Beatíssimo Padre

No final desta sentida e vibrante Celebração Eucarística, sentimos o impulso profundo a reavivar a memória de um significativo evento: com efeito, hoje ocorre o terceiro aniversário da sua eleição para Pastor Supremo da Igreja Católica.

Em nome do inteiro Colégio Cardinalício, e em nome dos Bispos, Sacerdotes, Religiosos, Religiosas e leigos de todo o mundo, exprimo o nosso agradecimento pelo "sim" imediato e generoso que deu início a um novo Pontificado.

Vossa Santidade já depositou nas nossas mãos três dons de inestimável valor: a encíclica Deus caritas est, a meditação sobre Jesus de Nazaré e a encíclica Spe salvi.

Também a sua viagem pastoral nesta terra permeada de forte religiosidade e santidade tem como tema dominante: "Cristo, nossa esperança!".

No seu desígnio de recompor em harmonia a inteligência cristã da Fé, Vossa Santidade assumiu firmemente a tarefa mais importante do Papa: declarar o juízo que separa o verdadeiro do falso; numa apaixonada proclamação da verdade e do bem.

A sua primeira encíclica esclarece a relação entre as diversas formas do amor humano e a virtude teologal da Caridade. A segunda revela a complicada relação entre as esperanças legítimas ou ilusórias que o homem moderno nutre e a virtude sobrenatural da esperança, "da grande esperança" que as fundamenta ou permite renunciar-lhe.

Com o seu livro Jesus de Nazaré fez resplandecer a luz de Cristo diante dos homens e mulheres de hoje. Dessa maneira, cumpriu a recomendação de São Pedro, o primeiro Papa: "Crescei no conhecimento e no amor de nosso Senhor Jesus Cristo".

Santo Padre, obrigado pelo seu Magistério, pela sua ternura de Pai universal, pela sua oração de Sumo sacerdote.

Declaramos-lhe jubilosamente o nosso amor filial, a nossa decidida fidelidade, as nossas felicitações orantes: Ad multos annos!