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VIAGGIO APOSTOLICO DEL SANTO PADRE BENEDETTO XVI IN CAMERUN E ANGOLA (17-23 MARZO 2009) (XIV), 21.03.2009


INCONTRO CON I GIOVANI DELL’ANGOLA NELLO STADIO DOS COQUEIROS DI LUANDA 

  DISCORSO DEL SANTO PADRE

  TRADUZIONE IN LINGUA ITALIANA

  TRADUZIONE IN LINGUA FRANCESE

  TRADUZIONE IN LINGUA INGLESE

Nel pomeriggio, lasciata la Nunziatura Apostolica, il Santo Padre Benedetto XVI si reca allo Stadio dos Coqueiros di Luanda dove, alle ore 16.30, ha luogo l’incontro con i giovani dell’Angola. All’incontro, che ha per tema: "Ecco, io faccio nuove tutte le cose" (Ap, 21,5), sono presenti anche rappresentanze di giovani orfani e mutilati, vittime della guerra civile.

Introdotto dagli indirizzi di saluto di S.E. Mons. Almeida Kanda, Vescovo di Ndalatando, incaricato della pastorale giovanile, e di due giovani, il Papa pronuncia il discorso che pubblichiamo di seguito:

  DISCORSO DEL SANTO PADRE

Queridos amigos!

Viestes em grande número – e representais aqui muitos mais unidos espiritualmente –, para encontrar o Sucessor de Pedro e, comigo, proclamar a todos a alegria de acreditar em Jesus Cristo e renovar o compromisso de ser seus discípulos fiéis neste nosso tempo. Análogo encontro teve lugar nesta mesma cidade, a 7 de Junho de 1992, com o amado Papa João Paulo II; com as feições um pouco diferentes mas o mesmo amor no coração, aqui tendes o actual Sucessor de Pedro, que vos abraça a todos em Jesus Cristo, que «é o mesmo ontem, hoje e para sempre» (Heb 13, 8).

Antes de mais nada, quero agradecer-vos por esta festa que me fazeis, por esta festa que sois, pela vossa presença e a vossa alegria. Dirijo uma saudação afectuosa aos venerados Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio e aos vossos animadores. De coração agradeço e saúdo a quantos prepararam este Encontro e de modo particular à Comissão Episcopal da Juventude e Vocações com o seu presidente, Dom Kanda Almeida, a quem agradeço as cordiais boas-vindas que me dirigiu. Saúdo a todos os jovens, católicos e não católicos, à procura de uma resposta para os seus problemas, alguns dos quais certamente referidos pelos vossos representantes cujas palavras ouvi com gratidão. O abraço que lhes dei vale naturalmente para todos vós.

Encontrar os jovens faz bem a todos! Talvez tenham tantas dificuldades, mas trazem consigo tanta esperança, tanto entusiasmo e tanta vontade de recomeçar. Jovens amigos, guardais dentro de vós próprios a dinâmica do futuro. Convido-vos a olhá-lo com os olhos do apóstolo João: «Vi um novo céu e uma nova terra (…) e também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da presença de Deus, bela como noiva adornada para o seu esposo. E do trono ouvi uma voz forte que dizia: "Eis a morada de Deus com os homens"» (Ap 21, 1-3). Queridos amigos, Deus faz a diferença. Desde a serena intimidade entre Deus e o casal humano no jardim do Éden, passando pela glória divina que irradiava da Tenda da Reunião no meio do povo de Israel ao longo da sua travessia pelo deserto, até à encarnação do Filho de Deus que Se uniu indissoluvelmente ao homem em Jesus Cristo. Este mesmo Jesus retoma a travessia do deserto humano passando pela morte e chega à ressurreição, arrastando consigo toda a humanidade para Deus. Agora Jesus já não está confinado num espaço e tempo determinados, mas o seu Espírito – o Espírito Santo – emana d’Ele e entra nos nossos corações, unindo-nos assim com o próprio Jesus e com Ele ao Pai – com o Deus uno e trino.

Sim, meus caros amigos! Deus faz a diferença… Mais ainda! Deus faz-nos diferentes, faz-nos novos. Tal é a promessa que Ele mesmo nos faz: «Vou renovar todas as coisas» (Ap 21, 5). E é verdade! No-lo diz o apóstolo São Paulo: «Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo. Tudo isto vem de Deus, que por meio de Jesus Cristo nos reconciliou consigo» (2 Cor 5, 17-18). Tendo subido aos Céus e entrado na eternidade, Jesus Cristo ficou Senhor de todos os tempos. Por isso, Ele pode fazer-Se nosso companheiro no presente, e tem o livro dos nossos dias na sua mão: nela segura firmemente o passado, com as fontes e os alicerces do nosso ser; nela guarda ciosamente o futuro, deixando-nos vislumbrar a mais bela alvorada de toda a nossa vida que d’Ele irradia, ou seja, a ressurreição em Deus. O futuro da humanidade nova é Deus; antecipação inicial disso mesmo é a sua Igreja. Quando puderdes, lede com atenção a sua história: dar-vos-eis conta que a Igreja, com o passar dos anos, não envelhece; antes, torna-se cada vez mais jovem, porque caminha ao encontro do Senhor, aproximando-se cada vez mais da única e verdadeira fonte donde brota a juventude, a novidade, a regeneração, a força da vida.

