VIA-SACRA 2012 X ESTAÇÃO Jesus é despojado das suas vestes V/. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi. R/. Quia per sanctam Crucem tuam redemisti mundum. Do Evangelho segundo João 19, 23 Os soldados, depois (…) pegaram na roupa de Jesus e fizeram quatro partes, uma para cada soldado, excepto a túnica. A túnica, toda tecida de uma só peça de alto a baixo, não tinha costuras. Jesus está nas mãos dos soldados. Como todo o condenado, é despojado das vestes, para O humilhar, reduzi-Lo a nada. A indiferença, o desprezo e a negligência pela dignidade da pessoa humana juntam-se com a avidez, a cobiça e os interesses privados: «Pegaram na roupa de Jesus». A vossa túnica, Jesus, era sem costuras. Isto exprime o cuidado que tinham por Vós a vossa mãe e as pessoas que Vos seguiam. Agora encontrais-Vos sem roupa, Jesus, e sentis o incómodo de quem está à mercê de gente que não tem respeito pela pessoa humana. Quantas pessoas sofreram, e sofrem, por causa desta falta de respeito pela pessoa humana, pela sua intimidade. Às vezes talvez nós tenhamos também faltado ao respeito devido à dignidade pessoal de quem está ao nosso lado, «apoderando-nos» de quem nos está vizinho: filho ou marido ou esposa ou parente, conhecido ou desconhecido. Em nome da nossa suposta liberdade, ferimos a dos outros: quanta negligência, quanto descuido nos comportamentos e na maneira de nos apresentarmos um ao outro! Jesus, que Se deixa expor deste modo aos olhos do mundo de então e aos olhos da humanidade de sempre, lembra-nos a grandeza da pessoa humana, a dignidade que Deus concedeu a cada homem, a cada mulher e que nada e ninguém deveria violar, porque são plasmados à imagem de Deus. A nós está confiada a tarefa de promover o respeito da pessoa humana e do seu corpo. Em particular a nós, esposos, cabe a tarefa de conjugar estas duas realidades fundamentais e indivisíveis: a dignidade e o dom total de si mesmo. Todos: Pater noster, qui es in cælis; sanctificetur nomen tuum; adveniat regnum tuum; fiat voluntas tua, sicut in cælo et in terra. Panem nostrum cotidianum da nobis hodie; et dimitte nobis debita nostra, sicut et nos dimittimus debitoribus nostris; et ne nos inducas in tentationem; sed libera nos a malo. Sancta Mater, istud agas, Crucifixi fige plagas cordi meo valide. © Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana |