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VIA-SACRA 2012 II ESTAÇÃO Jesus é carregado com a Cruz V/. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi. R/. Quia per sanctam Crucem tuam redemisti mundum. Do Evangelho segundo João 19, 16-17 Então [Pilatos] entregou-O para ser crucificado. E eles tomaram conta de Jesus. Jesus, levando a cruz às costas, saiu para o chamado Lugar da Caveira, que em hebraico se diz Gólgota. Pilatos entrega Jesus nas mãos dos chefes dos sacerdotes e dos guardas. Os soldados colocam-Lhe aos ombros um manto escarlate e, na cabeça, uma coroa feita de ramos com espinhos; durante a noite zombam d’Ele, maltratam-No e flagelam-No. Em seguida, de manhã, carregam-No com um lenho pesado, a cruz onde são pregados os salteadores, para que todos vejam o destino que espera os malfeitores. Muitos dos seguidores d’Ele põem-se em fuga. O sucedido há 2000 anos repete-se na história da Igreja e da humanidade. Hoje também. É o corpo de Cristo, é a Igreja que é atingida e ferida de novo. Ao ver-Vos, Jesus, neste estado, sangrando, sozinho, abandonado, escarnecido, perguntamo-nos: «Mas aquela gente que tanto tínheis amado, beneficiado e iluminado, aqueles homens, aquelas mulheres, não somos porventura também nós, hoje? Também nós nos escondemos com medo de ser implicados, esquecendo que somos os vossos seguidores». Mas a coisa mais grave, Jesus, é que também eu contribuí para o vosso sofrimento. Também nós, esposos, e as nossas famílias. Também nós contribuímos para Vos carregar com um peso desumano. Todas as vezes que não nos amámos, quando demos a culpa um ao outro, quando não nos perdoámos, quando não recomeçámos a estimar-nos. E nós, ao contrário, continuamos a dar ouvidos à nossa soberba, quisemos ter sempre razão, humilhámos quem vive junto de nós, incluindo quem uniu a sua própria vida à nossa. Deixamos de nos recordar que Vós mesmo, Jesus, nos dissestes: «Tudo o que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes». Dissestes assim mesmo: «A Mim». Todos: Pater noster, qui es in cælis; sanctificetur nomen tuum; adveniat regnum tuum; fiat voluntas tua, sicut in cælo et in terra. Panem nostrum cotidianum da nobis hodie; et dimitte nobis debita nostra, sicut et nos dimittimus debitoribus nostris; et ne nos inducas in tentationem; sed libera nos a malo. Cuius animam gementem, contristatam et dolentem pertransivit gladius.
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