Amigos que me escutais, o futuro é Deus. Como há pouco ouvimos, «Ele enxugará todas as lágrimas dos olhos; nunca mais haverá morte, nem luto, nem gemidos nem dor, porque o mundo antigo desapareceu» (Ap 21, 4). Entretanto, vejo aqui presentes alguns dos milhares de jovens angolanos mutilados em consequência da guerra e das minas, penso nas lágrimas sem conta que muitos de vós verteram pela perda dos familiares, e não é difícil imaginar as nuvens cinzentas que ainda cobrem o céu dos vossos sonhos melhores… E leio no vosso coração uma dúvida, que me lançais: «Isto temos. Aquilo que nos diz, não se vê. A promessa tem a garantia divina – e nós o cremos –, mas Deus, quando Se levantará para renovar todas as coisas?» A resposta de Jesus é a mesma que Ele deu aos seus discípulos: «Não se perturbe o vosso coração. Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim. Em casa de meu Pai, há muitas moradas. Se assim não fosse, Eu vos teria dito, pois vou preparar-vos um lugar» (Jo 14, 1-2). Mas vós, queridos jovens, insistis: «De acordo! Mas quando sucederá isto?» A idêntica pergunta feita pelos apóstolos, Jesus respondeu: «Não vos compete saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou com a sua autoridade. Mas ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas (…) até aos confins do mundo» (Act 1, 7-8). Reparai que Jesus não nos deixa sem resposta; diz-nos claramente uma coisa: a renovação começa dentro; sereis dotados de uma força do Alto. A força dinâmica do futuro está dentro de vós.

Está dentro… como? Como a vida está dentro de uma semente: assim o explicou Jesus, numa hora crítica do seu ministério. Este começara com grande entusiasmo, pois a gente via os doentes curados, os demónios expulsos, o Evangelho anunciado; mas, quanto ao resto, o mundo continuava como antes: os romanos dominavam ainda; a vida era difícil no dia a dia, apesar destes sinais, destas lindas palavras. E o entusiasmo foi esmorecendo, até ao ponto de muitos discípulos abandonarem o Mestre (cf. Jo 6, 66), que pregava mas não mudava o mundo. E todos se interrogavam: Afinal que vale esta mensagem? Que traz este Profeta de Deus? Então Jesus falou de um semeador que semeia no campo do mundo, explicando que a semente é a sua Palavra (cf. Mc 4, 3-20), são as curas realizadas: verdadeiramente pouca coisa, se comparada com as enormes carências e "macas" (dificuldades) da realidade de todos os dias. E todavia na semente está presente o futuro, porque a semente traz em si o pão de amanhã, a vida de amanhã. A semente parece quase nada, mas é a presença do futuro, é promessa já presente hoje; quando cai em terra boa, frutifica trinta, sessenta e até cem vezes mais.

Meus amigos, vós sois uma semente lançada por Deus à terra, que traz no coração uma força do Alto, a força do Espírito Santo. Mas, para passar da promessa de vida ao fruto, o único caminho possível é dar a vida por amor, é morrer por amor. Foi o próprio Jesus que o disse: «Se a semente, caindo na terra, não morrer fica ela só; mas, se morrer, dá muito fruto. Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo perde a sua vida conservá-la-á para a vida eterna» (cf. Jo 12, 24-25). Assim falou Jesus, e assim o fez: a sua crucifixão parece o falimento total, mas não! Jesus, animado pela força de «um Espírito eterno, ofereceu-Se a Si mesmo a Deus como vítima sem mancha» (Heb 9, 14). E deste modo, caindo em terra, Ele pôde dar fruto o tempo todo e em todos os tempos. E aí tendes o novo Pão, o Pão da vida futura, a Santíssima Eucaristia que nos alimenta e faz desabrochar a vida trinitária no coração dos homens.

Jovens amigos, sementes dotadas com a força do mesmo Espírito eterno, desabrochai ao calor da Eucaristia, onde se realiza o testamento do Senhor: Ele dá-Se a nós, e nós respondemos dando-nos aos outros por amor d’Ele. Tal é o caminho da vida; mas só o podereis percorrer graças a um constante diálogo com o Senhor e um verdadeiro diálogo entre vós. A cultura social predominante não vos ajuda a viver nem a Palavra de Jesus nem o dom de vós mesmos a que Ele vos convida segundo o desígnio do Pai. Queridos amigos, a força está dentro de vós, como o estava em Jesus que dizia: «O Pai que está em Mim, é que faz as obras. (…) Aquele que acredita em Mim fará também as obras que Eu faço; e fará obras maiores do que estas, porque Eu vou para o meu Pai» (Jo 14, 10.12). Por isso, não tenhais medo de tomar decisões definitivas. Generosidade não vos falta – eu sei! –, mas, perante o risco de se comprometer para uma vida inteira quer no matrimónio quer numa vida de especial consagração, sentis medo: «O mundo vive em contínuo movimento e a vida está cheia de possibilidades. Poderei eu dispor agora da minha vida inteira, ignorando os imprevistos que me reserva? Não será que eu, com uma decisão definitiva, jogo a minha liberdade e me prendo com as minhas próprias mãos?» Tais são as dúvidas que vos assaltam e que a actual cultura individualista e hedonista aviva. Mas quando o jovem não se decide, corre o risco de ficar uma eterna criança!

