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VIA-SACRA 2012 V ESTAÇÃO Jesus é ajudado por Simão Cireneu a levar a Cruz V/. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi. R/. Quia per sanctam Crucem tuam redemisti mundum. Do Evangelho segundo Lucas 23, 26 Quando O iam conduzindo, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que voltava do campo, e carregaram-no com a cruz, para a levar atrás de Jesus. Talvez Simão de Cirene nos represente a todos, quando inesperadamente nos sobrevém uma dificuldade, uma prova, uma doença, um peso imprevisto, uma cruz por vezes pesada. Porquê isto? Porquê precisamente a mim? Porquê neste momento? O Senhor chama-nos a segui-Lo, não sabemos onde nem como. O melhor a fazer, Jesus, é vir atrás de Vós, ser dóceis àquilo que nos pedis. Muitas famílias podem-no confirmar por experiência directa: não serve rebelar-se, convém dizer-Vos sim, porque Vós sois o Senhor do Céu e da Terra. Mas não é só por isto que podemos e queremos dizer-Vos sim. Vós amais-nos com amor infinito. Mais do que o pai, a mãe, os irmãos, a esposa, o marido, os filhos. Amais-nos com um amor que vê longe, um amor que, para além de tudo, mesmo da nossa miséria, nos quer salvos, felizes, convosco, para sempre. Também em família, nos momentos mais difíceis, quando se deve tomar uma decisão importante, se a paz habitar no coração, se se estiver atento para ver aquilo que Deus quer de nós, somos iluminados por uma luz que nos ajuda a discernir e a levar a nossa cruz. O Cireneu recorda-nos ainda os inúmeros rostos de pessoas que se solidarizaram connosco nos momentos em que uma cruz pesada se abateu sobre nós ou sobre a nossa família. Faz-nos pensar em tantos voluntários que, em muitas partes do mundo, se dedicam generosamente a confortar e a ajudar quantos se encontram no sofrimento e na adversidade. Ensina-nos a deixarmo-nos humildemente ajudar, quando temos necessidade, e também a sermos cireneus para os outros Todos: Pater noster, qui es in cælis; sanctificetur nomen tuum; adveniat regnum tuum; fiat voluntas tua, sicut in cælo et in terra. Panem nostrum cotidianum da nobis hodie; et dimitte nobis debita nostra, sicut et nos dimittimus debitoribus nostris; et ne nos inducas in tentationem; sed libera nos a malo. Quis est homo qui non fleret, Matrem Christi si videret in tanto supplicio? © Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana |