|
TOMMASO DI CRISTOFORO FINI - COGNOMINADO MASOLINO DA PANICALE (1383-1440 CA) TÊMPERA SOBRE MADEIRA - PINACOTECA DOS MUSEUS DO VATICANO DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO Jesus na Cruz, a Mãe e o Discípulo V/. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi. R/. Quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum. Evangelho segundo São João 19, 25-27 Junto da cruz de Jesus, estavam sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas e Maria de Magdala. Ao ver sua mãe e, junto dela, o discípulo que Ele amava, Jesus disse a sua mãe: "Mulher, eis aí o teu filho". Depois disse ao discípulo: "Eis aí a tua mãe". E, desde aquela hora, o discípulo recebeu-A em sua casa. MEDITAÇÃO Em redor da cruz, gritos de ódio, ao pé da cruz, presenças de amor. Está ali, firme, a mãe de Jesus. Com ela, outras mulheres, unidas no amor pelo moribundo. Junto dela, o discípulo amado, não outros. Só o amor soube superar todos os obstáculos, só o amor perseverou até ao fim, só o amor gera outro amor. E ali, aos pés da cruz, nasce uma nova comunidade, ali, no lugar da morte, surge um novo espaço de vida: Maria acolhe o discípulo como filho, o discípulo amado acolhe Maria como mãe. "Acolheu-a como um dos seus bens mais queridos" (Jo 19, 27), tesouro inalienável do qual se fez guardião. Só o amor pode guardar o amor, só o amor é mais forte do que a morte (Ct 8, 6). ORAÇÃO Jesus, Filho dilecto do Pai, aos tormentos sofridos na cruz junta-se o de ver junto de Vós a vossa Mãe abatida pela dor. Confiamo-Vos a desolação e a revolta dos pais desvairados diante dos sofrimentos ou da morte de um filho; confiamo-Vos o desalento de tantos órfãos, de filhos abandonados ou deixados sozinhos. Vós estais presente nos seus sofrimentos como o estáveis na cruz, junto da Virgem Maria. Venha o dia do encontro, quando toda a lágrima será enxugada e a alegria não terá fim. Jesus, moribundo na cruz confiais a Mãe ao Dilecto, o Apóstolo virgem, à Virgem pura que Vos trouxe no seio, R/. A Vós o louvor e a glória para sempre. Todos: Pater noster, qui es in cælis; sanctificetur nomen tuum; adveniat regnum tuum; fiat voluntas tua, sicut in cælo et in terra. Panem nostrum cotidianum da nobis hodie; et dimitte nobis debita nostra, sicut et nos dimittimus debitoribus nostris; et ne nos inducas in tentationem; sed libera nos a malo. Fac me vere tecum flere, Crucifixo condolere, donec ego vixero. |