Eu digo-vos: Coragem! Ousai decisões definitivas, porque na verdade são as únicas que não destroem a liberdade, mas lhe criam a justa direcção, possibilitando seguir em frente e alcançar algo de grande na vida. Sem dúvida, a vida só pode valer se tiverdes a coragem da aventura, a confiança de que o Senhor nunca vos deixará sozinhos. Juventude angolana, liberta dentro de ti o Espírito Santo, a força do Alto! Confiado nela, como Jesus, arrisca este salto, por assim dizer, no definitivo e com isso dá uma possibilidade à vida! Assim criar-se-ão entre vós ilhas, oásis e depois grandes superfícies de cultura cristã, onde se tornará visível aquela «cidade santa que desce do céu, da presença de Deus, bela como noiva adornada para o seu esposo». Tal é a vida que vale a pena ser vivida e que de coração vos desejo. Viva a juventude de Angola!

[00421-06.02] [Texto original: Português]

  TRADUZIONE IN LINGUA ITALIANA

Carissimi amici!

Siete venuti in gran numero, in rappresentanza di molti altri spiritualmente a voi uniti, per incontrare il Successore di Pietro e, insieme a me, proclamare davanti a tutti la gioia di credere in Gesù Cristo e rinnovare l’impegno di essere suoi fedeli discepoli in questo nostro tempo. Un identico incontro ha avuto luogo in questa stessa città, in data 7 giugno 1992, con l’amato Papa Giovanni Paolo II. Con lineamenti un po’ diversi, ma con lo stesso amore nel cuore, ecco davanti a voi l’attuale Successore di Pietro, che vi abbraccia tutti in Gesù Cristo, che "è lo stesso ieri, oggi e per sempre" (Eb 13,8).

Prima di tutto, voglio ringraziarvi per questa festa che voi mi fate, per questa festa che voi siete, per la vostra presenza e la vostra gioia. Rivolgo un saluto affettuoso ai venerati Fratelli nell’Episcopato e nel Sacerdozio e ai vostri animatori. Di cuore ringrazio e saluto quanti hanno preparato quest’Incontro e, in particolare, la Commissione episcopale per la Gioventù e le Vocazioni con il suo Presidente, Mons. Kanda Almeida, che ringrazio per le cordiali parole di benvenuto rivoltemi. Saluto tutti i giovani, cattolici e non cattolici, alla ricerca di una risposta per i loro problemi, alcuni dei quali sicuramente riferiti dai vostri Rappresentanti, le cui parole ho ascoltato con gratitudine. L’abbraccio che ho scambiato con loro vale naturalmente per tutti voi.

Incontrare i giovani fa bene a tutti! Essi hanno a volte tante difficoltà, ma portano con sé tanta speranza, tanto entusiasmo, tanta voglia di ricominciare. Giovani amici, voi custodite in voi stessi la dinamica del futuro. Vi invito a guardarlo con gli occhi dell’apostolo Giovanni: «Vidi poi un nuovo cielo e una nuova terra (…) e anche la città santa, la nuova Gerusalemme scendere dal cielo, da Dio, pronta come una sposa adorna per il suo sposo. Udii allora una voce potente che usciva dal trono: "Ecco la dimora di Dio con gli uomini"» (Ap 21, 1-3). Carissimi amici, Dio fa la differenza. A cominciare dalla serena intimità fra Dio e la coppia umana nel giardino dell’Eden, passando alla gloria divina che irradiava dalla Tenda della Riunione in mezzo al popolo d’Israele durante la traversata del deserto, fino all’incarnazione del Figlio di Dio che si è indissolubilmente unito all’uomo in Gesù Cristo. Questo stesso Gesù riprende la traversata del deserto umano passando attraverso la morte e arriva alla risurrezione, trascinando con sé verso Dio l’intera umanità. Ora Gesù non si trova più confinato in un luogo e in un tempo determinato, ma il suo Spirito, lo Spirito Santo, emana da Lui e entra nei nostri cuori, unendoci così con Gesù stesso e con Lui al Padre – con il Dio uno e trino.

Sì, miei cari amici! Dio fa la differenza… Di più! Dio ci fa differenti, ci fa nuovi. Tale è la promessa che Egli stesso ci fa: «Ecco io faccio nuove tutte le cose» (Ap 21, 5). Ed è vero! Ce lo dice l’apostolo san Paolo: «Se uno è in Cristo, è una creatura nuova; le cose vecchie sono passate, ecco ne sono nate di nuove. Tutto questo però viene da Dio, che ci ha riconciliati con se mediante Cristo» (2 Cr 5, 17-18). Essendo salito al Cielo ed essendo entrato nell’eternità, Gesù Cristo è diventato Signore di tutti i tempi. Perciò, può farsi nostro compagno nel presente, portando il libro dei nostri giorni nella sua mano: in essa sostiene fermamente il passato, con le sorgenti e le fondamenta del nostro essere; in essa custodisce gelosamente il futuro, lasciandoci intravedere l’alba più bella di tutta la nostra vita che da lui irradia, ossia la risurrezione in Dio. Il futuro dell’umanità nuova è Dio; proprio un iniziale anticipo di ciò è la sua Chiesa. Quando ne avrete la possibilità, leggetene con attenzione la storia: potrete rendervi conto che la Chiesa, nello scorrere degli anni, non invecchia; anzi diventa sempre più giovane, perché cammina incontro al Signore, avvicinandosi ogni giorno di più alla sola e vera sorgente da dove scaturisce la gioventù, la rigenerazione, la forza della vita.

