the intimate life of God himself, the Trinitarian life, the Holy Spirit being the personal hypostasis of love. As my predecessor Pope John Paul II once wrote, "in God's eternal plan, woman is the one in whom the order of love in the created world of persons takes first root" (Mulieris Dignitatem, 29). In fact, gazing upon the captivating charm that radiates from woman due to the inner grace God has given her, the heart of man is enlightened and he sees himself reflected in her: "This at last is bone of my bones and flesh of my flesh" (Gen 2:23). Woman is another "I" who shares in the same human nature. We must therefore recognize, affirm and defend the equal dignity of man and woman: they are both persons, utterly unique among all the living beings found in the world.
Man and woman are both called to live in profound communion through a reciprocal recognition of one another and the mutual gift of themselves, working together for the common good through the complementary aspects of masculinity and femininity. Who today can fail to recognize the need to make more room for the "reasons of the heart"? In a world like ours, dominated by technology, we feel the need for this feminine complementarity, so that the human race can live in the world without completely losing its humanity. Think of all the places afflicted by great poverty or devastated by war, and of all the tragic situations resulting from migrations, forced or otherwise. It is almost always women who manage to preserve human dignity, to defend the family and to protect cultural and religious values.
Dear brothers and sisters, history records almost exclusively the accomplishments of men, when in fact much of it is due to the determined, unrelenting and charitable action of women. Of all the many extraordinary women, allow me to mention two in particular: Teresa Gomes and Maria Bonino. The first, an Angolan, died in 2004 in the city of Sumbe after a happily married life in which she gave birth to seven children; she was a woman of unswerving Christian faith and exemplary apostolic zeal. This was particularly evident during the years 1975 and 1976 when fierce ideological and political propaganda invaded the parish of Our Lady of Grace of Porto Amboim, almost forcing the doors of the church to close. Teresa then became the leader of the faithful who refused to bend under pressure. Teresa offered support, courageously protecting the parish structures and trying every possible means to restore the celebration of Mass. Her love for the Church made her indefatigable in the work of evangelization, under the direction of the priests.
Maria Bonino was an Italian paediatrician who offered her expertise as a volunteer in several missions throughout this beloved African continent. She became the head of the paediatric ward in the provincial hospital at Uíje during the last two years of her life. Caring for the daily needs of thousands of children who were patients there, Maria paid the ultimate price for her service by sacrificing her life during the terrible epidemic of Marburg Haemorrhagic Fever, to which she herself succumbed. She was transferred to Luanda for treatment, but she died and was laid to rest here on 24 March 2005 – the day after tomorrow is her fourth anniversary. Church and society have been – and continue to be – enormously enriched by the presence and virtues of women, and in a particular way by consecrated religious who, relying on the Lord’s grace, have placed themselves at the service of others.
Dear Angolans, since the dignity of women is equal to that of men, no one today should doubt that women have "a full right to become actively involved in all areas of public life, and this right must be affirmed and guaranteed, also, where necessary, through appropriate legislation. This acknowledgment of the public role of women should not however detract from their unique role within the family. Here their contribution to the welfare and progress of society, even if its importance is not sufficiently appreciated, is truly incalculable" (Message for the 1995 World Day of Peace, 9). Moreover, a woman’s personal sense of dignity is not primarily the result of juridically defined rights, but rather the direct consequence of the material and spiritual care she receives in the bosom of the family. The presence of a mother within the family is so important for the stability and growth of this fundamental cell of society, that it should be recognized, commended and supported in every possible way. For the same reason, society must hold husbands and fathers accountable for their responsibilities towards their families.
Dear families, you have undoubtedly noticed that no human couple, alone and on its own strength, can adequately offer children love and a genuine understanding of life. In fact, in order to say to someone, "your life is good even though you don’t know what the future will bring", there needs to be a higher and more trustworthy authority than parents alone can offer. Christians know that this higher authority has been given to the larger family which God, through his Son Jesus Christ and the gift of the Holy Spirit, has established within human history, namely the Church. We find at work here the eternal and indestructible love which guarantees to each of us that our life will always have meaning, even if we do not know what the future will bring. For this reason, the building up of every Christian family takes place within the larger family, the Church, which sustains the domestic family and holds it close to her heart, giving it the assurance that it is protected, now and in the future, by the "yes" of the Creator.
"They have no more wine" – Mary says to Jesus. Dear women of Angola, accept Mary as your advocate with the Lord. This is precisely how we see her at the wedding-feast of Cana: a tender woman, full of motherly care and courage, a woman who recognizes the needs of others and, wanting to help, places those needs before the Lord. If we stay close to her, we can all – men and women alike – recover that sense of serenity and deep trust that makes us feel blessed by God and undaunted in our struggle for life. May Our Lady of Muxima be the guiding star of your lives. May she keep all of you united in the great family of God. Amen.
[00424-02.01] [Original text: Portuguese]
Al termine del discorso, due donne offrono al Papa doni caratteristici del loro lavoro. Quindi il Papa rientra alla Nunziatura Apostolica di Luanda dove cena in privato.
[B0191-XX.01]