Amici che mi ascoltate, il futuro è Dio. Come abbiamo ascoltato poc’anzi, Egli «tergerà ogni lacrima dai loro occhi; non ci sarà più la morte, né lutto, né lamento, né affanno, perché le cose di prima sono passate» (Ap 21, 4). Nel frattempo, vedo qui presenti alcuni delle migliaia di giovani angolani mutilati in conseguenza della guerra e delle mine, penso alle innumerevoli lacrime che tanti di voi hanno versato per la perdita dei familiari, e non è difficile immaginare le nubi grigie che coprono ancora il cielo dei vostri sogni migliori… Leggo nel vostro cuore un dubbio, che voi rivolgete a me: «Questo è ciò che abbiamo. Quello che tu ci dici non si vede! La promessa ha la garanzia divina – e noi vi crediamo –, ma Dio quando si alzerà per rinnovare ogni cosa?». La risposta di Gesù è la stessa che Egli ha dato ai suoi discepoli: «Non sia turbato il vostro cuore. Abbiate fede in Dio e abbiate fede anche in me. Nella casa del Padre mio vi sono molti posti. Se no, vi avrei mai detto: Vado a prepararvi un posto?» (Gv 14, 1-2). Ma voi, carissimi giovani, insistete: «D’accordo! Ma quando accadrà questo?» Ad una domanda simile fatta dagli apostoli, Gesù rispose: «Non spetta a voi conoscere i tempi e i momenti che il Padre ha riservato alla sua scelta, ma avrete forza dallo Spirito Santo che scenderà su di voi e mi sarete testimoni (…) fino agli estremi confini della terra» (At 1, 7-8). Guardate che Gesù non ci lascia senza risposta; ci dice chiaramente una cosa: il rinnovamento inizia dentro; riceverete una forza dall’Alto. La forza dinamica del futuro si trova dentro di voi.

Si trova dentro… ma come? Come la vita è dentro un seme: così ha spiegato Gesù, in un’ora critica del suo ministero. Era iniziato – il suo ministero - con grande entusiasmo, poiché la gente vedeva i malati guariti, i demoni cacciati, il Vangelo annunziato; ma, per il resto, il mondo andava avanti come prima: i romani dominavano ancora; la vita era difficile nel susseguirsi dei giorni, nonostante ci fossero quei segni, quelle belle parole. E l’entusiasmo si era andato spegnendo, fino al punto che parecchi discepoli avevano abbandonato il Maestro (cfr Gv 6, 66), che predicava ma non cambiava il mondo. E tutti si domandavano: In fondo che valore ha questo messaggio? Cosa ci porta questo Profeta di Dio? Allora Gesù parlò di un seminatore che semina nel campo del mondo, e spiegò poi che il seme è la sua Parola (cfr Mc 4, 3-20), sono le guarigioni operate: davvero poca cosa se paragonate con le enormi carenze e "macas" [difficoltà] della realtà di ogni giorno. Eppure nel seme è presente il futuro, perché il seme porta dentro di sé il pane di domani, la vita di domani. Il seme sembra quasi niente, ma è la presenza del futuro, è promessa presente già oggi; quando cade in terra buona fruttifica trenta, sessanta ed anche cento volte tanto.

Amici miei, voi siete un seme gettato da Dio nella terra; esso porta nel cuore una forza dell’Alto, la forza dello Spirito Santo. Tuttavia per passare dalla promessa di vita al frutto, la sola via possibile è offrire la vita per amore, è morire per amore. Lo ha detto lo stesso Gesù: «Se il seme caduto in terra non muore, rimane solo; se invece muore, produce molto frutto. Chi ama la sua vita, la perde e chi odia la sua vita in questo mondo, la conserverà per la vita eterna» (cfr Gv 12, 24-25). Così ha parlato Gesù, e così ha fatto: la sua crocifissione sembra il fallimento totale, ma non lo è! Gesù, animato dalla forza di «uno Spirito eterno, offrì se stesso senza macchia a Dio» (Eb 9, 14). E in questo modo, caduto cioè in terra, Egli ha potuto dar frutto in ogni tempo e lungo tutti i tempi. E in mezzo a voi si trova il nuovo Pane, il Pane della vita futura, la Santissima Eucaristia che ci alimenta e fa sbocciare la vita trinitaria nel cuore degli uomini.

Giovani amici, sementi dotate della forza del medesimo Spirito eterno, sbocciate al calore dell’Eucaristia, nella quale si realizza il testamento del Signore: Lui si dona a noi e noi rispondiamo donandoci agli altri per amore suo. Questa è la via della vita; ma sarà possibile percorrerla alla sola condizione di un dialogo costante con il Signore e di un dialogo vero tra voi. La cultura sociale dominante non vi aiuta a vivere la Parola di Gesù e neppure il dono di voi stessi a cui Egli vi invita secondo il disegno del Padre. Carissimi amici, la forza si trova dentro di voi, come era in Gesù che diceva: «Il Padre che è in me compie le sue opere. (…) Anche chi crede in me, compirà le opere che io compio e ne fará di più grandi, perché io vado al Padre» (Gv 14, 10.12). Perciò non abbiate paura di prendere decisioni definitive. Generosità non vi manca – lo so! Ma di fronte al rischio di impegnarsi per tutta la vita, sia nel matrimonio che in una vita di speciale consacrazione, provate paura: «Il mondo vive in continuo movimento e la vita è piena di possibilità. Potrò io disporre in questo momento della mia vita intera ignorando gli imprevisti che essa mi riserva? Non sarà che io, con una decisione definitiva, mi gioco la mia libertà e mi lego con le mie stesse mani?». Tali sono i dubbi che vi assalgono e l’attuale cultura individualistica e edonista li esaspera. Ma quando il giovane non si decide, corre il rischio di restare un eterno bambino!

Io vi dico: Coraggio! Osate decisioni definitive, perché in verità queste sono le sole che non distruggono la libertà, ma ne creano la giusta direzione, consentendo di andare avanti e di raggiungere qualcosa di grande nella vita. Non c’è dubbio che la vita ha valore soltanto se avete il coraggio dell’avventura, la fiducia che il Signore non vi lascerà mai soli. Gioventù angolana, libera dentro di te lo Spirito Santo, la forza dall’Alto! Con fiducia in questa forza, come Gesù, rischia questo salto per così dire nel definitivo e, con ciò, offri una possibilità alla vita! Così verranno a crearsi tra voi delle isole, delle oasi e poi grandi superfici di cultura cristiana, in cui diventerà visibile quella «città santa che scende dal cielo, da Dio, pronta come una sposa adorna per il suo sposo». Questa è la vita che merita di essere vissuta e che di cuore vi auguro. Viva la gioventù di Angola!

[00421-01.01] [Testo originale: Portoghese]

 TRADUZIONE IN LINGUA FRANCESE

Très chers jeunes,

Vous êtes venus très nombreux, sans parler de tous ceux qui vous sont unis spirituellement, pour rencontrer le successeur de Pierre et, avec lui, proclamer devant tous la joie de croire en Jésus Christ et renouveler l’engagement d’être aujourd’hui ses fidèles disciples. Une rencontre semblable avait eu lieu en cette même cité, le 7 juin 1992, avec le bien-aimé Pape Jean-Paul II. Sous des traits un peu différents, mais avec le même amour dans le cœur, voici devant vous l’actuel successeur de Pierre, qui vous prend tous dans ses bras en Jésus Christ qui « est le même, hier et aujourd’hui, et pour l’éternité » (He 13, 8).

Avant tout, je désire vous remercier pour cette fête que vous me faites, pour cette fête que vous êtes vous-mêmes, pour votre présence et pour votre joie. J’adresse un salut affectueux à mes vénérés Frères dans l’Épiscopat et dans le Sacerdoce et à ceux qui animent ce rassemblement. De grand cœur, je remercie et je salue tous ceux qui ont préparé cette rencontre et, en particulier, la Commission épiscopale pour la Jeunesse et les Vocations, ainsi que son Président, Monseigneur Kanda Almeida, à qui j’exprime ma reconnaissance pour les paroles chaleureuses de bienvenue qu’il m’a adressées. Je salue tous les jeunes, catholiques et non-catholiques, qui sont à la recherche d’une réponse à leurs problèmes, dont certains ont été évoqués par vos représentants : j’ai écouté leurs paroles avec gratitude. L’accolade que j’ai échangée avec eux s’étend naturellement à vous tous.

Rencontrer des jeunes est, pour tous, bienfaisant ! Ils ont sans doute beaucoup de problèmes, mais ils portent en eux tant d’espérance, tant d’enthousiasme, tant d’envie de recommencer. Chers jeunes, vous détenez en vous la dynamique de l’avenir. Je vous invite à regarder celui-ci avec les yeux de l’apôtre Jean : « Alors j’ai vu un ciel nouveau et une terre nouvelle (…) et j’ai vu descendre du ciel, d’auprès de Dieu, la cité sainte, la Jérusalem nouvelle, toute prête, comme une fiancée parée pour son époux. Et j’ai entendu la voix puissante qui venait du Trône divin ; elle disait : ‘Voici la demeure de Dieu avec les hommes’ » (Ap 21, 1-3). Chers amis, la présence de Dieu fait la différence. Cela se vérifie en commençant par la sereine intimité entre Dieu et le couple humain présent dans le jardin d’Éden, en passant par la gloire divine qui irradiait la Tente de la Rencontre plantée au milieu du peuple d’Israël durant la traversée du désert, jusqu’à l’Incarnation du Fils de Dieu qui s’est indissolublement uni à l’homme en Jésus Christ. Ce même Jésus reprend la traversée du désert humain en passant à travers la mort et parvient à la résurrection, entraînant avec lui l’humanité entière vers Dieu. Maintenant, Jésus ne se trouve plus situé dans les limites d’un lieu et d’un temps déterminé, mais son Esprit, l’Esprit Saint, vient de Lui et pénètre en nos cœurs, nous unissant ainsi avec Lui et par Lui avec le Père – avec le Dieu un et trine.

Oui, mes chers amis ! Dieu fait la différence… Qui plus est, Dieu nous rend différents, nous refait à neuf ! Telle est la promesse qu’il fait Lui-même : « Voici que je fais toutes choses nouvelles » (Ap 21, 5). Et cela est vrai ! L’apôtre saint Paul nous le dit : « Si quelqu’un est en Jésus Christ, il est une créature nouvelle. Le monde ancien s’en est allé, un monde nouveau est déjà né. Tout cela vient de Dieu : il nous a réconciliés avec lui par le Christ » (2 Co 5, 17-18). Étant monté au ciel et étant entré dans l’éternité, Jésus Christ est devenu le Seigneur de tous les temps. C’est pourquoi, il peut se faire notre compagnon dans le présent, portant le livre de nos jours dans sa main : en elle, il tient fermement le passé, avec les sources et les fondements de notre être ; en elle, il garde jalousement notre avenir, en nous laissant apercevoir la plus belle aube qu’il fait lever sur notre vie, c’est-à-dire la résurrection en Dieu. L’avenir de l’humanité nouvelle, c’est Dieu, et le commencement de tout cela, c’est son Église. Quand vous en aurez la possibilité, lisez attentivement son histoire : vous vous rendrez compte avec surprise que l’Église, au cours des âges, ne vieillit pas ; elle devient au contraire de plus en plus jeune, parce qu’elle chemine vers le Seigneur, se rapprochant chaque jour de la seule et véritable source d’où jaillissent la jeunesse, la régénération, la force de la vie.

Amis qui m’écoutez, l’avenir, c’est Dieu. Comme nous l’avons entendu il y a peu, « il essuiera toute larme de leurs yeux, et la mort n’existera plus ; il n’y aura plus de pleurs, de cris, ni de tristesse ; car la première création aura disparu » (Ap 21, 4). En même temps, je vois présents ici – mais il y en a des milliers d’autres – de jeunes angolais qui sont mutilés à cause de la guerre et des mines, je pense aux torrents de larmes que tant de vous ont versé à cause de la perte de membres de vos familles, et il n’est pas difficile d’imaginer les sombres nuages qui couvrent encore le ciel de vos rêves les plus beaux… Je lis dans vos cœurs un doute, que vous m’objectez : « C’est cela qui est notre réalité. Ce que tu nous dis, nous ne le voyons pas ! La promesse est garantie par Dieu - et nous y croyons -, mais quand Dieu se lèvera-t-il pour renouveler toutes choses ? » La réponse de Jésus est la même que celle qu’il a faite à ses disciples : « Ne soyez donc pas bouleversés : vous croyez en Dieu, croyez aussi en moi. Dans la maison de mon Père, beaucoup peuvent trouver leur demeure ; sinon, est-ce que je vous aurais dit : Je pars vous préparer une place ? » (Jn 14, 1-2). Mais vous, chers jeunes, vous insistez : « D’accord ! Mais quand cela adviendra-t-il ? » À une question semblable faite par ses apôtres, Jésus répondit : « Il ne vous appartient pas de connaître les délais et les dates que le Père a fixés dans sa liberté souveraine. Mais vous allez recevoir une force, celle du Saint-Esprit qui viendra sur vous. Alors vous serez mes témoins (…) jusqu’aux extrémités de la terre » (Ac 1, 7-8). Vous le voyez, Jésus ne nous laisse pas sans réponse ; il nous dit clairement une chose : le renouvellement commence en nous ; vous recevrez une force d’En-Haut. La force dynamique de l’avenir se trouve en vous.

Elle se trouve en nous… mais comment ? Tout comme la vie est à l’intérieur d’une semence : ainsi Jésus l’a-t-il expliqué, en un moment décisif de son ministère. Son ministère avait débuté dans l’enthousiasme, puisque les gens voyaient les malades guéris, les démons chassés, l’Évangile annoncé ; mais pour le reste, le monde tournait comme avant : les Romains dominaient encore, la vie était difficile dans la succession des jours, bien qu’il y ait eu ces signes et ces belles paroles. L’enthousiasme était allé en diminuant jusqu’à s’éteindre, au point que plusieurs disciples avaient abandonné le Maître (cf. Jn 6, 66), qui prêchait mais ne changeait pas le monde. Et tous se demandaient : au fond, quelle valeur ce message a-t-il ? Qu’est-ce que nous apporte ce Prophète de Dieu ? Alors, Jésus se mit à parler d’un semeur qui semait dans le champ du monde, et il expliqua ensuite que la semence était sa parole (cf. Mc 4, 3-20) et les guérisons qu’il avait opérées : en vérité peu de choses en regard des immenses besoins et difficultés de chaque jour. Et pourtant, dans la semence, l’avenir est présent, parce que la semence porte en elle le pain de demain, la vie de demain. La semence semble n’être presque rien, mais elle est la présence de l’avenir, elle est la promesse déjà tangible aujourd’hui ; quand elle tombe dans une bonne terre, elle fructifie trente, soixante et même parfois cent fois pour un.

Mes amis, vous êtes une semence jetée par Dieu sur la terre ; elle porte dans le cœur une force d’En-Haut, la force de l’Esprit Saint. Cependant, pour passer de la promesse de vie au fruit, la seule voie possible est d’offrir sa vie par amour, et de mourir par amour. Jésus l’a dit lui-même : « Si le grain de blé tombé en terre ne meurt pas, il reste seul ; mais s’il meurt, il donne beaucoup de fruit. Celui qui aime sa vie la perd, celui qui s’en détache en ce monde la garde pour la vie éternelle » (Jn 12, 24-25). Ainsi Jésus a-t-il parlé, et ainsi a-t-il vécu : sa crucifixion semble être un échec total, mais il n’en est rien ! Jésus, animé par la force de « l’Esprit éternel, s’est offert lui-même à Dieu comme une victime sans tâche » (He 9, 14). Et de cette façon, tombé en terre, Il a pu donner du fruit en tout temps et tout au long du temps. Au milieu de vous se trouve le Pain nouveau, le Pain de la vie qui vient, la sainte Eucharistie qui nous nourrit et fait s’épanouir la vie trinitaire dans le cœur des hommes.

Chers jeunes, semences animées de la force de l’Esprit éternel lui-même, ouvrez-vous au feu de l’Eucharistie, dans laquelle se réalise le testament du Seigneur : Il se donne à nous et nous répondons en nous donnant aux autres par amour pour Lui. C’est là chemin de la vie ; mais il sera possible de le parcourir à la seule condition qu’existe un dialogue constant avec le Seigneur et un dialogue vrai entre vous. La culture sociale dominante ne vous aide pas à vivre la Parole de Jésus ni le don de vous-même auquel il vous appelle selon le dessein du Père. Chers amis, la force se trouve en vous, comme elle était en Jésus qui disait : « Le Père qui demeure en moi (…) accomplit ses propres œuvres (…) Celui qui croit en moi accomplira les mêmes œuvres que moi. Il en accomplira même de plus grandes, puisque je pars vers le Père » (Jn 14, 10.12). N’ayez donc pas peur de prendre des décisions définitives. La générosité ne vous manque pas – je le sais ! Cependant, face au risque de s’engager pour toute la vie, que ce soit dans le mariage ou dans une consécration particulière, vous éprouvez de la crainte : « Le monde vit dans un mouvement continuel et la vie est riche de possibilités. Puis-je disposer aujourd’hui de ma vie alors que j’ignore les imprévus qu’elle me réserve ? Par une décision définitive, est-ce que je ne mets pas en jeu toute ma liberté et est-ce que je ne me lie pas les mains ? » Tels sont les doutes qui vous assaillent et la culture individualiste et hédoniste les renforce. Le résultat : vous ne vous décidez pas, et vous risquez ainsi de demeurer d’éternels enfants !

Je vous le dis : Courage ! Osez prendre des décisions définitives parce que ce sont les seules qui ne détruisent pas la liberté, mais qui lui donnent la juste orientation, en permettant d’avancer et de faire quelque chose de grand dans la vie. La vie n’a de valeur que si vous avez le courage de l’aventure et la certitude confiante que le Seigneur ne vous laissera jamais seuls. Jeunesse de l’Angola, libère en toi l’Esprit Saint, la force d’En-Haut ! Confiant en cette force, à l’image de Jésus, risque ce saut dans le « définitif » et, par lui, offre une chance à la vie ! Ainsi naîtront parmi vous des points, puis des oasis et enfin de grandes étendues de culture chrétienne, à travers laquelle deviendra visible cette « cité sainte, qui descend du ciel, d’auprès de Dieu, toute prête, comme une fiancée parée pour son époux ». Voilà la vie qui mérite d’être vécue et que, de tout cœur, je vous souhaite. Vive la jeunesse de l’Angola !

[00421-03.01] [Texte original: Portugais]

  TRADUZIONE IN LINGUA INGLESE

Dear Friends,

You have come here in great numbers to be with the Successor of Peter, and you represent so many other young people who are one with us in spirit. You have come to join me in proclaiming openly the joy of our faith in Jesus Christ, and in renewing your commitment to be his faithful disciples in our time. A meeting much like this took place here in Luanda on 7 June 1992 with our beloved Pope John Paul II. Today another Pope stands before you: with a different appearance, but with the same love in his heart, and he embraces all of you in Jesus Christ, who is "the same yesterday, today and for ever" (Heb 13:8).

First of all I want to thank you for this celebration which you have planned for me, for the festive atmosphere which you yourselves generate, for your presence and for your joy. I cordially greet my brother Bishops and priests and all those who are engaged in youth ministry. I likewise greet with gratitude all who have prepared this event, especially the Bishops’ Commission for Young People and Vocations, and its President, Bishop Kanda Almeida, whom I thank for his warm words of welcome. I greet all the young people present, Catholics and others, who are looking for an answer to their questions and difficulties. Some of these have been expressed by your representatives, and I have listened to them with gratitude and appreciation. The embrace I exchanged with them is, naturally, an embrace which I offer to all of you.

Meeting young people is good for everyone! You may have your share of difficulties, but you are filled with great hope, great enthusiasm and a great desire to make a new beginning. My young friends, you hold within yourselves the power to shape the future. I encourage you to look to that future through the eyes of the Apostle John. Saint John tells us: "I saw a new Heaven and a new earth… and I saw the holy city, the new Jerusalem, coming down out of Heaven, from God, prepared as a bride adorned for her husband; and I heard a loud voice from the throne saying, ‘Behold the dwelling of God is with men’" (Rev 21:1-3). Dear young people, God makes all the difference. His special presence among us begins with his easy intimacy with the first couple in the garden of Eden; it continues with the divine glory which shone forth from the Tent of Meeting in the midst of the People of Israel during their journey through the desert, and it culminates in the incarnation of the Son of God who became inseparably one with humanity in Jesus Christ. Jesus himself traversed the desert of our humanity and, passing beyond death, he rose from the dead and now draws all humanity with himself towards God. Jesus is no longer confined to a particular place and time. His Spirit, the Holy Spirit, flows forth from him, enters our hearts and thus joins us to him, and with him to the Father – to the God who is one and three.

Yes, my friends! God makes all the difference… and more! God changes us; he makes us new! This is what he has promised: "Behold, I make all things new" (Rev 21:5). It is true! The Apostle Paul tells us: "If anyone is in Christ, he is a new creation; the old has passed away, behold the new has come. All this is from God, who through Christ reconciled himself to us" (2 Cor 5:17-18). In ascending to Heaven and entering eternity, Jesus Christ has become the Lord of all ages. So he can walk with us as a friend in the present, carrying in his hand the book of our days. In his hand he also holds the past, the foundation and source of our life. He also carefully holds the future, allowing us to catch a glimpse of the most beautiful dawn we will ever see: the dawn that radiates from him, the dawn of the Resurrection. God is the future of a new humanity, which is anticipated in his Church. When you have a chance, take time to read the Church’s history. You will find that the Church does not grow old with the passing of the years. Rather, she grows younger, for she is journeying towards her Lord, day by day drawing nearer to the one true fountain overflowing with youthfulness, rebirth, the power of life.

Dear young people, the future is God. As we have just heard, "he will wipe away every tear from their eyes, and death shall be no more; neither shall there be mourning, nor crying nor pain any more, for the former things have passed away" (Rev 21:4). At present though, and even in our midst, I see some of the many thousands of young Angolans who have been maimed or disabled as a result of the war and the landmines. I think of the countless tears that have been shed for the loss of your relatives and friends. It is not hard to imagine the dark clouds that still veil the horizon of your fondest hopes and dreams. In your hearts I see doubt, a doubt which you have expressed to me today. You are saying: "Here is what we have. There is no visible sign of the things you are talking about! The promise is backed by God’s word – and we believe it – but when will God arise and renew all things?" Jesus’ answer is the one he gave to his disciples: "Let not your hearts be troubled. Believe in God. Believe also in me. In my Father’s house there are many rooms; if it were not so, would I have told you that I go to prepare a place for you?" (Jn 14:1-2). But you persist, dear young people: "Yes! But when will this happen?" The Apostles asked Jesus a similar question, and his answer was: "It is not for you to know times or seasons which the Father has fixed by his own authority. But you shall receive power when the Holy Spirit has come upon you; and you shall be my witnesses… to the ends of the earth" (Acts 1:7-8). See how Jesus does not leave us without an answer; he tells us one thing very clearly: renewal starts from within; you will receive a power from on high. The power to shape the future is within you.

It is within you, but how? Just as life exists within a seed. That is how Jesus explained it at a critical juncture in his ministry. The beginning of his ministry was accompanied by great enthusiasm. People saw the sick healed, demons cast out, the Gospel proclaimed, but otherwise the world had not changed: the Romans remained in power and everyday life continued to be hard, despite those miracles and those beautiful words. People’s enthusiasm was waning so much that even some of his disciples had left the Master (cf. Jn 6:66) who preached but did not change the world. Everyone was asking: deep down, what value does this message have? What has this prophet of God brought us? It was then that Jesus spoke about the sower who sows in the field of the world, and he explained that the seed is his word (Mk 4:3-20) and his miracles of healing. These are so few in comparison to the immense needs and demands of everyday life. And yet, deep within the seed, the future is already present, since the seed contains tomorrow’s bread, tomorrow’s life. The seed seems almost nothing. But it is the presence of the future, the promise already present. When it falls on good soil, it produces fruit, thirty, sixty and even a hundredfold.

My dear friends, you are a seed which God has sown in the world, a seed that contains power from on high, the power of the Holy Spirit. And yet, the only way to pass from the promise of life to actually bearing fruit is to give your lives in love, to die for love. Jesus himself said: "Unless a grain of wheat falls to the earth and dies, it remains alone; but if it dies, it bears much fruit. He who loves his life loses it, and he who hates his life in this world will keep it for eternal life" (Jn 12:24-25). This is what Jesus said, and this is how he acted. His crucifixion seems like complete failure, but it is not! Jesus, in the power of "the eternal Spirit, offered himself without blemish to God" (Heb 9:14). Thus, once he fell to the earth, he could bear fruit in every time and place. In your midst you have the new Bread, the Bread of future life, the Most Holy Eucharist, which nourishes us and pours out the life of the Trinity into the hearts of all people.

Dear young people, as seeds filled with the power of the same eternal Spirit, sprout up before the warmth of the Eucharist, in which the Lord’s testament is fulfilled: he gives himself to us and we respond by giving ourselves to others, for love of him. This is the way that leads to life; it can be followed only by maintaining a constant dialogue with the Lord and among yourselves. The dominant societal culture is not helping you to live by Jesus’ word or to practise the self-giving to which he calls you in accordance with the Father’s plan. Yet, dear friends, you have the power within you, just as it was in Jesus when he said: "the Father who dwells in me does his works… he who believes in me, will also do the works that I do; and he will do greater works than these, because I go to the Father" (Jn 14:10,12). So do not be afraid to make definitive decisions. You do not lack generosity – that I know! But the idea of risking a lifelong commitment, whether in marriage or in a life of special consecration, can be daunting. You might think: "The world is in constant flux and life is full of possibilities. Can I make a life-long commitment now, without knowing what unforeseen events lie in store for me? By making a definitive decision, would I not be risking my freedom and tying my own hands?" These are the doubts you feel, and today’s individualistic and hedonist culture aggravates them. Yet when young people avoid decisions, there is a risk of never attaining to full maturity!

I say to you: Take courage! Dare to make definitive decisions, because in reality these are the only decisions which do not destroy your freedom, but guide it in the right direction, enabling you to move forward and attain something worthwhile in life. There is no doubt about it: life is worthwhile only if you take courage and are ready for adventure, if you trust in the Lord who will never abandon you. Young people of Angola, unleash the power of the Holy Spirit within you, the power from on high! Trusting in this power, like Jesus, risk taking a leap and making a definitive decision. Give life a chance! In this way islands, oases and great stretches of Christian culture will spring up in your midst, and bring to light that "holy city coming down out of Heaven, from God, prepared as a bride adorned for her husband". This is the life worthy of being lived, and I commend it to you from my heart. May God bless the young people of Angola!

[00421-02.01] [Original text: Portuguese]

Concluso l’incontro con i giovani, il Santo Padre lascia lo Stadio e rientra alla Nunziatura Apostolica dove cena in privato.

[B0188-XX.01]